Make Your Choise escrita por Skull


Capítulo 1
Marin




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"Oh, puxa..." é o que consigo pensar, depois de tentar abrir os olhos e mal conseguir, abri só uma frestinha deles. Minha cabeça doía e eu não conseguia pensar direito. Será que Mona havia me levado para tomar um porre, e eu não me recordava? Provavelmente, porque estes sintomas são bem parecidos com o de uma ressaca horrível...

Foi então que senti um peso em meus pulsos e tornozelos. Tentei abrir os olhos e, desta vez, consegui. Mas que diabos... Eu estava amarrada, ou melhor, completamente presa à uma mesa de ferro... Enferrujado. Que nojo... Estava com apenas uma blusa e calças pra lá de cafonas, e não conseguia me mexer. Tentei puxar o braço para cima, mas uma dor horrível se apoderou do meu pulso. Levantando a cabeça para ver, consegui distinguir um filete de sangue saindo dali, e percebi que não eram bem amarras. As bordas da estrutura de ferro que prendia meus pulsos eram laminadas, e cortavam. Ótimo.

– Socorro! Me tira daqui! O que você está fazendo comigo?! - berrei, para quem quer que fosse. O local era um galpão escuro e eu não sabia onde se localizava. É claro. Devia estar muito longe de Rosewood...

– Olá, Hanna. - falou uma voz, e me desesperei. Era uma voz grossa e arrastada, e dava medo. Virei a cabeça para onde conseguia virar e me deparei com uma televisão pequenina apoiada em sei lá onde. Ali tinha um boneco, parecia um palhaço, andando de triciclo. Seria engraçado se não fosse tão aterrorizante. - Eu quero jogar um jogo com você.

"Por anos invejou Alison e as outras, com seus corpos esbeltos, até que resolveu passar por cima de todo mundo para subir... Ao topo do mundo. E conseguiu, mas, com isso, arruinou a sua vida. Hoje, Hanna, eu lhe ofereço... Sua salvação. Este lugar é um abatedouro, Hanna. É aqui que as vaquinhas como você são mutiladas, cortadas e vendidas. E é isso o que vai acontecer com você se não se soltar desta mesa logo. Faça sua escolha, Hanna"

– Filho da puta! – gritei, sem forças. Gritei, gritei, gritei até me faltar voz. O que aquele palhaço ia fazer comigo?! Lágrimas agora escorriam dos meus olhos.

Respirei fundo e olhei em volta. Precisava sair dali. Mas, como? Mãos e pés atados... Levantei o tronco, me apoiando nos cotovelos, fazendo uma careta quando as lâminas começaram a cortar a carne do meu pulso. Pelo menos agora podia ver com mais clareza, apesar da dor... Olhei para meus pés, e as amarras dali eram feitas de corda... Olhei de novo para meus pulsos.

Parecia tão simples.

Mas ia doer tanto.

Comecei a puxar um dos pulsos, espremi minha mão para que saísse com mais facilidade, e me machucasse menos. Claro que não adiantou, doía, doía, e eu fechei os olhos para não ver o sangue que agora manchava minha blusa, meu braço, e a calça cafona. Chorava. Chorava muito, de soluçar.

Anda... Anda... Eu preciso ir embora, porra!

Choramingava, vendo minha pele sair. Mas, pelo menos, um braço estava solto. Mordi o lábio inferior com tanta força que senti o gosto férreo de sangue, e comecei a puxar o outro braço, o pulso doendo como jamais doeu na vida. Espremi a mão assim como fiz com o outro, e, em instantes, estava solta, dolorida, machucada e ensanguentada.

Vez de livrar os pés. Corro para desatar o nó no tornozelo, os pulsos em carne viva, parecendo que enfiaram 500 agulhas em cada um. Já estou na metade quando ouço uma voz. Um grito masculino. A voz me gelou, assim como a do palhaço. O lugar estava tão silencioso que pensei estar sozinha mas... O grito me fez parar para a realidade.

O grito de Peeta Mellark.


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Notas finais do capítulo

Primeiro capítulo logo com a loirinha, hm? Admito que deu dó de escrever ):



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