Um Necromante No Meu Quintal escrita por Mel Devas


Capítulo 20
Decidindo Burrices


Notas iniciais do capítulo

Deusencredocéu!!! Meus amores (ok, isso soou mega titia-aperta-bochechas x.x), desculpem-me pela demora!!! Muito mesmo!! Ç.Ç Tipo, minhas aulas voltaram e não faz nem duas semanas e já estou me ferrando (mil trabalhos, sem livros didáticos ainda, provas marcadas e já estudando os malvados dos vetores no primeiro bimestre Ç.Ç). Enfim, vou parar de enrolação, me desculpem de novo, vou tentar continuar mantendo meu antigo ritmo, mas não posso prometer nada, pq estou com bloqueio tbm, boa leitura!!



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Chegamos em casa extremamente cansados, nem lembro exatamente quando a mansão Restart ficou à vista, mas posso te afirmar que a caminhada não foi nem um pouco fácil. E nem agradável. Hã? Estou fazendo estardalhaço demais? Provavelmente... Pelo menos poder sentir Adrian do meu lado e isso, sei lá, me deixava mais segura.

            Me obriguei a tomar uma ducha rápida pra não sujar minha cama de grama e suor e vesti um pijama limpo, despachei Adrian logo depois.

            Sentada na cama, me perguntei quando Adrian tomava banho. Se é que ele tomava banho. Céus! Tenho que perguntar para Florita sobre os hábitos higiênicos de Necromantes. Não que o Adrian seja fedido, ele simplesmente cheira que nem madeira, porém nunca vi ele tomando banho. Nem indo ao banheiro.

            Antes de sairmos à procura de Maldições em vales encantados farei uma radiografia para tentar entender como o corpo do Adrian funciona. Seria legal se eu também pudesse fazer isso com seu cérebro.

            Não demorei muito pra cair no sono, e finalmente percebi que toda a correria e bizarrice de hoje tinham esgotado minhas forças. Me pergunto se vai piorar.

            ---x---

            Abri os olhos sentindo o sol batendo neles e me incomodando. Eu realmente amo acordar aos domingos, sem mães gritando nem nada. Estiquei minhas pernas debaixo do lençol, esticando-as. Alguém murmurou ao meu lado.

            Não, leitor, não vou me dar ao trabalho de explicar que me virei e dei de cara com Adrian porque vocês já estão carecas de saber que sempre que é pra passar algum mico – ou dar uma de pervertida – o necromante está enfiado no meio. Se bem que eu já falei isso de novo. Bem, tanto faz, não é como se psicografar/ seja lá o que estou fazendo seja muito difícil.

            Ele grunhia, mas ainda estava dormindo, os cabelos pretos bagunçados e os cílios longos da mesma cor pareciam contrastar com sua pele branca mais do que o normal. Olhar ele assim e o achar tão fofo me faz sentir como seu eu fosse um príncipe encantado admirando sua bela donzela. E isso é bem estranho.

            Ele piscou os olhos e apressadamente fechei os meus, sem, é claro, deixar de pensar o porquê de eu ter reações tão imbecis e vergonhosas como essas. “É porque você é uma garotinha apaixonada, own”, disse uma voz na minha cabeça, talvez de quem esteja lendo essa porcaria que estou psicogrevendo. Lembre-se, eu já entendi que eu gosto dele, mas é mais fácil falar do que fazer, ok?

            - Valente... – Ele me chamou baixinho.

            - O quê? – Perguntei.

            Ele deslizou a mão gelada pelo meu rosto, acariciando-o e afastando alguns poucos fios de cabelo embolado no caminha, enquanto eu conseguia sentir minhas bochechas queimarem.

            - Aqui. – Ele cutucou um lugar específico. – É isso o que vocês chamam de espinha?

            Empurrei aquele engraçadinho babaca da cama, este caiu de bunda, reclamando, o que me fez rir.

            - Nunca fale mal da pele de uma garota. – Decretei, enquanto ele me olhava confuso, abrindo logo após um sorriso de aceitação.

            Desci as escadas em direção à cozinha com Adrian ao meu encalço, minha mãe raramente ficava em casa aos domingos, e fazia sabe-se lá o que.

Abri a geladeira alcançando um suco de laranja e alguns ovos e bacon. Adrian se sentou em uma das cadeiras de madeira da cozinha enquanto eu lavava os ovos e cortava a maravilha suína.

Antes que você quebre a cabeça tentando imaginar como é uma cozinha de uma mansão mal-assombrada, vou frisar que ela, por algum motivo, era normal. As paredes eram de azulejos brancos e azuis e os do chão pretos. A geladeira era branca também e o fogão cor de chumbo, enquanto a pia era de granito e metálica. Ou seja, uma cozinha perfeitamente normal. Tirando os adesivos coloridos que minha mãe grudou nos móveis, mas podia ser pior.

Fritei os ovos rapidamente e coloquei-os na mesa, enchendo um copo com o suco pra mim. Comecei a comer.

Um silêncio estranho e frio se instalou no recinto, não que Adrian fosse uma pessoa de muitas palavras, a começo de conversa, mas a quietude dele em geral era agradável.

Pigarreei.

- Adrian, o que faremos agora?

Ele me olhou por um momento, torcendo a boca.

- Eu tenho que ir atrás da Maldição, já decidi, irei assim que possível... – Falou num ar dramático de filme de faroeste.

Silêncio de novo. Assim que possível? Eu ia perder Adrian? Não, ele disse que nunca me deixaria, e nosso contrato também nos impede de nos separar...

- Vou tentar dar um jeito de desfazer nosso contrato. – Ele falou, como se lesse minha mente.

- Por quê? – Perguntei com a voz um tanto quanto esganiçada.

- Bem, vai ser melhor para você, me recuso a te arrastar no meio dessa coisa toda. Não vai se meter em perigo, e, além do mais, é o que você quer desde que fizemos o contrato, certo?

- Meu filho, eu fui arrastada pra tudo isso, o que é uma gota pra quem já está ensopado? E... Não precisamos desfazer o contrato agora... – Gaguejei. – Eu quero ir com você.

- Você tem ideia do quão retardado foi o que você disse agora?

- Não admito ouvir isso de você! – Repliquei, mal-humorada.

Ele sorriu e se levantou, apoiou-se sobre os joelhos ao meu lado e me abraçou.

- Você simplesmente não pode fazer isso, eu não vou deixar. – Afagou meu cabelo.

- Pois pode ir tirando o cavalinho da chuva, querido. – Me desvencilhei dele e, colocando os pratos na pia, subi os degraus da escada de volta ao meu quarto. – Você mesmo disse que nunca me abandonaria, o mesmo serve pra mim. Eu vou.

Bati a porta do meu quarto logo após de mandar um olhar zombeteiro de esguelha para o Necromante atônito.

Que venham as férias.


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Notas finais do capítulo

Ok, ok, admito que esse capítulo foi meio (meio? TOTALMENTE!) filler, mas não queria ficar sem postar x.x Bem, espero que tenham gostado e vocês não têm ideia da minha felicidade ao ver que ninguém me abandonou mesmo depois dessa demora Ç.Ç
Mil beijos e obrigados extras à:
Weird Soulless (que me faz inveja com sua plantação de maconha e eventos de animes)
Youkai (dos vídeos e histórias lindas e um tanto retardadas)
Takanashi Saya (seja Bem-vinda >ww<)
Neox(Rodriguete das inspirações)
e Cheeky (stalker linda ♥)
pelos reviews maravilhosos >ww
Até mais e ótimo sábado o/ (que eu já não acho tão ótimo pq eu estudo aos sábados)



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