Draco Malfoy escrita por Ana Welling


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

êêê
finalmente a parte que todos esperavam (pelo menos eu sim hauhauha)



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Draco acabava de sair da ala hospitalar. Ainda não conseguiu entender porque diabo fizera aquilo. Quando Malfoy voltava para as masmorras, depois de mais um dia isolado pelos terrenos de Hogwarts, ouvira um grito saindo da sala de artes das trevas. Não seria grande novidade se Draco não tivesse visto de relance quem gritava. Os cabelos louros da garota estavam espalhados pelo tapete da sala, seu corpo caído inerte no chão enquanto Amico exibia um olhar de fúria. Apesar de estar desacordada, Malfoy reconheceu na hora a garota que andava para lá e para cá com Julie. Alicia tinha a pele mais pálida que o comum. Havia sangue saindo de alguma parte de sua cabeça, fazendo seus cabelos louros se misturar com sangue. Draco Ficou paralisado. As palavras de Dumbledore ecoaram na sua mente não pela primeira vez: “Você não é um assassino, Draco...”

Draco reagiu sem pensar. Entrou pela sala e abaixou-se, observando o corpo da garota.

- O que você pensa que está fazendo?! Ela é puro-sangue! Lorde das trevas não vai gostar nenhum pouco de saber disso!

- Não se meta nas minhas coisas, moleque, não é só porque você obteve glória com o Lorde das trevas uma vez que...

- Não se trata disso, Amico! Se o lorde ficar sabendo que houve uma morte em Hogwarts, sendo a menina uma puro-sangue que ele há tempos tenta recrutar, você acha que ele vai ficar feliz?

Draco não sabia se isso era mesmo verdade, mas aquilo não importava naquele momento. Amico olhou-o com desprezo e disse:

- Que seja! Tire essa inútil daqui!!

Malfoy voltava da ala hospitalar para as masmorras quando percebeu alguém andando rápido atrás dele. Qual não foi sua surpresa quando percebeu que era Julie que apertava o passo, com uma expressão determinada em seu rosto, a sua varinha fazendo faíscas de tão forte que ela apertava-a. Ela ia tão determinada que nem percebeu Draco, e passou direto, mas ele a chamou:

- Trigger, onde está indo?

Julie pareceu ter levado um susto quando parou e olhou-o. Resmungou um “eu tenho que ir” e seguiu caminho. Ele respondeu “ela não está nas masmorras” um pouco mais alto e fez ela parar de novo.

- Onde ela está?

- Na ala hospitalar... – por algum motivo, Draco não queria que ela soubesse que foi ele quem a levou para lá. Ele desviou o olhar, observando a floresta silenciosa lá fora.

Ela não respondeu nada, desviando sua rota para a ala hospitalar. Malfoy, percebendo isso, ainda com os olhos na janela disse:

- Nem adianta ir lá agora, Madame Pomfrey já fechou a essa hora.

Julie parou pela terceira vez. Estivera em algum tipo de choque e nem notara.

- Como você sabe disso tudo?

Malfoy ia dar uma desculpa qualquer quando algo deteve sua atenção. Aquele animal que era meio cavalo meio pássaro de um modo bizarro estava agora passeando pela neve branca do lado de fora. Os flocos caiam preguiçosamente sobre eles enquanto eles abriam as asas e trotavam pelos gramados da escola.

Draco foi andando na direção dos portões sem pensar. Julie ia atrás, gritando um “Espere!!” tentando alcançá-lo. Ele só parou de andar quando se embrenhou um pouco na floresta e conseguiu distinguir os animais. “Lumus!” sussurrou, andando na direção deles. Só se deu conta de que Julie estava atrás dele quando ela esbarrou nele por ter parado repentinamente.

- Porque você sempre foge? Eu estou falando com você e do nada você...

-Consegue ver?  - Draco cortou-a – Consegue vê-los?

Julie ficou confusa. Não havia nada por lá exceto árvores.

- Ver o quê? Você... Você está mudando de assunto de novo!?

- Estes animais – Draco continuou, não dando ouvidos a ela – Só podem ser visto por aqueles que já viram a morte... É por isso que eu fujo de você... Entende agora? Eu e você... Não vai acontecer!

Julie sentiu algo se rompendo dentro dela.

- Ótimo! – ela gritou, tremendo. Esquecera de pegar um casaco na pressa de ver se a amiga estava bem e a neve não ajudava – Se é assim, porque você me beija?? Quer saber, deixa para lá... A burra sou eu por deixar ser beijada por alguém tão fraco como você.

Julie saiu correndo no meio da escuridão da floresta. A partir daquele momento ela entendeu que ele talvez fosse mesmo um comensal da morte... Mas quem sem importava? Se ele fosse mesmo, ela não iria se importar. Mas porque ele era tão fraco a ponto de rejeitá-la por medo? Julie estava furiosa, as lágrimas correndo pela sua face e quase congelando por causa do frio. Não percebeu quando ela chegou em uma parte da floresta que não havia árvores exceto...

“O lago!” Malfoy pensou quando ouviu algo cair nele. Correu na direção que Julie havia ido e não deu outra: ela realmente havia caído no lago. Iria ser uma situação muito engraçada, pensou Malfoy, se o lago não tivesse praticamente congelado e ela pudesse morrer congelada se ele não a resgatasse. Draco pulou no lago e puxou-a para a superfície. Ela já estava roxa de frio, mas olhava com uma expressão de frustração para ele. Draco arrastou-a até a margem do lago e começou a secar suas roupas e as delas com um feitiço. Depois a abraçou, para aquecê-la. Julie, por mais roxa de frio que estivesse, sentiu o sangue subir ao seu rosto. Afastou-se um pouco para olhá-lo nos olhos.

- Sabe... Você poderia usar um feitiço para isso também...

Julie logo se arrependeu do que fez. Draco olhava-a com uma intensidade sufocante.

 -Eu não quero usar um feitiço... Principalmente para isso – ele sussurrou, tomando os lábios dela nos seus. Julie realmente se sentiu aquecida... Mas de um jeito que ela nunca sentiu. Ela sentiu as mãos de Draco puxando seu suéter enquanto ela tentava raciocinar, mas não conseguia. Só conseguia pensar nele naquele momento. Julie puxou sua blusa verde da sonserina quando ele se livrou do seu suéter azul da Corvinal. Depois de um tempo em que os dois já haviam se livrado de suas roupas, Draco ia deitando em cima dela quando ela olhou-o nos olhos e perguntou, com uma expressão assustada:

- Prometa que você nunca mais vai me deixar!

Draco beijou seu pescoço, sussurrando em seu ouvido:

- Nunca mais, Julie!

E Julie sentiu aquela sensação mais quente ainda. Agarrou o pescoço dele com mais força quando sentiu aquela dor. Mas nada foi comparado ao que ela escutou quando os dois pararam ofegantes:

- Eu te amo, Julie...

 

                                                                  ***

 


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Notas finais do capítulo

Só algumas curiosidades sobre esse capítulo:
— foi inspirado na música love in the ice, do DBSK/tohoshinki (love in the ice meeesmo kkkkk)
— foi uma das primeiras cenas que eu sonhei quando comecei a escrever a fic ^^