Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 9
Capítulo 9 - Especial de Natal - Amu & Ikuto




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 Rima com toda a certeza, neste exato momento, está tendo o melhor Natal de sua vida.

E eu aqui. Na biblioteca lendo algum livro. Tia Miller não se importa com esses dias especiais, - a não ser que este lhe favorece em algo - só com o seu bem-estar ou com a sociedade, às vezes me pergunto se minha progenitora era mesmo irmã dela. Já que ambas não se pareciam em nada.

Também gostaria de passar o Natal com alguém especial... Amanhã eu receberia a visita de Lorde Tadase. Mas na verdade, eu apenas gostaria de estar em algum lugar com alguém especial, e não recebendo visitas de pessoas que carregam este grande titulo.

Levantei-me da cadeira, fechei o livro e deixei em cima da mesa. Voltei para o meu quarto. Parecia que até o tempo não queria passar rápido, só para aumentar este vazio sufocante.  Mesmo eu tendo várias pessoas ao meu redor, eu mesmo assim me sinto completamente solitária, sei que falta alguém. Não é mamãe e nem papai. Claro que sinto falta de ambos. Mas na verdade sinto falta de outro alguém...

Caminhei naqueles corredores vazios e pouco iluminados.  Abri uma de suas portas e entrei no quarto. Fui até o meu guarda-roupa e retirei um vestido vermelho um pouco simples. Peguei a minha toalha e fui até o meu banheiro, entrei na banheira, e fiquei a pensar. Como uma pessoa como eu tem tantos bens, mas não se sente confortáveis com eles? Porque eu me sinto tão egoísta para mim mesma? Rima acha isso de mim...?

Terminei o banho e voltei para o meu quarto. Fiquei olhando aquele vestido sob a minha cama. Porque eu deveria me arrumar? Gostaria de ficar no meu quarto e esperar Rima chegar com um belo sorriso e me contar sobre tudo que aconteceu. Suspirei e acabei me arrumando naquele vestido vermelho. Sai do meu quarto, quando estava preste a terminar de descer as escadas, vi tia Miller subindo.

— Já vai se deitar? – Perguntei.

— Vou sim. Estou cansada. – Respondeu ela. – Onde está a sua serviçal?

— Dei o dia livre. – Respondi. Ela nada falou e foi subindo o restante das escadas. – Senhora Miller... Posso dá uma volta na cidade?

— Volte cedo. – Foi à única palavra que ela me deu.

Sai da casa e fui para a cidade. Vi crianças correndo para um lado e para o outro. Vi aqui com a intenção de me preencher com a alegria esbanjada na face daqueles cidadãos, por tanto, mesmo assim me sinto completamente vazia.

Parando de andar eu olho para o céu que estava cinza, o primeiro floco de neve começou a cair, parecia a dançar aos toques do vento frio. Rapidamente aqueles olhos de cor safiras penetrantes passou em minha mente, eram os dele. Será que a falta de sua companhia era tão grande que seu rosto tomava espaço para que eu me lembrasse dele?

Nesses últimos meses, nunca mais o vi, e nem mesmo tentei me aproximar daquela floresta. Porque eu me afastei dele? Porque sinto essa tristeza em meu peito?

Abaixei a cabeça e levei as duas mãos ao meu peito. Suspirei. E voltei a andar, passando assim por perto de um beco, onde vi uma silhueta de uma pessoa sentada. Aproximei-me e coloque a cabeça. Quando vi de quem se tratava eu rapidamente corri ao seu encontro, me abaixando perto do seu corpo

— Ikuto, você está bem? – perguntei desesperadamente.

— A-Amu... Ele levanta a cabeça com um certo esforço. – O que você faz aqui...?

Mal deixei ele terminar de falar e rapidamente o abracei, envolvi os meus braços em volta de seu pescoço. Eu estava chorando. Era choro de felicidade e angustia... Meus sentimentos estavam se misturando, fazendo se transbordar por lagrimas, não sei explicar no que exatamente estava sentindo. Ikuto ficou sem nenhuma reação, eu realmente o tinha pegado desprevenido. Eu afaguei minha cabeça em seu ombro, fazendo com  que ele passasse a sua mão em cima de minha cabeça.

— Senti tanto a sua falta... – sussurrei entre lagrimas.

— Ei. – chamou-me. Eu me afastei para pode olhá-lo . – Pare de chorar. – Ele limpa minha lágrimas com o seu polegar. Com o tamanho foi o seu esforço, ele fez uma pequena careta de dor.

— O que aconteceu ikuto?

— Não é nada... – Respondeu ele virando o rosto.

— Será que  a essa hora tem algum medico disponível? – Falei olhando para os lados. – Ikuto, precisamos sair daqui. Está ficando frio.

— Aqui atrás, tem uma casa abandonada...

— Certo, te ajudarei.

Levantei-me, e o ajudei a se levantar. Coloquei o braço dele em volta dos  meus ombros e assim fomos caminhando devagar pelo o beco escuro. Já que eu não poderia ser vista com ele assim em lugares públicos. Em alguns minutos chegamos a tal casa que ele havia falado. Abri a porta e entrei com ele. Lá tinha uma cama um pouco acabada, e apenas uma coberta. Fiz Ikuto se deitar nela. Peguei o meu lenço e fui vê se arrumava água. Assim que encontre um balde com água, eu  o molhei  e  exprimi o lenço e levei até a testa de Ikuto.

— Você está com febre. – Falei.

O moreno tentou levanta-se, aproximando um pouco a sua face da minha. Meu coração começou a bater forte. Que sentimento quente e confortável é este que sinto? Ele se aproximava cada vez mais. Novamente ele fez uma expressão de dor. Fazendo com que eu o olhasse de forma reprovada por sua teimosia fazendo com que o força-se a se deitar novamente.

A janelinha que tinha, fortemente foi aberta com aquele vento forte e gelado. Levantei-me esfregando os meus braços e fui fechá-la. Voltei novamente para perto da cama onde Ikuto agora dormia. Fiquei observando os seus cabelos cair sob o seu rosto adormecido. Deitei-me ao seu lado, e ele passou a sua mão em volta de minha cintura, assim nos aproximamos mais. Meu coração novamente começou a bater rápido. Por tanto, não estava mais vazio e nem solitário...

Ele era a pessoa especial com quem eu queria estar neste Natal. Sorrir com esta hipótese. E assim adormeci com


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