Unforeseen Events escrita por cris_gallas
Sem abrir os olhos direito, Harry foi lentamente ao banheiro, antes mesmo dos outros amigos acordarem, como de costume arrastou-se pelos corredores guiado pela mão na parede; Lavou o rosto na pia e tirou a calça, ficando apenas de cueca estilo short de um branco envelhecido. Esfregando o rosto com a visão embaçada a principio sem os óculos, ele focou o espelho e viu uma silhueta que não lhe parecia a sua.
_Acho que preciso cortar o cabelo – falou pra si, enquanto forçava a visão que entrava lentamente em foco. Até por fim reconhecer a sombra que deveria ser sua. Uma garota de cabelos compridos, negros e desalinhados, olhos esverdeados e seios fartos, numa cintura fina e bem curvada. Um grito foi o bastante para a aparição de seus companheiros de quarto ao banheiro masculino.
_O que houve? – Entrou Rony, parando nesse instante ao ver uma menina de shorts no banheiro segurando seus próprios seios enquanto olhava fixamente o espelho. O vermelho tornou-se mais intenso em seu rosto que o cabelo ruivo e ele saiu correndo esbaforido com a imagem.
Seamus e Nevile entraram logo após pra verificar o ocorrido, deixando claro em seus rostos a vergonha e o extremo interesse. Com o gordinho vermelho feito pimenta, enquanto o outro boquiaberto, praticamente babando.
Dean entrou no banheiro com expressão de satisfação a procura de uma nova fofoca, quando uma garota morena esbarrou nos seus braços, sem blusa ela o empurrou e saiu correndo pelo corredor segurando os seios nos braços, deixando todos ali chocados e excitados com a cena.
Já no dormitório feminino, Harry agora em seus novos traços adentrou com pressa no quarto de Hermione.
_Hermione!! – gritou sem dar atenção as outras garotas que se afastavam e ficavam meio inquietas com a estranha.
Ela abriu os olhos lentamente e com uma risada contida ela colocou a mão nos ombros da morena e disse-lhe baixinho no ouvido – mostre-me como deve ser uma garota!
Empurrou a garota pra fora do quarto e disse secamente – Vire-se, isso é até o fim do dia! – Com um olhar de malicia ela fechou a porta nas costas da morena que ficou uns instantes de joelhos no chão, procurando o que fazer com aquela nova forma.
A garota foi em silencio até seu quarto, onde entrou sem fazer muito barulho, evitando ao máximo chamar mais atenção e vestiu as suas roupas usuais.
A camisa branca ficou apertada, mas a gravata tapava um pouco o buraco que ficava entre os botões da camisa, a calça lhe colou nas coxas e quadris, dando-lhe mais silhueta, e para disfarçar ele vestiu o casaco comprido. Os cabelos ele escovou com esforço para deixa-los mais alinhados, o riso da amiga ecoando em sua cabeça e as palavras “até o fim do dia”. Engolindo em seco ele saiu pela porta esbarrando em Rony que mais uma vez quase teve um treco quando a viu, correndo pro banheiro com a escova de dentes na boca e a espuma da pasta escorrendo e pingando no chão, com a toalha no ombro.
Harry até achou graça dessa vez. Por algum motivo, aquela corrida lhe deu um pouco de animo. Resolveu então aceitar o desafio de Hermione e fingir ser uma garota até o fim do dia. Foi tentando se ajustar nas roupas enquanto caminhava até o grande salão, onde comeria o café como em um dia normal.
No salão estava como sempre agitado, conversas para todo o lado, no entanto quando Harry deu seus primeiros passos em direção a seu lugar de costume o silencio se fez presente. E a morena se sentiu observadapor todos ali presentes.
Um loiro sonserina que comia um pedaço de pão com mel, quase engasgou quando viu a linda moça adentrar o salão e sentar-se a mesa da grifinória, ao lado do Weasley.
O jovem ruivo quase teve seu coração parado ao ver que a garota havia sentado ao seu lado, gaguejando ele reclamou – Es...Esse lugar já está ocupado! – E olhou para Hermione procurando apoio; Ela então sorriu – Mas Rony, o Harry foi chamado pelo diretor essa manhã e duvido que venha para o café! -assentiu com a cabeça para que a “estranha” continuasse sentada.
Harry sentiu um frio na barriga, aquele comportamento não era típico dela. E por algum motivo, Dumbledore realmente não estava presente para aquele café e a desculpa de Hermione serviria como uma luva.
Quando Harry foi se servir de um pão por acidente a sua mão se encontrou com a de Rony teve mais um ataque, corando até as sardas, típicas da sua família, desaparecerem, então a morena sorriu e o ruivo se sentiu reconfortado, pelo menos até Fred e George chegarem agarrando o irmão e arrastando-o para fora da mesa, questionando-o sobre o baita clima com a “linda jovem”.
_Rony, quem é ela? Como a conheceu?- George agarrou o irmão pelo braço, questionando em seu ouvido.
_Quantos anos ela tem? Esta livre? – puxou-o Fred para o seu lado.
Como um cabo de guerra os gêmeos faziam os ouvidos do rapaz zunirem de tantas perguntas e os braços doerem de tanto ser puxado e arrastado até a pergunta simultânea:
_ Ela é sua namorada? – ambos encaravam o irmão que já não sabia o que dizer, então gritou farto de toda aquela bagunça – ELA NÃO É MINHA NAMORADA!!! – fazendo todos os que estavam na sala olhar para os três que estavam em pé no corredor, com raiva dos irmão, o ruivo voltou ao seu lugar.
_ Não precisava fazer escândalo – falou Hermione baixinho para que apenas os três pudessem ouvir.
Rony ficou encabulado e virando para a morena.
_ Olá! Eu sou Ronald Weasley, mas pode me chamar de Rony! – escondendo toda a vergonha por trás de um sorriso ele estendeu a mão a Harry.
_ Ah... Bem... Eu... – Harry não esperava por isso, e mal conseguiu pensar em um nome – Lily... Eu me chamo LilyCrabbe.
Com os olhos arregalados Rony a olha – Você é parente de Vincent Crabbe?
_ É talvez... – parou ele um momento para pensar porque havia escolhido justamente aquele sobrenome.
Hermione quase sufocando segurando uma risada, retirou-se da mesa com um sorriso e um olhar malicioso – Te vejo na aula, Lily Crabbe .- Nesse momento Pansy que estava passando ali ao lado para recolher informações, ouviu o sobrenome e em um sobressalto foi diretamente conversar com Vincent.
A garota de cabelos loiros ultra claros se aproximou dos garotos da sonserina.
_ Por que você não me contou que tinha uma prima na grifinória, Crabbe? – Assustado com a abordagem repentina e histérica dela.
_Eu... – coçou os ralos cabelos e finalizou – eu não sabia! – fazendo com que todos ficassem com raiva dele naquele instante.
Draco que assistia aos eventos pôs a mão sobre a cabeça daquele bobão e afirmou:
_Provável que seja de uma linhagem mais antiga, a família dele foi muito disseminada.
Todos fizeram silêncio para aquela ríspida colocação. E assim acabou o assunto durante o café da manhã.
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