“O amor é irracional, eu lembrei pra mim mesma. Quanto mais você ama alguém, menos sentido as coisas fazem.” – Stephenie Meyer.

Alguns meses depois.

Não tenho do que reclamar. Minha vida não poderia ser melhor, tenho a melhor amiga do mundo e o melhor namorado do mundo. Mas ainda sim, não consigo entender o que está acontecendo. Faz uns meses desde que eu e Rob começamos á namorar, ele não gosta de muito contato físico, ele me olha como se eu fosse uma bolha, frágil e temporária. Ele também se tornou muito super protetor, toda vez que um homem olha pra mim, ele insiste em fuzilar bastante o cara. Eu não quero isso, eu não sei exatamente o que eu realmente quero. Quanto tempo vai durar, eu quero ter certeza, eu preciso. Tornei ao ponto de apenas ter certeza, vendo com meus próprios olhos.

“Hey, você ta bem Ira?” – Rob me perguntou passando seus braços por minha cintura como sempre.

“Sim.” – disse seca, de mau humor.

“Não parece.” – ele disse e me deu um beijinho nas maças do rosto.

“É só toda essa chuva, me dá nos nervos.”

“Chuva? Estava achando que fosse algo serio.”

“Chuva é algo serio, ter que ir a pé pro trabalho na chuva é um saco.” – eu admiti nervosa.

“Mas você não queria que eu te desse um carro.”

“Não quero, só estou de mau humor hoje.”

“Hoje, ontem, antes de ontem. Qual o problema?”

“Ainda não consegui terminar o artigo, e vence essa semana. É a minha chance, mas e se sair mal por que eu não sei nada do assunto?”

“Mas o artigo é sobre celebridades, porque não eu?”

“Porque eu não quero que meu namorado apareça no New York Times.” – eu disse brava.

“Eu apareço em todo lugar, Darling.” – ele disse me abraçando.

“Eu sei disso. Mas enfim, preciso de outra pessoa, você sabe de alguém?”

“Tem a Evvy, minha amiga.”

“Evvy?”- eu disse mais uma vez nervosa.

“Evanna Lynch.”

Eu pensei um pouco, e lembrei.

“É a Luna de Harry Potter, certo?”

“É.” – ele disse rindo, eu adorava sua risada – “Eu meio que sou amigo dela, nos conhecemos nas filmagens de Harry Potter na verdade.”

“Sempre preferi Senhor dos Anéis.”

Ele riu mais uma vez e me beijou rapidamente.

“Evvy é gente boa, você vai ver.”

“Vou sim, é claro que vou.” – eu disse o provocando.

“Seria mais fácil se você fosse mais carismática com ela.”

“Bom, como você disse “seria”, ela te conhece desde que você tinha dezessete. E eu te conheço á 5 meses, não é justo. E eu não tenho um apelido fofo desses, “Ira” não é um apelido, é uma droga.”

“Certo, então terei que te chamar de Safira?” – ele disse com uma cara de sofrimento.

“O que? Não gosta de Safira mais?”

“Não, eu só prefiro Ira mesmo.”

“Eu prefiro que você não se sacrifique pelos meus artigos, Rob, me chame de Ira e ponto final.” – eu disse me aproximando dele- “eu consigo, em New York deve ter muitas celebridades. Internet serve pra isso, ué.”

“Prefiro que seja alguém que eu conheça.”

“É só uma mini entrevista, meia hora no máximo.”

“Assim espero.” – ele disse enquanto roubava um beijo de mim.

“Eu te amo.”

“Eu também.”

Personagem Narrando: Robert Pattinson.

Namorar Ira é uma sensação que nunca tive antes, eu sinto que eu tenho que proteger ela, ela é tão delicada e frágil. Por isso eu preferia que ela fizesse essa entrevista com alguém que eu conheça, Evvy não se importaria nem um pouco. Mas ela ficou mais teimosa de uns tempos pra cá, por causa do trabalho dela, ela esperava que dessem á ela mais artigos. Ela continua com as revisões. Se eu pudesse fazer algo... Não, não devo pensar assim. Ira já ficou muito brava comigo por causa disso.

Hoje não foi diferente, Ira continua equivocada com isso. Mas continuo sentindo que não é só isso que está a incomodando, eu gostaria de poder saber. Eu gostaria. Já pensei em bisbilhotar coisas, mas Ira ficaria brava comigo. Já pensei em interrogar-la, mas ela ficaria brava comigo. É melhor deixar quieto.