Um Necromante No Meu Quintal escrita por Mel Devas


Capítulo 19
Droga, Não Vai Parar de Aparecer Cargos Estranhos?


Notas iniciais do capítulo

Oooooooooooooooi, pessoas!!!! Desculpem a demora, desculpa MESMO. Esse sábado eu reuni minhas vadias (amigas) aqui em casa (já que amanhã começam minhas aulas e no more vida social pra mim - não que eu tivesse muita), domingo fui num evento de anime e ontem ACABOU A INTERNET DE TARDE!! Ç.Ç Bem na hora que eu ia postar!!!
Mas enfim, boa leitura o/



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                “Demonhados?” Pensei. Só havia uma pessoa que falaria assim.

                Florita.

                Viramo-nos, dando de cara com uma ruiva bufando e Laz encolhido e com os olhos esbugalhados. Eu o entendia, pensar que o garoto que cheirou seu cabelo no primeiro dia de aula é um necromante deve ser mesmo bem desconcertante.

                Mas, por algum motivo, Florita estava bem com isso. Tudo bem, tudo bem, convenhamos que ela não era lá a pessoa mais normal, porém há um limite em encarar tudo de boa.

                Ela encarou divertida minha cara de confusão.

                - Lembra da primeira vez que nos conhecemos?

                - Sim, por quê?

                - Eu estava tentando derrotar Adrian, né?

                - Sim, apesar de até hoje eu não entender direito o que aconteceu.

                - Eu sou uma Hunter.

                Nos encaramos por uns minutos com o semblante sério. Ao meu lado, Adrian olhava meio confuso, mas sem real curiosidade e Laz já tinha sentado no chão e apoiado o rosto nas mãos, tentando assimilar essa doideira toda.

                - E o que raios seria isso?

                - Pela sua cara eu pensei que você já soubesse!! – Disse em um muxoxo. – Hunters, como diz o nome, são caçadores.

                - Que caçam...

                - Qualquer tipo de coisa, nós meio que somos pau pra toda obra. – Revirou os olhos. – É horrível, sabe, vivem desvalorizando nossa profissão, não posso aceitar isso! Cara, me diz, que outro tipo de organização treina PATOS?? Ah, acertou, NENHUMA! – A ruiva soltou uma enxurrada embravecida sem esperar minha resposta.

                - “Não, que os Hunters têm que fazer isso, têm que fazer aquilo... Eles que cuidam da sujeira” – Ela imitou uma voz nasalada e falou com a língua pra fora, como que enojada.

                - Hunter? Não li nada sobre isso... – Adrian interrompeu-a de seus devaneios.

                - É claro, querido, não podemos sair distribuindo panfletos por aí escrito “Você sabia que existem caçadores secretos para acabar com todos os problemas capirotais do mundo?”. Sabe, é secreeeeeeto.

                - E você acabou de contar para nós, não é mais secreto, Florita. – Opinei.

                - Vocês já sabem sobre necromantes, Maldições e Deus sabe mais o quê!

                - Sim, sim... – Concordei e depois disso, um silêncio pesado repousou sobre o local, o que me deu tempo pra pensar em umas coisas. Se Florita era uma Hunter (sabe-se que raios é isso) e sabe disso tudo.

                - Você sabia desde o começo que Adrian era um necromante!

                - Sim, descobriu sozinha? – Escarneceu. – Minha missão era apagá-lo, assim como toda a família que estava envolvida com esse caso da Maldição, mas ele não parecia mau de verdade então me matriculei na escola de vocês pra acompanhar seus movimentos. Calhou que pude até mesmo educar ele.

                - Então você meio que considera Adrian seu cachorrinho de estimação?

                - Tipo isso. Vem, Rex!! – Ela assoviou para o moreno. – Estou brincando, perdi no momento que fiquei apegada a ele. Mas tudo termina bem, minha missão era também achar um jeito de acabar com a Maldição, então vou ajuda-los e trabalho feito!

                - Céus, eles pediram pra acabar com a Maldição também? Que trampo, entendo o porquê de você reclamar tanto. – Admiti.

                - É que você não viu nada. A pena é que vou ter que largar a escola, finalmente consegui ir em uma como uma menina normal...

                - Você nunca tinha ido na escola antes? – Perguntei, espantada.

                - Não, Hunters ensinam os próprios filhos, mas como nunca fui muito interessada, acabei burra mesmo...

                - Isso explica tudo.

                Florita ficou quieta por um tempo, me olhando com uma cara magoada, mas não deu nem 2 minutos, ela explodiu em gargalhadas.

                - Só você pra me fazer rir agora! Amanhã a gente se fala melhor, que tal? Já basta de informação por hoje. – Apontou para Laz que nos encarava abismado. – Eu cuido dele, boa noite.

                Saiu quase que arrastando nosso Smurf.

                - Coitado... – Falei pra ninguém em especial.

                --x—

                Foi meio confuso voltar pra minha casa e não ajudou nada o piranhudo ter nos largado no meio do mato, não que minha mansão mal-assombrada-gay seja no meio da cidade, claro.

                Quem liderou a expedição foi Adrian, que, por algum motivo, não hesitava ao escolher uma direção – necromantes têm GPS interno? – e fiquei satisfeita em ficar atrás.

                Talvez você me pergunte se foi agradável, não, não foi, os mosquitos estavam me comendo viva. Malditas matas! Por que existe tanto verde onde eu moro? Falta pouco pra eu ser a favor do desmatamento.

                Quando saímos do matagal, nos vimos na estrada de uma serra. E, sim, não havia nenhuma calçada, talvez porque não eram pra pedestres estarem lá. Andamos em fila indiana no cantinho, tentando evitar ao máximo ser atropelados pelos poucos carros que passavam.

                São esses os malditos momentos que eu começo a refletir sobre tudo o que acontece comigo. Maldito porque quanto mais eu penso, mais fico confusa, a resposta é simplesmente aceitar tudo. Fazer um contrato com um necromante sem expressão, me apaixonar por ele, descobrir que tem uma besta maligna perseguindo ele, ter uma amiga maluca que tem um pato de estimação e é, na verdade, uma caçadora. Sempre que eu me questiono sobre isso, é quase como se não tivesse acontecido comigo. E o que aconteceria?

                Eu ia sair da escola? Largar minha mãe sozinha na nossa casa gay? Ir derrotar a cria do tinhoso aonde? São tantas perguntas sem respostas que me sinto como se estivesse fazendo uma prova de física.

                - Ei, o que é aquilo? – Adrian despertou-me dos meus devaneios. Ele apontava para uma barraquinha acoplada perto da mata e com algumas luzes. Devia ser alguma venda.

                Mais de perto, pude ver que eles vendiam cachorro quente lá, e logo pedi 2 pro velho com cara de tédio no balcão. E, realmente, haja paciência pra trabalhar num lugar vazio como esse. Por que porra de motivo vendem cachorro-quente no meio de uma estrada mesmo?

                Dei um dos cachorros-quentes para Adrian e voltamos a caminhar a ritmo de passeio. Os postes de luz ficavam mais escassos, revelando o negrume da noite. Será que minha mãe notou que eu estava fora?

                Olhando pro céu, observei o aglomerado estonteante de estrelas que decorava o céu. Raramente se encontrava por aí um lugar tão escuro, então fazia tempo que não via tantas assim. Pude perceber até mesmo as bordas azuladas da Via Láctea.

                Terminei de comer o colesterol em forma de salsicha e guardei os guardanapos no bolso para jogar fora depois, apressei o passo até ficar lado a lado com o moreno.

                - Ei, Adrian, o que vai acontecer com a gente agora?

                Ele me olhou por alguns momentos e comprimiu os lábios. Pegou a minha mão na gelada.

                - Não sei, mas não vou deixar nada acontecer com você.


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Notas finais do capítulo

Então? Forçado? Meloso demais? Sei lá, espero que tenham gostado >www
Eu fiz esse desenho há séculos atrás, mas só agora que eu tenho um computador de novo que eu scaneei. Eu quero pintar de aquarela tbm >ww< e, quem sabe, se ficar bom e vocês gostarem, usar de capa >www< (o único problema é que não deu espaço pro Teddy, tadinho >.>)
Bem:
Cheeky
Youkai
Weird Soulless
e Neox
muuuuuuuuuuuuuuuuuito obrigada pelos comentários fofos!! >ww



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