Draco Malfoy escrita por Ana Welling


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Agora sim, o que eu chamo de ápice da história!



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Draco Malfoy estava parado, de braços cruzados, com a cara fechada olhando para Hagrid. Hagrid enrijeceu quando se virou para saber quem era. Julie, que não entendeu a atitude de Malfoy, virou-se sorrindo para ele, exclamando:

- Olha só Draco! São filhotes de unicórnios! Lindos, não?

Draco se aproximou ameaçadoramente para Hagrid, dizendo com a sua voz fria:

- Falta muito pouco para te expulsarem daqui... E quando te expulsarem, eu quero estar presente para apreciar a cena!

Julie ficou chocada. Aproximou-se de Malfoy, segurando seu braço e perguntando:

 - O que você está fazendo? Ele é um professor de Hogwarts!

Draco não respondeu, agarrando a mão de Julie e a arrastando de volta para o castelo. Julie deixou-se arrastar, por estar muito chocada com a atitude que ela nunca vira de Malfoy. Quando se recuperou, Julie rapidamente se desviou de seu braço e parou indignada:

- O que você está fazendo??

- Não, o que você estava fazendo se misturando com aquela gentinha?

- Como assim? Ele é um professor de Hogwarts!

Draco riu sarcasticamente.

- Você chama aquele babão de professor? Pelo amor de deus!

Julie ficou quieta, encarando-o. A que se devia aquela atitude? Seria por que...

- Draco, você está com ciúmes?

Draco ficou calado por alguns segundos. Depois respondeu:

- Não seja ridícula... Só acho que você devia honrar seu sangue puro e parar de se meter com mestiços nojentos.

A raiva de Julie explodiu. Já estava cansada de agir como alguém que não era, ter que tomar um partido que não era dela.

- É mesmo? Honrar meu sangue puro assim como você fez?

E Puxou o braço esquerdo dele, deixando à mostra sua marca negra, tatuada a fogo em sua pele. Draco puxou de volta, chocado. Encarou Julie por alguns momentos, sem ter o que dizer. Por fim foi Julie quem retomou:

 - Você não tem que fazer isso simplesmente porque você quer honrar coisa alguma Draco. Eu sei que você cometeu muitos erros, mas já é hora de parar de cometê-los.

Ela foi aproximando-se dele, tentando tocar sua face. Draco ficou sem palavras. Julie acariciou sua face, dizendo:

- Eu te amo, Draco Malfoy, independente do que você tenha feito no passado. Mas já é hora de construir um futuro melhor para nós.

Abraçou-o, e algumas lágrimas molharam a blusa do garoto. Draco retomou a voz:

- Você sabia esse tempo todo?Então porque não fugiu? Você sabe o risco que eu represento, mesmo você sendo sangue-puro, não há garantias, nunca há... Porque você não fugiu?? Porque não se afastou de mim definitivamente?

 -Eu não posso! - lágrimas desciam do rosto dela – Desculpe, eu te amo demais, já é tarde...

Draco Malfoy abraçou-a de volta sem saber o que dizer. Sentia que a oportunidade perdida naquela noite na torre de astronomia podia voltar. Talvez ele pudesse fugir com seus pais e com Julie para bem longe, aonde o Lorde nunca pudesse encontrá-los. Sabia que era um sonho infantil, que não era real e nem aplicável, mas ficou feliz imaginando-se por um momento em uma vida feliz ao lado de Julie.

 

Mais tarde, em sua cama, Julie pensava. Aquela atitude de Draco era certamente o tipo de atitude que Malfoy teria quando descobrisse a verdade. Sofria ao pensar em ser rejeitada por ele, mas não podia deixá-lo. Sabia que quando chegasse ao final do ano, nunca mais o veria e nem poderia. Eram duas horas da madrugada quando decidiu que estava com fome. Mas não era pouca. Sentia que podia comer um boi inteiro!

Saltou da cama. Sabia onde ficava a cozinha de Hogwarts, junto com um feitiço da desilusão não seria difícil chegar lá. Ao descer as escadas da torre da Corvinal, executou o feitiço. Passou por pirraça tranquilamente até chegar ao corredor, depois localizar a fruteira, na qual tinha a pêra que logo se transformou em uma maçaneta. Ao entrar na cozinha, havia muitos elfos domésticos dormindo, e Julie não queria incomodá-los, então foi direto para a pia que continha os enormes tachos que eram usados para fazer refeições. Ela tinha esperança de que tivesse alguma coisa já pronta, pois ela não era muito boa em cozinhar.

- Em que posso ajudá-la, senhorita?

Um elfo muito incomum estava parado, olhando-a esperançosa com as mão juntas, enormes olhos azuis emoldurando seu rosto. Tinhas absurdos números de meias e gorros juntos, sem falar que suas meias não faziam par, era cada um de uma cor. Achando que talvez fosse uma falta de respeito perguntar o porquê daquilo, ela resolveu ir direto ao ponto:

- Ah, oi, tudo bem? Eu sou Julie D... Digo Trigger, da Corvinal... Eu sei que está um pouco tarde, mas é que eu realmente estava com fome, então pensei que talvez você pudesse ter algo sobrando aí...

Julie, até aquele momento, nunca tivera contato com elfos domésticos. Não tinha certeza se eles iriam gostar da visita dela àquela hora.

- claro que sim! – o elfo respondeu, entusiasmado – Dobby vai providenciar pra a senhorita!

E saiu arrastando as muitas meias que levava. Julie percebeu que aquela altura, alguns elfos já se levantaram por causa da conversa deles, inclusive uma elfo que estava sentada à beira do fogão, bebendo algo que parecia cerveja amanteigada. Antes de trazer a enorme travessa de comida, Dobby ralhou com a elfo algo que Julie não conseguiu ouvir. Ele depositou a travessa em uma das mesas que imitava o do salão principal e disse:

- A senhorita pode comer por aqui, Dobby vai trazer as bebidas.

Julie sentou-se, e quando Dobby lhe trouxe uma jarra com suco de abóbora, Julie comentou despreocupadamente:

- Bonito gorro, esse seu...

Dobby abriu um sorriso enorme e disse:

- A senhorita Hermione Granger que fez para Dobby... a senhorita tem um grande coração, tem sim.

Julie, que devorava a comida, exclamou de boca cheia:

- Você conhece Hermione Granger? Aquela que fugiu com o Harry Potter?

- Sim! – exclamou Dobby, com alegria – foi Harry Potter quem libertou Dobby dos antigos senhores dele, que deu a liberdade à Dobby! Harry Potter é um grande bruxo, é sim!

Julie ficou calada por um momento, comendo ainda. Conhecer alguém que conhece Harry Potter lhe dava uma sensação estranha. Harry Potter tinha a idade dela e enfrentava você-sabe-quem bravamente. Vendo o elfo falar dele, ela sentia que ele era real e não uma lenda para que os nascidos trouxas tivessem esperança. Assim como aconteceu no jardim de Hagrid, Julie mais uma vez começou a chorar sem um motivo aparente. Dobby veio ao seu socorro:

- O que houve senhorita? A comida de Dobby está estragada?

- não, não Dobby – ela riu e chorou – está ótima, obrigada. Eu que ando meio sensível esses dias.

Enxugou as lágrimas com a barra da manga e voltou a morder um bolo.

A elfo que estava bebendo, sentada no fogão, se aproximou dos dois dizendo, bêbada:

- Winky já viu algo assim senhorita! Ah sim! Quando a senhora de Winky ia ter meu senhor Bartô Crouch chorava como a senhorita...

Julie engasgou.

- O que você quer dizer com isso?

- A senhorita está grávida! – a elfo respondeu, cambaleando.

 

                                                                         ***   

 


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Notas finais do capítulo

mais de 800 leitores e só alguns reviews? =(