KOS escrita por Cah Sants


Capítulo 27
Ladies and Gentlemen, The Hunger Games


Notas iniciais do capítulo

Mudei de ideia, e coloquei uma edição. Mas esqueçam os jogos frustados da Catnip -todos os dois- e esqueçam a revolução por enquanto. Esqueçam o distrito treze, só pensem nos jogos por que me deu dor de cabeça pensar naqueles povos;

Vou ir narrando da mesma forma que narrei o restante, de vez em quando devo fazer POVs especiais, se quiserem *w* Mas a maioria das coisas que narrarei aconteceram ao mesmo tempo. Posso narrar algo e depois narrar outro, mas fatos que aconteceram ao mesmo tempo; para nao confundi-los, devo escrever coisas tipo "enquanto isso" ou " nesse mesmo periodo" ou até " por outro lado", enfim. Voces se acostumam k É melhor narrar assim pra falar de todo mundo, ok? qualquer duvida, nao hesite em me mandar MP. eu amo suas MPs. Boa leitura.



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Todos os tributos já estavam sendo colocados nos aerodeslizadores que os levaria para a arena. Alguns dos tributos saltitavam de animação. Outros, porem, tremiam por dentro, e alguns com muita razão.

Um homem vestido de branco puxou o braço de Bree, que lhe lançou um olhar ameaçador; o homem enfiou uma seringa em seu braço e a menina chiou. Não foi a única, porem.

–Esses são os seus rastreadores- esclareceu uma voz feminina que ela não identificou- Precisamos dele para monitorar vocês na arena; através dele, saberemos onde estão, como estão, com quem estão e se estão vivos.

Noah estava encostado em seu banco, desejando “boa sorte” silenciosamente para suas companheiras de aliança que estavam sentadas a uma boa distancia dele. Estava imensamente preocupado com Sophie, que dissera ao garoto que entraria na Cornucópia e pegaria um machado para si, só assim se sentiria mais segura. O mentor do garoto, porem, esclareceu a ele as implicações que teria se corresse para aquele lugar.

–Preste atenção no que direi- Babi sussurra quase inaudivelmente, sua cabeça levemente inclinada para frente e para o lado, para que não percebam que está cochichando com Lucius- Não se aproxime da cornucópia. Corra. Fuja para o lado que estiver limpo, ouviu? Não quero ter que matar você. Boa sorte.

O menino se assusta um pouco, depois assente lentamente e levanta o braço quando a mulher pede.

Hardie segura firma a mão do irmão. Ela parece assustada, mas Gabor tenta acalma-la com o toque. Leticia está bem a sua frente, segurando o choro. Gabor não pode evitar pensar que ela poderia ter medo. Ela tinha a idade da irmã; era forte, ágil, habilidosa... Mas era humana. Medo é normal. Então ele sorri para ela se acalmar.

Eles se olham por vários instantes. Era obvio que não entendiam por que se gostavam tanto, supondo que precisavam matar um ao outro. Mas o instinto de Gabor era cuidar dela quase tanto quanto cuidaria da irmã na arena.

Sophie aguardava ansiosamente. Não estava com medo nenhum, por ela já teria matado todos e voltado para casa, para seu irmão menor. Mas isso não era a única coisa que passava pela sua cabeça.

Charlie também tinha a cabeça inundada de pensamentos, mas um não era comum; ela estava com medo de sentir compaixão e culpa na arena; de não matar por pena. Não conseguiria ser má se sentisse algo, mesmo assim precisava ser se quisesse voltar para casa.

A menina Charlie encarava o garotinho de doze anos do distrito doze enquanto pensava. Era um menino lourinho, aguado, medroso, que tinha um braço esticado, onde fora colocado o rastreador, e o outro agarrado à blusa preta de Kate, sua companheira de distrito. Como não sentir pena de um garotinho, que está condenado a morte?

Quando tudo se apagou e o aerodeslizador pousou, alguns corações dispararam. Todos os tributos foram separados, inclusive os casais do mesmo distrito, e assim ficaram o resto do dia, na companhia de seu estilista e de um Avox. Quando foi anunciada a hora de se apresentar, os tributos terminaram de se aprontar e seguiram para os tubos. Cada tributo foi fechado em um tubo, sem ordem determinada, que subiu em direção da arena. Em direção os jogos.

–Senhoras e senhores, deixem o septuagésimo segundo Hunger Games começarem!- diz Claudius Templesmith, e os sessenta segundos começam a correr.

O sol indicava fim de tarde. A Cornucópia prateada recheada com surpresinhas estava diante dos tributos; a cidade era vazia e alguns prédios e casas estavam em ruínas, mas a cidade parecia limpa demais e podiam ouvir os pássaros mais adiante, na mata.

O alinhamento dos tributos foi interpolado de forma sorteada: No primeiro circulo de metal a esquerda, meio distante da Cornucópia e mais próxima da floresta, encontrava-se a menina do distrito onze, Charlie. Ao seu lado, a menina do oito tremia na base. Em seguida, Hardie, do distrito seis. Eder, do distrito sete, vinha logo em seguida. Depois o menino do distrito nove, um garoto grande de dezesseis anos, depois Kathy, Bree, Josh, o pequeno do doze, o menino forte e lerdo do dez, Lucius e Gabe, que estava no centro de tudo e todos. Ao seu lado, Leticia do distrito nove estava preparada; Caleb estava ao seu lado, o que não a deixou muito confortável, dois carreiristas ao seu lado. Ao lado de Caleb, estavam Gabor, Noah, a menina de dezoito anos do dez, o menino de dezessete do onze, Sophie, Luiza, Babi, o menino de quatorze anos do oito, Bella e Kate.

Um minuto era o único tempo que tinham para pensar; e Charlie já formulara seu plano: correria e pegaria uma das mochilas pequenas que estava meio distante das maiores; eram as grandes que lhe interessavam, mas a menina não se aproximaria tanto. Iria para a floresta; não havia concordado em entrar no meio do banho de sangue com Sophie, preferia sobreviver, e Noah não poderia se preocupar com as duas senão morreria também.

Babi Spider estava muito raivosa. Muito distante da ação, ela chiava para si mesma. Até chegar lá, muitos passariam por seus dedos; sua esperança era Gabe, que estava relativamente perto.

Lucius também não estava feliz com a localização. Estava cercado por tributos brutamontes, um de cada lado; olhou para trás, buscando uma saída e torcia para que Josh pensasse no mesmo.

Aos trinta segundos, os pensamentos foram interrompidos por um barulho: uma explosão. Alguem caiu- ou mais provavelmente pulou- nas minas terrestres, mas não deu tempo de prestar atenção. Não havia risco de acerta-las, mas o barulho foi tão alto que Charlie e Hardie precisaram tapar bem os ouvidos, alem de fechar os olhos por impulso. Era a menina do distrito oito. Acontecia às vezes.

Dez segundos agora. Todos estão a postos, preparados para correr. Kate sentia por estar distante, queria alcançar alguma arma, mas não correria para a cornucópia. Faria o que Haymitch dissera e correria para longe.

Josh gostaria de saber para onde ir ou o que fazer. O pobrezinho não ouvira mais nada do mentor, desde que recebera um dois, e sabia que ele torcia por sua morte e pela vitoria de Luiza. Mas mesmo assim gostaria de ter tido uma ajuda.

Então soa o gongo. O fim do tempo e o inicio dos jogos.

Charlie seguiu seu plano; era rápida, então não teve nenhum problema. Conseguiu recolher até duas mochilas pequenas e correr adiante, para a floresta, sem nem ao menos olharem para ela. Parece que estava certa, afinal, sobre como agir.

Eder foi direto para a cornucópia, sem pestanejar. Josh, porem, pulou para frente e correu, sem rumo. Lucius, que já estava fugindo para o outro lado, voltou para ajudar o amigo.

–Vamos, seu idiota- ele puxou o garoto pela jaqueta, mas algo acertou as costas do garoto do cinco quando ele começou a correr.

Um garoto morto caira aos seus pés. Era o menino negro do dez, que bateu contra ele no impacto da queda, provavelmente mataria Lucius se não tivesse sido morto. O menino levantou os olhos e pode ver Spider meneando a cabeça para que ele fugisse, um arco preso em seu braço. A menina ainda atirou uma flecha, errando de propósito, só para manter a imagem diante dos carreiristas.

Durante esse momento, Bella havia corrido para dentro da cidade e Kate, para o lado oeste do distrito. Eder havia matado o menininho que a acompanhava e por isso ela foi sozinha.

Ao mesmo tempo, Sophie havia corrido para a cornucópia, mas não precisou entrar. Noah, que estava mais próximo, pegou o machado para a garota e cortara a garganta do menino o distrito nove que tentara ataca-lo com uma foice. Pegou no braço de Sophie quando ela se aproximou e puxou-a para a floresta, desviando- por muito pouco- de uma faca que Bree, do distrito um, lançara. Sophie porem foi atingida no braço por uma faca de Kathy antes de conseguir fugir.

Hardie pretendia ter corrido para longe da cornucópia ao som do gongo, mas fez o contrario ao ver que seu irmão estava a caminho do chifre de prata. Leticia havia ido para lá também. A menina do distrito seis lançara nas costas uma mochila media verde- meio pesada- e parou ao ver Gabor e Leticia muito próximos de Gabe, que sorriu maliciosamente para a menina do nove.

Gabor!- Hardie gritou.

O menino estava dividido; as carreiristas logo estariam ali e sua irmã corria para perto também.

–Vamos, Leticia- ele gritou e correu para a irmã, tentando arrastar Leticia pelo casaco.

–Ainda não- Gabe lançou três facas.

Uma acertou a mão de Gabor de raspão, e este soltou Leticia instintivamente.

–Gabor- Hardie, desesperada, correu para o irmão e o puxou quando as outras duas facas acertaram as costas de Leticia estrategicamente.

–Gab...- ela tentou dizer.

–Vamos, Leticia- Gabor tenta puxar a menina, mas ela já esta caída.

–Gabor, por favor- Hardie, tremento, o arrasta e os dois correm para trás da cornucópia, rumo a cidade, não antes de Spider tentar acertar Hardie com uma flecha, que acerta por pouco a mochila.

Luiza conseguira seu credito, matando a menina do distrito dez com seu tridente preso na garganta. Caleb esquartejara o garoto do oito com sua espada, após uma luta corpo a corpo, e o fez lenta e prazerosamente.

Kathy e Bree derrubaram, juntas, o rapaz de dezessete anos do onze; Kathy fez questão de lhes arrancar os olhos e gritar pelo nome da amiga Clove, o que fez os outros carreiristas caírem na gargalhada. Kathy não sabia, mas Clove também estava rindo disso em casa.

–Acha que fomos bem?- Luiza se apoia em seu tridente; esse gesto já é sua marca pessoal entre os carreiristas.

–Uma merda que fomos- Spider grita, nostálgica e Gabe também grita, parecendo nervoso.

–Eu perdi dois... Tão simples...

–Nem em fale- Bree se levantou de onde derrubara o garoto do onze e solta a adaga- Perdi aquela nojentinha do sete por esse pouco.

–Culpa daquela sombra- Kathy completa- Vou dizer somente uma coisa: Precisamos matar Noah Black!

–E Gabor Loveshart- Gabe completa, dizendo o nome com deboche- Matando os dois, matamos as garotas do seis, sete e onze.

–Quantos mortos temos?- Spider limpa a roupa após soltar sua arma também.

–Eu conto- Caleb chuta o corpo de uma garota- Um...

–Não chute os mortos- Bree adverte, ao mesmo tempo em que Spider fala a mesma frase e as duas riem. Depois Bree continua- Espera um pouco, sabe contar?

–Oito mortos- Luiza lança seu tridente longe- QUE DROGA! Oito é muito pouco.

–Não esquenta- Gabe abraça a menina teatralmente e beija sua testa- Você fez um ótimo trabalho com aquela grandona, não foi? Ela subestimou você e você... Parabéns.

–Voce matou a menina do nove- Bree encarou os olhos abertos, porem vazios de Leticia- Ehu... Ela não era namoradinha do...

–Do maninho?- Gabe da uma gargalhada maléfica teatral- ERA. Do verbo “nunca mais será”.

–É uma pena- Caleb chuta a menina- ela era linda.

–Pare... De chutar... Os corpos! Droga, Caleb!- Bree empurra o menino; mas ela não está ligando realmente se ele chuta os corpos ou não; só está com ciúmes.

–Ok,ok- Gabe se coloca entre os dois- Esquentadinhos, não é?- Gabe abraça Bree- É a adrenalina, querida, só isso. É incrível estar aqui, eu sei, mas temos mais 10 pessoas pra brigar ainda, não vamos brigar com quem temos que conviver, combinado?

–Vamos juntar logo essas coisas e decidir pra onde vamos; já me cansei de olhar para os mortos- Spider diz, empilhando umas bolsas e suspira de alivio; ninguém percebeu o que ela fez.



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Notas finais do capítulo

Welcome, Welcome, Welcome *w* Não sei se vão gostar, mas eu curti escrever esse cap. Surgiu espontaneamente ontem a noite, enquanto assistia TBBT e HP6 -vai entender porque ;] Espero que tenham curtido.



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