Draco Malfoy escrita por Ana Welling


Capítulo 11
Capítulo 10




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Draco estava sentado na ponta da majestosa mesa da mansão Malfoy. Do outro lado, havia um rosto frio, com fendas na face, totalmente ofídico. Acima da mesa, havia um corpo feminino inerte, flutuando lentamente. Os cabelos marrom-mel bloqueavam a visão do rosto da garota, que dormia, mas Malfoy reconhecia bem quem era. O corpo dela praticamente seminu, coberto por um pano mal colocado em seu corpo. Malfoy exibia um sorriso de triunfo, enquanto Voldemort sibilava:

- Nunca pensei que você fosse se envolver com pessoas assim, Draco – disse som a voz fria.

- Foi um erro milorde – Draco respondeu, com um ódio estampado em seu olhar – Por favor, certifique-se de que essa mulher receba o castigo adequado.

Voldemort então, apontando a varinha para a garota, fez jorrar uma luz verde, e logo depois o corpo da garota bateu na mesa, morto.

Draco Malfoy acordou na mansão suando frio. O pesadelo que acabara de ter fez com que ele nem mesmo se lembrasse onde estava. Depois de se acalmar e lembrar que Julie estava salva e segura na casa de Alicia Draco conseguiu deitar de novo. Tentou fechar os olhos, mas preferiu não tê-lo feito, pois a imagem de Caridade Burbage sendo devorada pela Nagini piscou em sua mente. Depois de enxugar algumas lágrimas, percebeu que aquela ia ser mais uma longa noite sem sono...

Julie Davis acordou naquele último dia de férias sentindo uma felicidade inundá-la por dentro. Dentro de poucas horas estaria vendo-o de novo... Aquela pele branca que era refletida pela lua à noite, aquele sorriso branco...

Assustou-se quando Alicia entrou no quarto com uma largo “Bom dia!” e começar a fazer a mala das duas descer escada abaixo. Julie se levantou rapidamente e se vestiu. Sabia que iam partir daqui a poucos minutos, e não queria fazer o Senhor e a Senhora Taylor se atrasarem também. Enquanto abotoava a calça de trouxa, pensava em sua vida. Nesses dias que passara com a família Taylor, nunca sentira tanta falta de sua avó. Ela mal conseguia se lembrar como era ter uma família, mas teve uma boa noção quando conheceu os Taylors. Alicia tinha um irmão que ainda era um bebê, John Taylor, um lindo garotinho com o cabelo tão loiro quanto o de Alicia. As duas se divertiram muito com John, o vendo tentar dar seus primeiros passinhos e flutuar quando ia cair. Julie estava tão distraída com esses pensamentos que não percebera a dificuldade que tinha de abotoar a calça... Desistiu quando ouviu Alicia deixar cair as suas malas com estrondo em algum lugar lá em baixo, desceu para ajudar sua amiga, sempre tão desastrada.

Algumas horas depois as duas já estavam no salão principal de Hogwarts, jantando um delicioso banquete. Julie estava tão ansiosa que comia rápido e muito ao mesmo tempo. Dava olhadas furtivas de vez em quando para a mesa da sonserina, esperando vê-lo. Depois de ter comido e repetido quase três vezes, Julie deu uma desculpa qualquer para Alicia a foi dar uma volta no castelo, para ver se encontrava quem ela tanto queria...

Bateu em algo mole abruptamente enquanto andava por um corredor e caiu de costas. Levantou os olhos e viu um homem gigante, com barbas e cabelos espessos que trazia alguma coisa parecida com fios brancos. Reconheceu-o na hora: era o professor de trato de criaturas mágicas, Hagrid, mas como ela não tinha aulas dessa matéria, não costumava falar com ele. Ele lhe estendeu a mão, dizendo:

- Você está bem? Desculpe, eu não te vi.

Julie aceitou sua mão, meio hesitante. Apesar da aparência assustadora que ele tinha, parecia uma boa pessoa. Quando ela pôs-se de pé, começou a perguntar-se o que eram aqueles fios brancos que brilhava. Resolveu perguntar:

- Se você me permite a pergunta, o que é isso professor?

Hagrid deu um sorriso para ela e respondeu animado:

- São pêlos de unicórnio, muito eficiente na cura de machucados simples... Parece que ultimamente madame Pomfrey anda precisando muito disso. Enfim...

Hagrid continuou andando até Julie ir atrás dele e perguntar:

- Então existem unicórnios mesmo?

- Claro! Mas é um pouco difícil se aproximar de um, principalmente se você é homem... Mas nunca tive problemas com isso – exclamou Hagrid, orgulhoso.

- Você poderia me mostrar algum professor? Sempre quis ver um... – respondeu Julie, ofegante, tentando acompanhar o guarda-caça pelos corredores. – Por favor!

Hagrid parou e pensou por um momento.

- Porque não né? Mas hoje eu realmente tenho que deixar isso com madame Pomfrey e vocês não têm permissão de ficar fora até tarde assim. Amanhã eu te levo lá, Srta?

- Julie, professor, Julie Da... Quero dizer, Trigger.

- Ok, então amanhã eu te encontro na hora do almoço no salão principal. Agora vá para cama, está tarde.

- Obrigada, professor! – Julie exclamou, tomando o caminho oposto para chegar à torre da Corvinal.

O dia seguinte amanheceu como um bom dia para se realizar um sonho, na opinião de Julie. Ainda não tinha encontrado Draco desde o episódio no trem e apesar de estar preocupada em onde ele poderia estar, queria muito que meio-dia chegasse.

Quando a sineta tocou para o almoço, Julie puxou Alicia junto para o salão principal. Alicia também estava feliz em ver o unicórnio, apesar de já ter estudado eles em Hogwarts antes. Julie nem precisou fazer muito esforço para localizar o professor – quando percebeu que ele estava saindo das mesas dos professores, foi logo falar com ele.

- Boa tarde, professor! – ela já foi dizendo, com um sorriso enorme.

Hagrid se animou também.

- Boa tarde menina! Pelo jeito, você não esqueceu né... Vamos então.

- Professor, essa é Alicia Taylor, ela pode vir com agente?

- Claro! – disse Hagrid, enquanto as duas tentavam acompanhar os passos enormes dele – Se fosse menino, seria mais complicado, unicórnios não são fãs de garotos...

Quando os três chegaram à cabana, Julie não cabia em si de contente. Não sabia por que, mas ficara muito emocionada quando Hagrid mostrou-lhes os filhotes dourados dos unicórnios que tremiam ao tentar se levantar. Com as lágrimas nos olhos, Julie se aproximou dos filhotes, antes de Hagrid ter advertido-as:

- Não cheguem muito perto dos filhotes, apesar de serem meninas, quando unicórnios têm filhotes é melhor não abusar da boa vontade deles... Eles sentem mais afinidade com mulheres grávidas quando têm filhotes.

Julie chegou perto de um unicórnio que cuidava de um filhote, tentando não assustá-lo. Para sua surpresa e de Hagrid, o unicórnio veio direto para Julie, mostrando a crina que Julie logo estava passando a mão.

Chorando, ela tentou se justificar:

- Eu não sei o que acontece comigo... Eu não sou chorona assim, Alicia, juro.

Alicia riu. Não entendia o porquê de sua amiga estar assim, mas supôs que era por causa do sonho realizado.

Julie achou que nada mais podia dar errado na sua vida dali em diante. Qual a sua surpresa quando ouviu uma voz fria e arrastada dirigir-se para Hagrid:

- O que pensa estar fazendo, seu gigante idiota!?

 

                                                                    ***

 


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