Got A Secret, Can You Keep It? escrita por GossipGirl, Gaby Weasley Malfoy


Capítulo 15
Capítulo 15 - Harry Potter


Notas iniciais do capítulo

Não me matem. Eu sei que tem mais de dois meses que eu não posto. Mas eu estou aqui, people, com um capítulo enorme pra vocês!
Mas tenho que explicar uma coisa pra vocês. A partir desse capítulo a fic começa ser um pouco mais dramática. Antes eu estava acostumada a botar coisas engraçadas e o ponto de vista de Draco. Bom, não que não vai ter mais nenhuma das duas coisas, mas e;as vão ser escassas a partir de agora porque ue quero que vocês entendam o que a Lily está passando, principalmente porque o tempo "sombrio" vai começar a se revelar a partir dessa parte da fic. Enfim, espero que gostem!

PS: Eu literalmente chorei fazendo esse capítulo.
xoxo Gossip Girl



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Quando eu tinha dez anos e ainda estava na casa dos Drusley eu era completamente fraca. Não apenas fraca da questão de músculos ou de chorar de noite quando todos já estavam dormindo, o que era frequente.

Eu me sentia fraca.

Sempre me escondia atrás das coisas para que Duda não me encontrasse e começasse a me caçoar, mas ele sempre me encontrava. Porém cada vez que o nosso primo queria me fazer mal, Harry sempre estava lá.

E eu fiquei com medo de que agora, talvez, ele não estivesse mais.

Sentia que Harry era tudo o que me botava de pé. Ele era um tipo de porto seguro que eu sabia que se algo me amedrontasse ele iria me confortar sem nem mesmo perguntar o porque.

Mas não sabia se ele iria ser esse porto seguro agora, depois que eu o decepcionei.

Fiquei estática, sentada na maca da enfermaria, quando Harry me disse que ele iria pro Ministério para enfrentar Voldemort. E o pior é que ele sabia que ele poderia não voltar. E ele estava sendo sincero.

Senti as lágrimas se formando nos meus olhos, mas não era porque ele iria pra uma luta que talvez possa ser seu fim. Eu estava chorando porque me sentia culpada. Culpada por toda a decepção que eu sentia nos olhos de Harry. Ele estava desapontado comigo. Na verdade, até eu estava desapontada comigo mesma.

Mas o motivo principal dessa minha culpa era que eu não tinha o retribuído. Não tinha retribuído nada do que ele fez por mim quando tínhamos dez anos. Não tinha retribuído por ele ser o meu irmãozinho, o meu Harry. Nunca tinha o retribuído por ter os olhos dela.

Mas eu queria retribuir agora. Arriscando a minha vida por ele.

– Vou junto. - Disse simplesmente, ainda estática pelo efeito da notícia. Ele balançou a cabeça.

– Não, Lily. - Ele disse olhando para baixo - Você não vai. Tem uma criança na sua barriga agora. Tem que ser responsável.

– Harry, não vou deixa-lo ir. Não posso simplesmente...

– Lily. - Ele disse sussurrando - Não quero que você vá.

Meu músculos enrijeceram com sua fala. Pode parecer besteira o fato de que ele não queria que eu fosse me fizesse perceber que ele realmente não queria a minha presença, em nenhum lugar. Porque ele também sabia que eu não tinha o retribuído.

As lágrimas desciam rapidamente pelo meu rosto.

– Harry...

– Não, Lily! Você tem que ser responsável! Você não pode ser arriscar ao ponto de ir pra um luta!

– Não significa que tenho que deixar o meu irmão ir! - Gritei. Céus, como isso doía. Porque no fundo eu sabia que isso não era só pela gravidez. Ele não me queria lá porque ele teria certeza que iria voltar, e se eu fosse ele também não teria certeza que eu iria voltar.

Mas Harry sempre voltava pra mim. Ele era parte de mim. Nós dividimos o mesmo ventre, crescemos juntos e compartilhamos a mesma dor. Éramos cúmplices.

– Não pode ir. Voldemort vai te usar contra mim porque você está vulnerável. - Harry disse.

– Começamos isso juntos. - Continuei gritando e me levantei da maca em desespero - Não pode acabar desse jeito!

Ele sabia que eu não iria impedi-lo de ir, mas sabia também que eu não deixaria de tentar que ele voltasse. E foi ai que eu percebi. Era uma despedida. E Merlin sabia que eu odiava despedidas.

– Nunca se esqueça de que eu te amo. - Ele sussurrou e eu percebi que ele também estava chorando.

– Não. - Eu disse e o abracei. Senti que ele me abraçou de volta. - Não, Harry. Eu perdi os meu pais, praticamente não tenho onde morar e carrego uma vida no meu ventre. Não posse te perder.

Ele levantou o meu rosto e abriu um sorriso, com belo contraste quando comparado com suas lágrimas.

– Você não vai me perder. - Ele disse.

– Como pode ter certeza?

– Não tenho.

– Vou com você. - Disse e quando Harry abriu a boca para argumentar o interrompi - Não vai me impedir. Se você for, eu vou junto.

Ele suspirou e assentiu. No fundo, ele sabia que eu iria com ele.

Peguei a minha varinha que estava na estante do lado da maca, calcei os meus sapatos e andei junto com Harry até a porta da enfermaria, mas parei quando ele segurou o meu braço.

– Me prometa que não vai lutar, que vai ficar escondida. - Ele disse.

– Prometo. - Menti. Ele assentiu e saímos da enfermaria.

Eu estava seguindo Harry, porque sinceramente não sabia como iríamos chegar no Ministério.

Me surpreendi quando estávamos subindo as escadas para a sala de Umbridge. Me surpreendi mais ainda quando encontrei alguns membros da A.D na frente da porta. Luna sorriu pra mim.

– Soube da notícia! - Ela disse sonhadoramente - Parabéns!

Ela acariciou meu ventre enquanto eu dava um sorriso forçado.

– Está tudo limpo e Hermione já está lá dentro. - Disse Gina olhando pra Harry de uma forma nada discreta. Harry assentiu sem perceber o carinho que vinha da ruiva.

– Eu vou checar uma coisa com Hermione dentro da sala, você fica aqui com eles. Harry disse e entrou na sala.

Olhei para Neville, Ron, Luna e Gina sem ter o que falar e totalmente envergonhada. Sim, eu estava envergonhada por estar grávida, mas não significa que estava arrependida.

– Você não devia estar aqui. - Rony disse e entrou na sala. Senti que as lágrimas estavam querendo escapar novamente.

Alguns minutos se passaram e eu comecei a ficar preocupada. Minha preocupação aumentou quando vi uma silhueta gorducha e baixa. Olhei para os outros que assumiram uma forma tensa.

A "Brigada Inquisitorial" estava logo atrás de Umbridge, o que significa que Draco estava ali, no mesmo recinto em que eu e o seu filho estávamos. Era tão estranho pensar que eu estava grávida de Draco Malfoy. Era estranho pensar que eu teria uma coisa que também seria dele pelo resto da minha vida. Era completamente estranho pensar que o meu filho não era só parte de mim, mas parte dele também.

Mas ele nunca saberá. Ele encontrará outra família, com outra mulher, e será feliz com seus outros filhos. Só de pensar nisso me dava náuseas. E ele nunca saberá do meu filho.

Meus olhos se encontraram com os dele, mas eu não sustentei. Doía demais.

– Vocês acham mesmo que eu deixaria a minha sala sem nenhuma proteção? - Umbridge falou. - Seus tolinhos, nunca ousem me desafiar.

Toda aquela falsa delicadeza me deixava nos nervos.

Os momentos seguintes aconteceram tão brevemente que tive a sensação de estar perdendo algo. Minha varinha voou para as mãos de Draco e um segundo depois o mesmo me levava para dentro da sala de Umbridge.

A velha começou a dar um discurso que eu sinceramente não estava nem ai. As mãos de Draco nas minhas, que estavam tremendo, estavam me distraindo.

Subitamente alguém abriu a porta.

– A senhora queria me ver, diretora? - Snape falou olhando para cada um de nós, mas seus olhos pararam em mim e depois fizou o olhar em Draco. Ouvi o loiro xingar o professor.

– Ah, Prof. Snape - Disse Umbridge - Sim, gostaria que me desse mais um frasco de Vetaserum, o mais depressa possível, por favor.

– A senhora trouxe o meu último frasco para interrogar o Potter - Disse ele estudando-a com calma - Certamente a senhora não o gastou todo? Eu a previni que três gotas seriam o suficiente.

– M-mas o senhor pode preparar mais um pouco, não pode?

– Com certeza - Respondeu Snape - Leva um ciclo de plenilúnio para maturar, portanto eu o terei pronto mais ou menos dentro de um mês.

– Um mês? Mas eu preciso disso para hoje, Snape! Acabei de encontrar o Potter usando a minha lareira para se comunicar com pessoas desconhecidas.

– Bom, não me surpreende - Os olhos dele perfuraram os de Harry de tal maneira que até mesmo eu me encolhi nos braços de Draco.

Harry estava inquieto na cadeira.

– Ele tem Almofadinhas! - Gritou - Tem Almofadinhas no lugar em que está escondido!

Snape, que estava fazendo seu caminho para a porta, parou no meio do caminho.

– Almofadinhas! - Exclamou a Prof. Umbridge - Quem é Almofadinhas? Onde e o que está escondido? O que é que ele está dizendo, Snape?

Meu coração parou de bater por um segundo, e logo estava querendo pular para fora do meu peito. Então era pra isso que Harry queria ir no Ministério? Porque Sirius estava preso nas mão de Voldemort!

Snape se virou para Harry calmamente e o olhou de cima a baixo, como se o avaliasse.

– Não faço ideia - respondeu com frieza.

Snape fechou a porta com um estalo e tudo pareceu estar rodando. O aperto de Draco na minha mão se afrouxou, o que me fez soltar um muxoxo, mas suas mão logo estavam na minha cintura me dando mais firmeza.

– Muito bem - Umbridge falou com o rosto pálido e puxou a varinha - Você não me deixa alternativa... isto é mais que um caso de disciplina escolar... é uma questão de segurança ministerial... sim... sim.

Ela parecia estar focada nos seus próprios pensamentos, como se queresse se convencer de alguma coisa.

– Você está me obrigando... eu não quero... mas as circunstâncias justificam o uso... A Maldição Cruciatus deverá soltar a sua língua.

– Não! - Fui a primeira a gritar. Senti Draco apertar as suas mão ainda mais em minha cintura. - Isso é ilegal!

– O que Ministro pensará? - Gritou Hermione. - Ele não iria querer que a senhora desrespeitasse a lei!

– O que Cornélio não vê, Cornélio não sente. - Disse ao apontar a varinha para o meu irmão.

Me esperneei contra os braços do loiro atras de mim. Fui virada pelo mesmo a modo de olhar seus olhos que tinham o semblante preocupado. Quando pensei na cena de Harry sendo torturado, não consegui conter as lágrimas. Sem nem mesmo pensar, abracei Draco o mais forte possível. Não porque eu o amava, mas porque eu estava precisando daquilo desde que acordei na enfermaria com a notícia se que estava grávida.

Cru...

– NÃO! - Ouvi Hermione dizer - Não... Harry... Temos que contar pra ela!

– Nem pensar! - Harry berrou

– Teremos, Harry! Ela obrigará você a falar, do que adianta? - Ouvi os soluços de Hermione. Me apertei mais no abraço de Draco.

– Ora, ora, ora! - Umbridge falou. Mesmo de costas pude perceber que ela estava sorrindo - Vamos! Me fale!

– Não... - Sussurrei não porque não queria que ninguém me ouvisse, mas porque minha voz não saia.

– Desculpe... Desculpe, gente... - Hermione choramingou - Não dá pra aguentar....

– Fale! - Umbridge praguejou - Com quem Potter estava tentando falar ainda há pouco?

– Bom - Hermione continuou - Ele estava tentando se comunicar com Dumbledore.

Todos naquela sala pareciam ter congelado. Harry estava tentando se comunicar com Prof. Dumbledore?

– Dumbledore! - Umbridge pareci a única que estava feliz na sala - Você sabe onde Dumbledore está, então?

– Bom... não! Mas sabemos onde a sua arma está! - Hermione continuou.

– Arma? - Umbridge parecia estar aflita - Me leve até ela!

– Não vou mostrar a eles! - A castanha falou.

– Muito bem. Só vamos ser eu e você. Ou melhor, levaremos Potter também. Levante-se agora, andem!

E então a porta foi aberta e logo se fechou com um clic.

Draco me soltou, o que me fez o encarar e enrubescer. Com um puxão ele me levou para fora da sala.

– Vá, saia! - Ele disse frio me jogando de volta a minha varinha - Isso não é pra você.

E ele entrou na sala de novo. Simplesmente saiu.

A raiva se espalhou pelo meu corpo. Era isso o que ele me dizia depois de tudo? Mas eu fui uma tola. Tola ao pensar que ele ao menos se importaria comigo. Mas ele nunca se importou.

Desci as escadas e fui à procura de Harry e Hermione.

***

– Tem certeza que podemos montar nisso? - Rony perguntou encima do testrálio.

– Claro que sim! Eles são muito gentis! - Luna disse montando em um.

– Diz isso porque você consegue ver eles! - Rony respondeu.

– Diz isso porque você não consegue ver eles! - Respondi olhando o bicho de escamas pretas.

Me apertei mais na cintura de Harry quando o bicho começou a andar e logo ele levantou vôo.

***

O Ministério parecia ser mais um palácio abandonado. Toda aquela estrutura era magnífica e qualquer um que entrasse nele prestaria atenção na sua construção, ela parecia contar um história.

Entramos todos no elevador e apertamos o botão nove, rumo ao Departamento de Mistérios.

Meu coração estava querendo sair pela boca, e quando o elevador foi parando lentamente e abriu as portas, eu simplesmente não consegui sair. Não que minhas pernas não me obedecessem, eu só não queria sair dali. Porque eu só teria a perder. Se algum de nós, sem contar a mim, morresse aqui, eu iria ficar arrasada. Se Harry morresse aqui, eu iria ficar sem o meu chão. Se eu morresse aqui, eu nunca teria um futuro. Eu nunca daria um futuro para o meu filho.

Harry pareceu notar a minha hesitação e veio até mim.

– Se quiser ficar aqui vigiando tudo bem!

– Não - Neguei com a cabeça - Estamos juntos nessa.

Peguei a sua mão e então saímos do elevador em direção à várias portas.

Mas tinha algo de errado. Afinal, eram várias portas. Pelo que Harry me contou do seu sonho, era apenas uma porta. O que significava que teríamos que entrar em todas elas para saber a verdadeira.

– Qual delas é, Harry? - Hermione perguntou.

– Não sei. - Sussurrou Harry com indignação. - Não tinham outras portas em meu sonho. Tinha apenas uma.

– Vamos ter entrar em todas então. - Neville disse desnecessariamente. Senti pena dele, parecia nervoso.

– Vamos nessa primeiro. - Disse Harry se dirigindo para a primeira à direita, mas Hermione o parou.

– Para não nos perdermos. - Ela disse enquanto maraca um "X" de fogo na porta.

A primeira sala não tinha nada de interessante, a não ser que você ache cérebros dançantes um coisa interessante. Na segunda, sim. Tinha algo que me chamou atenção, um arco, e dentro dele havia uma névoa. O que aquele arco significava? Eu não sei, mas era sem dúvidas uma coisa que prendeu a minha atenção.

Quando abrimos a terceira porta Harry murmurou que era a porta. Seguimos um Harry apressado até o corredor noventa e sete.

– Está bem no finalzinho, venham! - Harry falou andando.

– Harry... - Hermione falou. Olhei pra onde ela estava. De todas as bolas prateadas a que Hermione olhava era a mais brilhante. Cheguei mais perto.

– Harry! - Rony falou mais alto. Prendi a respiração quando vi o que estava escrito na prateleira.

– Harry... - Foi mais como um suspiro, um medonho suspiro que soltei.

– Que? - Harry vociferou. - Sirius não está aqui!

Harry parecia desesperado.

– Você já viu isso daqui? - Rony disse enquanto ele e Hermione se afastavam e davam espaço para Harry se colocar do meu lado.

Quando Harry leu o que estava ali, xingou algo, mas eu não dei atenção, pois nosso sobrenome estava ali.

S.P.T. para A.P.W.B.D

Lorde das Trevas

e (?) Potter

A primeira coisa que fiz quando ouvi a voz foi botar a mão sobre meu ventre. O avô do meu filho estava ali.

– Muito bem, Potter's. Agora se virem, muito devagarzinho, e me entreguem isso.


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Notas finais do capítulo

E ai, gatos e gatas??????? Reviews????



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