KOS escrita por Cah Sants


Capítulo 17
District 12- Mining


Notas iniciais do capítulo

Bom, esta é a ultima colheita que eu pretendo postar. Nos proximos capitulos, os tributos irão se encontrar pela primeira vez e as alianças começarão a se formar. Boa leitura e até la em baixo.
P.S. Quem ainda não respondeu às perguntas da entrevista, ultima chance. Tenho que começar a escrever já e preciso da colaboração de vocês.



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Kate- http://4.bp.blogspot.com/-j9O5MgKIadc/T3-L_gdLXbI/AAAAAAAABsI/LbXX2S40-mE/s1600/Dianna+Agron+Updos+Half+Up+Half+Down+tdg6shGI7Tyl.jpg

O distrito doze, o distrito mais pobre de toda Panem. O distrito doze parece ter sido esquecido. Sua especialidade, o carvão, é tão apreciada pelo Capitol quanto os artigos de luxo, porém o distrito responsável por ele nunca recebeu os devidos créditos e os habitantes desse distrito geralmente são pobres e miseráveis.

Apesar disso, Kate podia dizer que era muito feliz. Não tinha mais sua mãe, morreu dando a luz à ela. Mas tinha o pai, que ela amava muito e que cuidava dela desde pequenina. E os dois viviam em completa harmonia em casa, já que eram só os dois. O pai trabalhava na mina, como a maioria dos homens do distrito.

Kate assistia aos Jogos todos os anos. Entendia tudo de sobrevivência, de armas e de lutas, somente por observar atentamente cada detalhe do que acontecia por lá. Mesmo assim nunca pensou realmente na possibilidade de ir aos jogos.

Kate tinha uma melhor amiga que ela tratava como irmã, Jullie Dix. As duas tinham a mesma idade, quinze anos, e até eram parecidas, e diziam-se irmãs. As duas possuíam olhos misteriosos, fundos, comuns em pessoas que gostam de guardar segredos. As duas tinham os cabelos louros e um glamour natural ao caminhar. Ainda assim, eram derrubadas pela fome.

–Tenho um pão pra você- disse Jullie, segurando um embrulhinho meio arredondado nas mãos- tinha três, mas levei dois pra casa.

–Tudo bem- Kate pegou o pão,o repartiu ao meio e ofereceu a amiga, que negou com a cabeça. Então ela o deixou para o pai- Temos morangos. Se quiser.

Jullie pegou um dos morangos que estavam sobre a mesa e colocou na boca. Era apaixonada por morangos, mas nem sempre podia come-los. As duas ficaram em silencio enquanto mastigavam. O dia da colheita era sempre assim, silencioso. Kate sempre parecia distante demais. Imagine como era ver uma familia sendo desfeita todos os anos. O distrito doze só possuía dois vitoriosos e um deles já havia morrido há tempos.

As meninas já estavam prontas para a colheita. Kate vestia uma blusa de botões branca e uma saia lilás de pregas, alem de sandálias brancas. Seus cabelos louros foram presos em um coque ornamentado. Jullie vestia um vestido verde e azul com flores e uma fita branca e calçava sapatos pretos. Seu cabelo estava solto e caia sobre seus ombros em ondinhas.

–Queria tanto morar em outro lugar- Jullie diz, despertando Kate de devaneios- Queria morar no dois.

–Eu não gostaria de viver lá- Kate ri, mas sem humor nenhum- E não vejo motivo pra você querer viver em um lugar como aquele também.

–E quem sabe, no um?

–Você seria fútil, como todos que de lá saem- Kate não estava certa, mas não tinha como saber; cresceu no distrito pobre, a troca de distritos era praticamente proibida e nunca conheceu qualquer pessoa que viesse do dois pessoalmente.

–Quer dizer que o distrito doze é o melhor?

–Quero dizer que o distrito doze é onde nós vivemos- retruca Kate, que parou de comer para olhar a amiga- Não tem como mudar isso. Então não fique pensando em como seria. É perda de tempo.

–E o que não é perda de tempo?

Kate ficou calada. Não tinha uma resposta pra isso. Terminou de comer seu pedaço de pão antes que o pai chegasse e lhe beijasse a testa. Então as meninas encerraram o assunto.

A colheita no distrito doze era um verdadeiro purgatório. Precisavam ficar bons tempos no sol, esperando o prefeito parar de falar, e como o velho falava. Então Effie Trinket, uma mulher muito esquisita, até mesmo para alguém do Capitol, que gosta muito de abusar de maquiagens e de perucas, poderia sortear dois nomes. E ela não gostava nada de ser responsável pelo distrito 12.

As meninas passaram pela identificação e foram juntas para a área destinada às garotas de quinze anos. De mãos dadas, elas esperaram em silencio, e Kate começou a sentir um nervosismo tomar conta de si quando Effie começou a falar com seu sotaque inconfundível.

–Bem vindos, meus queridinhos. Bem vindos aos Jogos Vorazes- ela da um gritinho e um sorriso surge- Bons Jogos Vorazes e que a sorte esteja sempre a seu favor.

Todos os anos era a mesma coisa. E ela nunca se cansava disso. E logo após o filme e a falação do prefeito, ela seguiu para o globo onde os nomes femininos costumavam ficar.

–Kate Bloom.

[...]

–Kate, Kate- repetia ela para si- Ah, que nome azarado.

–Filha?

–Pai- ele a abraçou- Acredita pai? Estou nos jogos...

O Sr. Bloom encara a filha, mas ele não consegue mesmo acreditar. Sua filhinha, indo embora. Sua única filha. Ele não sabe o que dizer, nem o que fazer. Por isso só abraça a menina.

–Pai... Não é tão ruim. Eu posso conseguir, talvez...

–Claro que pode, querida.

–Então trarei muito dinheiro para o senhor não precisar mais trabalhar- ela diz- E também... muito orgulho papai.

Em seguida, Kate precisa se despedir de Jullie.

–Gostaria que você levasse minha fita no seu pulso, Kate- diz a amiga, retirando uma fita cor de rosa do pulso e amarrando no da amiga, que está sem reação- Pode fazer isso por mim?

–Você... Tirou a fita...

–E pode vencer, por favor?

–Você nunca tira a fita...

–Kate, olha pra mim- Jullie segura o rosto de Kate pra que ela se concentre- Pode vencer esses jogos? Você pode?

–Eu... Acho que sim...

–Otimo- a amiga lhe da um beijo no rosto- Estarei contando com você, então.



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Notas finais do capítulo

Bom,a i está. Logo logo eu posto um capitulo descrevendo a arena pra vocês, ok? Até mais tarde.