KOS escrita por Cah Sants


Capítulo 29
Careerist's Foreground


Notas iniciais do capítulo

Aí está, os primeiros conflitos começando a se formar. Espero que gostem *w*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/307779/chapter/29

Bree andava um pouco mais rapidamente, a frente de Caleb, com a faca na mão; mais cedo vira uma garota entrar por esse caminho, mas não sabia exatamente onde, só procuraria. Caleb caminhava mais lentamente logo atrás da garota, encarando-a; não saia da sua cabeça o que ela havia dito no centro de treinamento, sobre ter de mata-la uma hora. “É claro que eu faria” pensava consigo mesmo “Eu a mataria”. Mas por mais que dissesse isso, não conseguia se convencer de que faria, nem de que não se sentiria péssimo se alguém o fizesse.

–Não tem nada aqui, Lawson- Caleb olha para os lados; está escuro, muito frio e nebuloso, mas há um silencio muito esquisito.

–Ah, tem sim- Bree continua andando rapidamente, sem chutar muito o chão pra que seus sapados barulhentos não a denunciassem- Ande mais depressa, Moses, você parece uma lesma.

–Não enche, você não me dá ordens- como sempre fazia, ele acabou obedecendo e apertando mais o passo; então um barulho muito alto de metal caindo o fez ficar esperto.

–Vem- Bree sussurrou e começou a correr em direção à próxima rua, onde uma grande lata de lixo havia caído no chão. No fim dessa rua, há uns 30 metros dos garotos, uma menina corria furiosamente.

Bree se odiou por não ter escolhido o arco; com ele teria acertado a garota de longe e com Caleb não conseguiria correr. Por isso o largou para trás e correu atrás da garota de cabelos castanhos que, de tão longe, ela não podia identificar de que distrito era.

A menina corria excepcionalmente rápido, mas Bree treinara a vida toda pra esse momento; sabia que Caleb corria atrás dela, mas ele era grande demais. Agora ela agradecia mentalmente por ser leve e ágil.

–Não adianta correr, garota- ela grita com uma risada estridente- Só vai adiar em alguns minutos a sua morte.

A menina virou em uma rua a direita, mas já estava a menos de 20 metros de Breana, e diminuindo. Parecia que a menina começara a se cansar; não percebia que a diferença entre morrer e viver era correr muito, mas muito mesmo.

Quando Bree virou a esquina, a menina estava entrando em uma das construções e não percebeu que foi vista; Bree conseguiu ver somente um de seus pés e seus cabelos antes que ela entrasse em um prédio que poderia ter sido uma casa.

Bree se aproximou devagar e encarou o prédio; em seguida, balançou a cabeça negativamente e soltou uma gargalhada: a casa era sem saída. A menina, seja qual for, estaria morta em minutos.

Quando Caleb se aproximou, Bree o colocou para dentro do prédio e em seguida entrou também. Sua adaga estava firme em suas mãos e Caleb também estava preparado para atacar. Bree porem o mandou ficar para trás e entrou no prédio sozinha.

Parecia conservado para um prédio abandonado há mais de setenta anos. E estava bem escuro. E silencioso também. A menina estava escondida em algum lugar e seria meio difícil encontrar.

–Vamos garota- Bree chamou, ainda rindo um pouco- Não me atrase, tenho mais o que fazer. Venha, vamos brincar.

Bree só teve tempo de abrir bem os olhos quando a menina avançou para cima dela. A garota estava sem arma e tentava arrancar a adaga da mão de Bree. Era forte também, mas Breana continuava segurando sua arma firme, tentando se virar.

–Ah, você acha que vai me vencer- Bree deu uma gargalhada e parou de fazer tanta força; ainda assim a menina não conseguiria fazer nada. Se soltasse a mão de Bree, seria morta. Se Bree se virasse naquele instante, a menina desconhecida estaria morta de qualquer jeito. Mas Bree ainda queria saber quem ela era e queria parabeniza-la pela coragem ao enfrentar uma carreirista.

Mas a menina é que virou o jogo. Prensou os pulsos de Bree no chão e pressionou até que Bree perdesse a força da arma. Então a menina do um ficou com medo pela primeira vez desde que entrara na arena. Agora estava desarmada com uma garota furiosa tentando mata-la.

–Quem vai morrer agora?

Foi questão de um segundo e o canhão soou. A garota desconhecida morreu. Caleb jogara a lança com toda raiva que pode na cabeça da garota e ela a atravessou diante de Bree, que estava muito assustada e escorregou para longe do corpo para que não caísse sobre ela.

–Meu deus- Bree respira rapidamente.

–Você está bem?- Caleb abraça a menina enquanto sua respiração se acalma- Me desculpe por não ficar la fora, mas ela poderia ter te matado...

–Tudo bem, tudo bem- interrompe Bree- fez bem, eu é que fui irresponsável. Ai Caleb- ela aperta o amigo mais, tentando não chorar- Eu podia ter morrido agora, imagina a vergonha? Morta por umazinha...

–Vergonha? Ficou louca?- Caleb soltou a menina e a encarou. Ele estava assustado também, mas não por que seria uma vergonha no distrito- Sabe o que é morrer? Não diga coisas assim Bree.

–Ah, tá- já mais calma, a garota recolheu sua arma e indicou a Caleb que fizesse o mesmo- Temos que ir, se quisermos encontrar o caminho de volta. Ah, e... Caleb, pode não contar o que aconteceu? Só... Diga que você a matou.

–Eu sei, Gabe ficaria furioso de saber que tentou bancar a heroína e mataria você antes que você fizesse algo que o prejudicasse- Bree abre muito os olhos quando ele retruca, retirando a jaqueta da garota e entregando a Bree- Você me chama de idiota o dia todo, mas devia se preocupar mais em me entender.

–Desculpe- ela diz, mas está rindo tanto que parece um pedido falso; mas nunca dissera algo tão sincero ao menino do seu distrito.

Kathy estava andando se equilibrando no meio fio. A vista era como se fosse uma criancinha. Mas só ela sabia o quão disposta estava para matar e vencer ali. Disse que faria ronda, mas como nada havia por ali, sentia vontade de se sentar e ficar o resto da noite la. Longe de todos.

Havia até pensado que vira alguma coisa, talvez um bicho dentro de uma construção. Mas se fosse um bicho muito grande, estaria perdida, por isso nem tentou e continuou seu caminho, chegando a área arborizada da cidade. Então algo novamente chamou sua atenção.

Ao longe, vira algo parecido com uma sombra. Poderia ser uma pessoa muito pequena caminhando. Ela sabia que tinha dois garotinhos ainda vivos, talvez fosse um deles; segurou seu porta facas, mas quando percebeu que não era uma pessoa, correu. E o animal correu atrás dela.

Era uma das bestas do Capitol. Algo parecido com um cão, mas não era realmente um cão, não podia ser. Era maior que um leão. E corria muito mais rápido que ela. Sua saída foi uma arvore que havia ali. Não era boa em escalada mas fazia o que podia e subiu até muito alto, o suficiente para o cão não alcança-la. Ficou ali um tempo, olhando o cão e vice versa. O cão não possuía olhos para que ela olhasse, então ela fechou os seus próprios e esperou. Esperaria o cão se cansar e depois voltaria. Não tinha pressa.

A menina havia passado em frente ao abrigo de Lucius e Josh. Esse ultimo se lamentava por dentro de fome e Josh ainda estava em seu voto de silencio com o amigo. Foi quando alguém passou na janela e Lucius se encolheu embaixo da escada. Por uma fresta, vira que era a carreirista do distrito dois, mas torcia pra que tivesse escuro demais pra que ela o visse. Josh estava abaixado sob a janela, tremendo. Então, subitamente, a menina se foi. Quando os meninos estavam prestes a relaxar, porem, uma bestante passara pela janela também, quase tão grande quanto ele.

–Deus- Josh disse quando estava livre, se largando no chão- vamos morrer. Caramba, parece que estão todos contra nós.

–Vamos ter que mudar de abrigo amanhã- Lucius disse por fim- É perigoso aqui agora. Aposto que ela vai voltar com o grupo quando estiver claro. Agora vamos pra floresta, certo?

–Hum, ok- respondeu Josh, relutando, mas percebendo a razão do companheiro de aliança.

–O que era aquilo?- perguntou o garoto; não costumava prestar atenção na TV, não gostava dos programas Capitólios. Também não prestara muita atenção nas aulas de historia.

–Uma besta- disse Lucius- Uma mutação. São criados pelo Capitol. Raros são benéficos, então tente não se aproximar.

Na floresta, Charlie e Noah dividiam um pacote de biscoitos. Sophie estava deitada no colo de ambos, com o casaco de Noah, quase adormecendo e com muita dor no braço. Charlie estava começando a ficar com pena da garota, não conseguia ver os outros sentindo dor. Noah se sentia meio inútil, mas isso é algo que passa rápido pelo garoto.

–Olha, Chuckie- Noah começou mas foi interrompido.

–Cale a boca ou mato você com a minha faquinha- ela o cortou.

–Não briguem- Sophie gemeu e os dois riram.

–Não estamos brigando- disseram em coro. Então Charlie cutucou o braço da menina- Ai, Soph, parece muito feio. Ainda dói muito?

–Um pouco- ela reclama, mas sabe que dói mais que um pouco.

–Não devia ter se aventurado lá. Sophie- Noah passa a mão no cabelo da amiga gentilmente.

–E o que eu faria? Precisava de uma arma.

–Eu não consegui pra você?- Noah corta- Devia ter feito como a Chuckie, pegado uma bolsa com mantimentos e corrido pra floresta.

–Não sou a Charlie- ela reclamou e fechou os olhos. Noah e Charlotte se olharam, então a menina os deixou e foi colocar os plásticos no chão para colocar Sophie.

Demorou um pouco para o cão se esquecer o que fazia em baixo da arvore e se mandar. Dez minutos depois, Kathy pode descer da arvore e voltar para o acampamento, onde trocou de lugar com Babi no cargo de sentinela.

Babi Spider foi para o norte, seu arco perdurado no ombro. Tentou encontrar Gabe por muito tempo e quando o encontrou, resistiu à tentação de quebrar seu pescoço; provavelmente não conseguiria nessa situação e só se complicaria. Também resistiu a tentação de dar um susto no garoto, já que ele podia mata-la, só por reflexo.

–Gabe- ela grita; ele se vira rapidamente, então alivia a tensão ao ver que é Babi- Esteve parado ai o tempo todo?- ela continua falando muito alto, ao se aproximar.

–Shii- ele sinaliza para ela- Acho que encontrei um esconderijo.

Spider se aproximou do garoto, percebendo que estavam em um pico muito mais alto que o lugar onde uma fumaça subia, bem perto da floresta.

–De quem acha que é?

–A garota do doze- ele diz, convencido- ela esteve indo e vindo na floresta, a noite toda, e acendeu uma fogueira.

–Ela deve querer morrer- Babi balança o ombro- Vamos lá.

–Não- Gabe ri alto e sacode os ombros- Deixa ela lá um pouco, estou pensando em coisas mais importantes.

–Como o que?- Babi o encara, incrédula, mas ele a abraça pelo ombro- Matar é o importante.

–Pra que matar um se podemos poupar os esforços e matar logo... Um monte.

–Como é que é?

–Veja, ali – Gabe indica com o dedo um ponto um pouco mais próximo do que o acampamento da garota do doze- sabe o que é aquilo? Um pouco de água. A menina esta tirando água dele.

Babi pensou por um instante- Está pensando em...

–Envenenar o poço? Sim- Ele ri e solta a menina- E preciso de você pra isso.

–Uh- Spider sorriu; vantagem. Era onde ela queria chegar- Posso fazer. Só preciso encontrar a coisa certa na floresta.

–Então eu acho que amanhã nós vamos... Dar uma voltinha na floresta.

–Pensei também que poderíamos encontrar o gerador de energia do distrito- ela continua- Depois que limparmos a cidade. Daí eu poderia facilmente ligar a eletricidade da cerca elétrica. Está me entendendo?

–Claro meu bem- Gabe abre um sorriso e beija Spider no canto dos lábios; a menina sente nojo do contato, mas finge não se importar, como parte de sua estratégia- Você é muito inteligente, Babi. Eu gosto disso.

Nessa hora o hino de Panem começou e as fotos começaram a aparecer. Gabe ficou curioso quando a foto da garota do distrito três apareceu entre os mortos e decidiram voltar depressa, torcendo para que fosse obra de um dos seus. Agarrada ao braço de Gabe, Babi pensava se conseguiria matar Gabe na floresta ou se conseguiria eletrocuta-lo. Meios não faltavam em sua mente e ela quase se podia ver vencendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso meus leitores. Esse foi o fim do primeiro dia de arena, o priximo será um bonus- não sei ainda de que tipo. Mandem reviews com o que gostaram e com o que nao gostaram *w*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "KOS" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.