Encontros e Desencontros escrita por Juubs


Capítulo 16
Um pequeno susto.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/309231/chapter/16

Percorremos o caminho em total silencio, menos de vinte minutos depois ele já tinha chegado a minha casa. Estacionou o carro de frente para a mesma, saiu e, abriu a porta para mim. Ele me acompanhou até a porta.

CW: Obrigada Lou.- Sorri.

LV: Não foi nada.- Retribuiu o sorriso.- Se precisar de alguma coisa, voce pode me ligar.- Disse me dando o cartão do seu celular.- Pode me ligar a qualquer hora, eu venho aqui te ver.

CW: Não, eu não vou te incomodar.- Falei sem jeito, devolvendo o cartão.

LV: Voce nunca será um incomodo para mim.- Segurou a minha mão, rejeitando o cartão.- Guarda ele, se precisar de algo, me liga.- Falou baixo.

CW: Obrigada novamente.- Falei no mesmo tom que o dele, o abraçando.

Olhei para o outro lado da rua e vi um carro preto, parado em frente a minha casa, com uma pessoa nos observando. Sai do abraço, assustada, olhando para Vartan com medo.

LV: Por que essa cara?- Perguntou espantado.

CW: Estão nos seguindo.- Sussurrei, apontando disfarçadamente para tras.

LV; Não tem ninguem naquele carro, Catherine.- Sussurrou, se virando novamente para mim.- Voce só está assustada com o que houve com o seu carro.

CW: Talvez.

LV: Olha, voce quer que eu fique um pouco com você? Só até aquele carro sair dali?

CW: Por favor.- Falei em um tom doce, dando espaço para que ele entrasse. Fechei a porta devagar, ainda olhando para o carro. Lou se sentou ao sofá, enquanto eu fechei todas as cortinas da casa e, logo depois sentei ao seu lado.- Então... Voce quer uma agua?

LV: Não, obrigado.- Sorriu.- Eu só quero entender, o que está acontecendo com voce.

CW: Não está acontecendo nada, eu estou bem.- Falei ainda assustada, olhando a todo momento para a porta.

LV: Catherine.- Sorriu, passando a sua mão sobre a minha.- Não tente me enganar, eu te conheço.- Falou baixo.- Me diz, o que houve com voce e o Gil?

CW: Mesmo fora do departamento o dia inteiro, já sabe disso?- Falei espantada.

LV: Como? Departamento?- Falou confuso.- Eles já sabem?

CW: Sabe, o Ecklie espalhou para todo mundo... Voce não soube por eles?

LV: Não.- Riu.

CW: Soube por quem então?

LV: Por mim mesmo. Desde o dia que eu descobri que ele era o seu ex. Voces andavam tão juntos, saiam e chegavam na mesma hora, resolviam casos juntos e, por mais que voce fosse ironica, sabia que ele mexia com voce. Sabe, ninguem esquece seis anos de namoro, ninguem esquece o primeiro amor.- Riu.

CW: Voce tem razão, eu nunca o esqueci.- Sorri, mas a minha afeição ficou séria ao lembrar do meu dia.- Mas, eu vou conseguir dessa vez.- Suspirei.

LV: E então... O que houve hoje no departamento? O que o Conrad fez?

CW: Ele espalhou sobre isso para o departamento, descobri que era parte de uma aposta entre Gil e Warrick. O que tivemos novamente não foi um romance, não para ele. Foi só uma coisa machista, eu fui objeto, uma menina qualquer.- Olhei para baixo, deixando uma inpercebivel lagrima cair sobre a minha blusa.

LV: Ei.- Levantou o meu queixo.- Voce tem certeza, que foi uma aposta?- Sussurrou.

CW: Tenho sim.

LV: Então, esse Gil, ele é um idiota. Um perfeito idiota que não soube dar o devido valor a voce, a menina especial que voce é. Um perfeito babaca em deixar voce escapar, por uma coisa tão futil que é uma aposta. Voce não é uma menina qualquer, voce é a garota dos meus sonhos.- Sussurrou, me olhando nos olhos e se aproximando de mim. Passava a mão no meu rosto, o acariciando levemente, fechei os olhos com o seu toque. Não via Vartan naquele momento, via Gil. Senti um arrepio pelo meu corpo e me afastei subidamente, do quase beijo.

CW: Eu não posso, desculpe.- Sussurrei, sem jeito. Me levantei, indo em direção a janela.- Aquele carro saiu, eu acho que...

LV: Tudo bem.- Sorriu timido, se levantando do sofá.- Se cuida Cath, qualquer coisa me liga que eu venho correndo e, fique calma ta?

CW: Ok.- Sorri, abri a porta. Ele me deu um beijo no rosto e saiu.

Não fiquei para olha-ló entrar no carro. Fechei a porta rapidamente, a tranquei, fechei as janelas e as cortinas. Subi para o meu quarto, tomei um banho demorado. Sai do banho e fui para o meu quarto, deitei na minha cama, lendo um livro até cair no sono.

Despertei no dia seguinte e, logo me arrumei para ir ao trabalho. Descia as escadas correndo, não queria me atrassar logo no primeiro dia no turno novo. Peguei a minha bolsa que estava jogada no sofá, abri a porta apressada e vi Nick a minha frente, pronto para bate-lá.

CW: Oi!- Falei surpresa

NS: É... Oi.- Disse timido.

CW: O que faz aqui?- Sorri.

NS: Eu vim aqui saber se voce precisa de uma carona, já que o seu carro está no concerto...- Falou baixo, encarando o chão.

CW: Obrigada.- Sorri.- Mais uma vez.- Segurei o seu queixo, o fazendo me olhar nos olhos. Ele sorriu me olhando profundamente. Deu-me um espaço, eu sai de casa e tranquei a porta. Ele andou mais um pouco a minha frente e abriu a porta do passageiro para mim. Entrei no seu carro e o mesmo entrou no banco do motorista. Ficamos em absoluto silencio até chegar no estacionamento do departamento. Ele saiu primeiro que eu e, correu para abrir a porta para mim. Eu apenas sorri.

NS: Voce tem noção de quem fez aquilo com o seu carro?- Falou curioso, pegando o seu kit no porta-malas e em seguida se virando para mim.

CW: Não sei, não consigo pensar em ninguem que possa ter feito isso.

NS: Voce não tem um caso mal resolvido? Uma ameaça clara de morte?- Eu fiquei um tempo em silencio, pensativa. Saiamos lado a lado, em direção ao departamento.

CW: Não deixo casos pela metade e a pessoa que me ameaçou de morte, está morto.- Falei baixo.- E isso é muito pessoal.- Falei somente para mim. Andamos até a porta da minha sala, na qual ele parou a minha frente.- Olha, muito obrigada por tudo que voce está fazendo por mim, de verdade.- Sorri.

NS: Não é nada Cath.- Retribuiu o sorriso.- Bom turno a voce, se cuida.

CW: Pode deixar, o mesmo para voce.- Sorri mais uma vez, ele saiu percorrendo os corredores. Entrei na minha sala, percebi a minha porta encostada, mas não liguei. Sentei a mesa e percebi uma extensa papelada, talvez deixada por Brass para mim. Arrumei todas elas e, deixei cair uma carta que estava no meio de tantos papeis.

Uma carta sem remetente, em um envelope branco. Olhei em volta da minha sala, peguei o meu kit que Nick deixou ao lado da minha sala na noite anterior, espalhei tudo no chão em busca de um par de luvas e uma pinça. Afastei meu notebook e meus papeis, pus o envelope bem abaixo da luminaria e tomei certa distancia. Abria-o devagar, atenta a cada detalhe. Tirei uma única folha, olhei dentro do envelope e percebi que não havia mais nada ali. Abri a folha que estava dobrada, estava escrita com tinta preta fote com letras de forma.

“  Eu fui legal com voce e, voce judiou de mim. Talvez por achar que eu sou um briquedo na sua pior pratileira. Eu perdi o controle por isso e, voce não me entendeu. Eu pedi desculpas e voce não aceitou. Agora, voce vai ter o que merece, pois provocou em mim uma raiva que eu jamais senti por alguem. Não adianta voce ir e sair de casa com homens todos os dias, eu sempre estarei lá te vigiando, pois sei que um dia voce irá se distrair.

Quero dizer, o que houve com o seu carro é apenas o começo do seu pesadelo. Não foi um serial killer, não foi um maniaco sexual, Catherine... Foi tudo pessoal, é tudo pessoal. Voce pode verificar essa carta, pois tomei todos os cuidados. Pode olhar todas as cameras de videos, pois eu não estarei lá. Pode fazer o que voce quiser, pois nunca me achará... Até o momento em que eu fizer uma surpresa para voce.”

Li toda a carta assustada, com lagrimas nos olhos. Por mais que tentasse pensar, não conseguia descobrir que era. Sai de um curto transe, joguei a carta sobre a minha mesa e sai disparada da sala.

CW: Quem esteve na minha sala antes de chegar aqui?- Perguntei, com autoridade na voz, olhando diretamente para Judy.

J: Só a moça da faxina e o Nick.- Falou com a voz baixa.

CW: Cade essa moça?

J: Foi para a casa dela. Eles trabalham quando todos voces saem.

CW: Eu não a quero mais na minha sala, eu não quero mais ninguem na minha sala. Se tiverem algo para me entregar, como carta, papeis, eu quero remetente e que deixem com voce.

J: Ok, mas por que tudo isso?- Perguntou curiosa.

CW: Por nada, eu só não quero.- Falei séria, saindo da recepção e indo em direção ao laboratorio. Olhei para os lados e não vi ninguem. Sentei na cadeira de Wendy, tirei a carta do bolso e a coloquei embaixo novamente da luminaria, atras de algo. Olhei e revirei ela, milhoes de vezes e não encontrei absolutamente nada.

WS: Cath.- Falou da porta, me observando. Eu levei um susto, a olhando assustada.- O que foi? O que voce está fazendo?- Falou curiosa, chegando perto de mim. Virei à carta rapidamente para baixo, a amassei e enfiei no bolso.

CW: Não é nada demais.- Falei ainda assustada, levantando da cadeira e saindo do laboratorio. Wendy me acompanhava com os olhos, até me perder de vista.

Andava apressada em direção a sala, praticamente correndo pelo corredor.

CE: Sabia que é proibido correr aqui?- Falou saindo de uma sala, entrando na minha frente, me fazendo tomar um susto.- O que houve, apressadinha?

CW: Não te interessa, sai da minha frente.- Disse o empurrando, ele continuou no meu caminho e puxou a carta da minha mão.

CE: Vamos ver o que está escrito aqui...- Falou a desdobrando. Eu o empurrei com força e arranquei a carta da sua mao.

CW: Não se mete comigo.- Falei olhando nos seus olhos, com raiva.

GG: Voce não é capaz de deixa-lá em paz por um segundo?- Falou saindo da mesma sala que ele.- Está tudo bem, Cath?- Segurou o meu braço devagar.

CW: Não chega perto de mim.- Me virei para ele.- Voce não tem mais que se fazer de bonzinho, já ganhou duzentos dolares.- Ironizei, prosseguindo até a minha sala.

Entrei rapidamente, bati a porta com força e a tranquei. Passei o turno inteiro na minha  sala, apenas fazendo coisas dentro do departamento. Não falei nada com ninguem o turno inteiro. Wendy ainda me olhava desconfiada, Judy assustada. Não me importava com isso, ao final do turno, sai sem ninguem me ver. Chamei um taxi, para me levar para casa, pedi que parasse a um quarteirão antes da minha casa, por pura proteção. Sai de lá, com a mão na cintura, segurando a arma e olhando milhares de vezes para tras. Nunca andei tão atenta assim na rua, olhava cada pessoa que passava por mim. Olhava para todos os topos de arvores, finais de ruas e vidros de carros para ver se alguem me observava. Cheguei a minha casa e respirei aliviada. Pus a minha bolsa na mesinha do centro da sala, coloquei tirei a arma da cintura e coloquei ao lado da bolsa e joguei a chave na mesinha. Depois disso, vi um vulto atras de mim, olhei para tras e pensei que poderia ser apenas coisa da minha cabeça. Então, caminhei até o interruptor para acender a luz.

... Obi�d.h�Yp! em jeito.- Eu estou no carro do Lou, ele vai me levar para casa.

NS: Carro do Vartan?

CW: É, obrigada novamente, voce é realmente é um grande amigo.- Sorri, desligando o telefone.

- Ligação Off: 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Encontros e Desencontros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.