Tudo Começa, Com Um Tropeço. escrita por Katniall


Capítulo 8
Oitavo Capítulo - I Love You




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O tempo passa mais rápido que um piscar de olhos, no meu caso o tempo passa mais rápido que um batimento cardíaco.

Hoje, é sexta-feira, o ultimo e milagroso dia da semana. Depois de amanha será véspera de Natal, que por coincidência também é o meu aniversario. Rob falou a semana inteira que me daria um presente simples, mas quando ele diz “presente simples” é no mínimo um Porshe Amarelo. E eu não posso dar um presente tão bom em troca, mas estou trabalhando num CD com todas as nossas musicas preferidas, é de um tanto cafona afinal. Mas tudo bem, o que importa é a intenção, eu acho.

“Manson.” – chamou o Sr.Rogers, meu chefe.

“Sim?” – perguntei.

“Você pode ficar aqui até ás oito da noite?” – disse com um ar severo.

“Ai, é que... Tudo bem eu fico.”

“Obrigado.”

“Vou ter que ficar aqui até ás oito, okay?” – mandei a mensagem para Rob. E logo em seguida respondeu:

“Nossa que tarde! O que houve? Muitas revisões?”

“Não sei direito, Sr.Rogers mandou.”

“Ah, certo. Quer que eu te pegue aí?”

“Não é preciso.”

“Certo, te amo.”

“Também.” – respondi por ultimo acabando com a troca de mensagens e me focalizando no trabalho. Com o tempo percebi que as revisões foram se tornando muito fáceis. Ficava até prazeroso, de certa forma. Coloquei os fones de ouvido, para não tornar muito tedioso. Começou á tocar The Smiths e eu relaxei na cadeira enquanto fazia as revisões.

“Ira, não está no seu horário?” – disse Rosalie apontando para o relógio.

“Ah, Rogers pediu eu ficar aqui até as oito hoje.” – respondi.

“É que já são seis da tarde. Logo vai escurecer, pode ficar perigoso...”

“Eu não sei por que você tem tanto medo, afinal qual o problema? Nada de mais pode acontecer!”

“Depois que a minha tia-avó Berta foi estuprada, eu prefiro não andar sozinha.”

“Eu não vou estar sozinha, Rose.”

“O Robert vai estar com você né?”

“Não há necessidade. Em New York existem muita gente nas ruas, eu não vou ser pega no meio da multidão.”

“Sei. Beijos.” – ela disse e virou as costas indo embora.

“Não entendo. O que há demais em sair sozinha á noite?”, pensei e logo depois voltei ao trabalho.



“Manson, pode ir.” – disse Sr.Rogers ás oito horas da noite.

“Ah, obrigada Sr.Rogers!” – eu disse pegando minhas coisas.

“Por nada, essas revisões que você fez hoje ficaram ótimas.”

“Ah, nossa que estranho. Obrigada, eu acho.” – eu disse querendo muito acabar com a conversa e ir pra casa.

“Boa noite Manson.”

“Boa noite Sr.Rogers.” – disse passando pela porta de vidro.


Estou ainda á duas quadras de casa, que droga. Bem hoje que eu gostaria de ficar juntinha do Robert, vou demorar ainda uns dez minutos pra chegar em casa neste ritmo.

“Ei gostosa aonde você ta indo?” – perguntou um cara bêbado na rua. Ignoro.

“Nossa essa daí gosta de se fazer de difícil, minhas preferidas!” – diz o outro bêbado.

“Gostosa vem ni mim!” – diz mais um.

“Vão se ferrar!” – grito tentando andar mais rápido.

Os três bêbados me seguem, saio correndo. Um agarra meu pulso.

“Hmmm, que pele macia...vamos ver se o resto do seu corpo também é...” – diz o primeiro bêbado.

“Só depois de eu conferir se você tem mesmo peitos tão bonitinhos...” – diz o segundo se aproximando.

“ME LARGA!” – tento sair de seu aperto, é difícil.

“Vamos dar uma olhadinha só em você querida.” – diz o terceiro pegando meu outro pulso.

“Por onde podemos começar?” – diz o segundo.

“Vamos ser rápidos, na rua fica difícil...” – diz o primeiro.

“Então vamos começar pelos peitos...”

“ME SOLTEM! SOCORRO!” – eu berro com força.

“Ssssshiu garota.” – diz o primeiro.

“VÃO EMBORA SEUS VAGABUNDOS!” – eu berro novamente.

O segundo bêbado, pega um pano qualquer do bolso e amarra minhas mãos.

“PAREM, PAREM! VÃO EMBORA! ME DEIXEM EM PAZ!” – continuo berrando.

O terceiro me joga no chão.

“Hmm delicia.” – diz o terceiro subindo em cima de mim, e estendendo suas mãos para tocar meus seios.

“SAI SEU VAGABUNDO NOJENTO!” – berro e cuspo nele.

“Vamos acelerar o processo rapazes.” – diz o primeiro.

O terceiro vai tirando minha blusa...

“Por favor, por favor, por favor, socorro!” – eu penso desesperada. Agora estou sem minha blusa só de sutiã, puta merda.

“SAIAM DE PERTO DELA! FILHOS DA PUTA!” – diz uma voz ao fundo, não é nenhum dos bêbados. – “ENTRA NO CARRO IRA!”

Eu corro pra dentro de um carro conhecido, ainda só de sutiã. Percebo que lágrimas escorrem pelo meu rosto, abraço minhas pernas com medo. Logo o homem volta pro carro e acelera na direção oposta de minha casa.

“Você está bem Ira?” – pergunta.

“Sim, eu acho.” – olho de canto para ele, é o Rob, graças á deus!- “obrigada, obrigada, obrigada Rob.”

“Porque você estava andando na rua á essa hora?!” – diz com uma voz nervosa.

“Meu chefe pediu para eu ficar até mais tarde, você sabe disso.”

“ARGH! Porque não deixou eu ir te buscar?!” – diz ainda puto da vida.

“Como eu ia saber que iria ter estupradores no meio da rua?!”

“ARGH!” – ele rosna.

“Obrigada.” – apenas digo, não querendo o deixar ainda mais nervoso.

“Coloque minha jaqueta.” – ele diz e empurra sua jaqueta para mim. Eu a visto e fecho o zíper, afinal ainda estou de sutiã.

“Onde está me levando?”

“Minha casa.”

Eu amava a casa de Rob, era fantástica! Mas eu não estava com animo, e muito menos vontade de ficar feliz com isso. Se Rob não tivesse chegado na hora, eu teria sido estuprada, graças á Deus que ele apareceu!

“Eles te machucaram?” – disse com uma voz mais calma.

“Não.” – disse seca.

“Graças á Deus, eu achei que eles tivessem...”

Eu não estava mais agüentando em pensar em todas as coisas que poderiam ter feito comigo, então decidi mudar de assunto.

“Rob, sua mãe está aí?”

“Não, ela voltou pra Londres.”

“Que bom, não queria que ela me visse pela primeira vez só de sutiã.”

“(risos), ela não iria te aprovar de qualquer jeito.”

“Imagino.”

Chegamos á sua casa, sai do carro sem pressa. Ele abriu a porta da casa super chique pra mim. Estava bem calor lá dentro, então tirei sua jaqueta.

“Aqui a jaqueta.” – digo dando sua jaqueta.

“Obrigada.” – diz ainda me olhando da cabeça aos pés.

“O que foi? Parece que nunca me viu de sutiã.”

“Não é que você está meio suja, é melhor tomar um banho.”

“Ah, sim é verdade.” – digo seguindo para o quarto de Rob, onde se encontra o banheiro. Me tranquei ali dentro, tiro a calça jeans, o All Star, as meias, minhas roupas intimas e entro no banho. Eu estava mesmo suja, eles me jogaram no chão imundo de New York, não é a toa que estou suja. Depois que terminei o banho peguei uma toalha e me enxuguei. “Merda. Esqueci de pegar alguma camiseta do Rob.” – pensei, me enrolei na toalha e abri uma frestinha da porta. Ele não estava no quarto, milagre! Corri para o seu armário e peguei uma camiseta velha e corri de volta para o banheiro na velocidade da luz. Vesti a mesma calçinha de antes e a camiseta. A camiseta ficou gigantesca em mim, era do tamanho de um vestido. Lembrando: sou baixinha tenho 1,59. Saio do banheiro, Rob está no quarto vendo TV. Sento ao seu lado casualmente, ele me olha da cabeça aos pés novamente.

“Beeem melhor.” – ele diz.

“Como você sabia onde eu estava?” – perguntei intrigada.

“Rosalie me ligou falando que era para eu te seguir, que não era seguro. Ela tinha razão. Ninguém nunca mais vai tocar em você, eu prometo.” – ele diz carinhosamente, me abraçando.

“Eu te amo.” – eu digo retribuindo o abraço.

“Eu também te amo.” – saindo do abraço para me dar um beijo. Aproveitei que ainda estava com meus braços em volta de seu pescoço para arranhar sua nuca com minhas unhas, intensificando o beijo. Ele passou os braços pela minha cintura delicadamente, me puxando para mais perto. Ele me joga contra a cama delicadamente, sem desmanchar o beijo. Repentinamente meu corpo eletrizou-se como se eu tivesse tocado em uma tomada. Mas ainda sim era uma sensação sem igual, boa, louca. Robert beijou-me de forma calma e eu, voraz, não o permitir continuar tão quieto. Envolvi seu corpo com as pernas e agarrei-me em sua nuca, fixando meus dedos em seus cabelos bagunçados. A cada movimento dele e meu, um maior desejo se aflorava, já tinha provado aquele desejo eletrizante antes com ele, pouco importava. Movimentos, roupas despidas, beijos, choques de desejo delicados. Uma noite inesquecível.






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