Aurora Boreal escrita por Mr Ferazza
VI. ELETRICIDADE
Eleazar veio cumprimentar-me e cumprimentar Renesmee.
– Olá Bella. – disse-me ele com sua voz agradável. – Edward disse-me que você consegue controlar quantas pessoas ouve e quando quer ouvi-las. Devo admitir. Estou impressionadíssimo. Você é a imortal mais rara que nosso mundo sobrenatural já viu.
Ele me olhou fixamente. Estava me ouvindo. É claro. Mas perguntei mentalmente para ter certeza.
“Está ouvindo-me agora, não?!” – pensei.
“Deveras, Bella. Ainda estou impressionado com suas habilidades.”
Edward nos olhava. Ele também estava participando da “conversa”. Mas, ele estava um pouco mais descontraído.
“Então; Essa deve ser a casa que tem mais telepatas no planeta agora” – brincou ele.
Nós três rimos.
Edward repetiu o que havia falado em voz alta.
Eleazar foi cumprimentar Renesmee;
– Hola! ¿Como estás, Nessie? – Cumprimentou-a em espanhol também.
– Muy bien, gracias. ¿Y tú? – Perguntou ela
– Estou Bem, obrigado. – respondeu ele.
Eleazar voltou-se para mim;
– Muito bem, Bella. – começou ele – Conte-me como você acredita que conseguiu os poderes de Edward. Por favor.
– Muito bem... – comecei. – Eu estava tentando deixar que ele lesse minha mente. E consegui. Então ele beijou-me – disse olhando para ele - e o escudo voltou a seu lugar. – concluí. – Acredito que seja simplesmente isso. Pelo menos que eu tenha percebido.
– Ah, está bem. – começou ele – Então você “ganhou” esse poder depois de deixar Edward ler sua mente?!
– Exatamente. – Disse – Mas ele já havia lido minha mente duas vezes antes dessa em questão.
– O.K – e nessa última você teve tanto esforço para afastar o seu escudo como nas outras? – perguntou ele – Teve?!
– Não tanto como nas outras vezes anteriores – respondi. – foi um pouco mais fácil. Descobri que se pensasse em situações de perigo pelas quais já passei muitas vezes... – Olhei para Edward. Ele estava sorrindo. Eu sorri também – fica mais fácil para afastá-lo de minha mente. Mas acho que isso não faz sentido... – expliquei.
– Não Bella... – interrompeu-me Eleazar - parece não fazer sentido. Mas a verdade é outra de suas defesas. Você os “pega”, os dons, como uma defesa, ou seja, sua mente toma essa invasão como um ataque e “copia” os dons para que você tenha as mesmas “armas” ofensivas que os imortais que as possuem originalmente.
– Ah, O.K, entendi. Obrigada. – disse.
– Em que você pensou para afastar seu escudo quando me deixou ler sua mente? – Perguntou.
– Como disse, pensei em coisas perigosas pelas quais já passei. – disse a ele com sinceridade.
– Então acredito que agora você tem mais sensibilidade para perceber os dons de outros vampiros e de humanos. – disse ele – e com muito mais precisão do que eu. É lógico. Já que seu escudo trata de aperfeiçoar os dons “copiados”. – disse ele fazendo as aspas com os indicadores e dedos médios de ambas as mãos.
Passou-se um minuto em silêncio. Alice foi quem o quebrou;
– Bella, atenda ao telefone. É Angela Webber?! – Por algum motivo sua última frase verbalizada pareceu como uma pergunta.
– Oh, meu Deus esqueci completamente dela. – disse surpresa.
O celular tocou.
– Alô. Ang... – comecei. Mas ela me interrompeu
– Bella?! – começou ela. – Você pode receber-me? Eu estou quase saindo, mas pensei que seria melhor ligar antes.
– Então, Jess – falei – era sobre isso que queria falar. Que tal eu levar Nessie amanhã na casa de Charlie, e você ir também para vê-la? – perguntei – É que hoje há alguns amigos aqui, você não os conhece, e devemos resolver alguns assuntos hoje está bem?
– Está tudo bem então Bella, nos vemos amanhã. Tenho que contar-lhe muitas coisas. Estou ansiosa para vê-la. Tchau.
– Tchau Ang..
Renesmee Saiu de meus braços e foi para os de Jacob. Ele a pegou com uma precisão incrível como se pudesse prever seus movimentos. Todos acreditavam que isso poderia ser resultado do Imprinting, a sincronia perfeita.
Afastei meu escudo, levantando-me ao mesmo tempo;
– Kate, - comecei – poderia fazer aquilo da corrente elétrica? – pedi – Queria saber como é. – complementei – Queria também saber se eu posso mesmo “copiar dons”. – disse – Até agora só pude saber pelo dom que supostamente “peguei” de Edward.
– Ah, sim é claro Bella. – disse ela vindo em minha direção.
Lembrei-me de Garrett pedindo-lhe que fizesse isso com ele. Lembrei-me do que aconteceu; Ele caiu imediatamente. Batendo com a cabeça em uma pedra pontiaguda.
Agora ela já havia cruzado a sala e estava a quatro passos de mim.
– Vou pôr uma voltagem baixa, está bem? Não creio que seria agradável se Renesmee a visse caindo.
– Não, tudo bem Kate... – Comecei – pode mandar a maior voltagem que você puder. – pedi a ela.
– Certo. Mas essa potência tem o poder de derrubá-la. E vai lhe causar muita dor. – Advertiu-me.
– Tudo bem, posso aguentar. – lembrei-me da dor da transformação. – vá em frente, Kate.
– O.K, prepare-se.
– Estou pronta – informei a ela.
Kate levou a mão até meu ombro; A dor era extremamente insuportável. – Mas não se comparava com a dor da transformação – Por um reflexo meu escudo voltou a fazer parte de minha mente. Meus joelhos se dobraram e eu caí.
Quando minha cabeça tocou o chão ouvi um estrondo muito alto.
Levantei-me, ainda com aquela dor atordoante. Em minha cabeça principalmente. Não havia sido nada comparado ao que pensei que sentiria.
– Não foi tão mal, Kate – disse, havia verdade em minhas palavras – Pensei que seria pior.
Em meio segundo Edward estava a meu lado. Ele pegou-me em seus braços e me levou até o sofá.
É claro que não precisava me sentar, mas o hábito construído por Edward ao longo de cento e dez anos o fez fazer que eu me sentasse a seu lado.
– E então, Bella, como foi? – perguntou ele.
– Realmente pensei que seria pior, foi doloroso, mas já não dói mais.
– Impressionante. – disse ele. – Já pode fazer igual? – perguntou ele ansioso.
– Poderia eu começar a sentir meu corpo novamente? - brinquei – Por favor? – ele sorriu.
– É claro, senhora Cullen – ele sorriu novamente.
Passaram-se 15 segundos e meio enquanto me recuperava mentalmente.
Levantei-me. Pude sentir a corrente elétrica fluindo por meu corpo como sangue. Agora ela parecia ser parte de mim – como meu escudo.
– O que sente Bella? –Perguntou Kate, curiosa. – Digo,... Sente alguma coisa diferente dentro de você? – complementou.
– Claro. Sinto a corrente elétrica fluindo por meu corpo como sangue. – informei a ela.
– Experimente – disse ela.
Assenti.
– Eu disponibilizo-me – Levantou Edward postando-se a minha frente.
Balancei a cabeça. Voltei-me para Jacob que estava distraído olhando pela janela.
Quando me voltei para Jacob e ele olhou para mim como se tivesse visto um fantasma.
– O que há Jake? – Disse sorrindo maliciosamente. E agitando as mãos teatralmente. – Não vai doer nada. – expliquei.
– Nem pensar, Bells – disse ele tremendo – não serei sua cobaia!
Dei uma gargalhada. Desfiz meu rosto de “sádica”. – Era melhor parar por aqui antes que ele se metamorfoseasse e quebrasse a casa.
– Brincadeirinha, Jake – disse, ainda entre gargalhadas. – Devia ver sua cara!
–Não faça isso de novo Bells, não teve graça – disse ele.
Renesmee riu, contradizendo-o.
– Claro que teve, Vira-lata! – disse Edward rindo também.
Todos riram com ele. Inclusive Renesmee.
Jacob não resistiu riu também. “dar a seu objeto de imprinting tudo o que ele quer”.
Voltei-me para os outros novamente. Procurando um voluntário.
– Então..., - comecei - quem se disponibiliza? – perguntei sorrindo.
Edward se levantou postando-se novamente ao meu lado.
– Tem certeza? – perguntei a ele.
– É claro que sim. Confio em você. Além disso, sei que você poderá controlar melhor do que Kate.
Senti a corrente fluindo sob minha pele. Parecia que eu poderia lançá-la com a voltagem que quisesse. Resolvi tentar fazê-lo.
– Fique onde está Edward... – disse – quero tentar algo.
Ele paralisou-se ali mesmo.
– Está pronto? – perguntei.
– Sim. Estou – assegurou-me ele.
Fechei meus olhos – Não que eu precisasse disso para me concentrar - e estiquei meu indicador na direção de Edward.
Em um milésimo de segundo algo pareceu sair de meu dedo e atingiu Edward. Parecia um filme em que bruxas más lançam raios na direção de deus inimigos, reduzindo-os a pó.
Mas Edward só se contorceu. Por causa da baixa voltagem que apliquei.
– Isso é inacreditável... – começou Edward.
Todos se voltaram para ouvi-lo falar. Eu estava assustada e ao mesmo tempo impressionada com o controle que tinha sobre meu novo dom.
Era a primeira vez que eu o utilizara. Entretanto já o controlava perfeitamente.
Estava mais espantada ainda com o poder de lançar a corrente elétrica para fora. Eu podia “eletrocutar” alguém à distância.
Kate não conseguia fazê-lo.
Todos me fitavam com uma expressão de incredulidade. Exceto Jacob. – para ele eu sempre seria simplesmente Bella.
– Bella, você... – começou Kate -... Você conseguiu “lançar” a corrente. – disse ela com espanto. – Como fez isso? – perguntou ela, como se não estivesse acreditando.
– Bom, eu... – comecei – Quando fui testar os poderes com Edward a corrente elétrica fluía como se pudesse atingir vários metros à minha frente. – expliquei. – então eu a “deixei” sair, a lancei. – concluí.
– Você controla a voltagem também... – disse ela. – Às vazes eu não consigo controlar. – terminou ela. – Com certeza seu escudo de certa forma aperfeiçoa os dons. Se tivesse o tivesse pegado exatamente iguais aos meus, você não poderia lançá-lo ou controlar a voltagem tão facilmente.
– É inacreditável – disse Kate – Se não houvesse presenciado isso, nunca acreditaria. – disse ela.
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