Draco Malfoy escrita por Ana Welling


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

será que vou conseguir terminar até o fim do ano?



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Draco ficou sem fôlego. Quando Amico apontou a varinha para Julie, sua reação foi involuntária: pegou sua própria varinha e apontou para ele, dizendo num tom ameaçador:

- O que você pensa estar fazendo?

Amico fechou a cara, numa expressão cruel.

- Só ia estuporá-la para levar ela para o lord das trevas. O que você pensa estar fazendo?

Malfoy ergueu a cabeça, sem se deixar intimidar, ainda com a varinha erguida:

- Levá-la para o lord das trevas? Ela é uma mera estudante, não faz sentido in...

- O lord quer ter certeza de que todos os estudantes...

- Não interessa!  - Draco interrompeu bruscamente – tenho certeza de que lord das trevas não tem tempo a perder com isso. –  virou-se para ela – Vá embora!

Quando os olhares dos dois se tocaram, ela pode sentir o medo que emanava dele. Draco desejava a todo custo deixar ela longe de Voldemort. Julie tremia, mais de medo do que de frio. Antes que pudesse decidir se deixava Draco ou ia embora para salvar seu bebê, surgiu outra figura com o capuz escuro, que Julie não conseguiu ver quem era:

- O lord está esperando por vocês – ele encarou Julie – Todos vocês.

Amico exibiu um sorriso de triunfo. Virou-se para acompanhar a figura de capuz escuro, o que Draco também fez, puxando a mão dela muito a contragosto. Eles caminharam em silêncio por um tempo. Draco percebeu que ela tremia mais do que nunca, e ele apertava sua mão, tentando dizer a ela que tudo ficaria bem. Julie queria falar com ele, mas temia ser ouvida pelos outros. Encontrou a oportunidade quando eles passavam pela porta da casa dos gritos. Puxou-o e disse a ele, o mais baixo que pode:

- Não importa o que aconteça, salve o bebê! você me deve essa!

Draco não pôde responder nada, pois eles já haviam chegado à sala em que você-sabe-quem estava sentado de costas numa poltrona puída da casa dos gritos. Julie se encolheu quando entrou na sala: estava cheia de comensais da morte. Parecia que estavam esperando algo, porque alguns estavam sentados, outros rodavam em círculos e outros cruzavam os braços.

Ela segurou o grito quando encarou a feição de Voldemort, aquelas fendas no lugar do nariz. Por instinto se virou para a saída, mas Amico, percebendo sua intenção agarrou seu braço e a arrastou para frente de Voldemort.

- Ora, ora – disse a voz fria de Voldemort, o que fez Julie se arrepiar de medo – temos uma convidada hoje.

Julie encarava aquele rosto assustador. Qualquer que fosse o fim dela, ela não ia deixar que seu bebê fosse junto. O incômodo em suas costas agora se transformara em contrações. Mas ela ignorava o melhor que podia. Tinha que pensar em um jeito de sair de lá o mais rápido possível.

- Diga, o que a traz aqui? – a voz fria perguntou.

- Ela estava espionando, lord – Amico interrompeu – Pronta para denunciar nossa posição.

- Não é verdade!  - Julie conseguiu falar – eu estava indo embora!

- Embora por quê? – Voldemort perguntou – por acaso não pretende se unir a sua causa, Trigger?

Julie tentou pensar numa desculpa, mas não foi preciso. Um comensal da morte que ela não soube dizer quem a interrompeu:

- Trigger? Mas Lúcio me contou que a filha dos Trigger voltou para França há muito tempo – ele exibiu um sorrisinho maldoso – Essa aí é a impostora, lord!

Julie, quer apertava sua varinha embaixo dos panos que escondia sua barriga tremeu, tentando pensar num jeito de escapar dos comensais para chegar à porta.

- Posso saber por que você não tirou a varinha dela, Draco? – Voldemort sibilou.

De repente, Amico avançou para ela, retirando sua varinha tão forte que fez com que os panos especiais caíssem junto com ela ao chão, revelando a todos sua gravidez. Um suspiro de surpresa pode ser ouvido na sala, e Julie pode perceber Draco tirar sua varinha do bolso.

- Draco? – repetiu Voldemort.

- Eu... Ela... Ela é inofensiva, lord.

Voldemort encarava Draco, e depois passou a encará-la. Ela sentia que ele estava procurando alguma coisa no olhar dela. O que quer que ele estivesse procurando, encontrou.

- Não sabia que você tinha atração por sangues-ruins, Draco.

Alguns comensais zombaram, outros riram, entendendo a situação.

Voldemort ergueu sua varinha, pronto para matá-la.

- Não! – gritou Draco – Por favor, lord – ele tentou corrigir. Sua voz tremia

Voldemort a encarou de novo.

- Devo entender que está gostando dessa sangue-ruim, Draco?

- Não – dessa vez sua voz saiu um pouco mais firme – Mas o bebê tem sangue mágico, senhor. – ele disse, rezando para que Voldemort caísse nessa.

- Hm... – Voldemort pensou por um tempo -  então quer que ela viva só por causa da criança?

- Sim, claro – ele tentou mentir o melhor que pode, não tendo coragem de olhar para ela – Afinal, tem o meu sangue mágico, lord.

Voldemort pensou por alguns instantes. Depois voltou a falar com sua voz cruel:

- Façamos um trato, Malfoy. Você entra no castelo e faz um favor para mim, assim posso reconsiderar seu pedido.

Draco estava suando frio:

- Que favor, lord?

- Encontre Harry Potter na sala precisa e traga o diadema de Ravenclaw que me pertence. Mas a peça deve estar inteira, entendeu Draco? Vá com Crabbe e Goyle.

Draco hesitou. Deixá-la sozinha com aquele bando de comensais não era uma boa idéia.

- Alguma pergunta Draco? – Voldemort disse

- Nenhuma senhor. – Draco respondeu, acenando para Crabbe e Goyle do outro lado da sala, e os três deixaram a sala.

O silêncio imperou na sala. Voldemort o quebrou, ordenando:

- Sumam com essa sangue ruim daqui. Mas tragam o bebê quando tiverem terminado.

 

 

                                                                      ***


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