Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 4
Capítulo 4 - Pessoas Como Eu




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Já havia se passado quase um mês desde que conheci o tal “espírito” da floresta, que na verdade é uma pessoa de carne e osso que no qual carinhosamente o chamo de Ladrão da Floresta, Ikuto.

Ele sempre reclama comigo pelo o simples fato de eu ficar o visitando, porque esta Floresta é conhecida como por todo mundo a  Floresta Proibida, e se alguém descobrisse que uma moça - no caso eu - está andando nela, é como se eu cavasse a minha própria sepultura! Ou poderei sujar o meu nome ou até mesmo o da minha Tia Miller...

E neste momento estou na mata de baixo de uma árvore, e Ikuto em cima de uma outra árvore logo a minha frente, ultimamente ele mantêm a sua distancia, a não ser quando o assunto é a comida que trago para ele. Até parece que estou o criando como um gatinho de rua!

Eu estou em uma ótima sombra rabiscando algo, já fazia alguns dias, o rapaz nunca teve a curiosidade de saber o que é, e isso é uma das qualidades que gosto dele. Em pouco tempo já conheci pouquíssima coisa dele, ele sempre está calado e pensativo. Não é justo, eu conto tudo que vem a minha mente...

— Quantas vezes vou ter que falar pra você não vim mais aqui? – Perguntou ele pela quinta vez já perdendo a sua paciência.

— Hey, Ikuto... – Chamei-o, parando de rabiscar a minha folha. – Você não se sente sozinho? Bom, quando não estou aqui, claro...

— Porque isso de repente? – Ele desce da árvore de um pulo.

— Por nada... Recentemente perdi a minha mãe, mais eu tenho a Rima e você pra me fazer companhia! – Dou um sorriso. – E... E se você quiser conversar com alguém... Eu estou aqui!

— Hum... Mas eu não preciso de uma garota irritante como você para conversar.

Como sempre groso! Hmf, depois vai acontecer algo e ele vem atrás de mim pra conversar! E é ai que vou dá risadas da cara-de-pau dele.

Levantei a minha cabeça, fiquei olhando as três cores: Verde, azul e branco, uma bela mistura em perfeito equilíbrio. Depois de alguns minutos peguei a cesta que estava no meu lado direito e de lá tirei uns sanduíches, paro lembro-me de algo muito importante!

— A Senhora Miller vai me castigar! – Levantei-me rapidamente. – Como pude esquecer? Hoje é domingo!!

— É um dia normal como qualquer um outro. – Falou Ikuto com um sanduíche em formato de triangulo em mãos.

— Hoje é dia de ir à igreja! Agora tenho que ir! Fica com a minha parte. Ah, olha não sei se voltarei...

— Não volte, não estarei aqui. – falou ele

— Então ‘tá. Até amanhã então...

Acenei e coloquei o capuz da capa e sai correndo pra fora da Floresta.

Cheguei à mansão tomei um banho e me arrumei com um vestido azul clarinho, e logo em seguida fui ao encontro da minha Tia que me esperava já dentro da carruagem. O Senhor Miguel me ajudou a subir, Rima ficaria na casa.

Em alguns minutos chegamos à igreja, entramos e sentamos. O Padre começou a Missa, depois de algumas horas tinha acabado, a Senhora Miller encontrou com algumas antigas amigas, então eu sai da igreja e fiquei perambulando por ai, olhando pra cima, eu rapidamente fico presa no meu próprio mundo, conhecido como o Mundo da Lua, mas logo sou despertada dele por ter esbarrado com alguém:

— Desculpe-me! – Falei levantando a cabeça e o olhando.

— Não, tudo bem. - Respondeu gentil.

O rapaz com quem eu esbarrei era um pouco mais alto do que eu, loiro, olhos de um tom rosa escuro amigáveis, pele pálida, a sua aparência era encantadora, a não ser ter um rosto de um pamonha! Sim sou muito sincera.

 Ele estava conversando com mais dois rapazes, um era ruivo dos olhos esmeraldinos e o outro tinha olhos verdes claros e cabelos escuros indo para um verde o mesmo usava óculos.

— Você é assim? Distraída? – Perguntou-me o ruivo.

— Sinto muito mais uma vez. – Falei.

Retirei-me daquele lugar e fui atrás da minha Tia, a mesma estava a minha procura, expliquei a ela que estava andando nos arredores da igreja, então voltamos para a mansão.

Lembrei que tinha esquecido o meu caderno o qual estava rabiscando. Então rapidamente fui para floresta, já que a senhora Miller estava distraída reclamando com algumas empregadas...

Logo, logo iria escurecer. E pretendo voltar o mais rápido o possível. Adentrei na mata, ela parecia um pouco estranha... Estava silenciosa demais. Pouca luz do sol ultrapassava por ela, vento gelado que acariciava minhas bochechas as deixando levemente coradas, deixando meus lábios levemente secos. Agora entendi o porquê das pessoas terem medo... Agora quem está sentido medo sou eu!

Fui andando cautelosamente. Cada passo que dava mais medo eu sentia. Fui apressando os passos cada vez mais, quando cheguei perto da cachoeira, lá estava a minha cesta e o caderno por cima, e parece que o Ikuto não teve a ousadia de olhá-lo. Agachei-me para pega-lo e quando ouvi um estralar de um galho se quebrando bem atrás de mim, antes de me virar para ver quem era uma mão com luvas pretas tampa a minha boca e com a outra mão me prende pela cintura, a pessoa que me segurava, vira comigo, assim eu vejo mais duas pessoas. Todas com roupas pretas e um pano preto na face, mas nenhum era o Ikuto.

— Não sabia que a Floresta Proibida recebia visitas... – Falou o rapaz atrás de mim.

— O que essa garota está fazendo aqui? – Perguntou o menor de todos, ele tinha os mesmo cabelos de Ikuto, a cor de seus olhos eram iguais aos meus.

— Vamos aproveitar né?! Se o Segundo Mais Velho de nós três chegar, acaba com a diversão e vai querer ficar com ela. – Reclama o outro que estava do lado do menor.

— Ela parece ser de família rica... – Comentou o menor me observando. – Vamos pegar o que está com ela.

— Ei, seus idiotas! O que estão fazendo? – Perguntou um rapaz saindo atrás de uma árvore atrás dos garotos, usava roupas pretas também, um pano em sua face só deixando os seus olhos safiras a mostra, era o Ikuto! O mesmo segurava um saco.

— Irmão, essa garota estava aqui na floresta. Pensei que ninguém além de nós quatro andasse nela! – Falou o menor.

— Que tal nos divertimos com ela? – Sugeriu o rapaz atrás de mim. – Ela é de família rica e é uma gracinha.

O mesmo beijou o meu pescoço, e eu dei uma mordida em sua mão.

— Ei! Como você ousa tocar em mim desse jeito? – Reclamei o empurrando. Senti uma outra mão segurar o meu pulso com firmeza. – Ei, isso machuca!

— E você vem comigo! – Diz Ikuto. – Vocês três dividem as jóias! – Ele joga o saco para o menor.

O moreno pegou as minhas coisas que estavam no chão e logo começou a me puxar apertando o meu pulso, ele estava furioso. Andava cada vez mais rápido, e quando chegamos ao final da floresta ele me soltou com uma pequena força, fazendo com que eu me desequilibrasse e caísse sentada, o mesmo jogou o cesto e meu caderno de desenho sobre mim, retirou o tecido escuro de sua face enquanto me encarava com aqueles olhos safiras penetrantes com raiva no olhar.

— O que você pensa que está fazendo na floresta uma hora dessas? – Perguntou ele friamente.

— Bom... Fui pegar as minhas coisas... – Falei levantando.

— Você disse que não voltaria ainda hoje!

— E nem você! Quem são eles? – Perguntei.

— São pessoas iguais a mim, ladrões! Se eu não tivesse chegado, você nem seria digna de viver na sociedade! – Falou ele. – Você sabe o risco que correu com o Primeiro Mais Velho?

— Ds-Desculpe-me... – Falei abaixando a cabeça. – Não era a minha intenção...

— Saia daqui antes que eles venham. Não quero ver você nos dia de Domingo neste lugar! Não ouse colocar os pés aqui! Entendido?

— Sim...

Fui andando para a Mansão, ainda olhei para trás e o Ikuto ainda estava lá me observando com aqueles incríveis olhos irritadiços. Quando ele me viu sumir de sua vista, ele voltou para a mata e assim se encontrando com os três rapazes que estavam com as mãos cheias de jóias. O Menor o encarava desconfiado, enquanto o Segundo Maior ficava resmungando sobre Ikuto de ter atrapalhado algo muito divertido.

— Quem era aquela moça? – Perguntou o Menor.

— Não conheço. – Respondeu Ikuto sentando e colocando as mãos atrás da nuca e fechando os olhos.

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam???



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