Arquivos Perdidos Os Legados Do Número 8 escrita por Well Number 8


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Ficou um pouco grande. Esse capitulo tem uma pequena parte que fala sobre o Livro (Arquivos Perdidos: Os Legados da Numero Seis)Espero que gostem XD.



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Voltamos para casa em silencio, nem parecia que há poucos minutos eu tinha manifestado meu segundo legado. Estava tão bravo com Reynolds que entro em casa e vou direto pro quarto e tranco a porta.

Sozinho, fico pensando em tudo que já aconteceu, minha primeira cicatriz, a viagem aqui, a viagem para Mumbai, o Mog, meu primeiro legado, no sonho que tive com Dois, Lola, meu segundo legado, meus sonhos, minhas sensações.

Reynolds me disse que meus legados se manifestariam quando eu tivesse quatorze ou quinze anos. Eu tenho treze e já tenho dois e vários sonhos que Reynolds não sabe ainda se pode ser um legado ou parte do feitiço que nos une. Era como se Lorien estivesse me preparando para algo. Perdido em meus pensamentos acabo dormindo.

No sonho vejo uma garota em uma quarto de hotel, ela parece ter minha idade, tem cabelos negros e olhos cinzentos. Ela estava chutando um inseto que estava em sua cama, vejo também uma mulher enrolada numa toalha saindo do banho. Alguém bate na porta e a garota corre para abrir e só agora reparo no colar que ela leva em seu pescoço, ela pertencia a Garde. Segundo antes da garota abrir a porta sua Cêpan grita: - Não... – mas era tarde demais um homem de bigodes e sobretudo preto entra e fecha a porta. Antes que garota grite ele desliza sua adaga pela cabeça dela.

Acordo assustado procurando minha terceira cicatriz, mas não a encontro. Abro a porta e vou até o quarto de Reynolds.

– Rey acorda. – Bato na porta.

– Que foi magrelo são 3:00am – disse Reynolds com cara de sono.

– Tive outro sonho, uma garota foi acertada por uma adaga bem em sua cabeça. Digo assustado.

Reynolds rapidamente levanta a barra da minha calça e não vê a terceira cicatriz.

– Graças a Lorien. – suspira.

– O que será que esse sonho significa?

– Bem se você não tem nenhuma cicatriz nenhum Garde morreu, talvez essa garota não fosse a Numero Três ou é uma visão do futuro. E se ela não é a Número Três e um Mog a acertou pode ter certeza que agora ele é um monte de cinzas – disse com um sorriso torto.

Deslizo pela parede até o chão e ponho a mão na cabeça.

– Está tudo bem? – pergunta Reynolds.

Fico em silencio por alguns segundos e digo:

– Estou com uma péssima sensação sobre Lola. Como você pode confiar nela tão rápido?

– Nós estamos sozinhos há tantos anos que eu esqueci o que é ter uma mulher a meu lado, Lola me lembra tanto Naya, dê uma chance a ela, você verá que ela é uma boa pessoa.

Olho para Reynolds e digo:

– Desculpe por ter mentido que havia visto Mogs e ter tratado Lola tão mal no restaurante ontem.

– Eu nunca te trocaria por ela, agora vai dormir que amanhã temos que treinar esse seu novo legado. – disse Reynolds passando a mão na minha cabeça.

Volto para o quarto e acabo dormindo o restante da noite. Acordo bem cedo para o meu mergulho matinal com Reynolds e para nossos treinos diários.

Durante o mergulho, Reynolds parecia distante, distraído, parecia que não quisesse estar ali.

– O que foi? Não está gostando do mergulho? – pergunto a Reynolds.

– Não é isso, é que estou pensando como te vencer numa corrida até o outro lado do lago. – disse com um sorriso.

– Deixo você ir na frente. – digo jogando agua em seu rosto.

 Quando estamos voltando pra casa, no caminho vejo que ele sempre está olhando para o celular e minutos antes ele havia mandado uma mensagem, parecia que estava esperando uma resposta, aposto minha Arca Lorica que era para Lola. Abro a boca para reclamar, mas prefiro ficar calado.

– Por que meus legados estão chegando rápido? – tento puxar assunto.

– Sei lá, talvez seja por seu ótimo treinamento comigo. – disse Reynolds que nem sequer tirou os olhos da tela do celular.

Reviro os olhos e com telecinese jogo uma pedra sobre umas aves que estavam reunidas na floresta. Reynolds me olha de rabo de olho e volta olhar para o celular.

– Porque você não gostou dela? – disse Reynolds.

– Não é que não gostei, só tive um mal pressentimento e ainda tenho sobre ela.

– Vou convidá-la para jantar com conosco hoje.

Faço uma cara de desgosto, mas aceito. Quando chegamos a casa, pergunto a Reynolds:

– O que vamos treinar hoje?

– Bem você precisa controlar melhor o destino do Teletransporte e melhorar muito sua telecinese.

– Está vendo aquela arvore ali? – disse Reynolds apontando para uma arvore grande.

– Sim.

– Vou jogar essa bolinha de tênis ali, você tem que se teleportar para lá e parar a bolinha com telecinese. Entendeu?

– Sim, vamos lá.

Reynolds joga a bolinha, me teleporto, mas vou parar de cara numa outra arvore e bato a cabeça e caio.

– Você tem que visualizar bem para onde você quer ir antes de se teleportar. – grita Reynolds dando risada.

– Só agora você me avisa. – digo passando a mão sobre minha cabeça.

Tento voltar para onde estava Reynolds usando o teletransporte, mas acabo parando no telhado de casa.

– Isso é muito difícil Rey. – digo.

Quando vou descer Reynolds disse:

– Espera! Desça daí levitando.

– Como faço isso?

– Use a telecinese, sinta seus pés e pernas e levante seu corpo e venha descendo devagar.

Tento fazer o que Reynolds me disse, estou levitando e descendo devagar do telhado de casa. Isso era mais fácil do que eu imaginava. O celular de Reynolds toca e acabo me desconcentrando e caio.

– Droga! – digo caído no chão.

Olho para Reynolds que fala no celular com um sorriso de orelha a orelha, só pode ser Lola. Passaram-se vinte minutos e ele segue no celular.

– Rey. – grito.

Ele me olha de longe e faz um sinal para que eu espere.

– Odeio essa mulher. – digo em voz baixa.

Quase uma hora se passa e decido não esperar mais. Vou seguir meu treino sozinho. Vejo uma arvore a mais ou menos dez metros, fixo bem meus olhos nela como um leão quando vai agarrar sua presa e me teleporto. Paro a centímetros de ganhar outro galo na cabeça.

– Quase. – suspiro.

Levanto uma pedra com minha telecinese e olho para uma pedra grande e alta á vinte metros de distancia. Lanço a pedra o mais longe e rápido possível em direção à pedra e me teleporto. Chego segundos antes da pedra e a paro a um centímetro do meu rosto. Olho para cima e vejo uma arvore de mais de cem metros de altura. Sou tentado a subir até lá, nunca fui tão longe. Me teleporto e caio numa floresta próxima entre uma onça e seus filhotes. Grito ao ver o animal. Ela ruge, eu me levanto rapidamente, mas ela foi mais rápida e arranhou meu braço rasgando minha camiseta, não sinto nada só um calor onde as unhas dela passaram e percebo que onça geme. Quando olho para sua perna, vejo a marca das quatro garras sangrando em sua perna. Mas ela não se dá por vencida e me ataca de frente com as patas abertas parecia que queria me abraçar, mas na verdade ela queria me devorar. Com telecinese consigo pará-la no ar, ela me olha assustada e eu dou um sorriso. Seus filhotes mordem meus pés tentando defender a mãe. Levanto todos com telecinese e os coloco longe de mim e os solto e vejo onça voltando mancando para seus filhotes. O que será que aconteceu? Só então me lembro do que Reynolds me disse sobre o feitiço que nos protege, foi muito bom saber que ele ainda funciona.

Olho para a pedra grande e alta que estava antes, a mais ou menos quarenta metros de distancia e penso: Quanto maior a distancia pior a precisão do teletransporte. Olho fixamente para uma arvore que estava mais perto e me teleporto, depois para a pedra grande e alta e finalmente para minha casa.

– Onde você estava? – Disse Reynolds. – Porque está todo rasgado e sujo? Estava preocupado.

– Talvez se você tivesse chamado a Lola pra me procurar você tivesse me encontrado.

– Naveen, também não é assim.

– Naveen? Você nunca me chamou assim.

Lola concordou em vir jantar aqui em casa hoje e não posso ficar te chamando de Oito.

Reviro os olhos.

– De uma chance a ela, lembra? – disse Reynolds.

Olho sério para ele e me teletransporto para o quarto. Da janela posso ver sua cara de assustado por ver meu progresso. Ele entra em casa e prepara o jantar.

Algumas horas depois Lola chega a casa e Reynolds corre para abrir a porta.

– Boa noite Lola, estava te esperando. – disse Reynolds beijando o rosto de Lola.

– Olá Naveen, tudo bem. – diz Lola quando me vê descendo as escadas.

– Olá. – digo com sorriso falso na boca.

Lola entra e me olha de um jeito diferente. Reynolds vai servir a mesa e me deixa sozinho com ela.

– Naveen você tem um pai incrível e sinto muito o que aconteceu com sua mãe. – disse Lola.

Reynolds deve ter inventado alguma mentira pra ela.

 – Obrigado. – digo.

– Olha eu sei que pode parecer um pouco estranho seu pai estar saindo comigo, mas saiba que estou gostando muito de conhece-lo e quero te conhecer melhor também e me desculpe se te ofendi tocando no colar que sua mãe de deu.

Olho para ela e sinto sinceridade em suas palavras por um momento penso que fui um mostro com ela e que não dei uma chance de conhecê-la melhor.

– Eu que peço desculpas por meu comportamento ontem, estava um pouco estressado.

– Não tem problema. – disse Lola com um sorriso simpático.

No jantar comemos e conversamos sem problemas. Lola nos contou como foi abandonada quando era criança por seus pais, ela esteve morando em orfanatos toda sua infância e adolescência e quando completou dezoito anos saiu e morou nas ruas até conseguir um emprego no mercado. Vejo que Reynolds estava bem comovido com a história de Lola, até eu estava, mas meus instintos estavam gritando para não confiar nela.

– Nossa já está tarde nem vi a hora passar. – disse Lola.

– Quer passar a noite aqui? – Disse Reynolds animado. – Naveen pode dormir comigo e você pode dormir no quarto dele.

Lola e Reynolds olham para mim como se estivessem pedindo minha autorização.

– Por mim. – dou de ombros.

– Então Ok, Naveen prepare o quarto para Lola enquanto tiro a mesa.

Olho para ele com cara de desanimo e levo Lola até meu quarto. Quando pego algumas cobertas para Lola vejo que ela está segurando minha Arca, ela tocando naquilo faz com que formigamento suba por minhas costas e sem perceber tiro rapidamente com telecinese a Arca das mãos dela que cai no chão.

– Ai meu Deus. – grita Lola.

– Cuidado com isso. – digo pegando a Arca do chão.

– Naveen me desculpa não queria derrubá-la.

– O que está acontecendo? – disse Reynolds chegando ao quarto.

– Eu estava segurando aquele baú e do nada ele saiu da minha mão parecia que alguém tivesse puxado. – disse Lola assustada.

Reynolds me olha com uma cara séria.

– Eu disse que isso não ia dar certo. – digo saindo do quarto.

– Lola nos desculpe, tudo isso é novo para ele, ele ainda é muito apegado as coisas que a mãe deixou para ele. O colar e esse baú são tudo que restou de memorias da mãe dele. Espero que entenda.

– Claro, eu que peço desculpas, tudo que não quero é incomodar. Estou gostando muito de você e quero que isso de certo.

Reynolds se aproxima de Lola e da um beijo. Quando ele volta pro quarto com um sorriso de orelha a orelha me diz:

– Você tem que ser mais discreto.

– Rey hoje tivemos um ótimo momento todos juntos, mas quando a vi segurando minha Arca fiquei tão furioso que aconteceu sem eu perceber. Eu estou tentando gostar dela, juro. Mas tem algo que não me deixa confiar nela.


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Notas finais do capítulo

eai Gostaram? Não se deixem enganar por Lola ela é do MAL D: rs... Por Favor Comentem é a unica maneira de saber se vcs estão lendo e gostando ou vice-versa. Até o próximo Capitulo XD



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