Tudo Começa, Com Um Tropeço. escrita por Katniall


Capítulo 6
Sexto Capítulo - The Tranquility of Uncertainty


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem s2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/309309/chapter/6

Doze semanas depois.

Ele me liga todo dia, mas eu não atendo. O pior é que ele é muito persistente, ele não consegue parar de me ligar! Minha rotina não mudou nada depois que eu sai do hospital, tenho ido ao trabalho todos os dias e volto em casa á tempo de fazer o jantar de Alison, é como se ele nunca tivesse existido. E acho que é melhor assim, eu não quero encarar a verdade. A verdade é que eu continuo apaixonada por ele, eu me apaixonei por tudo nele e quero esquecer de tudo dele.

Todos no trabalho começaram a me olhar torto desde que souberam que eu estava saindo com Robert Pattinson, como por exemplo “O que ele viu nela?”, eu também não entendo como tudo chegou á esse ponto. Ele tropeçou em mim, mas não precisava me chamar para tomar um café e me dar seu telefone. Eu tentava não me questionar sobre tudo aquilo, mas também era difícil. Eu tentava ignorar o fato de estar o magoando da mesma forma que ele me magoou, chegava a ser hipocrisia.

Eu não pareço mais a heroína na história, mas sim a vilã. Eu deveria ligar pra ele. Eu não deveria ligar pra ele. Eu deveria ligar e depois desligar. Eu gostaria de ouvir sua voz. Eu não quero contato com ele novamente. É uma merda estar apaixonada por uma pessoa de um mundo tão diferente do meu. Eu não sei o que fazer. Eu só sei que o amo, demais, levou três meses para perceber mas agora eu sei. O dia era 21 de maio de 2012 quando eu liguei para ele.

“Alô?” – eu disse enquanto meu coração palpitava.

“IRA, MEU DEUS VOCÊ ESTÁ FALANDO COMIGO!” – ele disse, parecia feliz.

“(risos), estou.”

“Meu deus, eu não acredito!”

“Podemos recomeçar tudo de novo, e esquecer tudo o que aconteceu, Rob?”

“Claro, claro, claro.”

“Certo, que tal irmos no cinema hoje?”

“Pode ser, te pego ai que horas?”

“Oito.” – eu disse me lembrando do nosso primeiro encontro.

“Certo, estarei ai!”

“Tchau.” – eu disse seca.

“T-tchau.” – desliguei.

Primeiro, fiquei feliz, por que finalmente tomei uma decisão concreta. Depois, fiquei confusa, será que eu não estou sendo precipitada novamente?! E por ultimo, desesperada, o que diabos eu iria vestir?! Eu tinha que ficar perfeita.

Corri para o guarda-roupa. Eu queria dessa vez ser eu mesma, só eu e ele. Queria que fosse eu mesma, sem saias ou coisas que não fossem meu estilo, mas que ainda ficassem lindas em mim. Peguei uma calça jeans e uma blusa qualquer, e deixei separado. Corri para um banho, e depois para deixar minha cara mais apresentável.

Eu estava pronta e ainda faltava quinze minutos. Fiquei esperando no meu quarto com o celular nas mãos. De repente ele tocou, era Rob.

“Oi.” – eu disse.

“Oi, estou aqui embaixo.”

“Certo, já estou indo.” – desliguei. Suspirei por um momento, e tive certeza que eu estava sim fazendo a coisa certa. Sai do apartamento ansiosa e ao mesmo tempo com muito receio.

Ele estava novamente á poucos metros de mim, engoli em seco e respirei fundo procurando mais oxigênio. Segui em linha reta até ele, esperando que tudo saísse certo. Sorri para ele, com os olhos emotivos, e repentinamente eu o abracei e disse feliz.

“Me desculpa!” – exclamei ainda em seus braços.

“Você ME perdoa, Ira?” – ele perguntou.

“Claro, claro, claro, claro, claro que sim.” – eu disse, ainda naquele agradável abraço – “ você é o meu melhor amigo, não quero te perder jamais!”

“E eu não quero te perder também Ira.”

Andávamos alegremente pelas ruas de New York, indo para o cinema. Era muito animador sair com ele novamente, era como se ele me desse mais vida!

O cinema estava quase vazio, e nenhuma garotinha conseguiu nos perturbar naquela noite. Pegamos um filme chatinho, mas ficamos conversando a sessão inteira. Foi uma noite tão agradável! Me senti amada mais uma vez, não me senti sozinha mais uma vez. Eu me senti completa, algo que eu não sentia fazia muito tempo.

Ele me levou para o meu prédio, como sempre. Mas nós sentamos nos degraus do prédio para poder conversar mais, uma parte da conversa foi realmente significativa para mim.

“Obrigada, senhorita Manson por trazer uma alegria tão inesperada de volta á mim. Obrigada por ser o que ninguém tentou ser e obrigada por ser tão compreensiva a ponto de me perdoar. Eu... não acredito que estou dizendo isso, mas Safira eu nunca trocaria qualquer momento junto de você por qualquer ouro em todo este mundo afora. Você tem caráter, tem personalidade e é tudo o que qualquer um desejaria, mas ainda sim consegue ser mais perfeita ainda quando diz que não é nem um pouco perfeita. Eu gostaria de dizer, que não agüento mais ficar esperando pelo momento certo Safira!”

“Momento certo?” – eu disse quase sem fôlego.

“Sim, este momento.” – ele disse, e se aproximou de mim e se inclinou delicadamente, como se eu fosse de vidro. Seus lábios roçaram nos meus e eu senti o que era esse tal momento. Eu passei meus braços em volta de seu pescoço, o aproximando ainda mais de mim. Pude sentir o beijo se intensificar e fraquejar. E quando ele se afastou alguns centímetros de mim ele disse:

“Você quer de uma vez por todas namorar comigo?” – ele disse me fitando delicadamente.

“É claro que eu quero.” – eu disse me aproximando novamente dele – “Eu amo você.”

“Eu também te amo.” – e assim começamos de onde o beijo acabou, ficamos mais alguns minutos ali juntinhos. Estávamos finalmente juntos, não éramos amigos, éramos namorados. Isso soava estranho. Estar namorando Robert Pattinson soava estranho. Ele era uma celebridade. Depois eu entrei no prédio, tendo quase um ataque cardíaco de felicidade. Eu nunca tinha me sentido tão feliz anteriormente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!