Um Necromante No Meu Quintal escrita por Mel Devas


Capítulo 21
Estranhos numa Terra Estranha


Notas iniciais do capítulo

Olááá!!! Sim, pessoas, estou viva!!! ( ou quase isso), aproveitei um pouco do tempo que sobrava + algumas horas do meu sono pra postar esse cap Ç.Ç Coitado de vcs, sério, vocês não sabem quanto eu me sinto horrível por não ter conseguido atualizar direito x.x Eu finalmente estou fora da época de provas, mas mesmo assim tenho tantos projetos que, nessa semana, cheguei todos os dias mais cedo no colégio Ç.Ç
Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeell, começou a ficar mais divertido, apesar de não chegar no ponto que eu quero, MUAHAHAHAHAH, espero que gostem o/



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O sinal tocou encerrando a aula que nem devia ter acontecido. Como era o último dia letivo, o acontecimento mais produtivo em nosso horário escolar foi uma demonstração de coisas para se não fazer com uma cenoura. Estreando Florita.

Saímos da escola apreciando o frescor das férias misturado ao cheiro abafado do verão, e não apreciando tanto assim o escândalo que as cigarras faziam.

Adrian andava ao meu lado, em direção à saída quando avistamos Florita sentada com Boyolóvsky e Laz, o que era estranho. Nunca vi a ruiva falar com o russo de nome gozado antes.

Quando nos aproximamos, Ivan observou Adrian com os olhos brilhosos de uma garota adolescente, enquanto Florita dava seu sorriso maroto de sempre. Laz parecia recuperado do choque de ter virado amigo das pessoas erradas e esboçava seu semblante leve de sempre.

– Feliz férias!! – Exclamou Florita. – Prontos pra viagem mais excitante de suas vidas?

– Não...? – Repliquei desconfiada.

– Não. – Laz concordou comigo, fazendo uma cara decepcionada.

– Eu contatei meu pai e parece que o última vez que viram a Maldição foi na Rússia e... – A ruiva começou a narrar e deixou um ar de dúvida no final, esperando a resposta, como se fosse Dora, a Aventureira. – Bingo!! – Ignorou a falta de interesse geral. – Conversei com o Bichonalóvsky aqui se ele poderia nos levar para essa terra de gente doida e consegui! Não é empolgante?

Eu e Laz negamos com a cabeça em sincronia. O necromante olhou para o loiro e o mesmo deu de ombros:

– Eu ir de qualquer jeito visitar o família.

– Viu? Está decidido! Alguém tem algo contra?

– Não tenho permissão da minha mãe... – Comentei. – Mas tenho a leve impressão de que isso não faz diferença.

– Ok, então, tem um voo pra lá daqui a três dias, se virem aí.

– Obrigada pela gentileza.


–-x—



Se em nossa cidade era em verão, na Rússia COM CERTEZA não era e me preparei pro pior.


Infeliz ou felizmente, minha mãe me deixou viajar sem mais incidentes ou perguntas – o que me fazia reconsiderar se minha mãe era mesmo normal – e, como eu não tinha roupas de frio quentes o suficiente, peguei emprestados umas com minha mãe, que viajava bastante.

Sim, elas eram coloridas.

Não, eu não tinha opção.

Adrian, pra variar, não levou nada de especial, devido ao seu poder auto-sustentável misterioso. O mesmo desapareceu com Teddy quando eu e minha mãe entramos no carro para ir ao aeroporto.

Desovando-nos na porta, minha progenitora foi embora com seu carrinho de Penélope Charmosa, e, com Adrian reaparecendo de lugar nenhum, como sempre, fomos para portão 3, onde sairia esse voo.

18 horas de viagem.

Sim, eu disse 18, isso porque não pegamos nenhuma escala.

Bem, ganharei também 18 horas sem Adrian pra poder reorganizar minhas ideias.

Florita já estava usando 3 camadas de casacos enormes se adiantando pro inverno russo, acompanhada de Boyolóvsky, que usava uma regata e Laz, que estava estiloso como sempre.

– Bom dia... – Falei num muxoxo.

– Bom dia. – Responderam quatro vozes.

Espera, quatro?

Observei melhor e, escondido atrás de Florita, com uma cara desinteressada estava um pequeno garoto ruivo.

Ele era baixinho e magrelo, usava um casaco azul marinho simples e calça jeans. Surgindo de seus cabelos carmim e curtos, estava um fone de ouvido com um pentagrama desenhado dentro, ele estava mais interessado no seu celular do que no resto do mundo. Crianças de hoje em dia.

– Esse é meu irmãozinho. – Bufou Florita. – Auster, seja educado e cumprimente os outros!

– Mas eu cumprimentei, irmã burra. – Não levantou os olhos do aparelho eletrônico. Por mais que ele realmente tivesse nos cumprimentado, o menino parecia bem antipático.

– Não liguem pra ele... – Avisou Florita balançando a cabeça em desgosto. – Esse menino sempre teve um parafuso a menos. Quem mais iria ser viciado em matemática?

– Não ouse me ofender só porque você é burra.

– Não me chame assim, seu adorador de Pitágoras!

– Você simplesmente não entende a beleza das exatas!

– E você não entende a dos búzios!

– Você fala como se realmente soubesse ler alguma bosta dessas...

Laz levantou de onde estava e puxou a mim e a Adrian pelos braços:

– Vamos comprar alguma coisa. Eles estão nessa desde cedo.


–-x—


Com Boyolóvsky tendo que se arrumar com os irmãos encrenca, passeamos por algumas lojinhas vendendo bobagens à preço de ouro. Me satisfiz com o livro que trouxe de casa e um sanduíche natural embrulhado na minha mochila. Eu não gostava de aeroportos.

Certifiquei que minha mala tinha mesmo passado pelo Check-in e corremos de volta ao portão quando um mulher de voz nasalada anunciou nosso voo.

Adrian desapareceu logo depois e entramos no avião, enquanto eu observava entusiasmada a passarela envidraçada. Se tinha algo de belo em voar o avião, é ver as cidades de cima e observar os aeroportos – o da nossa cidade é feio -. O resto pode, sem brincadeira, ser mandado pro espaço.

Sentamos eu e Laz em um par de bancos – consegui a janela – e Florita e seu irmãozinho nas cadeiras opostas. Boyolóvsky sumiu. Pelo menos uma pessoa a menos pra lidar.

Tirando o fato de que quando se entra num avião, a viagem só é legal por duas horas – e a nossa durou 18 – a viagem passou tranquila, e eu ou dormi, ou olhei pro teto. Só coisas produtivas.

Acordei quando o avião pousou em Moscou, onde dava para ver a neve cair delicadamente do lado de fora. Me senti um zumbi, minha cabeça latejava e a boca estava ressecada. Vantagens de viagens aéreas.

Pegando um grosso casaco da minha mochila, saímos do avião e entramos correndo num pequeno ônibus, todos em um daqueles raros momentos em que multidões quentes são boas. O ônibus nos levou à parte principal do aeroporto, onde passamos pela alfândega para encontrar um parente de Boyolóvsky que nos esperava.

Adrian, como sempre, brotou do nosso lado como se fosse a coisa mais normal do mundo, mas não tive tempo de resmungar com ele, pois Boyolóvsky estava acenando pruma mulher grande e loira, de olhos limpidamente azuis.

Ela se aproximou correndo, pegando parte das nossas malas e abrindo um sorriso caloroso que nunca se esperaria de um russo.

Adrian se apressou e pegou uma das malas dela, já que não carregava nada. A mulher ergueu as sobrancelhas claras.

Non, pode deixar. – Improvisou um inglês arrastado e rouco.

– Sem problemas, eu consigo carregar também, está até leve. – Adrian retrucou, estranhamente educado e formal.

A russa abriu ainda mais o seu sorriso.

Que menino educada! Nem parece que tem um pênis!




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Notas finais do capítulo

Russos são estranhos... -_- Enfim, esse aí é um desenho que eu tinha feito há bastante tempo atrás do Auster o/ É o meu xodó, espero que tenham gostado e eu continuo não podendo postar regularmente, sorry Ç.Ç; também não pude revisar esse texto, se tiver algum, não hesitem em me avisar, seus linds.
Beijocas às diwas e poderosas:
Karu Okumura ( que finalmente vendeu sua alma pro animes, coitada. Tirei uma foto com uns cosplayes de Amaimon e Mephisto perfeitos, me inveje.)
bbcmomsen (fofosa ♥)
Sora (dos vídeos legais)
Cheeky (minha stalker linda ♥ Está aí o seu capítulo)
kagomechan (que ainda vai roubar o Adrian da Val se ela não ficar esperta)
Takanashi Saya (não mais carne nova entre os leitores, lol o/)
e a todos vocês lindos que leem, favoritam, e não me largaram apesar da minha falta de escrita.
Beijos pra vocês, seus divos ~sai rebolando~