Lobos Do Norte escrita por Raquelzinha


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Consegui, postei antes da meia noite!!! Opaaaaaaaaa
Bem, o q estava faltando? Será q se resolveu? Será q tudo o q deve ser dito será dito? Será q os medos acabaram?
Só lendo pra saber né?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/307898/chapter/14

 A noite caíra há algum tempo quando eles finalmente cruzaram os portões da enorme construção de pedras, diante de um retorno totalmente inesperado e também pela ausência de alguns soldados, os vigias logo se aperceberam de que algum problema provocara a volta do grupo.

Avisado de que Jacob e a comitiva regressaram, Billy surgiu na porta do castelo para recepcionar o filho e a nora, surpreendeu-se ao ver os dois juntos num mesmo cavalo. Isabella, apoiada no marido, parecia adormecida, mas estava tão quieta que o homem teve medo de que estivesse ferida.

- Fomos atacados! – Jacob informou enquanto estancava o cavalo alarmando ainda mais o já surpreso líder.

- Atacados? Onde? – perguntou sem fazer rodeios, aproximando-se para observar melhor a nora.  

Pensamentos variados aturdiram a mente do velho líder dos Lobos. Será que o casamento de seu filho com Isabella não surtira o efeito desejado? E ainda mais, quem se atreveria a atacar a filha do conde Swan?

- Na encruzilhada, antes de tomarmos o rumo para o condado do sul. – Jacob explicou.

- Quem se atreveu a promover esse ataque Jacob?

Com cuidado o jovem desceu de seu cavalo trazendo consigo o corpo ainda sonolento de sua esposa, passou pelo pai carregando-a nos braços.

- Assaltantes pai! Amanhã conversaremos melhor, vou levá-la para cima... estamos exaustos.

Essa frase foi tudo o que Billy recebeu como informação de seu filho naquele momento; porém Suellen que vinha logo atrás, agitadamente nervosa, foi interpelada pelo sogro de sua senhora. Certamente a mulher saberia dizer-lhe algo do acontecido ele pensava e, não enganou-se, da maneira que sua confusa mente recordou, pôde a pobre ama narrar a sequência dos acontecimentos da maneira que lembrava, inclusive o momento em que Isabella matou o meliante, confirmando a versão dada rapidamente por Jacob de que os atacantes não passavam de salteadores.

- Ela está machucada Jacob?  – Sarah perguntou ao ver o filho passar carregando a esposa nos braços.

- Não, ela está bem... – respondeu baixo e encarando a mãe rapidamente fez um apelo: - Peça que levem água quente aos nossos aposentos.

- Mandarei agora! – a voz do filho era autoritária e preocupada, provocando um sentimento de contentamento em Sarah, já não lhe importava o que acontecera, o essencial era que esse acontecimento  parecia ter feito Jacob e Isabella cederem e finalmente renderem-se aos próprios sentimentos.

Os degraus de pedra foram vencidos com agilidade, o corredor ultrapassado sem distrações, quando ingressou no quarto os olhos escuros viram a cama organizada, mas o cômodo não tinha iluminação dos lampiões, nem lareira acesa, da cortina aberta vinha a única claridade do ambiente, da lua crescente. Largando a esposa sobre a colcha macia Jacob aproximou-se, recostando o próprio corpo ao da mulher, encarando os olhos pequenos que se abriam e o observavam carinhosamente.

- Obrigada! – ela falou baixinho sentindo uma das tranças do cabelo dele roçar a pele de seu rosto levemente.

- Por que você me agradece? - Ele perguntou sussurrando.

- Por salvar minha vida, mas principalmente por estar aqui comigo, vivo... – aproveitou o breve instante para observá-lo minuciosamente certificando-se de que Jacob nada sofrera no ataque.

- Foste muito corajosa. – ele comentou sentindo-se orgulhoso de sua mulher.

- Não... você é corajoso... e eu temi por você...

As palavras dela calaram fundo no coração, até poucas horas atrás, frustrado do guerreiro. Aproximando-se ele passou gentilmente o dedo na região avermelhada do pescoço onde a pele sensível fora machucada pelo ataque brutal do agressor.

- Tenho agido como um tolo e, com tal comportamento quase permiti que você fosse ferida.

- Saí do coche contrariando seu pedido. – ela anunciou encarando os olhos escuros muito perto do seu rosto.

- E salvou Suellen... – havia um que de orgulho naquelas palavras que agradou a jovem esposa.

- Não sei como fiz aquilo. – ela respondeu mostrando um sorriso delicado.

- Você agiu com o coração! – ele informou, sabendo que também agira movido somente pelo desejo de vê-la a salvo.

Era realmente verdade, constatou ela, não pensara, apenas agira, sua ama, aquela pessoa que cuidava dela desde muito pequena era quase como uma mãe, e sabê-la ferida ou morta lhe provocaria uma dor muito profunda.

- Meu coração desejava saber de meu marido... não haveria tranquilidade em mim enquanto não pudesse vê-lo em segurança Jacob.

O sorriso satisfeito que surgiu nos lábios carnudos atraiu-a para perto. Os dedos delicados roçaram os fios da barba rala que muitas vezes tocaram sua pele arrepiando-a, com um movimento suave Isabella enlaçou o rosto bronzeado trazendo-o para perto. Passou seus próprios lábios úmidos e saudosos sobre os dele antes de se deixar dominar pelos desejos agora satisfeitos de seu coração.

O som oco de uma batida na porta do cômodo ao lado avisou que a tina estava cheia e encerrou temporariamente o assunto do casal, segurando-a pela cintura Jacob a retirou da cama; passou a mão pelo vestido desamarrando o laço trançado que o prendia ao corpo da mulher e soltou o tecido como tantas vezes já fizera.

Libertou-a da camisola também antes de carregá-la para a outra peça onde algumas lamparinas estavam acesas, convidativa, a água fumegante e perfumada da tina os esperava.

Isabella acomodou o corpo dolorido pela tensão na água morna, recostando a cabeça no apoio de madeira, assistindo ao trabalho do marido com sua própria roupa, as botas, calças, capa, túnica, camisa. Finalmente a pele bronzeada e sem pelos surgiu diante dela, feliz Isabella constatou que nenhuma cicatriz nova fora adicionada as outras.

Erguendo as pernas fortes Jacob entrou na água, aproximando-se amenamente dela observando-a diretamente nos olhos, havia muitos sentimentos estampados naquelas íris negras e cada uma delas fazia com que o coração de Isabella pulsasse agitadamente no peito a espera de que as mãos quentes e grandes se apoderassem de seu corpo.

Jacob parou a alguns centímetros de seu corpo e agachando-se tomou-lhe os lábios mais uma vez, carinhosa e gentilmente no princípio, exigente e determinado depois.

Em meios aos beijos, erguendo as mãos, Isabella segurou a ponta de uma das tranças retirando as contas que decoravam diariamente os cabelos de seu marido, desfez a amarração e soltou os fios negros que ficaram levemente enrolados por causa do tempo presos na mesma posição.

Silencioso Jacob permitiu que ela desfizesse a trança que ele desmanchava e refazia sozinho todas as manhãs, voltou a se afastar na intenção de apreciar os movimentos do rosto delicado enquanto executava este trabalho. A pele de sua mulher voltara a tonalidade natural, tinha um leve rubor nas faces brancas, os lábios rosados o chamavam a dar continuidade nos sempre prazerosos beijos, como os trocados há poucos instantes.

Sob a água morna e perfumada, ele passou as mãos pelas cochas roliças, provocando um sorriso surpreso e um movimento involuntário nos braços de sua mulher; aproveitando-se da reação inesperada a puxou com força sentando-a sobre suas pernas, derramando um pouco de água no piso de pedras, provocando na mulher, pela primeira vez, um riso alto e feliz que fez seu coração bater mais rápido.

Aquele som muito se assemelhava a felicidade, ao contentamento que Jacob sentia desde que erguera Isabella nos braços depois que seu atacante caíra morto.    

Os braços de Isabella circularam seu pescoço reduzindo distâncias, os lábios se procuraram com avidez, as mãos se uniram num aperto seguro. Ainda havia palavras não ditas, confissões veladas nos gestos, mas diante da constatação da brevidade da vida e das infinitas possibilidades de separação permanente, nada era mais importante do que gozarem da presença um do outro pelo máximo de tempo possível.

***********************************************

Jacob puxou a longa trança de Isabella para o lado e aproximou-se para um beijo de bom dia, sem acreditar que seu marido ainda estava ali, junto de si, a jovem virou-se rapidamente abraçando-o pelo pescoço antes de sugar-lhe os lábios com um beijo exigente.

Satisfeito com o afago, principalmente depois de uma noite repleta de beijos e carinhos, Jacob a estreitou entre seus braços e a puxou sobre seu corpo.

- Bom dia meu marido! – ela falou baixo apoiando a cabeça no peito forte, ouvindo as batidas aceleradas do coração dele.

- Bom dia minha esposa! – ele respondeu provocando novamente o riso satisfeito na jovem. – Você fará a refeição matinal comigo hoje? – ele perguntou enquanto afagava os cabelos castanhos que cheiravam a morangos.

- Posso pedir que tragam até aqui... – ela sugeriu insegura.

- Então faça isso! – ele respondeu em tom firme.

Num salto ela esteve no chão, o corpo nu arrepiou-se sentindo frio longe do calor aconchegante de seu leito e do corpo do marido.

Suellen esperava no lado de fora, sabia que o casal ainda estava em seu leito, fato pouco usual, e por isso não se atrevera a entrar no aposento.

- Suellen traga nossa refeição, Jacob está com fome.

A jovem pediu colocando a cabeça na pequena fresta da porta, assim que viu o rosto sorridente de sua senhora,  a mulher gesticulou concordando, havia na face rosada aquela aura especial chamada felicidade que há muito tempo Suellen não via nos traços delicados da jovem.

Quando voltou para o quarto Isabella deparou-se- com o marido em pé, os longos cabelos em desalinho cobrindo os ombros bronzeados, o corpo enrolado no lençol de algodão, caminhando em direção a seu bastidor. Seu coração imediatamente falhou, mesmo assim a jovem não se atreveu a interrompê-lo.

- O que bordas aqui? – ele perguntou passando a mão pela madeira, a trava estava presa mantendo o bordado do lado de baixo, o tecido que Jacob via não tinha absolutamente nada.

Calmamente ela se aproximou vestindo a camisa dele sobre o corpo nu, soltou a trava girando a armação de madeira que segurava o tecido bordado.

Os olhos escuros de Jacob se abriram levemente ao deparar-se com um homem de pele bronzeada, cabelos longos e escuros e olhar firme que não poderia ser outra pessoa que não ele mesmo.

- Sou eu!

- Sim...  – ela respondeu timidamente.

- Por que você estava bordando um...

- Um retrato seu? Porque é costume da minha família que as mulheres façam um retrato de seus maridos. Eles são pendurados nos aposentos do casal, sobre a cama.

- Você irá se colocar ao meu lado? – ele perguntou de imediato.

Ela não compreendeu o comentário e mostrou isso através de um gesto que Jacob logo decifrou.

- Se você é minha mulher e este é o nosso aposento, é justo e correto que esteja na tapeçaria junto comigo.

- Se você assim desejar, farei.

Ele sorriu e a puxou pela mão trazendo-a para perto.

- É assim que desejo. – respondeu antes de beijá-la, sentindo-se mais satisfeito e feliz em finalmente ceder e permitir-se sentir  o que sentia sem se preocupar que ela fosse ou não a pessoa adequada, com os costumes adequados.

Entretanto eles ainda não haviam falado sobre o mais importante, Jacob esperava que Isabella tomasse a iniciativa e esperou por ela. A noite passada juntos lhe dizia que sua mulher finalmente lhe concederia o herdeiro que ele tanto queria e precisava, mas neste momento, era-lhe mais importante que Isabella compreendesse como se sentia em relação a ela, portanto, não era o momento de cobrar e sim de confiar e esperar.

*************************************

A rotina daquele dia seguiu seu curso normal, apenas com um leve diferencial que foi logo sentido por todos, o casal finalmente parecia ter se concedido uma trégua, Sam foi o primeiro a notar, no momento em que o amigo ingressou na sala de exercícios.  

A expressão despreocupada no rosto sempre duro de Jacob mostrava claramente que alguma boa mudança ocorrera nas últimas horas.

- A julgar pelos acontecimentos de ontem, acreditei que estarias furioso.

Enquanto tirava a camisa, Jacob observou o amigo com o canto do olho, demorou alguns segundos para responder, mas não mentiu:

- Estava deveras furioso, furioso pelo fato de alguém se atrever e ameaçar a vida da minha mulher.

- Soube que ela não se machucou, inclusive matou um dos bandidos. – Samuel parecia surpreso com essa novidade – Quem julgaria aquela mulher tão delicada capaz de tal ato?

Jacob sorriu satisfeito, os comentários pelo palácio davam conta de que Isabella protegera sua ama, matando um dos saqueadores sob a lâmina da espada, algumas pessoas com quem cruzara no caminho até aquela sala já o haviam cumprimentado pelo ato heroico cometido por ela.

Ao mesmo tempo em que se sentia satisfeito com aquela demonstração de coragem e afeto, Jacob ainda não se libertara da sensação provocada pela visão do homem arrastando ferozmente sua esposa para dentro do mato.

- Foi uma visão aterradora meu amigo, estava atento a luta pois julgava Isabella em segurança dentro do coche, e a vejo ser arrastada pelos cabelos como um animal sendo levado para a morte... meu sangue ferveu, a única coisa que pensava fazer era dar fim aquele homem que se atreveu a pensar em fazer isso.

- Queria estar lá com você! – foi o comentário irritado de Sam.

- Senti sua falta meu caro! Nunca mais empreendo uma viagem levando soldados jovens, eles não possuem experiência de luta, nossos agressores tinham apenas arco, flecha, paus e pedras e mesmo assim tivemos muita dificuldade em enfrentá-los.

Samuel mudando de expressão mostrou que  tinha mais noticias preocupantes para repassar ao amigo.

- É necessário reforçar nossas defesas Jacob, soube de fonte segura que o povo do condado do oeste está revoltado, muitas mortes ocorreram durante a estação fria; agora não há mão de obra que possa conduzir a reconstrução das vilas, hortas e casas que pereceram nas tempestades e no frio rigoroso do inverno.

Jacob coçou a cabeça agitadamente, não eram boas noticias aquelas, um povo insatisfeito logo se dá a cometer atrocidades como a sofrida por seu grupo no dia anterior.

- Precisamos falar com meu pai sobre isso! Se ficarmos aqui, sem tomar uma atitude essa situação poderá tomar proporções gigantescas.

Sam, desviou o olhar pensativamente, mostrando um rosto preocupado.

- Esse seu casamento parece não ter ajudado muito, e a piorar parte me parece o fato de vocês ainda não terem um descendente. Não é estranho que, depois de tantos meses, sua esposa ainda não espere um herdeiro?

Diante deste comentário, Jacob ficou calado debatendo-se entre a vontade de desabafar com o amigo e a esperança de que Isabella finalmente ter mudado de opinião quanto a ele e a possibilidade de ter filhos. Ao final de alguns minutos com a decisão tomada o jovem guerreiro garantiu que em parte era culpa sua já que a desconfiança o impedira de ser um marido no amplo sentido da palavra.

Confuso com aquele comentário, Samuel guardou para si a desconfiança já que não pretendia estragar com perguntas inoportunas a clara mudança de atitude que seu amigo apresentava.

**************************************

Suellen entregou a Isabella um pequeno pacote feito com tecido e amarrado na boca por uma tira de couro.

- Está tudo aqui? – a jovem perguntou soltando o laço e abrindo o pacote.

- Sim minha senhora.

Voltando-se para a lareira onde o fogo crepitava mansamente, Isabella pensou em jogar o conteúdo do pequeno saco nas chamas, mas mudou de ideia, sem olhar a ama pediu que Jacob fosse chamado até seus aposentos.

Prontamente atendida, sentou-se na cadeira em frente ao bordado observando cada detalhe trabalhado no rosto de seu marido, deveria incluir-se na tapeçaria, pensou sorrindo feliz, nunca imaginara que Jacob lhe pediria tal coisa, nunca uma mulher era colocada junto ao marido, esta seria uma mudança satisfatória em seus costumes.  

Suspirou acomodando-se na cadeira, colocando a agulha no tecido, mal tinha dado alguns pontos quando ouviu leves batidas na porta, não era Jacob, ele entraria direto, Leah após a primeira batida teria colocado a cabeça na fresta para chamá-la.

Erguendo-se da  cadeira ela recebeu a visitante, Sarah, a mulher altiva e costumeiramente observadora, a olhava gentilmente como sempre, trazia um sorriso preocupado e satisfeito no rosto bonito, que muitas vezes lembrava o filho.

- Como estás?

- Estou bem, o susto passou.

Respondeu com tranquilidade e os olhos de Sarah caíram sobre a tapeçaria, calmamente a mulher se aproximou do bordado, observou e sorriu antes de comentar:

- Jacob ficará satisfeito com este presente.

- É desejo de seu filho que me coloque a seu lado no bordado.

Sarah virou-se novamente para a nora antes de explicar solenemente:

- Um guerreiro lobo só é inteiro quando reunido a sua mulher, você é parte dele desde que se casaram, quando partilharam o leito, deverá honrá-lo e cuidar dele assim como ele fará isso por você.

Isabella desviou o rosto apertando as mãos uma contra a outra.

- Meu marido algumas vezes não parecia propício a confiar sua vida a mim.

- E ele tinha razão Isabella?

Sentindo-se culpada pela traição a jovem foi realmente sincera:

- Não fui exatamente leal nestes meses, mas pretendo modificar meu comportamento a partir de agora.

Sarah sorriu, um sorriso compreensivo.

- Para uma descendente dos lobos é fácil unir-se a um deles em casamento, aceitar suas regras e partilhar sua vida, seus desejos. Somos preparadas para isso desde que nascemos... mas não há porque você não possa adaptar-se agora, vejo em você muita fé, força, afeição por todos, prova disso foi seu ato de amor por sua ama.

Os olhos das duas mulheres mantiveram-se presos, numa muda investigação mútua.

- Jacob espera isso de mim.

- Meu filho sempre foi muito determinado, ele considera nossas leis e as cumpre fielmente,  espera que você se transforme na mulher que irá um dia ajudá-lo a cuidar deste lugar e de seu povo.

 - Farei o melhor que puder. – foi a resposta esperançosa.

- Tenho certeza de que fará!

Os olhos de Sarah permaneceram fixos no rosto levemente rosado da nora, Isabella não compreendia o que aquele olhar queria dizer, mas se sentia segura diante daquela mulher, de sua postura firme, elegante e generosa.

Assim que a sogra se retirou, Isabella voltou a posição inicial, entretanto, não conseguiu retornar ao bordado, os pensamentos voavam, traziam lembranças recentes, lembranças referentes as noites que passara ao lado de Jacob além da ansiedade pela espera, que agradavelmente não se demorou mais do que o devido.

A porta do quarto se abriu e a pessoa aguardada ingressou trazendo consigo o aroma amadeirado característico, só que mais forte devido aos exercícios realizados poucos minutos atrás.

- Jacob!

Os ouvidos do guerreiro estranharam a forma como a esposa pronunciou seu nome, como se não o esperasse. Será que Suellen havia se enganado? Ele se perguntou rapidamente, antes de ver sua esposa erguer-se do banco e pegar um pequeno saco de tecido velho.

As mãos delicadas estenderam o invólucro em sua direção antes que a boca dissesse qualquer coisa.

- O que é isto? – ele perguntou curioso.

- Abra...

Não estava amarrado e olhar dentro daquele saco foi uma tarefa fácil, quando seus olhos se depararam com uma porção de ervas secas Isabella pôs-se a explicar:

- Há pouco mais de uma semana que não tomo os chás... decidi parar de tomá-los quando você propôs aquele acordo... e deste momento em diante espero que sequer haja nesta casa uma única folha dessas plantas.

Rapidamente ela segurou a mão do marido trazendo-o para junto da lareira, onde o fogo crepitava, pedindo:

- Queime...

O saco foi jogado no meio da madeira vermelha, com rapidez se incendiou produzindo um cheiro forte que inundou o cômodo, estranhamente era um aroma agradável. Agradado pelo ato final de Isabella, Jacob a puxou para perto, erguendo-a em seus braços a beijou com paixão, o calor úmido daqueles lábios provocaram na jovem esposa a necessidade de sentir seu marido mais próximo de si.

Afoita, passou a mão sob a gola larga da camisa usada pelo guerreiro nos momentos de exercício, roçando as palmas das mãos contra a pele quente e lisa, ouvindo Jacob soltar um gemido rouco a medida que as carícias se intensificavam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, preciso dizer, avisar, estes serão capítulos d entendimento, entendimento necessário, não houve declarações de amor, eles ainda não fizeram isso... mas para bom entendedor... os atos falam mais do q palavras!!! FATO, ao menos para mim é assim... adoro os pequenos gestos, os mais insignificantes!!!
Masssssssssss, como em todas as histórias há um más, teremos sim momentos mais tensos, só q acredito q quando se divide ou partilha esses momentos eles ficam mais leves não é?
Então, seguimos em frente, ainda temos história para contar (algumas vezes fico indecisa quanto ao história ou estória, mas uma colega prof d português me disse q em seu último curso foi informado q não há mais aquela diferença entre as duas palavras então, não me furtarei a usar o história...kkkk preguiça d usar outras teclas!!!)
BEM AMADAS, SEI Q TENHO PROMETIDO E NÃO CUMPRIDO, MAS VOU SIM, RESPONDER A TODOS OS COMENTÁRIOS, COMENTÁRIOS Q ME FAZEM MUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIITO FELIZ E Q ME IMPULSIONAM A CONTINUAR!!!
MAS ENQUANTO NÃO FAÇO ISSO, AGRADEÇO POR AQUI, OBRIGADA A CADA UMA D VCS, CADA SER Q AQUI DEIXA SEU RECADO É COM CERTEZA ALGUÉM Q ME IMPULSIONA E Q ME FAZ FELIZ...OBRIGADA, OBRIGADA, OBRIGADA, o capítulo ficou maior d novo, espero q gostem!!!
bjsssssssssss e até sexta ou sábado, quem sabe quinta