KOS escrita por Cah Sants


Capítulo 28
Vantagens e Consequencias


Notas iniciais do capítulo

Capitulo complemento, pessoal, só pra entenderem um pouco o que aconteceu com os tributos quando sairam da cornucopia, pra onde foram, o que levaram, se levaram algo, com quem estão e o que farão em seguida. Só pra esclarecer algumas duvidas que me mandaram *w*. Good reading, people.

P.S. Não tive tempo de revisar pra voces, se acharem erro de portugues ou qualquer tipo de viagem absurda que eu der, me digam *w*



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A noite já começava a cair. Os carreiristas já haviam dividido a comida, escolhido suas principais armas e juntado o restante dos mantimentos na praça sul da cidade, uma praça um pouco menor que a principal. O poço de água ficava a pouca distancia e assim que o canhão soasse, colocariam um vigia lá.

Luiza se posicionara na praça como sentinela; a ideia é eles irem revezando o posto de vigia, então dividiram em turnos de quatro horas; Os outros estavam descansando em uma das construções abandonadas, uma que parecia quase inteira.

Bree estava no chão, descascando um graveto, desfazendo-o com uma faca. Caleb passava remédio em seus ferimentos, que conseguira com a briga contra o garoto do distrito oito, que era pequeno, mas conseguira causar vários arranhões nele. Spider arrumava alguns pacotes de comida e um saco de frutas no chão, alinhados. Kathy e Gabe esgotavam sua cota diária de lutas.

–Cretino- Katherine havia se pendurado no pescoço do garoto do distrito dois, suas unhas apertando o rosto do garoto- Lute comigo, covarde! Me mate agora.

–Não mato garotinhas- o menino soltou Kathy facilmente de seu pescoço.

–Ah, sério?- disse Bree, sarcástica e incrédula, largando seu graveto e se levantando- A namorada do Maninho parecia uma garota pra mim.

–Jamais saberemos- Gabe da de ombros e puxa Kathy para o chão- E se eu fosse você, não andaria por ai pedindo pra morrer...

O som dos canhões- oito vezes; oito mortes- acordara Gabe das lutinhas falsas, pedindo pelas brigas de verdade. Era hora de começar o jogo, finalmente. Hora de começar a limpar a arena. Ou suja-la, dependendo do ponto de vista.

–Hora de ir- Babi sorri juntamente com Gabe, enquanto lança a adaga para Bree e o porta facas com facas de prata ornamentadas para Kathy, onde uma abertura havia sido preenchida por uma faca de metal comum; o garoto do seis havia levado a faca que Gabe lançara nele.

–Ir para onde?- Caleb questiona, munindo-se de sua lança favorita.

–Pra onde você acha, uma festinha?- Babi pergunta retorica e sarcásticamente, sorrindo alto, mas o menino continua com cara de bobo- Fazer a ronda, idiota.

–Não o chame de idiota- Bree censurou a garota; gostava dela e tudo, mas não aceitava que chamassem Caleb de idiota.

Luiza se aproxima do grupo quando os vê- Qual é o problema?

–É o meu turno agora- Babi passa para frente e senta em um dos baús de armas- Mas posso trocar com alguém depois que já tiverem feito a ronda. Então vou encontrar com você- ela continua, mas falando somente com Gabe agora.

–Luiza pode ir então para a praça central vigiar o poço de água- Gabe acena e ordena- Se alguém tentar se aproximar... Mate. Suponhamos que talvez tentem, precisam de água.

–Vou percorrer o perímetro- Kathy aponta para o fim da rua- Volto em uma hora então posso trocar de lugar com a Spider.

–Vamos seguir por dentro da cidade- Bree tenta pegar Caleb pelo braço.

–Você não fala por mim- Caleb solta-se da menina e da um passo para trás.

–Vire-se sozinho então, idiota- ela o ignora e sai, mas o menino a segue mesmo assim.

–Não o chame de idiota- Spider tenta imitar o tom de Bree, mas mil vezes mais baixo para que ela não escute e os outros dão risadinhas.

–Volto em uma hora e vou para o poço trocar com Luiza- Bree grita já a metros de distancia dos amigos.

–Vou pra lá então- Gabe indica o lado norte da cidade, mais distante da floresta- Nos encontraremos aqui mais tarde. Ao som do hino, voltamos. Se um de nos não voltar, vai ser desconsiderado como membro da aliança. E, por favor, não sejam mortos.

O som dos canhões indicava a Charlie que todos já haviam saído da Cornucópia. Agora não sabia se Sophie e Noah tinham conseguido escapar, e mais: esperava muito mais mortes na cornucópia. Não sabia o que tinha acontecido esse ano, mas sabia que os carreiristas não estariam nem um pouco satisfeitos.

Estava seguindo rastros dos animais. Uma coisa que aprendeu em seu distrito era que onde há bicho, há água, e era o que ela precisava. E estava certa, não demorou e encontrou uma pequena nascente que ia crescendo até formar um rio fraco, porem limpo. Sentou-se diante da nascente, largou as pequenas mochilas e se pôs a lavar o rosto, se refrescando e bebeu bastante água antes de verificar suas bolsas.

Pedia por uma adaga nas bolsas, mas não tinha certeza se encontraria alguma arma ali. Na primeira bolsa havia um pedaço grande de plástico, dois pacotes de biscoito, uma maçã, um odre de água e um conjunto de arames e cordas. Na segunda bolsa, havia três coisas a mais que na primeira: um kit de primeiros socorros, um pacote de barras de cereais e uma faca pequena; e havia duas coisas a menos: um pacote de biscoito e o kit de arames. Considerando que estava inteira, conseguir uma arma de verdade depois seria simples. Por isso se contentou com o que tinha e começou a comer uma das barras.

Foi quando ouviu um barulho se aproximando. Juntou seus itens dentro das bolsas e correu para perto de um arbusto, onde seu uniforme verde de tributo se fundiu com o verde da planta. Era um animal, porem. Não sabia de que tipo por que nunca tinha visto, e não tinha certeza se era um animal normal ou se era uma bestante do Capitol- sabia de bestantes, mas não conhecia todas de cor. Por via das duvidas, esperou o animal sair para voltar.

Como o cansaço tentasse vencê-la, mas a adrenalina não a deixasse dormir, se encostou em uma arvore e começou a pensar em casa. E, Joe e Telmit. Em sua avó. Se estariam felizes por que ela estava bem ou se viam coisas que ela não via que poderiam surpreende-la. A menina não sabia o que fazer agora a não ser esperar anunciarem a morte dos amigos. Nessa hora, alguma arma fora aplicada com força contra a arvore, bem acima de sua cabeça.

–Se fosse pra mata-la, estaria morta- Noah grita e a menina do distrito onze se joga no chão, a mão no peito, a respiração ofegando devido ao enorme susto.

–Noah, seu estúpido retardado- foi o que ela conseguiu dizer, mas estava em choque demais para esfaquea-lo com sua faquinha de mão.

–Eu disse que não devia fazer isso- Sophie passa por ele, embrulhada em seu casaco e no casaco do menino- Esta tudo bem, Charlie?

–Minha cor voltará pela manhã- ela responde, dramática, então repara na amiga- E você? O que aconteceu?

–Noah pegou meu machado- Ela sorri quando Noah desprende a arma da arvore- Mas a garota do dois me lançou uma faca no braço. Dói um pouco, mas estou viva.

Ela retirou os dois casacos verdes e mostrou a ferida a amiga; estava sangrando um pouco ainda bem abaixo da manga curta da camisa preta.

–Como ela conseguiu fazer isso com você?- Charlie abre bem os olhos; o ferimento começara a inflamar- Espera, tenho algo para isso.

A menina pegou o kit de primeiros socorros dentro de uma das bolsas e buscou um anti-inflamatório, algodão e um pedaço de gaze. Não sabia direito como fazer aquilo e só encontrou uma pomada para queimaduras de primeiro grau e comprimidos para dor de cabeça. Limpou o ferimento com água e tampou com gaze para evitar contato com a sujeira, o que poderia piorar a inflamação.

–Desculpe, não posso fazer muito.

–Tudo bem- Sophie sorriu, ainda com dor, mas feliz por ainda estar viva- Obrigada.

–Como me encontraram?- Charlie se encolheu e abraçou os joelhos; Noah se sentou ao seu lado também, após beber água.

–Na verdade, encontramos água- Noah respondeu- Mas vimos você de longe. Presa fácil, não faça mais isso.

–Sabe quem mais morreu na Cornucópia?- Ela perguntou; como foi a primeira a sair, não viu nenhuma morte.

–Não deu pra saber direito- Sophie responde, se encostando na arvore onde Charlie estava antes. Mas Noah matou um garoto que o atacou, não sei de que distrito e vi quando Eder Buhr pegou o MEU machado de lamina dupla e o usou para matar o menininho do distrito doze.

Charlie sentiu uma pontada no coração; logo se lembrou de Lucius e Josh.

Os dois haviam corrido para trás da cidade, se mandaram quase tão rápido quanto Charlie. Correram por uma porção de ruas e becos, entraram em uma porção de caminhos sem saída e encontraram diversas construções. Estavam, porem, quase na divisa da floresta, Lucius já havia passado por baixo da cerca de arames, quando Josh parou.

–Não vamos entrar ai- ele diz, autoritário, e o garotinho o encara.

–Por que não?

–Estou dizendo, não me pergunte por que, vamos ficar aqui- ele reluta até que o menino menor da de ombros.

–Então morreremos de fome- ele passa por baixo da cerca de grades novamente e espera que o amigo entre com ele em uma casa quase completamente caída e tentar transforma-la em abrigo.

–Não, amanhã, quando estiver claro, vamos procurar comida na divisa- Josh passa por cima do muro caído e entra na construção também.

–Você quase me matou hoje- Lucius continua, praticamente correndo no quintal- Está dando ordens demais pra alguém que quase me matou.

–Não é hora de ser infantil- Josh adverte mas não da mais ordens e ideias- Obrigada.

–Teria feito o mesmo, não é?

–Não, cara- Josh da uma risada involuntária- Foi burrice sua. Eu teria provavelmente sido morto.

–Mas não foi, é com isso que temos de nos preocupar... Em nos manter vivos, não em pensar como teríamos morrido.

–Mas eu teria- Josh insiste e ri agora achando graça- teria tido os olhos arrancados.

Lucius teve um flashback de casa, ele e seu irmão discutindo. Então ficou calado. Por um bom tempo.

Gabor era o único tributo na arena que não estava completamente aliviado por ter saído vivo da Cornucópia. Não demonstrava, porém, para não preocupar a irmã. Ela havia se saído muito bem, melhor que ele, e havia conseguido uma enorme bolsa que seria útil por enquanto.

Dentro havia um saco de dormir; era térmico e grande o suficiente para os dois. Havia também um punhal e um creme para cortes que estava ajudando sua mão a se curar. Também alguns tipos de comida não perecível, como cereais; um pacote de cordas e arames para preparar armadilhas, coisa que Hardie sabia fazer; uma caixa generosa de fósforos, que Gabor censurou. E também dois odres de água vazios e um vidro pequeno de protetor solar, que fez Gabor pensar que devia esperar dias muito quentes.

Os dois haviam se alojado no lado norte da cidade, meio longe da floresta e do poço de água. Era um problema.

–Temos que encontrar água amanhã- Gabor disse, analisando os objetos na bolsa.

–Tudo bem- ela responde e os canhões soam.

Hardie encara o irmão por um tempo, enquanto ele processa o barulho. Hardie sabe que ele esta se segurando por ela, e que ele preferia que ela não tivesse morrido assim e tão rápido, e não era insensibilidade sua, mas estava feliz por isso; feliz pela morte de Letícia. Afinal, um poderia vencer e se não fosse ela, que fosse Gabor, não Letícia. Mas entendia o luto do irmão e respeitava. Não havia nada que pudesse fazer.

–Fizemos um bom trabalho- ela diz, por fim, quando o barulho cessa- Escapamos de um carreirista.

–Tivemos um escudo- ele responde frio, assustando a irmã- Desculpe. Ele não está feliz com isso, pode ter certeza.

–Acha que ele vai te procurar?- Hardie retira um biscoito do pacote e faz com que Gabor coma.

–É lógico que ele o faça, o fizemos de bobo- Gabor aceita o biscoito e alisa a mão rasgada- Ao menos fiquei com uma faca.

–Vamos de arrumar boas armas- Hardie sorri- Vamos matar alguns carreiristas então.

–Eu vou, você não vai se envolver com lutas.

–Como se você mandasse em mim- Hardie enche a boca do garoto com três biscoitos.

*x*

To Be Continued...


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Notas finais do capítulo

Proximo capitulo vocês saberão com quem a Bree vai brigar, quem o Caleb vai matar e saberão qual será a ideia de Babi e Gabe, entre outras coisas *-* Até lá u.u



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