A Matilha Dos Lobos Do Norte escrita por Maeve


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Aqui esta o novo capitulo. Bem, vou dar uma pausa na historia e assim que conseguir terminar morfina e começar uma fic que quero começar, eu recomeço aqui.



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Narrado por Meave.

Minha cabeça latejava quando abri os olhos. Estava em uma espécie de tenta, o vento sacudia o teto de tecido segurado por grandes estacas de madeira.

 - Srta. Cathy! – Fala Dinger ao ver que estava acordada.

- NÃO ENCOSTE EM MIM! – Grito.

- Acalme-se criança. – Diz uma senhora de olhos e cabelos negros,estranhamente familiar.

- E quem é você para me dizer para ficar calma? – Desdenho.

- Sou Saradim, sua avó. – Ela fala calmamente. – E você é Meave, a escolhida.

Ela sorri quando minha cara de desdém se transforma em uma de surpresa.

- Isto é um engano! Meu nome é Catherine Slonny eu vivo em Verona com meus pais, que são Elizabeth e Frederick Slonny.

- Eles estão mortos,querida. –Saradim me interrompe mas eu continuo a falar.

Escuto o que ela fala, mas o choque é tão grande que continuo falando, entre o desespero e o catatonismo.

- Eu nasci em 24 de maio de 1846, há dezoito anos. Eu tive aulas na escola Inglesa de Verona. Falo seis línguas:Italiano, inglês,Russo,hebraico e Frances, língua que meu pai me ensinou.

As lágrimas se formam em meus olhos e rolam por minhas bochechas, mas não dou atenção a elas.

- Minha mãe toma chá as três da tarde, em frente à janela de nosso estúdio. Mesmo que ela seja um pouco rígida, faz questão de tomarmos chá juntas todos os dias. Meu pai gosta da praia, íamos nela todos os domingos quando... – Me descontrolo, começo a soluçar freneticamente. – Quando eles ainda existiam! Vocês mataram meus pais!

- Não, mais tarde você saberá a verdade. Agora, levante-se, você é uma líder. Deve aprender a lutar o mais rápido possível. – Diz Saradim levantando meu queixo.

Limpo o rosto.

-O que esta acontecendo? – Pergunto.

- Quando você nasceu, a lua era apenas para homens, mas sua mãe viu o espírito lupino em você,então fez seu pai , chefe da nossa matilha, jurar sob os lobos e a Deusa Hécate,  protetores da matilha onde vivemos, que quando você fizesse dezoito anos, você começaria a ser treinada para comandar a matilha. Então como não se podia ficar com você, deixamos você com os Slonny. – Fala Saradim rapidamente. – Agora pode fazer as perguntas.

- Matilha...Seria uma matilha nômade? – Pergunto.

Ela assente com a cabeça.

- Você é uma menina esperta, mas não se vive fazendo perguntas e sim descobrindo suas próprias respostas – Ela fala.

- Então eu terei de descobrir sozinha?

- Talvez os lobos a ajudem. – Ela responde com sua voz calma. – Agora vamos achar uma roupa para você e começar seu treinamento!

- Treinamento? – Pergunto.

- Fizeram uma promessa, ela envolve você, e quase uma nação inteira. Uma nação que você irá governar, sua mãe esperava isso de você, espero que a honre. – Diz um homem entrando na tenta.

Pele clara, cabelos entre o castanho e o ruivo, olhos escuros, porte orgulhoso e autoritário.

Dou uma risadinha incrédula.

- Me deixaram dezoito anos vivendo com pessoas que eu considerava e amo como pais, depois os mataram,me seqüestraram e agora querem que eu aprenda a lutar e comande a matilha de vocês? Realmente incrível.

- Mais respeito! – Começa Saradim.

- E você quem é? – Não dou atenção a ela.

- Sou o chefe desta matilha e seu pai! – Ele fala, me deixando boquiaberta. – Nunca pensei que acharia alguém tão petulante quanto sua mãe!

- E é assim que me contam tudo isso? – Não deixo o olhar de desdém para trás.

- E queria o que uma carta? Um chá? – Ele pergunta.

- Falco! Deixe a menina em paz! Colocaremos roupas adequadas! Saia! – Diz Saradim.

 Falco bufa e sai.

Saradim indica com a cabeça um baú escuro ao lado da cama, Dinger abre-o quase prontamente e tira uma roupa estranha e indecente.

-São roupas iguais as da deusa. – Diz Dinger.

Um corpete que mostrava parte da barriga, uma saia curta feita de pele, uma espécie de capa também feita de pele  e botas de cano de couros cheirosos.

- Vista. – Disse Saradim.

- Eu não usarei isto.

- Está quente demais para continuar usando este vestido enorme. – Rebate Saradim, mas suspira ao ver que minha relutância se estenderia. – Esta bem, mas tire este vestido pesado.

Dinger me ajuda a tirar o vestido.

Acabo somente de suporte para corpete e roupas intimas.

- Este vestido já está ótimo por si só. – Diz Saradim.

- Eu estou de roupa intima! – Digo.

- É um vestido bonito! – Diz ela sem dar atenção a mim.

- Sara você viu... – Um garoto entra na tenda já falando.

Dou um grito e me escondo atrás de uma das grossas estacas de madeiras que seguram a tenda.

- DROGA! – Digo.

- Quem é essa? – Ele pergunta. – E por que estáusando calças.

Saio de trás da estaca e coloco as mão na cintura.

- E por que não poderia usar calças? – Pergunto.

- Por que é coisa de homem! – Ele fala.

- Nunca vi tal coisa tão justa ser algo masculino! – Digo.

Ele cora e então me viro para Saradim.

- Agora me diga como lutarei com algo tão... Tão... Isto – Aponto para as vestes.

- Temos um vestido, mas...Não, não seria bom... – Disse Saradim para ela mesma.

- Você acha que eu vou conseguir lutar com isso? – Pergunto.

Ela abre o baú e tira um vestido de pano leve e branco até abaixo dos joelhos.

- Tire esses trapos e coloque isso. – Diz Saradim. – Saia Aquil!

Tiro todas as minhas roupas e coloco o vestido, que cai como uma luva em mim.

- Este vestido era de sua mãe. Você se parece muito com ela, mesmo que sua mãe nunca aprendeu a lutar. – Saradim fala.- Bom, coloque as botas de caça, isto você terá de usar.

Bufo e coloco as malditas botas.

- Agora vamos sair desta tenda. – Diz Dinger.

Ao colocar os pés na rua, arranco olhares de todos.Escuto alguns:

“ Aquela é Romina?”

- Saradim, minha mãe se chamava Romina? – Pergunto.

- Sim.

- E quando ela morreu? – Pergunto outra vez.

- Há dois dias. – Ela fala com naturalidade.

- E como ela...

Sou interrompida por algo que me ataca e derruba no chão.


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