Encontros e Desencontros escrita por Juubs


Capítulo 17
Tudo pode piorar.




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CW: Eddie.- Falei assustada, ao me virar para trás.- Como voce entrou aqui?- Disse o encarando nos olhos.

E: Não importa o como, importante é que entrei.

CW: O que voce quer comigo?

E: O que voce acha que é?- Se aproximou mais de mim, eu recuava. Ele chegava mais perto, até me encostar à parede.

CW: Não se atreva a nada comigo!- O olhei fixamente, com as mãos tremulas.

E: É? Por que?- Lançou um sorriso ironico.- Não tem ninguem para te proteger Catherine. Eu sei que voce e o Gil brigaram, Vartan e Nick trabalhando... Não há como voce escapar.- Se aproximou de mim, sussurrando ao meu ouvido. Sentia a sua boca tocar de leve a minha orelha a mordiscando. Respirei fundo, espantada, engolindo o choro. Apalpava o meu bolso, tentando encontrar o meu celular. Porém, ele segurou a minha mao, me deixando surpresa.- Procurando o seu celular?- Voltou a me olhar.- Ou a sua arma?- Sorriu sarcastico.- Eu vi o cuidado que voce andou pela rua, o seu rostinho apavorado. E então, voce chegou em casa e achou que estava salva. Relaxou a sua arma e a sua bolsa, e nesse meio tempo, eu consegui descarregar a sua arma e pegar o seu celular. Então.. Catherine, voce só sai, quando eu quiser.- Falou me olhando fixamente, puxou a minha nuca e me beijou forçadamente. Mordi os seus labios, com raiva.- Violenta... eu gosto disso.- Sorriu ironico, sussurrando. Ele me apertou mais contra a parede, passando a mão por dentro da minha blusa. Mordiscava o meu pescoço, descia a sua boca para o meu decote, quando eu o empurrei com força. Chutando o seu membro.

CW: Seu nojento!- Limpei a minha boca.- Desista, voce nunca vai conseguir nada comigo, eu nunca vou ser sua!- Gritei. Ele voltou a me olhar nos olhos, sorrindo ainda. Ele voltou a se aproximar de mim. Eu recuava, tentei correr para outro comodo, mas ele me puxou com força pelo braço.- Me larga, voce está me machucando.

E: Voce não sabe o que é dor, ainda.- Falou me empurrando no sofá e, sentando em cima de mim.

CW: Se voce tentar me estuprar, eu vou contar para todos!- Gritei, elevando a minha cabeça.

E: Mortos não falam.- Sussurrou, fixando o seu olhar em mim. O olhei desesperada, começei a socar o seu peitoral com odio, tentando tira-ló de cima de mim. Mas, não consegui. O mesmo segurou o meu pulso com força, o prendendo no sofá.

CW: Me solta Eddie, me solta!- Gritei o mais alto que pude, ele deu um tapa na minha boca e logo depois a abafou.

E: Cala a boca.- Sussurrou.- Voce já está me irritando com esse seu jeito esterico e esses gritos! Desista Catherine, voce só sai daqui, quando eu quiser. São apenas 15:30, todos estão trabalhando, a sua rua está vazia, ninguem irá te escutar. Então, poupe sua voz.- Eu continuava a olha-ló assustado, mordi a sua mão o fazendo soltar a minha boca.- Cachorra!- Gritou, olhando a palma da sua mão vermelha. Em um subito ato, ele me deu um tapa no rosto, me fazendo chorar.- Eu tinha desejo por voce, eu queria voce sem esforço algum. Tentei pedir desculpas para ver o que acontecia, mas voce não as aceitou, pelo ao contrario judiou de mim. Eu fiz aquelas ameaças, quebrei o seu carro, não deixei nenhuma digital, te deixei com medo, coisa que eu gostei bastante. Amei ver como voce se tornou cuidadosa na rua, olhando para todos os lados, com medo de absolutamente tudo. E em casa tambem, em certa parte. Trancou janelas, as cobriu, trancou todas portas, aposto que se escondeu abaixo da cama tambem.- Riu.- Fez aqueles dois idiotas te protegerem, pois brigou com aquele valentão que me bateu. Mas, o lugar que voce deveria tomar mais cuidado, relaxou. Chegou em casa, se separou logo da arma e do celular... Não é tão esperta quanto eu pensava.- Sorriu sarcastico.

CW: Me diz Eddie, o que voce quer de mim?- Me virei para ele, tampando o meu rosto.

E: Nada, voce não tem mais nada a me oferecer.

CW: Então, vai embora da minha casa. E, eu prometo, que não conto nada do que ocorreu aqui, ninguem nunca vai saber do que houve aqui. Ninguem vai saber daquela carta e muito menos descobrir quem fez isso aquilo ao meu carro. Eu não vou comentar nada disso nem com a minha propria sombra, não vou prestar queixa.. Vou esquecer definitivamente que voce existe e voce, faça o mesmo.- Falei em um tom baixo, praticamente implorando. Ele me olhou indeciso.

E: É uma boa oferta.- Sorriu, colocando a mão no queixo e saindo de cima de mim. Ficou de pé, ainda me olhando. Eu me sentei no sofá, esperançosa, o olhando nos olhos.- Mas, não. Eu não aceito nada disso. Pois, eu sei que não vou conseguir esquecer de uma mulher que me rejeitou tanto, que judiou tanto de mim. E tambem sei, que voce não vai contar nada do que acontecerá aqui, para ninguem, pois voce terá muita vergonha, principalmente dos homens quando te olharem.

CW: Do que voce está falando?- Perguntei com medo, porém curiosa.

E: Não sei, deixa eu te fazer uma pergunta... Homens te olhando de cima a abaixo, jogando indiretas, se fazendo de  heróis e protetores para dormi com voce, não a incomoda?- Eu fiquei em silencio, levantando do sofá, quando ele me empurrou novamenrte.- Eu vou entender esse silencio como um sim.- Sussurrou, se ajoelhando e ficando a minha altura.- Então, eu vou te ajudar.- Sorriu, eu me virei para ele e, o mesmo acertou outro tapa em mim. Eu virei o rosto, segurando o choro ao maximo. Ele, ainda com o sorriso no rosto, puxou o meu cabelo e me jogou no chão com força. Se sentou em cima da minha barriga, tentando acertar golpes no meu rosto.- Eu os darei um motivo para nunca mais a desejarem, nunca mais.- Gritou, com odio na voz. Eu tentava defender o meu rosto, pondo as mãos a frente, mas o mesmo a arrancava com força, quase quebrando o meu braço. Por mais que eu lutava, não o conseguia tirar de cima de mim. Vi o meu celular, quase saindo do seu bolso e tentei pega-ló, arranhando o seu bolso de trás e o rasgando. Eddie percebeu que eu estava tentando pega-ló e torceu a minha mão, me fazendo gritar de dor.

CW: Para Eddie, para!- Gritei, quase sem animo, desistindo de tentar me defender. Ele rasgava a minha roupa, apenas me deixando de peças intimas, arranhou todo o meu corpo, me fazendo gritar desesperadamente. Ele batia no meu braço, deixando hematomas. Quando eu estava totalmente sem força, incapacitada de tudo, ele saiu de cima de mim e me olhou nos olhos, ainda com um sorriso. Deu um leve chute na minha perna e cuspiu em mim.

E: Isso ainda não acabou.- Falou baixo, eu entendi embolado. Mas, antes que ele pudesse sair da minha casa, consegui agarrar seu tornozelo, cravando as minhas unhas e tirando um pedaço da sua pele. Logo depois não vi mais nada, apenas desmaiei.

No dia seguinte, acordei machucada, no chão da sala. Levantava devagar, me apoiando na mesinha. Vi o telefone fora da tomada e meu celular não estava mais ali, então desisti de ligar para alguem. Subi devagar pelas escadas, me apoiando em tudo no caminho. Cheguei ao meu quarto, fui direto para o banheiro. Olhei-me no espelho e chorei desesperadamente. Meu rosto estava todo marcado, inchado e vermelho. Meus braços arranhados, alias, todo o meu corpo estava arranhado e roxo. Respirei fundo, limpei as minhas lagrimas e me recusei a olhar para o espelho novamente. Me despi e, entrei no chuveiro. O encarei por alguns segundos, tomei coragem e entrei embaixo d’agua. Fechava os olhos, sentia todo o meu corpo arder.

Depois de alguns minutos, sai de lá enrolada na toalha, fui em direção ao meu quarto e escolhi uma roupa mais confortavel, larga, para não tocar nos meus ferimentos. Peguei a minha caixinha de prontos socorros, me sentei na cama e passei o algodão no meu rosto, limpando mais o ferimento. Logo depois fiz os curativos, cuidadosamente.

Em meio a tanta dor, surgiu um sorriso no meu rosto, ao lembrar de Gil cuidando de mim e em seguida, relembrar toda a nossa primeira noite. As lembranças vinham a minha mente e me fazia por um certo momento alegre.

Logo depois, sai dos meus pensamentos, me maquiei para estampar parte dos ferimentos e pus um oculos escuros, coloquei os meus saltos e desci as escadas, um pouco mais agil. Peguei a minha bolsa e o molho de chaves, recarreguei a minha arma e, sai da minha casa. Olhei para os dois lados, entrei na garagem e sai com o meu carro em direção ao departamento.

Entrei com no departamento com um andar decidido, não olhava para os lados. Caminhava em direção a minha sala.

GG: Precisamos conversar Catherine.- Falou encostado na minha sala. Tomei um susto ao entrar.

CW: Não precisamos não.- Falei baixo, jogando a minha bolsa no sofá.- Saia da minha sala.

GG: Não vou, eu quero falar com voce.- Se aproximou de mim.- O que está acontecendo?

CW: Não está acontecendo nada.- Me afastei do mesmo, encostando na ponta da mesa.

GG: Não houve nada?- Sorriu sarcastico.- Soube que quebraram o seu carro, deixaram uma ameaça na placa.

CW: Pode ter sido um suspeito não muito satisfeito com o que as evidencias me dizeram.- Ironizei.

GG: Não seja ironica.- Me olhou fixamente, se aproximando de mim novamente.- Ontem você estava uma pilha nesse laboratorio. Se estressando facilmente, cuidadosa com todos os detalhes, atenciosa. Soube que voce gritou com a Judy, dizendo que ninguem deveria mais entrar na sua sala, nem mesmo a faxineira. A Wendy a viu, mexendo em uma carta no laboratorio e quando ela te perguntou o que era, voce fugiu. Saiu antes do turno, ninguem te viu... O que estava escrito naquela carta? O que está havendo com voce?- Falou firme, me encarando.

CW: Não está acontecendo nada. É apenas a pressão do trabalho, já que fui trocada de turno, contra a minha vontade.

GG: Para de mentir!- Gritou, segurando o meu braço com força. Eu olhei para o meu braço, com o rosto desconfortavel. Ele notou e, levantou a minha manga.- O que é isso? Onde voce arranjou esses arranhoes e hematomas?

CW: Não sei, não lembro... Devo ter batido em algum lugar.- Desvenciliei o meu braço do dele, saindo mais uma vez de perto do mesmo.

GG: Como voce não viu hematomas tão grandes?- Insistiu, vindo atras de mim.

CW: Ok Gil, se voce está tão interessado nessa bobeirinha, eu vou te dizer.. Eu cai da escada, está bem? Eu tropeçei e sai rolando, foi isso que aconteceu.- Falei nervosa, me virando para ele.

GG: Caiu da escada?!- Sorriu.- Eu não acredito que depois de tantos anos, voce ainda tenta mentir assim para mim, mesmo sabendo que eu a conheço como jamais ninguem nunca irá conhecer. Eu sei quando voce está com medo, sei quando mente... E nesse momento, eu posso afirmar, que  voce está apavorada.- Falou baixo, em um tom doce. Olhando nos meus olhos. Sem pensar em mais nada, eu o abraçei forte, chorando em seu peitoral. Ele passava a mão devagar pelo meu cabelo, beijando a minha testa.- Nem sempre voce pode resolver tudo sozinha, nem sempre voce precisa agir como se fosse a mulher mais forte do mundo, quando tem uma pessoa que te ama para te proteger.- Sussurrou, ele me tirou do abraço e passou a mao no meu rosto, limpando as minhas lagrimas.- Foi ele não foi? Foi o Eddie que fez isso com você, não é?- Eu olhei para baixo, respirando fundo.- Me responde Cath, foi ele que te bateu não foi?- Levantou o meu queixo, me fazendo o olhar nos olhos. Eu não conseguia, logo virei o rosto, saindo de perto dele.

CW: Foi, foi ele.- Falei baixo.- Ele quebrou o meu carro, me ameaçou e ontem cumpriu o que sempre quis. Ele me bateu tão forte, que por um momento só pensei que sairia daquela agonia morta. Foi horrivel Gil, horrivel.- Expliquei com a voz de choro.

GG: Porque voce não me ligou? Porque não contou a ninguem?

CW: Eu não tive como! O odio que eu sinto por voce, é muito maior do que a minha vontade em pedir ajuda. E alem do mais, durante o ataque eu não consegui fazer nada, muito menos me defender.

GG: Ele só te bateu? Ou fez algo a mais?

CW: Porque o interesse nisso? Está com medo dele ganhar, duzentos dolares tambem?- Ironizei.

GG: Não começa, Catherine.- Falou baixo.- Eu não apostei nada com ninguem, isso é uma armação do Warrick e Nick, acredite em mim.

CW: Alem de jogar a culpa toda em cima do Rick, ainda por cima vai por o Nick no meio?- Falei no mesmo tom que ele.- Admita logo.

GG: Eu não tenho nada para admitir, pois não fiz nada! Se voce acha que Nick é um santo, está muito enganada. Ele não presta, pois alem de tirar voce de mim, ele fez o Ecklie ocupar o cargo, que por direito, deveria ser seu.

CW: Não fala assim do Nick, eu o conheço a muito tempo, sei que não esta mentindo.

GG: Voce me conhece a mais tempo, sabe quando eu estou mentindo?- Me olhou fixamente, se aproximando de mim. Eu fiquei calada, sem palavras.- Voltando ao assunto principal, o Eddie disse mais alguma coisa?

CW: Disse que isso não acabaria por aqui. Ele ainda vai se vingar de mim, até eu morrer.

GG: Desgraçado!- Gritou. Indo em direção a porta.

CW: Gil!- Gritei, antes de ele sair.- Me promete que não vai contar isso a ninguem, promete.- Supliquei.

GG: Eu prometo.- Falou com raiva, batendo a porta e saindo.

Sentei na cadeira, o olhando sair. Passei a mão nos meus cabelos, os jogando para trás. Fechei os olhos, deixando algumas lagrimas rolarem pelo o meu rosto. Sabia que Gil não seria tão frio a ponto de não fazer nada e, isso me deixou com medo, não só por mim, por ele tambem.

Passei a metade do turno, dentro da minha sala. Tentava evitar ao maximo sair da minha saida da sala, tentava disfarçar toda  a minha preocupação e o meu medo. Enfim, no final do turno, peguei a minha bolsa e sai da mesma. Tranquei a porta e percorri o corredor em direção a saida do departamento.


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