Amanda acordou ainda meio sonolenta, e percebeu que não havia mais o balanço das ondas do mar. 

Os primeiros pensamentos que vieram à sua cabeça foram de pânico: “Ai meu Deus, será que houve alguma emergência e nós tivemos que voltar para casa?” ou “Deus, será eu o barco quebrou e nós tivemos que parar em algum lugar?” ou “Ai Deus, me ajude! Será que alguém invadiu o barco, se é que isso é possível?” e outros pensamentos sem sentido algum. 

Quando se deu conta, já estava perambulando pelo barco, e chamando pelas pessoas, que, para aumentar seu desespero, não respondiam. 

Onde estariam todos? Por que não havia ninguém no barco e o mesmo não estava se movimentando mais? Será que eles a haviam abandonado no meio do nada? Será que aquilo tinha sido um plano para que pudessem, finalmente, se livrar dela? Todos esses maus pensamentos rondavam cabeça de Amanda milhares de vezes, até que ela decidiu ir tentar localizar-se, na ponta do navio, e quando avistou a pequena ilhazinha a poucos passos de onde estava, seu coração palpitou e todo o seu passado que podemos chamar de obscuro passou pela sua mente, fazendo um aperto tomar conta do seu peito. Fora ali, naquela pequena ilha à sua frente, que Amanda passara todos os anos de sua vida, até a trágica morte da sua mãe, há quatro anos, que a fez querer abandonar aquele lugar o mais rápido possível. E ela o fez.

Amanda apenas não acreditava no que via, ela implorava pra ser um pensamento, ou um pesadelo que logo acabaria, nunca desejara voltar a essa ilha. E, em meio de lembranças de seu passado obscuro, Amanda percebe alguém tapar seus olhos levemente e uma respiração ofegante chegar perto do seu pescoço.
- E ai, gostou do presente? – Disse uma voz masculina sussurrando ao pé de seu ouvido.
- Pode com certeza dizer que estou sem palavras, Derick.
- Você disse que queria a gente numa praia deserta – Derick desatou seus olhos, segurou sua mão e a fez apontar para a praia – espero que goste.