CAPÍTULO 6

POV RENNÉ

Já estava na confeitaria, estava nesse momento olhando o Ben fazer uma guitarra com pães e pulando num pé só como quem tocava. Uma única palavra pra isso: louco.

–Eu não acredito! – Falou Jean. – E ele mandou um presente é? – Falou depois de ter me virado pra ela.

–É um CD de uma banda que eu nunca ouvi falar, mais eu amei. É como se ele me conhecesse melhor do que eu.

–Então por que está se escondendo?

–Ele não está se escondendo, ele só...

–Só o que?

–É... – Não consegui responder, acabei virando e saindo.

POV BELLA

Hoje o dia foi puxado, os professores marcaram as provas e tinha muita matéria pra estudar. Já tinha chegado da escola, estava sentada no sofá da sala com o “convite” que tinham mandado para minha mãe participar, se chamava: ‘43ª Competição Anual de Bolos’.

–O jantar está pronto! – Gritou Meg.

Me levantei e fui me sentar na mesa com minha mãe e minha irmã.

–Deve ter alguma coisa errada com ele. – Falou minha mãe de repente.

–Quem? – Perguntou Meg.

–Mister Maravilha. – Droga.

–O que? Não tem nada de errado com ele, ele é perfeito.

–Então por que tanto segredo?! Porque ele não vem logo aqui e mostra a cara, e diz “Olá!”? Como uma pessoa normal?

–Presta atenção mãe, ele só está querendo ser romântico e você acha que ele não é normal? – Meg me olhou quase rindo da minha desculpa, peste.

–Como ele deve ser? Alto ou baixo? Loiro encaracolado ou preto liso? Como? – Perguntas e mais perguntas. Droga mais uma vez.

–Aposto que ele tem uma verruga enorme no nariz. – Meg falou, que safada, nem pra me ajudar. Chutei ela por baixo da mesa. – Ai! – Reclamou, mas comeu a massa sorrindo.

–Eu aposto que ele é muito lindo. – Falei tentando convencer minha mãe.

–Ta, como pode saber? – Perguntou minha mãe.

–Ele escreve como um cara bonito. – Mer** de desculpas.

–Amor, já viu as fotos de Shakespeare? É careca e magrelo. – Fiz uma careta.

–E isso importa mesmo?

–Importa. Por que não da de ter um relacionamento com alguém que nunca viu. – Depois disso resolvi parar de argumentar.

***

–Querida, eu tenho uma festa pra 50 pessoas em meia hora. – Falou o tio de Alice. Estávamos no restaurante dele tentando o convencer a tirar uma foto. Saímos da escola e viemos direto pra cá.

–É só um segundo. – Tentei argumentar.

–Ah, pode tirar minha foto, aqui é Brad Pitty – mostrou o lado esquerdo- e assim é David Spade – mostro o lado direito-. É uma coisa de louco. – Falou Marcus. Rimos.

–Não, estou muito ocupado, desculpe. – Falou Charlie. Alice virou pra mim e piscou, voltou pro tio.

–Ah, o tio Charlie, fale pra mim e olhe pra câmera, qual é a letra que vem antes do y? – Perguntou apontando a câmera pra ele. Virou pra nós e respondeu:

–X. – Saímos dali rindo e com a foto, ainda deu de o ver balançando a cabeça.

***

–Charlie, é um belo nome. – Falou Renné olhando a foto que tínhamos tirado. Em seguida que tiramos a foto, fomos revelar e mandar pra minha mãe. Agora estamos eu, Renné e Meg vendo a foto. –Simples e seguro... Charlie.

–E é muito melhor do que Ben. E muito mais bonito. – A peste da minha irmã só me olhava com um sorriso divertido.

–Não seja tão má com o Ben, ele é um cara legal. Só não é o cara certo pra mim. – Meg “arrancou” a foto da mão da minha mãe e se “abraçou” nela.

–Eu gostei desse, eu quero que ele seja o meu namorado. Quando ele vai aparecer? – Minha mãe tirou a foto de suas mãos.

–Assim que ele voltar.

–A onde ele foi? – Perguntei.

–Ele está abrindo um restaurante novo, na China. Telefone lá é impossível. Ele me liga assim que voltar. – Esqueci de dizer que também fizemos uma carta e que estava junto com a foto.

–Legal. O que mais diz a carta? – Perguntei, eu e Meg nos juntamos mais para ler.

–Ah, é particular. – Falou minha mãe dobrando a carta. – Com licença. – Falou se levantando. Sorri e me levantei pra ir pro meu quarto.

***

–China? Como vamos conseguir um selo da China? – Alice perguntava, tinha acabado de dizer pra ela. Estávamos na biblioteca.

–Não vamos, agora que ele ta viajando pediu que ela mandasse o email dela pra ele.

–E por acaso ele tem um email? – Perguntou Alice indignada. Umas pessoas mandaram ela fazer silencio. É ela tinha gritado.

–O cara do Brooklin, eu to abrindo uma conta.

–Bom pelo menos isso é verdade. Todo mundo mente na internet.

–Mas não podemos usar o computador lá de casa, ela pode descobrir.

–Eu ofereceria o meu, se meu irmão não ficasse o tempo todo comprando cartões do yug o. E claro, ele só mexe no meu computador porque ele estragou o dele. –Pois é, o irmão dela era viciado nisso.

–Quem mais? – Falei e começamos a olhar em volta da biblioteca. Até que vi Edward olhando uns livros. – Já sei. – Falei me levantando e indo falar com ele. – Oi.

–Ah, oi Bella.

–Será que eu poderia pedir uma coisa? – Perguntei sorrindo.

–Depende.

–O que?

–Você ainda vai comigo na convenção né?

–Claro, vou sim.

–Então pode pedir. – Sorriu pra mim. Mas não é que ele tem um sorriso lindo? Para com esses pensamentos Bella.

–Bom, sei que não é todo dia que uma pessoa pergunta isso, mas será que eu poderia usar o teu computador hoje? – Falei sorrindo amarelo. Ele riu baixinho. Ainda estávamos na biblioteca.

–Claro que pode, depois da escola?

–Isso, muito obrigado. – Falei sorrindo. – Nos vemos depois então, vou pra aula.

–Ok.

***

–Pode entrar. – Falou Edward abrindo a porta do seu quarto.

–Olha, é meio bagunçado. – Falou sem graça. Sorri.

–É meio escuro. – Falei levantando a sobrancelha.

–Óh, espera aí. – Falou indo abrir as janelas.

–Deve estar ligado. – Falou apontando pra computador e se sentando na cama.

–Muito obrigado por me deixar fazer isso, deve achar que sou louca. Mas pelo menos minha mãe está feliz sabe. E é uma mudança e tanto, porque ela está sempre deprimida ou saindo com um idiota.

–Hum, eu devia tentar isso, a minha mãe só ri uma vez por mês, quando chega o cheque da pensão. – Riu. Olhei pra ele.

–Sério?

–Não, to brincando, ela ri mais, mas adora quando chega. – Falou balançando a cabeça. Rimos. Peguei de dentro da minha bolsa o gravador.

–“E se ela já levou muitos foras? E ai?” – Ouvi minha voz.

–“Muitos? Essa é dureza. Acho que o homem perfeito poderia estar em qualquer país, mas ele escolhe estar com ela por que... A vida é melhor ao lado dela.” – Ouvi a voz de Charlie. Comecei a escrever:

“Querida confeiteira,

Tenho passado os meus dias negociando com pessoas muito importantes, e sei que deveria estar prestando atenção a cada palavra que eles dizem, mais só consigo me perguntar o que estou fazendo na China?...”

POV NARRADOR

–Eu não acredito. – Falou Renné ao ler o email. – Escuta só. – Falou para suas filhas que estavam na sala. – É do Charlie.

“... Eu planejei esse restaurante antes de por os olhos em você, se eu tivesse que recomeçá-lo eu colocaria o prédio ao lado do seu e abriria lá.”

–Ele preferia estar comigo. –Falou Renné sorrindo.

–Por que não responde? – Perguntou sua filha Isabella.

–Ótimo. –Falou, suas filhas chegaram mais perto pra ver. – Com licença. – Falou Renné sorrindo para as meninas.

“Querido cara do Brooklin,

Se sua comida for metade do que são suas cartas, nada me deixaria mais feliz que ter um restaurante seu em meu quarteirão, mas eu odiaria privar a China de tamanha satisfação, então abra seu restaurante ai primeiro.”

No outro dia Isabella estava de volta à casa de seu amigo Edward, enquanto ele “brincava” de basquete ela escrevia.

“Querida confeiteira apaixonada,

Contanto que esteja cozinhando não importa o lugar...”

Edward de brincadeira jogou a bola na cabeça de Isabella, ela virou pra ele rindo enquanto ele disfarçava. E continuou a escrever.

Já na casa de Renné, ela escrevia para Charlie.

“É um prazer bem especifico não é?! Cozinhar para as pessoas, sou apenas uma confeiteira, mas coloca tanta criatividade e paixão nos meus bolos, quanto um pintor em suas telas. Só que ao terminar fiz apenas um bolo, mas também não se pode comer o quadro da Mona Lisa.

Aguardando ansiosamente a confeiteira apaixonada.”

Isabella continuava a escrever para Renné.

“Querida confeiteira apaixonada,

Criatividade e paixão não é? Começo a imaginar o que o que mexe com você...”

–Edward! – Exclamou Isabella quando viu o mesmo tirar uma foto dela com o celular. Ele só sorriu.

“... E quanto a Mona Lisa, após milhares de anos as pessoas começam a ficar cansadas do seu sorriso. Mas um bom brownie com calda é eterno.”

Depois de ter lido seu email, Renné respondeu.

“Querido cara do Brooklin,

Sou modesta, mas não em relação a isso, faço o melhor brownie com calda de chocolate do planeta...”

Isabella respondeu:

“Bom, por acaso eu faço o melhor sorvete caseiro que existe.”

Renné escreveu:

“Sorvete com brownie, uma bela combinação. Era isso que eu procurava, a minha combinação perfeita. Alguém que eu desperte o melhor, e que desperte o melhor o que a em mim.”

Roupas:

Bella - http://www.polyvore.com/bella_swan_paix%C3%A3o_de_aluguel/set?id=42518517

Alice - http://www.polyvore.com/cgi/set?id=42519142&.locale=pt-br

Maggie - http://www.polyvore.com/cgi/set?id=42519718&.locale=pt-br

Edward - http://www.polyvore.com/cgi/set?id=42520088&.locale=pt-br