Draco Malfoy escrita por Ana Welling


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

chegando no meio da história.
daqui para frente é um acontecimento atrás do outro!
agradeço a todos que lêem regularmente e comentam ^^
enjoy!



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A mente de Julie estava sob névoas. Ela não conseguia pensar direito naquilo... Só sentia uma necessidade crescente de senti-lo perto de si. Afinal, quem era exatamente aquela pessoa que tremia, segurando-a em seus braços? Naquele momento ele parecia tão frágil para ela, como se estivesse faltando algo na vida dele... Como se algo não pudesse ser recuperado.

Antes que Draco pudesse perceber, estava totalmente mergulhado nela... Aquele ser parecia preencher tudo aquilo que ele havia perdido. O quê, ele não sabia exatamente, mas algo nele estava perdido.

Julie se assustou quando, de repente, Draco parou de beijá-la e levantou-se. Ela perguntou-se se havia feito algo errado. Ele encarou-a com um olhar culpado e disse-lhe:

- Vá embora.

Julie ficou sentada no chão, sem saber o que responder. Mas antes que se decidisse, ele gritou:

-VÁ EMBORA!!

Julie se levantou, com a cara fechada:

- Pare de gritar, pare de me mandar embora e PARE DE FUGIR DE MIM!

Draco ficou sério dessa vez, falando num tom frio:
- Eu estou te fazendo um favor, Julie. Você não devia estar se envolvendo comigo. Já tenho problemas demais para ficar me preocupando com você.

Julie explodiu. Como ele se atrevia a dizer aquilo?

- Espera ai, agora eu sou um problema? Então porque me beijou? Se não quer se envolver, Draco, não me beije. Se eu sou mais um problema para esses seus supostos “problemas” que você tem, ótimo, já entendi seu recado.

Julie virou-se bruscamente para a saída da torre, na direção das escadas e sumiu de vista.

Draco ficou boquiaberto, vendo-a sair. Quis chamá-la de volta, mas achou melhor ficar por isso mesmo. Afinal, ela era muito inocente para entender o que ele realmente era... Um comensal da morte... Um assassino!

Ele ia indo na direção das escadas que descia para o castelo quando percebeu alguém correndo, subindo as escadas. Julie veio ofegante, pálida, falando rápido:

- Snape! Ele estava em frente à escada!! Ai meu Deus, eu vou ser expulsa!!! Eu acho que ele está subindo para cá!

Agarrou o braço do garoto e pediu: - Faça alguma coisa! Ele é o diretor da sua casa, não? Talvez ele seja mais tolerante com você... Ele não tem uma fama muito boa sobre alunos que não são de sua própria casa

Draco sabia que Snape não iria se importar de o ver perambulando por Hogwarts à noite... Mas qual seria a graça de contar para ela?

- Oh meus Deus! – ele disse num tom fingido, e se Julie não estivesse morrendo de medo de ser expulsa talvez percebesse que Malfoy se divertia com aquilo – O que vamos fazer agora? Acho que o jeito é nos entregarmos e esperar não sermos expulsos...

- Não brinque com isso! – a garota estava quase às lágrimas – Você não faz idéia do que eu passei para estar aqui... – sua voz tremia – O quanto minha avó quis...

Parou ao se lembrar de sua querida avó, que foi mais que uma mãe para ela. Lembrou-se da determinação dela, que custasse o que custasse, queria ver sua neta concluir os anos escolares. Julie até tentou explicar para sua avó que o mundo dos bruxos era diferente dos trouxas, e que ela não precisaria necessariamente se formar para conseguir um bom emprego. Mas ela não ouvia, e abria um sorriso enorme cada vez que Julie chegava com excelentes notas da academia de bruxaria do seu país.

Começou a chorar, lembrando que nunca mais veria sua avó... Mesmo com toda a magia que ela havia aprendido nada foi o suficiente para fazer sua avó viver...

Draco ficou sério quando viu as lagrimas descendo pelo rosto da garota. Achou que tinha ido longe demais.

- Se acalme garota, não é tão grave assim...

Julie virou-se, furiosa, para ele:

- Claro que não é para você, você veio de uma família rica que pode bancar tudo para você.

- E você também não veio? – Draco respondeu confuso – Que eu saiba a sua família tem tantas posses quanto a minha.

Julie prendeu a respiração. Que vacilo dela!

- Cla... Claro! – ela tentou consertar – Mas quer saber? Não sei por que eu estou aqui discutindo com você!

Deu de costas para ele e foi saindo. Draco respirou fundo e disse:

- Tudo bem! Eu te ajudo.

Julie virou-se para perguntar como ele iria fazer, mas ele já estava pegando a mão da garota e puxando:

- Vamos correr!

Julie não pôde contestar nada, pois ele puxava a mão dela, fazendo os dois correrem pelas escadas abaixo. Quando chegaram ao sétimo andar, eles ouviram um barulho perto.

- Rápido – Draco disse num sussurro – Aonde é a sala comunal da Corvinal?

- É do outro lado do castelo, na torre oeste – ela respondeu, mais baixo ainda.

Malfoy puxou-a, e os dois atravessaram o castelo de mãos dadas para chegar à torre oeste. De vem em quando, Malfoy virava-se para sorrir para ela, compartilhando a travessura de atravessar o castelo altas horas da noite. Julie sorria de volta, com o coração acelerado.

Quando Julie indicou para ele aonde era a porta que dava acesso à sala comunal, os dois pararam de correr, ofegantes, sorrindo um para o outro.

Julie pensou em agradecê-lo, mas antes que pudesse fazê-lo, ele puxou-a, dando um doce e breve beijo de boa noite. Antes que ela pudesse falar qualquer coisa, ele apenas sussurrou em seu ouvido:

- Entre, Julie.

Julie deu um último sorriso para e entrou, observando-o voltar a correr para as masmorras.

Quando Draco percebeu que ela havia entrado, parou de correr.

- Adeus, Julie... – falou para o vento frio da noite, e pôs-se a andar de volta às masmorras.

 

                                                                     ***

 


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Notas finais do capítulo

se gostarem... recomendem para seus amigos!
se não... recomende aos inimigos hauhauhauah
o/