Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prólogo




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Como assim? - Perguntei quase perdendo a minha postura. - É impossível! Minha mãe não faria uma coisa dessas...

— A única coisa que está no testamento é a sua guarda para a irmã mais velha de sua mãe. - Disse o homem na minha frente olhando alguns papeis.

Levantei-me da cadeira e me retirei do escritório do meu pai. Eu e o senhor estávamos discutindo sobre a minha herança de família, mas não existia nenhuma... Meu pai era um homem de classe baixa que se apaixonou por a minha mãe, uma mulher de classe alta. Mas ele, o meu pai, começou a beber e apostar depois que não conseguia um emprego, e criava dividas em alguns lugares; minha mãe faleceu ontem por causa de uma doença muito grave. Fiquei sem herança pelo o simples fato de que ela pagou todas as dividas do meu pai para não sujar o nosso nome..

    Sou filha única. Tenho um estranho cabelo cor-de-rosa longo, olhos âmbar ou cor de ouro como os meus queridos pais falavam, tenho 16 anos, magra e um pouco alta.

Estou indo para o meu ex-quarto, digamos assim, já que a casa também foi vendida sem o meu consentimento. Amanhã morarei com a minha Tia Miller, uma mulher que só a vi algumas vezes perdidas, depois dos sete anos de idade não a vi mais. E agora passarei o resto de minha vida com ela!

Entrei no meu quarto onde estava uma garota de longos cabelos dourados com um vestido de empregada arrumando a minhas malas.

— Como foi? - Perguntou ela se aproximando. 

— Mamãe vendeu a casa para pagar as dividas de papai... - Respondi com a voz fraca. - Como você sabe, terei que morar com aquela velha da irmã da minha mãe.

— Irei com você!

— Mas, Rima...

— Nada de “mas”. Afinal, sou a sua Dama de Companhia, certo Senhorita Hinamori? - Falou ela com um sorriso que só eu conhecia.

— Só você mesmo pra me deixar feliz em uma situação assim. - Digo indo abraçá-la.

Rima, minha Dama de Companhia, ela era um pouco menor do que eu e temos a mesma idade. Crescemos juntas, sempre a considerei uma irmã pra mim. Agora não irei me sentir uma deslocada em outra casa.

A mesma sai do meu ex-quarto. Eu me deito na cama e fico a pensar, como a minha mãe teve a ousadia de pagar as dividas com o resto de sua herança. Sei que mamãe sempre amou papai ao ponto de fazer qualquer coisa para não prejudicá-lo. Chego até pensar que isso não é nada recíproco.

Em menos de dois minutos, Rima volta com uma bandeja de chá com uns biscoitinhos. Não acredito já era tão tarde assim?! Sempre tomo chá às cinco horas, e gosto de dormi tarde lendo livros. A minha Dama de Companhia colocou a bandeja em cima de uma mesinha que tinha no local, eu me levantei e sentei-me na cadeira, Rima despejou o chá na xícara de porcelana. Levei a xícara até a minha boca. Como era bom isso, é como se os meus problemas sumissem, e era isso que eu queria.

— Nada melhor do que um bom chá. - Falei colocando a xícara na mesinha. - Rima... Porque não se senta e toma chá comigo?

— Ahn? Mas eu só sou uma simples serviçal. - Questionou a loira.

— Não só é uma serviçal com também é minha melhor amiga! - Disse a olhando. - Então se você não quer se sentar como um convite de uma amiga... Sente-se como uma ordem!

— C-Certo... - Falou ela sentando-se.

— Sei que você gosta tanto de chá quanto eu. - Dei um sorrisinho.

Tomamos o chá e trocamos algumas palavras. Rima me preparou para dormi já que o dia foi cheio de coisas e fiquei cansada, ela praticamente forçou-me a dormi mais cedo para que eu não ficasse cansada durante a viajem. 

No outro dia a minha amiga estava abrindo as enormes janelas do meu quarto, sentei-me na cama e a mesma trouxe a bandeja do café da manhã até mim. Rima vai até o banheiro para preparar o meu banho já que eu iria sair cedo da minha antiga casa onde vivi os meus melhores dias da minha vida.

Sei que estou sendo dramática, mas sinto um vazio no meu peito só de pensar que vou deixar tudo para trás e morar com outra pessoa que conheço quase nada.

Terminei o café e vou em direção do banheiro, onde uma banheira com água morna me esperava. Rima me ajudou a tirar as vestes de dormi e entrei na banheira, a minha dama de companhia passava a esponja no meu corpo pálido delicadamente para não me machucar, depois ela pega um balde e despeja a água em cima da minha cabeça. Levanto e pego uma toalha e me enrolo e saio do banheiro, na cama já estava um vestido escolhido por Rima. Trajei-me com ele, o mesmo era longo de cor bege de mangas longas, havia um pequeno laço da mesma cor na frente, coloquei um chapéu de cor bege com uma fita de ceda branca amarrado em baixo do meu queixo.

Descemos a escada e fui para fora onde havia uma carruagem e uma fileira de empregadas. Abracei uma por uma me despedindo. O cocheiro veio até mim. 

— Você deve ser a Senhorita Hinamori. - Falou ele fazendo uma referencia. - Sou o cocheiro Miguel, trabalho para a Senhora Miller. Prazer em conhecê-la.

— O prazer é todo meu. - Estendi a minha mão e ele dá um beijo. 

O senhor Miguel, tinha olhos castanhos escuros, bigode, e um pouco careca, alto e aparentava ter mais de 40 anos. O mesmo pegou as minhas malas e as colocou atrás da carruagem, ele me ajudou a entrar na mesma e ajudou a Rima. E logo a carruagem começou a andar, sendo puxada por dois cavalos marrões. Várias horas se passaram e matos logos foram aparecendo, buracos no caminho também que fazia balançar o transporte.

— Como vou sobrevir em um lugar desses? - Perguntei olhando alguns galhos entrem na janelinha da carruagem. - É tão cheio de... Mato!

— Se acalme. - Disse Rima do meu lado. - Em um momento como esse, a melhor coisa é: Tricô Francês.

— Você tem razão.

Do lado da loira tinha uma bolsa que era dela, a mesma tirou as coisas como: linha, agulhas e um pano. Ficamos tricotando até que a carruagem para e o cocheiro desce da mesma e vai até um enorme portão logo à frente. O senhor Miguel tira um chaveiro sabe se lá onde com várias chaves e fica procurando a que se encaixava na fechadura, fiquei aliviada já que enfim tínhamos chegado à minha nova casa. A carruagem balança e do lado da minha janela aparece um garoto com roupas pretas, um chapéu preto e um pano preto cobrindo a metade de sua face só deixando a mostra os olhos deles de uma cor de safiras. Ficamos nos encarando por algum tempo até que Rima grita: 

— Senhorita, cuidado são ladrões!

— Ahn? Hey!  Solte a minha bolsa! - falei, mais o mesmo não soltou. Então com a agulha que estava no meu colo feri a mão esquerda dele, que saiu com o seu bando. 

O cocheiro voltara para a carruagem como se nada tivesse acontecido e isso era realmente estranho. Miguel guiava os cavalos para dentro da propriedade da minha Tia que por sinal era enorme! Uma linda e grande mansão estava um pouco mais a frente e bastante... mato. O Miguel abriu a porta e estende a mão e eu a pego e assim eu desço da carruagem, ajudando rima longo em seguida. 

— A senhora Miller deve está lhe esperando lá dentro, siga-me, por favor. - Falou o homem. 

Eu e minha Dama de Companhia começamos a segui-lo na enorme mansão que era bem maior do que a minha antiga casa. Quando adentramos na sala lá estava uma mulher sentada em uma cadeira de frente a uma lareira.

— Hum... Tia Miller? - Chamei um pouco desconfortável.

— Vejo que já chegou Hinamori... - Disse levantando-se e se virando para mim. - Miguel, leve as malas dela para o quarto.

— Sim, Senhora. - Falou o homem pegando as malas e se retirando.

— Bom te ver novamente, tia Miller. - Estendi a mão com um sorriso.

— Senhora Miller , criança! - Me corrigiu ela, e eu engoli em seco. - Vou deixar bem claro: Aqui as coisas são bem diferentes!

— Sim, Senhora. – Concordei rapidamente. Talvez pelo o jeito intimidador que ele me olhava. - Ah, Senhora Miller, trouxe a minha Dama de Companhia, espero que não se importe...

— Claro que não. Afinal, elas são apenas empregadas para lhe servi. Menos trabalho para eu arrumar outra. - Falou friamente. - Agora vá para o seu quarto!

Eu a obedeci, mas quando ela falou daquele jeito com a Rima, me segurei para não perder a cabeça. Já que sou um pouco “esquentadinha” ou tinha uma língua muito afiada pra certas coisas. Eu e a minha Amiga seguimos outra empregada que nos guiavam para o meu novo quarto. A mesma abre uma porta e eu entrei quando a empregada fechou a porta eu me joguei na cama.

— Que bruxa ela é! - falei colocando um travesseiro no meu rosto.

 


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Notas finais do capítulo

Só continuarei se deixarem comentários pedindo por mais capítulos!



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