Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 3
Capítulo 3 - Prazer Em Conhecê-lo


Notas iniciais do capítulo

Capítulo para Lílian!!!



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Estava no meu quarto tomando chá com a Rima, claro que, escondida. Se minha Tia Miller vê, com certeza ela colocaria a minha amiga para fora. A loira começou a ter uma crise de tosse, e cada vez mais ficava vermelha. Com certeza estava me divertido com aquilo.

— Vo-Você o que? - Perguntou ela.

— Isso mesmo que você ouviu! Eu fui à Floresta Proibida. - Respondi e ainda dei um sorrisinho.

— Se a Senhora Miller soube... Nem quero pensar!

— Ela não vai saber. Se você não contar eu não conto! - Falei. - Além do mais, amanhã vou de novo, quero fazer uma coisinha...

— Mas Amu, falaram que existe espírito maligno morando lá. - Rima ficava cada vez mais desesperada com o que eu dizia.

— Eu sei muito bem disso, eu até encontrei o "tal espírito"... - Levantei-me e fiquei andando pra lá e pra cá com o dedo indicado da mão direita na minha bochecha direita, fiquei pensativa. - Tenho que fazer algo para que ele me revele o seu nome e seu rosto... Mas, o que eu faço... O que eu faço?

— Senhorita! - Chamou-me quase aos gritos. - Isso não é uma brincadeira! Não se deve brincar com isso.

— Mas Rima...

— Nada de 'mas'! - Reclamou ela.

Eu simplesmente odeio quando eu vou protestar algo e alguém fala: nada de
“mas”. Isso dá nos nervos!!

Tomei um banho e fui dormi, amanhã irei acordar cedo...

No outro dia, Rima abriu as grandes cortinas e me acordou. Tomei o meu banho e me vesti. E fui tomar o meu café da manhã. Lá estava a minha Tia Miller, cabelos ruivos já com algumas poucos fios brancos presos, vestido de um azul-escuro, porém muito elegante, olhos dourados. A mesma colocou a xícara na mesa e olhou-me.

— Seu professor virá às setes em ponto. - Falou.

— Sim Senhora. - Falei sentando.

Uma empregada colocou o meu prato de mingau. Comi e quando acabei fui para o escritório ver o tal novo professor que já estava me esperando, quando abri a porta vejo um rapaz de longos cabelos de cor preto azulado, trajava roupas elegantes. Estava perto de um estante com vários livros com assuntos diferenciados e o mesmo segurava um. Quando fechei a porta o rapaz se virou e fechou o livro e veio se aproximando.

— Você deve ser a Senhorita Hinamori, certo? - Perguntou fazendo uma referencia. - Sou o seu professor, Nagihiko Fujisaki.

— Você não é muito novo para ser professor? - Fui direta.

— Algum problema com idade Senhorita?

— Não, nenhum... Só fiquei surpresa. - Respondi indo sentar em uma mesa de estudos de madeira.

— Só porque sou novo não quer dizer que não sou inteligente...

O que é isso?! Que garoto mais abusado!

Ele pegou um livro e levou até mim, abriu em uma página e comecei a ler, pra falar a verdade nem estava lendo. O garoto lia em voz alta, então, fiquei sentada olhando a folha mesmo. As horas foram se passando, e eu estava cansada de ver um monte de letras e de ver o professor pra lá e pra cá. A porta se abre e vejo uma garota de cabelos dourados com uma bandeja em mãos com duas xícaras, um bule e um pratinho cheio de biscoitinhos, a mesma se aproxima em uma mesa e eu fui a sua direção.

— Você me salvou! - Falei sussurrando para que somente ela escutasse. - Senhor Fujisaki, aceita chá?

— Anh? Claro. - ele colou o livro na mesa de estudo e se aproximou.

— Ah, deixe-me lhe apresentar a minha Dama de companhia, Rima Mashiro. Rima este é o Nagihiko Fujisaki, o meu professor.

— P-Prazer. - Falou ela tímida.

Tomamos o chá, tive mais uma hora e meia de estudos. E quando acabei fui para o meu quarto. Fiquei deitada a pensar sobre aquele Ladrão da Floresta. Ele noite passada tomou a minha mente... Aqueles olhos safiras penetrantes não saia da minha cabeça. Acabei adormecendo, mas logo fui acorda para almoçar. Novamente, estava eu e minha Tia Miller, sentadas em uma mesa, mal trocamos uma palavra. Queria saber qual é problema dela!

— Hm... Senhora Miller... – Chamei ela depois de fingir uma pequena tosse.

— Hum...? - A mesma olhou para mim.

— Queria saber se... Se a Senhora me deixaria sair no meu tempo livre... - Falei com a cabeça baixa.

— E o que pretendi fazer? - Perguntou ela.

— Ah, bom... Talvez ler um dos livros da Senhora em algum lugar por perto...

— Tudo bem, por tanto quero que volte antes das quatro e meia para praticar piano.

— Claro!

Ta. Provavelmente ela tem dupla personalidade no qual é uma bruxa e a outra super protetora. Mas, se ela descobrir que vou para a tal floresta, nem quero pensar do que vai ser de mim!

Comi, tomei um banho, peguei um cesta e uma capa, fui à biblioteca peguei algum livro e coloque dentro da cesta, fui à cozinha e peguei o lanche que mandei a Rima fazer e coloquei na cesta, peguei algumas coisinhas e coloquei na cesta. Sai da mansão e fui me aproximando daquela floresta, olhei para os lados, coloquei o capuz da capa e adentrei de vez na floresta, era ótimo!

 Para não me perder, retirei uma faca da cesta e fui marcando as arvores por onde passava, quando marquei uma boa quantia cheguei finalmente perto da cachoeira. Alarguei um sorriso. E coloquei o meu plano em ação, se ele não vai falar o seu nome por bem, vai falar por mal!

Depois que eu acabei, fiquei um pouco suja, mas tudo bem. Sentei-me perto de uma árvore peguei o meu livro e comecei a lê-lo, até que eu começo a escutar passos.

— Ei, o que você está fazendo aqui? - Perguntou um rapaz um pouco afastado.

— Lendo, não está vendo? - Nem dei o trabalho de olhá-lo já reconhecendo um pouco a sua voz.

— Mandei você nunca mais voltar aqui! - Ele se aproxima e vê uma corda no chão. - O que é isso? Uma armadilha? - Ele pega a mesma e vai se aproximando de mim. - Você é...

— Você deveria ver por onde anda Senhor-Espirito-Ladrão-Da-Floresta! - Levantei-me e fui me aproximando dele, o mesmo estava preso em uma perna de cabeça para baixo. - E então, vai me dizer o seu nome?

— Não! - respondeu ele tentando se soltar.

— Não? Então, vamos ver o seu rosto?! - Falei aproximando a minha mão da face dele, mas o mesmo segurou.

— Não faça isso!

— Ahn? Por quê? - Ele não respondeu. - Então tá... Então apenas diga-me o seu nome. Bom, sou Amu Hinamori!

— Já disse, não irei falar!

— Puf, você é um cara difícil! - Reclamei e fui para trás de uma árvore onde tinha uma corda que segurava o garoto, peguei a faca e ameacei que iria cortar. - Então, agora vai dizer ou não?

— Você não seria capaz!

— Não seria...? - comei a corta aos poucos.

— Tá bom! Eu digo! Sou Ikuto Tsukiyomi... Agora dá pra me soltar?!

— Ah, claro.

Sorri e mesmo assim cortei a corda e quando percebi o Ikuto estava se levantando e vindo à minha direção, a única coisa que eu poderia fazer era sair correndo pela a floresta, sei que ele conhece melhor do que eu, mas era fazer isso ou ele poderia me expulsar ou fazer algo contra mim...

Comecei a dá gargalhadas e o rapaz resmungava algumas palavras. Já estava ficando cansada, quando ia parando para descansar eu pisei em falso quando senti que estava caindo, uma mão segurou a minha, e era o Ikuto. O mesmo me abraçou forte e assim formos embolando de ladeira a baixo, fechei os olhos e o garoto me apertou mais forte contra o seu corpo, uma de suas mãos estavam na minha cintura e a outra na minha cabeça. Quando paramos, eu continuava com os olhos fechados.

— Você está bem? - Perguntou ele.

— Hum... Estou bem, e você... – Murmurei um pouco incomoda. Abri os olhos, e o rapaz estava de quatro me olhando. Ele estava sem seu o pano preto em seu rosto, me dando a visão completa de seu belo rosto. Cabelos azulados igual à meia-noite. Os seus olhos destacavam perfeitamente na cor de sua pele um pouco morena e no formato de seu rosto. Rapidamente fiquei corada pela situação que nos encontrava-nos. - Saia de cima de mim! Isso é embaraçoso demais!

— Ahn...? - Ele viu do que eu estava falando e saiu de cima e sentou-se do meu lado. - Desculpa...

— Ah, tudo bem... A propósito, obrigada.

Levantamos e voltamos para a cachoeira, sentei-me perto da árvore novamente, retirei o lanche e ofereci para o jovem, e o mesmo aceitou.

— Hum... Ikuto... - Chamei estava com a cabeça abaixada.

— Que foi? - Ele olhou

— Você... Você deixou cair isto. - Levantei o pano preto. - E sem querer eu vi o seu rosto...

Levantei a minha cabeça para olhá-lo, e quando percebi ele estava machucado, tirei um lencinho da cesta que estava comigo e me aproximei dele, delicadamente fui passando o lencinho branco do lado de sua sobrancelha esquerda. Ikuto ficou me encarando, quando percebi me afastei rapidamente.

— Desculpa... - Eu disse

— Não, tudo bem. - Falou ele.

— Já está ficando tarde... É melhor eu voltar. - Eu me levantei.

— Você vai se perder. – Ele rapidamente se levantou

— Não vou. Marquei as árvores. - Falei sorrindo. - Até mais, Senhor Tsukiyomi.

 


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