Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 2
Capítulo 2 - Floresta Proibida E O Espirito


Notas iniciais do capítulo

Garças á CaahSan, postei o segundo capítulo. Espero que gostem!!



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No outro dia eu acordei com a minha tia brigando com alguma empregada, então me sentei na cama e fiquei esperando a Rima chegar, que era muito estranho, pois ela nunca se atrasa para me acordar.

Escuto passos vindo à direção do meu quarto, a porta se abre e quando me viro lá estava a minha amiga com a cabeça baixa, levantei-me e fui na direção dela.

— Pensei que você tinha fugido e me deixado para trás. - Falei com um sorriso brincalhão.

— É...- fingiu uma tossida. - Senhorita se arrume. A Senhora Miller lhe espera para o café. - Falou ela ainda com a cabeça abaixada deixando a sua franja dourada esconder o seu rosto. - Irei preparar o seu banho...

Rima passou direto por mim, me virei e a parei segurando um de seus pequenos braços. A mesma continuou com a cabeça baixa.

— Rima... O que foi? - Perguntei gentilmente.

— Nada. - respondeu virando o rosto.

— Vamos, conte-me! Porque está escondendo o rosto? - Perguntei. Com a minha outra mão levantei a cabeça dela pelo queixo, a sua face estava molhada. - O que aquela bruxa fez com você?

— Já falei que não é nada.

— Como nada? Rima Mashiro, explique o que aconteceu!

— Só foi uma bronca que levei por não te acordar as seis em ponto. A Senhora Miller vai mudar as suas atividades, então se apresse para não se atrasar ainda mais.

Eu a soltei para que a loira fizesse o seu trabalho. A Rima nunca levou uma bronca minha e nem dos meus pais, eu estou sentindo culpa por isto... mas por que a Senhora Miller fez isso? Ela não sabia qual era o horário certo... Em menos de um dia, já chego até pensamentos de querer fungir e voltar para a minha terra natal.

Tomei meu banho e me vesti. A Rima sempre teve um bom gosto para escolher os meus vestidos. Depois fui ao encontro da bruxa, digo da minha tia...

Chego à sala de jantar onde ela estava sentada na ponta da mesa eu me sentei do seu lado direito, Rima ficou perto da parede atrás de mim.

— Está atrasada! - Falou a Senhora Miller

— Desculpe-me...

— A sua serviçal é uma preguiçosa!

— Não fale assim dela! Ela não sabia que era para me acordar cedo, sempre acordo as sete.

— Mas o horário certo é as seis!

— Mas... - Fui interrompida.

— Nada de 'mas'. As seis tem que estar de pé, as sete você vai estudar até as onze, terá tempo livre das duas até as quatro; depois das quatro quero que pratique piano. Quero um bom comportamento, como um exemplo de dama da sociedade. Ainda hoje irei contratar um professor. Entendido?

— Sim Senhora. - respondi com a cabeça baixa.

Tomei o meu café da manhã sem falar mais nada. O que eu poderia falar? Se eu falasse alguma coisa a mais, ela poderia pegar o resto do meu dia e me fazer estudar 24 horas! Eu gosto de estudar sim, porém toda hora não dá! Já basta às cinco horas de estudo direto, com uma pausa de dez minutos para toma chá e servir o professor. Aposto que é um velho resmungão! Ah, e claro, praticar piano – algo que já sei.

— Hum... Senhora Miller... - Chamei. - Será que eu posso dá uma volta para que eu possa conhecer o lugar melhor?

— Tudo bem. - Falou ela colocando a xícara na mesa. - Só não vá para a floresta, e nem muito longe.

— Certo. Mas... o que tem na floresta? - perguntei.

— Há alguns anos atrás, uma pessoa foi encontrada morta naquela floresta... Também a rumor que o espírito reside lá e que ele toca um instrumento para atrair a sua vítima. Mas graças aos céus, não houve nenhuma vítima há um bom tempo. Por isso não o incomodamos. - Explicou a minha tia.

Retirei-me da mesa, peguei uma capa e coloquei o capuz. Sai daquela mansão. Andei em tudo que era das poseis da minha tia Miller, o único lugar aonde eu ainda não fui foi a tal "Floresta Proibida". Eu estava realmente curiosa. Se havia algum espírito ou o que fosse eu com certeza gostaria de ver com os meus próprios olhos! Sim, sou bastante curiosa.

Mordi os meus lábios rosados, olhei para o lado e para o outro e não vi ninguém, essa é a chance perfeita! Fui me aproximando cada vez mais daquela floresta, era como se ela me chamasse. Será que existe mesmo um ser sobrenatural? Bom, não tenho como voltar atrás, já que faltavam alguns pequenos passos para que eu pudesse entrar de vez nela. Fechei os meus olhos e temia por algo. Entrei de uma vez, fiquei parada ainda com os olhos fechados, apertando as minhas mãos esperando pelo o pior, mas a única coisa que eu ouvir foi os passarinhos cantarolando uma canção que só eles entediam. Abri os meus olhos dourados e vi uma maravilhosa floresta, com várias e várias árvores diferentes, flores de todas as cores. Pensei que fosse uma floreta sombria, como de alguns livros que lia. Confesso que fiquei um tanto desapontada. Adora livros de mistérios e qualquer outra coisa que envolvesse aventuras.

Mas não.

Fiquei empolgada com a vista e comecei a explorá-la, de vez e outra via alguns coelhos ou lebres. Comecei a correr, era uma sensação de liberdade. Nunca havia sentido algo igual... Era maravilhoso isso! Com os braços aberto e com um sorriso esbanjado nos lábios corria, corria. Cansada parei e, quando olhei em minha volta, eu me via perdia.

 Mais o lugar onde parei tinha uma pequena cachoeira com algumas árvores, me sentei perto de uma árvore para descansar, e para logo depois procurar o caminho de volta.

Fechei os meus olhos, estava ofegante. Eu escutava alguns barulhos, mas nem liguei, pois sabia que havia bichinhos.

— Ora, ora, ora. Olha o que temos aqui! - Uma voz masculina.

— Que-Quem é você? - Perguntei abrindo os meus olhos rapidamente e procurando por o dono da voz.

— O que uma moça faz aqui na minha floresta?

— Hm... Sinto muito, nã-não queria incomodá-lo!

Levantei-me para ir embora, por tanto uma pessoa por trás me segurou. Eram mãos masculinas. A tal pessoa – talvez o espírito - por trás mesmo, pegou os meus dois braços e levantou e depois se virou, ficando de frente para mim, o mesmo foi me empurrando cada vez mais, mas sem soltar as minhas mãos que ainda continuavam para cima, até que esbarro na árvore que alguns minutos atrás eu estava sentada.

Estava sem saída! O rapaz estava trajando roupas pretas e um pano preto cobrindo a metade de sua face só deixando os seus olhos safiras amostra.

— Você é aquele ladrão! - Acusei.

— Hehe. Vejo que se lembra. - Debochou. - O que você faz na Floresta Proibida?

— Hm... Só fiquei curiosa. – Dei de ombros. - Falaram que havia um espírito morava aqui. Então cá estou. Espera! Você é a tal espírito? - O encaro

— Mas é claro. – Sorriu debochado. Como se fosse piada.

— Você não é tão assustador como dizem. - Debochei.

— Você está em uma floresta sozinha com um homem. Saiba que tenho mais força do que você e posso fazer coisas. - Ameaçou ele. - Agora o que me diz?

— Agora fiquei com medo... - Respondi.

— Ótimo. Agora vá embora! - Falou ele me soltando.

— Mas...

— Vá! - Falou ele me empurrando.

— Não posso voltar! - Falei parando.

— E porque não? - Perguntou ele arqueando uma sobrancelha.

— Por que... - abaixei a cabeça e fiquei juntado os dedos indicadores um com o outro – Porque eu poderia está perdida...?

— O que você tem na cabeça? Você entra na floresta e fica brincando e depois se perde?

— Ei! Eu não estava brincando. – Cruzei os braços

— Ah, não estava? Então o que você estava fazendo correndo como uma criancinha, hein?

Ele suspirou e pegou no meu pulso e começou a me puxar. Ele andava com os pés firmes e rápidos, como se quisesse se livrar o mais rápido o possível de mim. Eu tentava me livrar dele, mas ele apertava cada fez mais o meu pulso, até que ele para e me joga no chão.

— Isso dói! - Reclamei me levantando.

— Vá embora! Não volte mais aqui!

— Espere! - Chamei. Ele estava preste a voltar para a floresta. - Obrigada por me trazer de volta...

— Tanto faz. - deu de ombros

— Diga-me... Diga-me o seu nome! - Eu disse

— Não vai ser preciso, este é último momento que você vai me ver.

Ele deu as costas e foi para a floresta. Eu emburrei a cara e me virei e fui andando em direção da casa da minha Tia Miller.

Você vai ver só seu Ladrão da Floresta, vamos vê se não nos encontramos novamente. Ainda faço você revelar o seu rosto e nome, se não me chamarei Amu Hinamori! 

Dei um sorriso. E coloquei o capuz da minha capa.

 

 


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