Chegamos até a sua casa que era grande e bonita e ficava naquela em uma rua perto da minha, uma rua calma.

Eu entrei mais fiquei meia sem jeito e ele percebeu porque logo disse que eu não precisava ficar tímida, que podia ficar a vontade em sua casa.

Quando ele disse aquelas palavra eu fiquei corada. Coloquei a minha bolsa em um canto e me sentei no sofá.

-Eu já volto – Ele disse se afastando e subindo as escadas.

Fiquei observando a casa dali da onde estava. Sua sala era grande e tinha um piano lindo que me fez lembrar a minha antiga cidade. Eu fazia aula de piano e eu era considerada um talento, pois em pouco tempo eu já havia aprendido a tocar varias coisas diferentes e cheguei a compor uma melodia. Senti saudade daqueles velhos tempos, e esses pensamentos me distraíram um pouco mais a tensão voltou quando percebi que o gakupo já havia voltado e desta vez estava com uma roupa diferente.

Sentamos no tapete de frente a mesinha de centro que fica na sala e começamos a preparar o trabalho que foi rápido, pois eu já tinha quase todo o conteúdo pronto.

Ficamos conversando sobre algumas coisas como o que eu estou achando desta cidade ou como era a minha vida ante de me mudar para cá. Ele também contou algumas coisas sobre ele e sem percebemos já tínhamos terminado todo o trabalho.

Arrumei as minhas coisas e comecei a ficar nervosa novamente porque eu tinha prometido a mim mesma que contaria ao gakupo sobre os meus sentimentos sem hesitar.

- Ei luka – Ele me chamou e eu o olhei – Você não que ir à sorveteria comigo? Aquela da praça perto da sua casa?

Eu demorei um pouco para absorver suas palavras e depois balancei a cabeça positivamente, afirmando que eu queria ir com ele. Essa seria a chance perfeita para falar com ele.

- É que eu queria falar algo com você – ele continuou - e é algo importante que não da pra deixar para depois.

O que será que ele queria falar comigo? Agora eu havia ficado curiosa para saber o que era de tão importante que não dava para falar depois.

Fomos caminhando em direção à sorveteria, pegamos dois picolés um de morango para mim e um de uva para ele. Depois ficamos andando pela praça e resolvemos sentar em um dos bancos.

Ficamos em silencio por um tempinho observando a paisagem, o sol estava se pondo e o céu estava em um tom alaranjado lindo que fez todo aquele momento ficar especial.

-Luka, o que eu queria te falar de tão importante - ele disse quebrando o silencio – é algo que eu não sei se você vai aceitar ou não, principalmente pelo fato de nos conhecermos a pouco tempo, mas já posso dizer que o que eu vou lhe dizer é real e verdadeiro.

Suas palavras chamaram o minha atenção, será que ele tinha a mesma intenção que eu? Será que talvez ele tenha algum sentimento a mais por mim?

-Eu sempre fui bastante popular- ele prosseguiu- principalmente com as meninas, mas nunca consegui encontrar ninguém que fosse diferente, que gostasse de mim de verdade e não só pela beleza ou coisas assim. Pra mim todas as garotas eram iguais e isso já estava me fazendo perder as esperanças de encontrar alguém especial. Só que um dia eu estava andando de bicicleta por ai e esbarrei na pessoa que me fez mudar completamente os meus conceitos. Alguém por quem vale a pena acreditar ser diferente e que prova isso a cada minuto que eu passo ao seu lado... Luka você Sabe de quem estou falando não é? E eu queria saber se você poderia corresponder aos meus sentimentos, se você sente algo por mim.