Lucas POV

A Bruna terminou comigo e eu estava destruído, como pude deixar isso acontecer? Eu sou o maior idiota do mundo. Acabei de perder a única garota que amei.

- Eu sinto muito. – Foi a única coisa que consegui dizer naquele momento. Saí e entrei no carro. Eu não aguentei e chorei. Vi a Bruna fechando a porta. Eu fiz tudo errado, tudo.

Liguei o carro e fui para casa. Mais tarde um pouco o Guilherme me liga.

- Cara, to indo para a balada com as meninas. Os caras devem ir, vem pra cá. – As meninas? Acho que a Bruna não iria, não é?

- Aonde é? – Ele me falou que boate era me arrumei e fui para lá.

Vi o Guilherme com a Carol e fui até eles. A Carol me olhava com raiva e surpresa. Não me pergunte o porquê.

 - Fala ai cara. Oh a Bruna tava ali com o Vitor. – Me espantei, o Vitor? A Bruna? Que porra tava acontecendo?

Fui até o bar e vi que o Vitor a abraçou, a Bruna parecia muito bêbada. Ela o separou, disse alguma coisa e foi para a pista de dança, parecia nervosa.

Eu iria atrás dela, mas antes fui falar com o Vitor.

- O que faz aqui com a Bruna? – Perguntei.

- Não te interessa. – Ele falou olhando para outro lugar.

- Me interessa sim, ela é... - Ia dizer minha namorada, mas parei e aquilo doía.

- Sua namorada? Creio que não. Se toca cara, você foi um idiota. – Segurei a gola da sua blusa, eu sei que eu fui um idiota, mas não iria admitia ouvir isso daquele cara.

- Que foi? Não aguenta ouvir a verdade? – Ele disse. – Esquece a Bruna e para de fazê-la sofrer. – Ele disse e se soltou. Depois sumiu pela boate.

Fui até a pista de dança, onde a Bruna tinha ido. Vi ela dançando, cantando, com um copo de Vodka na mão. Eu ri daquela cena, ela não parecia ligar. Só estava dançando sensualmente com aquele vestido de tirar o fôlego, que alias era muito curto e decotado.

Fui a sua direção e um cara começou a passar a mão por ela. Por um momento ela parecia pensar em alguma coisa e no outro ela se afastou assustada. Tentei chegar até eles, mas as pessoas entravam na minha frente, merda.

Quando olhei para eles novamente, ela deu um tapa na sua cara, consegui chegar a eles a tempo. Vi que o cara iria bater nela ou agarra-la a força. Só de pensar nessas possibilidades o bati sem piedade. Dava-lhe vários socos, até ele cair no chão e sai correndo.

Virei para a Bruna que parecia confusa. Depois que olhou para o meu rosto ficou séria. Aquela reação dela me deixou realmente triste.

Ela falava várias coisas e eu ficava perguntando o que diabos ela fazia ali. Ela realmente estava magoada e irritada comigo. Até que seus olhos foram fechando e ela foi caindo. A segurei a tempo.

- BRUNA! – Gritei. – Merda Bruna, acorda. – Disse preocupado. Algumas pessoas me olhavam. Tinha que tirar ela dali. Carreguei-a no meu colo e tentava acorda-la.

Quando estávamos passando para sair da boate ela abriu os olhos e olhou para a boate, depois para mim.

– Me l-la-arga Lu-c-as. – Foi tudo o que ela tentou falar. Depois olhou para frente e deve ter visto o Vitor. Que estava ficando com uma garota. Ele olhou para ela preocupado e depois olhou para mim irritado. Voltou o seu olhar para a Bruna. Ele a olhava com desejo. Maldito. O vestido da Bruna, ele a olhava. Ela já tinha apagado novamente.

A Carol e o Guilherme chegaram na hora.

- Cara segura a Bruna para mim, por favor. – Disse e ele a segurou no seu colo. Fui em direção ao Vitor. Ele já tinha largado a garota.

Antes de ele falar alguma coisa lhe dei um soco e ele me olhou confuso, se levantando e me dando outro. Lancei um chute na sua barriga o fazendo cair. Ouvia a voz da Carol falando para eu parar. Chutei-o diversas vezes e dei vários murros.

- Nunca mais olhe para a Bruna daquele jeito, se não eu te mato. – Disse por fim e fui em direção ao Guilherme que me olhava espantado, peguei a Bruna e fui em direção ao carro. Ele e a Carol falavam coisas mais eu não ouvia nada.

Botei a Bruna na parte de trás do carro e coloquei o cinto. Fui até a sua casa, por sorte a Carol me deu a sua bolsa, peguei a chave e abri.

Levei-a até o banheiro, botei-a sentada no chão e liguei o chuveiro.

Ela abriu o olho, espantada.

- Lucas? O que faz aqui? – Ela disse.

- Te trouxe para casa.

- Vai embora, não quero você aqui. – Ela disse se encolheu no chão e botou suas mãos envoltas dos joelhos e encostou o queixo no mesmo. Parecia que dormia.

A água escorria no seu corpo. Eu sentia saudade dela, do seu beijo.

- Eu te amo pequena. – Ela abriu os olhos e me olhou confusa e depois sorriu.

- Eu também te amo bobo. – Ela dizia, eu realmente queria acreditar que ela me amava naquele exato momento, mas ela parecia não se lembrar da festa e dos acontecimentos que houve.

Ia tirar a sua roupa e ela me olhou.

- Eu to bem e posso me trocar sozinha.

- Não você não está bem. – Ela revirou os olhos, sorri. Ela sempre fazia aquilo. Depois me tirou do quarto. Quando abriu estava com um pijama de panda. Ri.

- Que foi? – Ela disse olhando para si mesma. – Seu pijama. – Falei rindo e ela me mostrou a língua fazendo careta. Ela parecia como antes.

- Cadê a Júlia hein? Aposto que foi para balada. – Ela falou rindo. É ela não se lembrava, ainda estava bêbada, sério a Bruna fica muito louca bêbada.

- Não sei. – Disse.

- Vem cá. – Ela falou. Fui até ela. Ai ela me beijou. Como sentia falto dos seus lábios meigos e doces. O hálito dela estava de bebida, mas eu não liguei. Segurei a sua cintura. Aquele poderia ser o nosso último beijo, me doía pensar nisso, mas era a verdade. Nós deitamos na cama. O beijo foi esquentando. Até que eu me separei. Eu não podia me aproveitar dela. Não podia ficar com ela naquele estado, ela me olhou espantada.

- O que houve? – Ela perguntou.

- Nada, só estou cansado.

- Vem deita comigo. – Ela falou já deitada, batendo na cama para eu ir. Eu fui.

- Amo quando a gente dorme juntos sabia? – Sorri. – Eu também.

Ficamos abraçados, de conxinha.Até que ela pegou no sono e eu fui para casa. Ela me amava, eu tinha certeza, mas agora já é tarde demais para volta atrás. Eu queria nunca ter bebido naquela festa.

Mas, aliás, eu não bebi muito. Eu me lembro de que fui ao bar e pedi um copo de vodka se não me engano. Bebi de vez e depois pedi mas outro. Até que o Rafael chegou e falou comigo.

Flashback ON*

- Lucas, cara o que houve? – Ele disse, parecia que seus olhos brilhavam de animação.

- Nada cara. – Disse por fim.

- Colé, você sabe que pode me falar. Foi a Bruna? – Ele perguntou.

- É, mas não esquenta, é só coisa minha.

- Eu a vi dançando com o Vitor, foi isso?

- Talvez. – Ele se virou para o bar e pediu dois copos de vodka. Fiquei olhando para ao redor, procurando a Bruna. Mas não a encontrei. Até que o Rafael me entregou o copo, bebi de vez e tinha um gosto diferente do normal. Mas não liguei e pedi mais uma dose e o Rafael já tinha sumido. Quando vi a Júlia falava comigo, atrás da casa. E de repente a Bruna tava na minha frente, foi ai que eu a beijei. Depois que nós separamos vi a Bruna correr na minha direção e depois vi a Júlia do meu lado. Foi tudo muito confuso.

Flashback OFF*

Será que o Rafael botou algo na minha bebida? Creio que não. Ele é meu amigo não é? Mas ele gostava da Bruna. Não, o que eu estou pensando? Eu bebi e vi coisas, só isso.

Fui para casa e tomei um banho. Minha cabeça estava uma loucura. Deitei-me e dormi profundamente.