Lobos Do Norte escrita por Raquelzinha


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, programações de páscoa na escola, visitas para o feriado atrasaram a minha vida, desculpem, sexta-feira posto a continuação!!!!!



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Assim que concluíram o treinamento matinal, Jacob e Sam foram diretamente para a sala de Billy, onde o líder dos lobos deliberava algumas ordens, conversaram rapidamente a respeito dos acontecimentos e também sobre as descobertas feitas pelos batedores.

Logo em sequência, dada a urgência preocupante dos acontecimentos, uma reunião foi marcada, pois era necessário que providências fossem tomadas na intenção de evitar futuros problemas por causa da insatisfação do povo vizinho.

Anciões e alguns conselheiros acolheram sem demora o chamado de Billy, era-lhes importante manter a ordem e a paz por tão pouco tempo instalada; a conversa entre os lideres dos lobos se estendeu por muitas horas, a preocupação com o futuro novamente parecia bater a porta e algo deveria ser feito de imediato que garantisse o menor risco possível de outra guerra ou de ataques como o sofrido por Jacob e sua comitiva.

O grupo debateu insistentemente votando se deveriam ou não interferir no funcionamento dos outros territórios. Havia opiniões variadas sobre o que deveria ser feito; alguns acreditavam que após tantos anos vivendo somente entre eles não havia razão para que o hábito se modificasse e o grupo se preocupasse com o que aconteceria aos outros condados. Outros acreditavam que uma situação onde vários grupos pequenos de saqueadores surgissem as batalhas por comida e também, pessoas dispostas a qualquer loucura, brotariam de diversos locais, provocando maiores problemas do que as guerras anteriores.

Como alfa Billy deveria formar uma opinião baseada nas sugestões dadas por seus conselheiros, por seus guerreiros, e também pelos membros mais velhos. Porém, as decisões a serem tomadas não seriam simples e exigiriam meditação, Billy pretendia debater o assunto com Sarah, para tanto pediu um adiamento e uma nova reunião foi marcada para o dia seguinte.


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Quando ingressou em seu quarto, Jacob o encontrou vazio, o bastidor destravado mostrava seu retrato quase pronto, a imagem tão clara de si mesmo provocou um sentimento de alegria desencadeando um sorriso aberto e muitas lembranças alegres quanto ao decorrer dos dois últimos dias invadiram sua mente.

Suspirou desviando o pensamento, se sua esposa não se encontrava ali, o guerreiro sabia exatamente qual seria o próximo lugar onde deveria procura-la, na estufa.

Não se enganou, o grupo formado por Isabella, Benjamim e Leah, cuidava das pequenas mudas de flores que seriam transplantadas em poucos dias para os canteiros preparados pelos ajudantes.

As delicadas plantinhas frágeis eram variadas em cores e estilos, algumas já contavam com botões. Observando silenciosamente a cena da porta que dava acesso ao jardim, Jacob percebeu que conhecia a maioria delas, eram plantas que ele vira desde criança.

A voz alegre de Benjamim ecoava pelo enorme pátio, atraindo a atenção das mulheres para o que ele fazia, Bella era a palavra que mais saia da boca do esperto menino e Jacob se sentiu a vontade para se aproximar dessas pessoas que pareciam tão felizes num trabalho simples.

– Bella! Veja quem está aqui a nos visitar! – Leah falou sorrindo aproximando-se do primo para passar o braço pelo do homem que não desviara a atenção de sua própria mulher.

Atraída pela voz alegre da outra, Isabella virou-se rápido mostrando as mãos cheias de terra úmida e as faces rosadas pela diversão, seu coração imediatamente acelerou diante do olhar firme e encantador do jovem bronzeado de cabelos negros.

– Nós logo teremos um lindo jardim aqui Jacob. – Leah explicou animada.

– Há muitas mudas, onde mais pretendem colocar tantas plantas? – perguntou curioso.

– Isabella pensou que poderíamos repassar a alguns aldeões, talvez queiram usá-las. – Leah explicou distraidamente observando em volta.

Jacob não entendia o motivo daquela ideia, era raro que os aldeões usassem flores, mas não contestou o fato, afinal esse era seu desejo, que sua esposa se envolvesse com o povo que um dia ele teria de comandar. Mesmo que essa ajuda se desse de uma forma tão inusitada, não se sentiu a vontade para recriminar o desejo generoso e carinhoso que Isabella demonstrava.

Tais pensamentos imediatamente o fizeram lembrar da conversa que tivera com seu pai momentos antes, largando o braço da prima aproximou-se de sua mulher que lavava as mãos em um recipiente cheio de água limpa.

Passou a mão pela delicada pele branca do rosto, que naquele momento mostrava-se rosada e suada, retirando um rastro de terra que ficara debaixo do queixo antes de falar:

– Estive a sua procura em nossos aposentos.

– Neste horário estou sempre aqui, com Leah e Benjamim.

O homem se virou observando o garoto que o olhava contrariado, a brincadeira iria acabar, e Jacob viera para roubar sua amiga.

– É algo importante? – a voz de sua esposa atraiu novamente sua atenção.

– Sim...

Os traços fortes, apesar da tão clara confirmação de que teriam de tratar de um assunto sério, indicavam que ele estava tranquilo, não havia mais aquela necessidade de mostrar-se distante. Imediatamente Isabella pediu licença e retirou-se acompanhando seu marido; deixando para trás uma dupla que teria de continuar o trabalho sem a orientação dela.

Jacob passou a mão pela da esposa e a puxou para mais próximo antes de começar:

– Todos estão falando sobre você, sobre sua coragem.

Isabella sorriu levemente satisfeita com o tom de aprovação na voz dele antes de pousar a outra mão sobre o braço do marido, aconchegando-se assim totalmente ao corpo forte.

– De alguma forma te sentes arrependida de estar aqui?

A pergunta foi inesperada para ambas as partes, mas já fora verbalizada, então, Jacob, agindo normalmente, deveria apenas esperar pela resposta.

– Não... - ela respondeu por fim trazendo seus sentimentos à luz mais uma vez – A cada novo dia a certeza de que este é o lugar em que deveria estar se reforça em mim... junto de você é o meu lugar Jacob...

Apesar da pergunta se referir ao local, Jacob se sentiu satisfeito em saber que para Isabella, o lugar ao lado dele era já considerado como o seu lugar. Não havia mais dúvidas de que ela seria capaz de estar ali quando ele e seu povo precisassem, que seria capaz de oferecer-lhe o que o jovem guerreiro ansiava, a cumplicidade e parceria que toda a esposa de um Lobo deveria possuir.

Com cuidado soltou a mão que segurava entre a sua e estacou no meio do longo corredor estreito, aproximando-se de uma janela observou ao longe enquanto a puxava para junto de si.

– Precisamos conversar sobre um assunto sério.

– De que se trata?

– Do acontecimento de anteontem... Não foi um acaso Isabella, há vários grupos como aquele assaltando as estradas dos três condados... A sorte nos acompanhava naquele dia, pois enfrentamos um grupo mal preparado, há outros bandos que possuem mais armas e estão mais organizados, caso fosse um desses talvez não tivéssemos obtido sucesso tão facilmente.

– Como soube?

Ela perguntou preocupada.

– Samuel trouxe noticias pouco satisfatórias a reunião de hoje, nossos batedores correram as redondezas em busca de informações, eles souberam o que está acontecendo nos outros condados.

Por isso eles sempre estavam a par de tudo o que acontecia, sempre um passo a frente, Isabella pensou silenciosa admirando a engenhosidade de um povo considerado inculto.

– Quais notícias Jacob? Algo sobre meu pai?

O olhos atentos, percebendo a preocupação estampada no rosto da jovem tratou de dissipa-la o mais rápido possível:

– Parece que o condado de seu pai é onde a situação está realmente sob controle, já não posso dizer o mesmo das terras do oeste, muitas mortes de homens, mulheres e crianças ocorreram durante o inverno, há fome em todo o território, eles estão procurando por mantimentos fora daquela região. Nos ataques buscam alguma coisa que consigam vender ou trocar por comida.

A situação se mostrava angustiante Isabella pensou, evidenciando a preocupação no olhar antes de comentar:

– Isto irá interferir nos outros condados Jacob, e acabará por chegar aqui... não estamos a salvo desse problema.

– Sim, tenho conhecimento deste fato, debatemos sobre o assunto por muitas horas e mesmo assim não há consenso entre os conselheiros de meu pai nem entre os guerreiros... pessoalmente acredito que agora que estás aqui, os condes buscarão por nosso apoio.

Não era isso o que a garota esperava, a jovem acreditava que seu pai não viria em busca de auxílio imediatamente nem permitiria que os outros condes viessem, pois sua união não era uma brecha para amparo, e sim para efetivar a paz.

– Não vejo motivos para isso. – foi o que disse após alguns segundos, surpreendendo seu marido – Os Lobos não foram convidados a fazerem parte do conselho dos nobres, desta forma não partilhariam de decisões que eles tomassem, sendo assim, não vejo motivos que os coloque em uma posição onde devam ajudar com qualquer tipo de necessidade.

Jacob sorriu levemente ao percebe que sua esposa pensava de forma coerente e imparcial, mas, na mesma proporção, o guerreiro apercebia-se de que se o interesse dos lobos era a paz, caso um dos condados pedisse por auxílio, ele votaria pela decisão de oferecer a ajuda necessária.

Ao escutar a decisão tomada por seu marido, que seria defendida perante os conselheiros de Billy num próxima conferência, Isabella sentiu seu coração aquecer ao perceber o gesto de generosidade não merecida que os outros condes receberiam dos lobos caso Jacob fosse atendido.

Aproximou-se e acariciou levemente a pele onde a barba rala desenhava uma sombra na face bronzeada, os lábios carnudos de seu marido se ergueram formando aquele sorriso amplo que provocava o agitar acelerado de seu coração dentro do peito. Aconchegando-se apoiou o rosto no peito amplo enquanto as mãos grandes afagavam carinhosamente a cintura estreita num movimento sensual que a arrepiava por inteiro.

O corpo de Isabella aqueceu, desejando mais proximidade impedida por seu vestido e pela túnica dele, ela se sentiria orgulhosa quando pudesse ofertar aquele homem o herdeiro que ele merecia, alguém que desse continuidade a sua linhagem, que carregasse seu nome, sua honra e generosidade. Não havia para ela um homem que se comparasse a seu pai, mas Jacob se transformara nesse homem a cada novo conhecimento feito por Isabella a respeito de sua índole e personalidade. Mesmo quando se mostrava teimoso e arredio conseguia manter o nexo em seus atos.


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Há pouco mais de uma semana o condado do oeste sofrera seu primeiro ataque, no lado leste perto do lago que agora descongelava, local de difícil acesso, mas navegado, escalado e ultrapassado com relativa facilidade por aqueles que ansiavam por provisões a fim de não morrerem de fome.

Na busca de proteger-se, Sir Carlisle montou barricadas estratégicas e despendeu de uma grande quantidade de guerreiros e, na tentativa de acabar com esses ataques que considerava como ultrajantes baixou decretos exigindo que o povo deletasse aqueles que ainda pensavam em rebelar-se contra seu senhor.

Foi com bastante dificuldade que conseguiu evitar ser invadido por aqueles que buscavam suprir suas necessidades mais básicas. Esse fato muito agravou sua animosidade para com os Lobos pois, em sua mente doentia, a visão de que tudo seria diferente caso aquele povo não mais estivesse instalado nas terras férteis do antigo condado do leste, era muito mais do que uma certeza.

Assim que obteve êxito na empreitada contra os saqueadores abafando de vez qualquer tentativa de rebelião, o conde Cullen passou dias a meditar sobre seus próximos movimentos. O que deveria fazer? Era-lhe claro que o conselho dos nobres não mais o escutava como antes, Sir Charles Swan era agora encarado quase como um líder já que através do casamento de sua filha com o jovem Lobo a guerra tivera um fim.

Era preciso tomar uma atitude e reaver a posição privilegiada de antes, mas, esse movimento que deveria ser executado, de imediato lhe pareceu temerário já que poderia causar muitos problemas. Se descobrissem seu intento a possibilidade de ser expulso do conselho dos nobres se transformaria numa alternativa bastante provável e essa seria a ruína total do clã Cullen. Não era uma ação para tomar sozinho e só depois de consultar-se com o filho, o conde sentiu-se seguro o suficiente para enviar um de seus homens, aquele em quem mais confiava, a um vilarejo pertencente ao povo denominado Volturi.

Esse povo, de aparência estranha e comportamento arredio, era conhecido por suas investidas estratégicas e fatais, por utilizar-se de meios perigosamente sombrios e mágicos para atingirem seus objetivos.

Vivendo incógnito e isolado num dos recantos mais sombrios do condado do oeste desde o governo do primeiro conde Cullen, o grupo se fazia protegido por montanhas pedregosas e árvores espinhentas que contornavam toda a área ocupada por seu pequeno clã.

Sir Carlisle temia tão mal afamado povo, mesmo assim, não se atrevia a expulsá-los de suas terras, afinal ninguém além dele e sua família sabia que os Volturi viviam instalados em seus domínios. Além disso, o conde imaginava que se porventura um dia fosse preciso fazer uso dos poderes mágicos desse povo inculto e agressivo, daria um jeito de cobrar pela proteção oferecida durante tantos anos.

Mortal algum se sentiria seguro o suficiente para aproximar-se dos Volturi, mas sir Carlisle sabia que essas pessoas nada amistosas, não recusariam um presente como o que ele enviava, duas jovens virgens para serem sacrificadas em honra de seus ídolos pagãos.

Sir Carlisle temia tão mal afamado povo, porém, por diversas vezes maquinara em utilizar-se dos poderes visionários da filha do líder desse clã, uma jovem loura, possuidora de grandes olhos vermelhos e extremamente pálida, que vivia recolhida dentro de uma caverna em contato com seres mágicos e visões futurísticas.

Tudo o que o conde Cullen desejava dessa jovem estranha, eram respostas, ele precisava de respostas para suas perguntas e, artimanhas que lhe dessem finalmente a chance de se apoderar das terras dos Lobos.

Sua mente pérfida acreditava ferozmente na estratégia tão bem montada, esperava ansiosamente pelo momento no qual libertaria a todos da presença nefasta dos Lobos e seria aclamado como o líder dos nobres. Edward então poderia unir-se a filha de Sir Charles como o planejado por tantos anos, tomaria posse das terras herdadas por Isabella no condado do sul e tudo o mais que a esposa do chefe dos Lobos tivesse como direito.

Esse era seu mais acalentado sonho, entretanto, ainda deveria esperar pela resposta de Aro Volturi e só então, depois que pudesse consultar-se com Jane saberia que rumo tomar em sua nova estratégia de guerra.


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Notas finais do capítulo

Novas personagens?
Q perguntas serão essas?
Gente, nem tudo podem ser flores não é? Mas vou colocar momentos legais do nosso casal pra vcs!!! Espero q gostem, espero q não estejam me matando, espero q não estejam furiosas por eu ainda não ter respondido aos comentários, espero q o capitulo esteja bom...

mais revelações no próximo!!!! a conversinha especial de nosso conde com a moçoila ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh


BEIJOS AMADASSSSSSSSSSSSSSSSS, MUITO OBRIGADA A TODASSSSSSSSSSSSSS VCS PELOS CARINHOSOS COMENTÁRIOS, SEM PALAVRAS PARA AGRADECER TANTO CARINHO, MAS VOU TENTAR, A MELHOR FORMA D FAZER ISSO ACHO Q SERÁ POSTANDO EM DIA NÉ?

BJSSSSSSSSS E OBRIGADA DE CORAÇÃO, ADORO VCS!!!!