P.O.V Draco Malfoy

Suspirei pesadamente e me joguei na cama. Dei um soco na mesma querendo descontar a minha raiva.

  Meu pai ainda vai me pagar por isso.

  Quem já viu? Ser forçado a namorar uma garota, porque seu pai serve ao temido Lord das Trevas.

  Lilian Potter podia até ser a garota mais bonita de Hogwarts. Mas o que ela tinha de beleza, tinha de chata.

  Revirei os olhos.

  Tive que comprar uma droga de uma pedra enfeitiçada pra dá-la.

  Bom, o plano é o segunte: Lord Voldemort retornou, e meu pai é um comensal da morte. O velhote sem nariz quer que eu me aproxime da Potter fêmea para que possa tornar Potter macho vulnerável. E enfim, meu pai disse que eu iria faze-lo e aqui estou eu.

  Saí da Sala Precisa e fui direto para o Salão Comunal da Sonserina. Chegando lá, vi Pansy deitada no sofa. Provavelmente me esperando.

- Onde você estava Draquinho? – Ela perguntou assim que me viu. Me sentei do seu lado.

- Não importa. – Falei e numa fração de segundo juntei seu corpo ao meu fazendo nossos lábios colarem. Ah, fazia mais de uma semana que eu não tinha um bom sexo. Aquela Potter era, com certeza, virgem, e aquilo tava me deixando louco.

  Mas nada como uma melhor amiga pra satisfazer nossas vontades, não?

  Minha noite foi de puro prazer, assim como a minha relação com Pansy era de puro sexo.

* * *

  O dia estava muito chato. Estava chovendo, fazendo com que o lago da lula gigante ficasse mais feio do que ele é.

  Quando eu falei pra Potter fêmea que eu achava o lago da lula gigante feio, ela quase me lançou uma avada. Juro!

  Os olhos dela se esbugalharam de forma que a pupula diminuisse de tamanho deixando uma imensidao verde tomar conta de seus olhos.

  Por um minuto pensei que ela realmente fosse me atacar ou coisa parecida. Mas ela simplesmente gargalhou, jogando sua cabeça pra trás, fazendo com que seus cabelos ruivos batessem no meu rosto.

  Revirei os olhos. Eu juro que estava prestes a acabar com aquela palhaçada. Tudo naquela menina me enjoava.

  Os cabelos eram ruivos demais, os olhos verdes demais, o sorriso grande demais. Enfim, tudo em prorpoções grandes demais.

  Estávamos na Sala Precisa. Nós tinhamos um horário vago depois do almoço, então, como um bom cavalheiro que sou, passei na cozinha, peguei algumas comidas e pedi pra que Potter me acompanhasse.

  Depois que comemos, sentamos num sofá e ficamos juntos. Aaaaarg. Não sei o que é pior, ficar com a Pansy ou com ela. Mas pensando bem… Pansy transava comigo. Isso dava pro gasto.

- Draco? – Ela falou subitamente.

- Humm.

- Será que um dia a gente vai assumir? – Ela perguntou. NUNCA! Mas é claro que não iria dizer isso. Passei, contra a minha vontade, minhas mão entre os seus cabelos e ela feixou os olhos.

- Não sei, meu amor. – Disse. – Mas acredito que se o nosso amor for forte o suficiente, o que eu acho que é, vamos suportar toda essa pressão. E vamos sair dess juntos. – Fala sério, depois dessa até eu casava comigo mesmo! Ela olhou pra mim sorrindo e o colar começou a brilhar.

  Sorri. Foi um sorriso verdadeiro, afinal, meu plano estava dando certo!

  Me inclinei um pouco pra frente e encostei nossos lábios.

  Eu tinha que adimitir, que por mais que eu a odiasse, a coisa beijava bem. E como beijava! Pena que não passava disso...

  Subitamente passei meus dedos pelo seu corpo. E bom, já que estavamos em uma posição, digamos… “privilegiada”, eu iria aproveitar. Mas afinal, quem não iria?

  Quando estava pronto para tirar sua camisa, ela parou. Me segurei pra não revirar os olhos.

- Me desculpa. – Ela disse encostando a sua testa na minha. – Eu só…

- Não está pronta! – Concluí. Sorri passando a mão em seu rosto delicadamente. – Não vou fazer nada que você não queria!

  Ela sorriu. E como eu disse, o sorriso era grande demais!

* * *

  Um mês se passou e eu era monitor na nova técnica “educacional” da nova nova inquisidora de Hogwarts, Umbrige. Ou como todos gostavam de chama-la, velha gorda com cara de sapo. Ou só Sapa mesmo. Ou, pelo menos, era ssim que a Lily gostava de chamar ela. E eu sempre ria. O que é muito estranho, porque quase nunca eu rio das piadas de alguém.

  Isso mesmo, produção. Eu a chamei de Lily. E quer saber por que?

  Porque ela era uma boa pessoa. Digo, eu nunca tive amigos, por que não tentar fazer amizade com aminha “namorada”?

  E bom, eu até que estava gostando. Durante esse mês, eu já tinha dado boas gargalhadas com ela. E bons amssos também. Mas nós nunca passávamos disso.

  Mas de alguns dias pra cá, ela tem ficado muito ocupada. Dando desculpas esfarrapadas, e no nosso horário na Sala Precisa depois da minha ronda, ela sempre chegava cansada, e acabava dormindo em meus braços. Eu tinha que acorda-la. Sempre.

  Mas o engraçado não foi isso. Foi uma semana atrás. Quando ela estava quase dormindo com a cabeça apoiada em meus ombros.

  Eu a olhei e, por algum motivo muito estranho, a cor dos cabelos dela ficaram menos ruivos. Os olhos dela não tinham aquela cor enjoantemente verde, agora eram apenas… intensos.

  E quando ela já estava dormindo, ela deu um pequeno sorriso. E ele pareceu perfeito pra mim.

  E desde então eu não consigo mais pensar em outra coisa, a não ser que ela tenha descoberto os seus defeitos e os tornado em detalhes perfeitos.

  Mas… como?

  É possivel mudar a cor enjoativa de seus olhos para uma intensa cor, que eu sequer possa descobrir qual?

  É possivel, fazer com que um sorriso mude até se tornar, perfeitamente proporcional ao rosto?

  Mas enfim. Eu não sei o que ela tinha feito. A questão é que ela está muuuuuuito mais gostosa que antes.

  Balancei a cabeça tirando esses pensamentos da mente. Me joguei novamente impaciente no sofá-cama que tinha conjurado na Sala Precisa.

  Lily estava atrasada de novo. E por que eu me importava? Eu não sei. Sinceramente.

  A um mês atrás eu queria que ela não viesse. Que ficasse no Salão Comunal da Grifinória, para estudar com a Granger. Mas agora… Eu tinha uma certa urgencia em ve-la.

  O que isso significa? De novo. Eu não sei. Mas eu não estou gostando nada disso.

  E, finalmente, ela entrou esbaforada pela porta e assim que me viu abriu um sorriso. Não um grande sorriso, mas um singelo e verdadeiro sorriso.

  E subitamente eu sorri de volta. Ela veio andando até mim, e me beijou lentamente. Eu correspondi, é claro.

  E mais uma sessão dos nossos amassos começou. E eu só percebi que não era “apenas” uma sessão quando ambos já estávamos de roupas íntimas.

  Mas que porra? Ela não podia fazer isso agora!

  Parei subitamente. Ela olhou pra mim confusa, mas logo começou a me beijar de novo. E novamente eu interrompi. O que deu nela?

- Draco? – Ela disse se sentando logo depois que eu fiz o mesmo. – O que aconteceu com você?

- O que aconteceu comigo? – Perguntei perplexo – O que acontceu com você?!?!

- Mas..

- Olhe, eu sei que você se sente precionada, porque óbviamente você sabe que eu não sou mais virgem. Mas eu já disse! – Passei a mão pelos seus cabelos. – Eu não vou fazer nada que você não queria fazer!

- Mas eu quero, Draco!

- Não, Lily. Você não quer. E mesmo que quisesse, não está pronta. – Disse me deitando fazendo com que ela se deitasse em meu peito. Acariciei seus cabelos. – Lily?

- Humm. – Ela disse com uma voz rouca. Mas Merlin, que voz!

- Posso te fazer uma pergunta?

- Claro! – Ela olhou pra mim e eu olhei pra ela.

- Que cor são seus olhos? – Perguntei. Ela sorriu.

- É um tipo de verde com azul. As vezes fica cinza. – Ela deu ombros.

- São lindos! – Disse baixinho. Mas pra mim.

- Os seus também, Draco! – Ela disse bocejando.

  Ela rapidamente dormiu em meus braços. E eu estava novamente a olha-la.

  Talvez eu gostasse dela mais do que eu imaginava. Não sei se isso era bom.

  Se meu pai descobrisse que eu gosto dela, eu estaria morto em um segundo. Mas… Ele não precisa descobrir, não é mesmo?