Make Your Choise escrita por Skull


Capítulo 2
Mellark




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– Peeta? – chamei por ele, entrando na pequena sala de onde vinham seus gritos. Esfreguei meus pulsos um no outro, enrolados na blusa. Toda suja de sangue. Os machucados ardiam, mas, pelo menos, eu estava fora daquele lugar. O palhaço e aquela voz demoníaca ainda estavam me perseguindo. E meus tornozelos doíam. Eu só queria ir embora.

Quem é você? – disse ele, assustado. Estava sentado em uma cadeira, e tinha uma coleira de ferro o prendendo pelo pescoço nela. Suspirei, também assustada. Ele era lindo e estava chorando lá, preso. - Foi você quem fez isso comigo?!

– Não! – gritei, em resposta, me aproximando. - Não, não fui eu! Como poderia? Eu estava presa lá do outro lado o tempo todo e tive que basicamente arrancar meus pulsos para poder sair! – eu estava gritando com ele, por alguma razão inexplicável. Peeta fechou os olhos e colocou as mãos no rosto.

Me ajuda a sair daqui? Por favor? – pediu ele, a voz manhosa.

Assenti e olhei para a sala. Não tinha janelas. Na verdade, não tinha nada. Só um compartimento que mais parecia uma gaveta enorme do outro lado de Peeta, e, ao lado dela... Um gravador! Corri para o objeto, quase tropeçando em meus próprios pés e apertei seu botão.

"Olá, Hanna. Vejo que conseguiu sair de sua mesa de tortura, não? Bom, bom, ótimo. Mas, agora, não é com a sua vida que vamos brincar. É com a dele. Peeta Mellark é um garoto muito bom, sabe... Um dos poucos que estão aqui que quase não cometeu erro algum. O maior erro dele foi querer preservar a vida de todos... Exceto a dele próprio."

"Sabe, Peeta, você não pode salvar todo mundo. Muito menos uma garota que nunca deu atenção à você. Hoje, vou lhe dar algumas lições de vida. E, se não as aprender... Sua única saída é a morte. O dispositivo em seu pescoço é uma coleira canina modificada. Se você tentar sair, ela irá ficar mais apertada, até te enforcar. Nesta sala e na sala ao lado estão os instrumentos que salvarão sua vida, Peeta. E você pode contar com a ajuda de Hanna para se livrar. Mas, cuidado. Vocês só tem dois minutos até a coleira se fechar completamente... Arrancando sua cabeça."

Gemi, com medo daquela voz malígna. Olhei para Peeta e ele também parecia assustado. Assim que coloquei o gravador no lugar dele, um relógio, que até então eu não havia percebido, se acenteu, marcando dois minutos. Um e cinquenta e nove... Meu Deus.

Não tem nada aqui. Hanna, me escuta. - disse ele, pegando em minha mão. Ele estava gelado e eu também, mas, só por poder tocar uma pessoa naquele lugar horrível, já me sentia melhor. - Tenta abrir aquela gaveta. Por favor, Hanna. Eu preciso de você.

Senti os olhos marejarem e me direcionei para a gaveta. Não tinha trancas. Não tinha nada. Olhei em desespero para Peeta, os olhos dele começando a demonstrar preocupação. Ele apontou para a porta que usei para entrar na sala, e rapidamente corri até lá. Meus olhos estavam manchados por lágrimas e minha pulsação acelerada, fazendo meus pulsos arderem, mas... Eu precisava salvar aquele garoto.

Olhei para a parede onde devia estar a gaveta. Estava ali, meio escondida, mas achei uma tranca. "Vamos, anda..." pensei, forçando-a. Estava meio emperrada, mas finalmente cedeu. Lá dentro, dois bilhetes e três chaves.

No primeiro bilhete: Vocês dois tem algo em comum. São observados por pessoas que querem lhes fazer mal. Outra semelhança é o paladar.

No segundo bilhete: A chave que abre a coleira dele depende dela.

Na primeira chave: –A Capital.

Na segunda chave: Fome.

Na terceira chave: Olhos cinzentos.

Não tinha ideia do que aquilo significava, mas precisava ser rápida. Então, peguei tudo, não me preocupando em fechar a gaveta. Corro em direção à sala onde Peeta está e despejo tudo no chão. Peeta me olhou com curiosidade, e eu arfei, ao descobrir que o relógio marcava um minuto e vinte.

–A Capital, Fome, olhos cinzentos? Alguma ideia? - questionei-o. Ele me olhou como se lembrasse de alguma coisa. Olhei para a chave um novamente, o - ao lado do A... Claro. - A primeira é algo que temos em comum. Sou... Perseguida por uma garota... Que assina seus torpedos por -A. Capital?

– Me persegue. Quer me ver morto.

– Ótimo. Fome? - mordi o lábio, me lembrando daqueles tempos... - Hum... Sou uma ex gordinha. Já fiz uma cirurgia... E...

– Meus pais são donos de uma padaria no Distrito Doze, mas... Que isso tem a ver... - Peeta franziu o cenho, e olhei para o relógio em desespero de novo. Trinta segundos. Não, não...

Olhos cinzentos não significa nada para mim. Eu sinto muito... - Comecei a chorar. Não ia suportar vê-lo morrendo. Olhei para os dois bilhetes, buscando alguma coisa na mente, mas, nada... Olhos cinzentos?

Mas Peeta parecia calmo e radiante. Como se pudesse... Estendeu a mão para mim, e tocou de leve em meus cabelos, da forma que conseguia, sem puxar a coleira.

Katniss.

Uma leva de lágrimas passou pelas minhas bochechas rapidamente. Li e reli os dois bilhetes, entendendo o que ele queria dizer. Rápida, porque já faltavam dez segundos no relógio, pego a terceira chave e examino a coleira dele, debruçando-me sobre o garoto. Meus pulsos ardiam como nunca. Mas ele tinha uma chance de ser salvo.

Atrás de Peeta, em sua nuca, se localizava uma tranca, e a terceira chave se encaixou perfeitamente ali. A coleira fez um estalo e o loiro caiu no chão. O relógio parou, e pude ver a coleira estalar novamente, formando espinhos que com toda a certeza ajudariam a arrancar a cabeça de Peeta.

Vem. Precisamos achar a saída.– disse ele, ofegante.


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Notas finais do capítulo

Meu personagem preferido de Hunger Games, nunca que eu o mataria, não é? Capítulo tenso...
:Interativa: No próximo capítulo - PERSONAGEM DE HARRY POTTER OU PERCY JACKSON? Vocês escolhem. Deixem em seus comentários, certo?
Beijos ♥