Draco Malfoy escrita por Ana Welling


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

cap. curto mas necessário =X



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Draco Malfoy estava desorientado no corredor de Hogwarts. Ainda não podia acreditar que  Crabbe estava morto.

-C-Crabbe... C-Crabbe – era só o que ele tinha consciência agora.

- Ele está morto – disse Weasley, seco.

Por mais que não quisesse pensar nisso, as imagens de Crabbe vinham em sua mente. Ficou parado no corredor sem saber por quanto tempo, escutando a conversa de Potter com os outros. Despertou quando ouviu o barulho da batalha no castelo. Tinha que voltar para a casa dos gritos e tentar salvar Julie. Sua última imagem dela, pálida e suando frio, fez com que ele estremecesse só de pensar com quem ela estava.

Levantou-se, esquecendo de Goyle sentado no corredor e correu para a direção oposta a de Potter. Passou por muitos corredores tentando encontrar a saída, mas naquele momento não conseguia pensar direito. Ia correndo por outro corredor vazio quando topou com algo leve, mas que parecia tão desorientado quanto ele.

Quando a garota loira se compôs e olhou para o seu obstáculo não pareceu acreditar quem era.

- Alicia? – foi tudo que Draco conseguiu dizer, pois no momento em que ela se recompôs desferiu-lhe um muro certeiro no rosto que o fez cambalear para trás.

Ainda sem entender o que estava acontecendo, ele se virou tentando perguntar algo, mas a garota já estava preparada para desferir outro golpe em seu rosto que ele oportunamente se desviou e pegou sua varinha logo em seguida.

Alicia, vendo a varinha de Draco apontada para ela resolveu parar e fuzilá-lo com os olhos.

- Como você pode fazer isso?- sua voz tremia de raiva – Eu sabia que você era estúpido, mas não ao ponto de entregá-la aos comensais da morte. – algumas lágrimas desciam pelo rosto dela – ELES VÃO MATAR ELA E O BEBÊ SEU IDIOTA!!! –ela gritou tão alto que o barulho da batalha lá fora foi esquecido por um momento.

Draco ficou rígido, ainda apontando a varinha para ela. Não queria admitir, mas era totalmente a verdade. Ele deveria ter feito algo, devia tê-la prendido no castelo. Ou então...

- E onde você estava garota? – sua voz também tremia – Por que não a segurou?

-Acha que ia adiantar? – ela deu um riso sarcástico. –Mesmo por que eu só voltei porque achei que ia precisar disso. – ela pareceu insegura, mexendo em uma bolsa que carregava.

Draco não entendeu o que ela quis dizer e nem queria entender. Guardou sua varinha e disse: ”Eu tenho tudo sobre controle. Tenho que ir, não tenho tempo para ficar aqui discutindo com você” E sai pelos corredores, agora muito mais consciente de onde precisava ir.

Correu pelos corredores e ao chegar onde a batalha estava a mil não teve dúvidas: seu lado com certeza não era do lado de Potter, mas também jamais voltaria a ser dos possíveis carrascos de Julie. Começou a atacar os encapuzados que vinham pela frente, sem ter certeza de quem era, pois alguns estavam totalmente sem a capa e outros cobertos. Estava no alto da escadaria, tentando explicar para os outros que estava ao lado deles e tentando passar pelo comensal da morte que lutava com ele para chegar a casa dos gritos. Ele sabia que ela estaria lá, viva... Ela tinha que estar viva.

Chegou até a sorrir quando viu que o comensal da morte caiu desacordado no chão, sem alguma razão aparente, mas depois sentiu um segundo murro no rosto. Caiu em cima do comensal da morte desacordado.

- E essa é a segunda vez que salvamos sua vida hoje à noite, seu filho-da-mãe de duas caras! – ele ouviu Weasley berrar por debaixo da capa de invisibilidade.

Draco logo depois se recompôs, tirando o capuz do comensal. Era Aleto, a irmã de Amico. Ele sabia que os dois raramente se separavam, então ele devia estar em algum lugar por ali. Ele deveria saber onde estava Julie. Draco já não tinha tanta certeza se Voldemort cumpriu a sua parte no acordo. Acertou em cheio quando viu Amico vir em sua direção, tendo percebido sua irmã caída no chão. Um jato de luz vermelha veio na direção de Draco quando Amico gritou furioso “Aleto!”. Draco produziu um feitiço escudo e gritou de volta:

- Aonde está ela?

Amico jogou outro feitiço que por pouco não atingiu Draco, que correu para se esconder atrás de uma armadura. Ele riu sarcástico e respondeu, junto com outro feitiço:

- Provavelmente já deve ter feito a travessia final.

Nada se compara com a fúria que Malfoy sentiu naquela hora. Saiu de trás da armadura berrando o mais alto que podia:

- AVADA KEDRAVA!

Mas Amico se desviou do feitiço e pôs-se a correr para fora do castelo.

A voz de Voldemort mais uma vez soava pelos corredores de Hogwarts:

- Vocês lutaram – dizia a voz horripilante – valorosamente. Lord Voldemort sabe valorizar a bravura. Vocês sofreram pesadas baixas. Se continuarem a resistir a mim, todos morrerão, um a um. Não quero que isso aconteça. Cada gota de sangue mágico é uma perda e um desperdício.

Voldemort continuava a dizer, e à medida que ia falando, os comensais da morte iam batendo em retirada. Mas Draco já não ouvia o que as paredes falavam. Já não conseguia ouvir o silêncio que ia se estabelecendo à medida que o castelo ia se esvaziando de comensais. Desabou no corredor, sentindo que suas pernas não conseguiam mais suportar seu peso. Não conseguia ouvir as pessoas chorando pelas pessoas mortas, não conseguia ver o movimento das pessoas tentando salvar os feridos. A única coisa que conseguia ver era que Julie não estava com ele. A única coisa que conseguia escutar era que ela não estava ao seu lado rindo daquele jeito doce.

A única coisa que sentia era a dor de saber que ela não estava com ele.

 

                                                                ***


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Notas finais do capítulo

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