Fomos conversando no caminho e até que Klaus parece ser um bom homem, ele é gentil e muito engraçado. Quando cheguei fui logo recebida por Esther:

—Entre! Estou tão feliz que tenha chegado bem! Que bom que não se perdeu no caminho.

—Na verdade acabei me perdendo na floresta, mas encontrei Niklaus, ele me mostrou o caminho -virei para ele que estava ao meu lado- E eu agradeço muito por isso.

—Sempre a seu dispor, senhorita.

—Venha conhecer a família Alice. Sua irmã já está aqui.

Esther me apresentou a todos os filhos: Elijah, Finn, Henrik, Rebekah e Kol. Ela disse que Mikael estava resolvendo uns problemas na vila mas viria depois.

Durante o jantar, Mikael chegou e todos ficaram fazendo 1001 perguntas sobre mim. Quando o mesmo acabou, fomos para casa e Laila disse que eles gostaram de mim e Mikael iria decidir quem iria se casar comigo no dia seguinte.

XXXX

Alguns dias se passaram e eu descobri que iria me casar com Kol. Klaus e Elijah amam a mesma mulher, que se chama Tati... não é isso... Tatia! Esses dias eu passei com Kol, conhecendo-o melhor e deixando-o me conhecer melhor.

Gosto bastante dele, mas meu instinto diz que isso está errado.

Ele nunca se enganou antes.

Essa não seria uma exceção.

XXXX

Toda noite de lua cheia os humanos se escondiam em cavernas enfeitiçadas contra lobisomens. Até que um dia algo deu errado. Henrik foi atacado. Eu cheguei tarde demais. Eu assistia ele morrendo e não pudia fazer nada. Robert, que era novo nisso e um pouco descontrolado, matou ele.

A família Mikaelson ficou arrasada, eu também, mas não só pelo garoto, Robert teve que morrer, essa era a lei. Eu estava agora na casa dos Mikaelson.

NARRATIVA 3ª PESSOA

Esther e Mikael estavam ao lado do corpo, morto, de Tatia.

—Temos que fazer isso Esther. Nossa única chance.

—E Alice? Vamos deixá-la humana?

—Não. Ela faz parte da família. Vamos transformá-la também.

Alice, Alice... se soubesse o que estava por vir...

FIM NARRATIVA 3ª PESSOA

Estava ao lado de Klaus quando Mikael entrou com Esther distribuindo taças de vinho para todos os filhos e a mim. Quando fui beber senti cheiro de sangue, mas não vinha só do copo. Mikael enfiou um espada no coração de Rebekah (que estava do meu lado) e depois foi no meu. Tudo aconteceu muito rápido. Apaguei.

XXXX

Eu morri, mas como sou imortal eu voltei, olhei em volta e estavam todos mortos, menos Esther. O que diabos tinha acontecido?

—Você foi a primeira a acordar. O que é curioso pois não foi a primeira a morrer.

—Você esperava que eu acordasse? -perguntei incrédula- O que você fez Esther?

—Só um pequeno feitiço que irá tornar a todos imortal, mas para isso precisavam morrer. Eu os transformei em uma nova espécie, vampiros.

Fiquei em choque. Como? Como ela fez isso? Usar magia para criar vampiros? As bruxas são servas da natureza, não deveriam criar seres imortais, deveriam matá-los. É o que todos vem tentando fazer comigo e com a minha família.

—Agora me explique, Alice. O que tem de diferente em você?

—Esther, Esther... - disse me levantando – Eu já sou uma vampira.

Ela empalideceu e perguntou:

—Como?

—Vampiros existem há mais de 5 mil anos.

—Entendo.

—Não, você não entende! -exclamei com raiva fazendo ela me encarar com raiva- ser um vampiro é a pior maldição que alguém pode ter, pode parecer maravilhoso no começo mas não é. Eles vão se sentir bem porque vão ser rápidos, fortes e indestrutíveis. Mas a sede é intensa, a fome te consome mais do que você pode imaginar. E quando você acha um humano para se alimentar, vai precisar de anos e muita determinação para poder se controlar e não matar todos que vierem pela frente. No começo vai ser ótimo porque você vai poder mandar seus sentimentos de culpa e tristeza para o buraco. E assim que Niklaus matar seu primeiro humano, o que vai acontecer, ele vai ativar a maldição de lobisomem, ou você pensou que eles nunca iriam descobrir que Nik não é filho de Mikael?

—Como você descobriu?

—Robert me contou, e mesmo que não dissesse eu percebi isso assim que Klaus me acompanhou até sua casa no dia do jantar. E só para você saber antes de eu ir: ele está morto agora – ela empalideceu mais ainda – e sabe porque?- perguntei chegando mais perto dela, fazendo a mesma negar – ele foi o assassino de Henrik.

Dito isso saí de lá o mais rápido possível e fui contar as novidades para os outros.

XXXX

Dois dias se passaram desde que Esther teve uma louca ideia de transformar seus filhos em seres imortais. Ela provavelmente contaria a eles a verdade sobre mim e isso não traria bons resultados. Estava agora na pequena cabana que chamava de lar, mas, para atrapalhar meu conforto, batem na porta, que quando foi aberta, revelou uma Esther aparentemente cansada.

—Preciso falar com você.

—Antes, tenho que fazer uma pergunta: você...

—Não-me interrompeu sabendo o que iria perguntar- Eu sou a única que sabe sobre você.

—Então... entre.

Depois de entrar e se acomodar, disse com uma cara assustada:

—Você estava certa. Eu criei monstros.

—Eu sei.-falei sincera- Layla me contou sobre a considerável diminuição dos habitantes.

—Posso fazer uma pergunta?-assenti- Como você sai no sol? O sol os machuca quando saem.

—Eu sou uma híbrida, assim como Nik. Não tem nada falando como reverter isso no seu livro?

—Posso procurar, mas acho difícil.

—Quer ajuda?-perguntei sabendo como deve ser agoniante não poder sair no sol, e talvez funcione nos outros.

—Eu adoraria-respondeu com um sorriso

XXXX

Esther achou o feitiço que tanto queria para resolver o problema com o sol. Mas, infelizmente, não funcionou em meus amigos. Os Mikaelson descobriram a verdade e não ficaram nada felizes, sinceramente, não sei nem o porque. Esther falou que achava que eles se sentiram traídos por eu não ter falado antes. Mas eu não podia simplesmente chegar em alguém com um sorriso no rosto e falar “Oi, meu nome é Alice Richardson, é um prazer conhecer você! Ah e a propósito, eu sou uma híbrida metade vampira metade lobisomem! Vamos ser grandes amigos!” realmente, não cola. Mas como estava bem estressados atacaram todos os meus vampiros e até uns lobisomens que se meteram no caminho. Uma guerra cheia de raiva e completamente sem motivo (na minha humilde opinião), mas que originou na morte de todos os vampiros, incluindo, Layla e Henry (a verdade é que só sobrou Emma, então, nossa espécie, que é diferente deles em mínimos detalhes, deixou de existir, só Emma sobrou).

Eu nunca esquecerei quem os matou,

Eu nunca esquecerei que meus melhores amigos/irmãos morreram pelas mãos de Mikael.

NARRATIVA 3ª PESSOA

Assim que viu seu filho Niklaus matar seu primeiro humano, Esther soube exatamente o que era desespero. E, sem mais nem menos, correu.

Correu, ah... e como correu...

Correu em direção à floresta.

Correu... na direção da única que poderia ajudá-la.

Alice estava em casa deitada, pensando no que faria a seguir, não poderia ficar. Ainda mais agora que tinha gente que queria sua morte. Poderia matá-los é claro, mas me diga uma coisa: qual seria a graça nisso? Ainda mais, Alice mantinha um sentimento muito grande por essa família, ela apenas não conseguia perceber. Foi, de repente, tirada de seus pensamentos por batidas na porta, quando a abriu viu Esther, e com isso, uma tremenda sensação de déjà vu.

—O que quer?-perguntou grosseiramente-Estou indo embora, portanto, seja rápida.

—Quero oferecer um acordo.

—O que você poderia querer de mim, e o que eu poderia querer de você?

—Niklaus matou seu primeiro humano.-essa afirmação de nada mudou a cara da híbrida- Eu coloquei uma maldição nele que vai selar seu lado lobisomem e ele...(n/a: por favor né? Vocês sabem como funciona a maldição então não preciso escrevê-la. Lê-se: estou com preguiça).

—Então, para que exatamente você precisa de mim?-perguntou Ally confusa.

—Nós duas sabemos seus sentimentos pelos meus filhos-quando estava preste a discordar, Esther a interrompeu- não adianta dizer o contrário. Nós também sabemos que eles são monstros e, por descobrir que eu o traí, Mikael vai me matar. Então, esse é meu acordo: quando eu estiver no outro lado, ficarei colhendo informações e um dia eu voltarei com um plano para matar Mikael e você irá ajudar. Como eles destruíram o único modo de isso acontecer, que seria o carvalho branco, eu vou ter muito trabalho. -Alice ouvia atentamente cada palavra da bruxa na sua frente com certa surpresa de suas palavras, assentiu para dizer que estava entendendo- Enquanto isso, você vai viver sua vida imortal normalmente, fazendo amigos, curtindo tranquilamente...-foi bruscamente interrompida por Ally.

—Esqueceu o simples fato que seu marido e filhos querem me matar?

—E isso chega a outra parte do acordo. Eu encontrei um feitiço que apagaria a memória deles até eu decidir o contrário. Eles esqueceriam de você e, se você quiser, você esquecerá deles.

—Não.-disse firme- Se, e só se eu aceitasse esse acordo, minhas memórias continuariam intactas.

—Se é isso que você quer-respondeu- você aceita?

Depois de pensar por uns minutos, finalmente determinada com sua escolha, disse:

—Sim.

Não seria o paraíso, mas pelo menos não viveria a vida se escondendo. Pelo menos esse era seu ponto de vista.

Mas às vezes a vida te prega peças, e o que parecia bom, hoje já não é.

E o hoje para Alice, seria em poucos dias.