Arquivos Perdidos Os Legados Do Número 8 escrita por Well Number 8


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Bem é nesse capitulo que começa a parte mais sombria da historia. Espero que gostem XD.



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São 08:00am já tomamos café da manhã e já demos nosso mergulho matinal em um lago que encontramos perto de casa. Reynolds está do lado de fora de nossa casa me esperando para treinar. Quando vou desligar a TV para me juntar a ele, vejo uma noticia de um incidente em Londres, quando olho para o ônibus em chamas, reparo que era o mesmo que vi nos meus sonhos, quando o Cêpan da Numero Dois saiu atirando nos Mogs. A imprensa divulgou como atentado terrorista. Eles não fazem ideia da verdade. Saio com uma cara triste.

– O que foi? – disse Reynolds.

– Estava me lembrando do sonho que tive com a Dois.

– Eu sei que é difícil, mas se você não quer virar uma cicatriz no tornozelo do Número Nove, precisamos treinar. – disse duro.

Reynolds me mostra vários objetos. Tem uma pedra do tamanho da palma de uma mão, uma mesa de madeira, uma mala de viagem cheia de pedras e o nosso carro.

– O que vamos fazer hoje? – digo.

– Vamos testar a força da sua telecinese. – disse Reynolds.

– Levante aquela pedra.

Me concentro e facilmente levanto a pedra.

– Coloque a pedra no chão e levante a mesa.

Também a levanto sem problemas.

– Agora a mala. – disse Reynolds com um sorriso malicioso pensando que não ia conseguir.

Me concentro e consigo levantar alguns centímetros.

– Não está alto o bastante.

Me concentro mais e começo a suar, quando me dou conta a mala está a dois metros de altura.

– Esse é meu garoto. – diz Reynolds dando tapinhas nas minhas costas.

Dou uma risada me orgulhando de mim mesmo e de Reynolds que sempre esteve comigo durante esses anos. Não lembro do rosto dos meus pais, mas Reynolds disse que eles eram Gardes incríveis. Ele dizia que meu pai tinha o legado de se multiplicar e também podia hipnotizar os outros, já minha mãe trabalhava no hospital porque tinha o legado da cura e também podia controlar as plantas e a natureza. Sempre que tento me lembrar do rosto deles, o que me vem à cabeça é o rosto de Reynolds. Acho que eles estariam orgulhosos dele, assim como eu estava. Olho para Reynolds e digo:

– Obrigado.

– Obrigado por que magrelo?

– Ah, por ter cuidado de mim todos esses anos, um dia você me disse que via como seu filho, mas sou eu que te vejo como um pai, eu te amo.

Os olhos de Reynolds se enchem de lagrimas e ele me abraça forte.

– Te amo também, Oito.

– Está com fome? – disse Reynolds.

– Bastante.

– Mas preciso comprar algumas coisas, vamos comigo ao mercado?

– Vamos.

Quase não usamos o carro porque em Nova Deli tinha tanto transito e demoraria mais se fossemos de carro. Andamos por quase meia hora até chegarmos ao Sarojini Nagar Mercado, um dos melhores mercados em Nova Deli. Aqui se encontra de tudo, roupas, calçados, objetos de decoração para a casa, frutas, verduras e mais uma grande variedade de coisas. As ruas estão lotadas, vacas e elefantes são comuns andarem pelas ruas e algumas pessoas fazem sinal de reverencia quando passam por esses animais considerados sagrados aqui. Antes de entrar ao mercado vi uma grande estatua e em baixo estava escrito.

भगवान विष्णु ब्रह्मांड के रखरखाव के लिए जिम्मेदार (Vishnu deus responsável pela manutenção do universo)

O mercado é enorme, mas as lojas são muito pequenas e todas sempre lotadas. Vamos até a parte de frutas e legumes.

– Quanto custa essas mangas? – disse Reynolds.

– Sessenta e seis rupias o quilo. (R$ 2,50) – disse o mercador.

– Sessenta e seis rupias? Dou cinquenta. – respondeu Reynolds

– Sessenta. - disse o mercador.

– Cinquenta e cinco.

O mercador pensa e diz:

– Ok.

Rio vendo Reynolds negociando com o mercador.

– Em Lorien eu era um grande negociante, ninguém me enrolava.

– Convencido. – digo o empurrando com o ombro.

Enquanto caminhamos pelo mercado comendo manga Reynolds me contava mais sobre sua vida em Lorien, como conheceu minha família, seu casamento, Pittacus Lore, sempre com seu sorriso torto na boca. Até que ele para no meio do mercado e diz:

– Naya?

E vai até uma mulher morena de cabelos bem lisos e negros.

– Naya é você?

Quando a mulher se vira assustada.

– Naya? Acho que deve ser um engano. Meu nome é Lola. – disse estendendo sua mão para Reynolds.

– Olá Lola, meu nome é Reynolds. – disse com um sorriso que nunca tinha visto em seu rosto.

– Ficou louco? O que você esta fazendo? – chego e pergunto a Reynolds.

– Oi. – disse Lola estendendo a mão para mim.

No momento que seguro sua mão tenho uma péssima sensação, pior até que quando encontramos aquele mog e sabia que essa mulher era problema.

– O nome dele é Oi... Naveen – disse Reynolds.

– Olá Naveen, meu nome é Lola.

Olhei para seus olhos castanhos claros e não disse nada.

– Vamos Rey está ficando tarde para o almoço.

– Que tal almoçarmos por aqui? Lola pode nos acompanhar se ela quiser.

Ela nos olha surpreendida e dá um sorriso tímido e aceita o convite. Lola vestia um vestido laranja com estampas de flores, não tinha muita maquiagem ou enfeites, parecia que ela trabalhava no mercado. Da pra ver na cara de Reynolds que ele está gostando dessa mulher, ela deve se parecer com a esposa dele em Lorien, porque ele a chamou de Naya. Desde o primeiro momento que a vi já percebi que não podia confiar nela.

– Vamos sair dessa bagunça – disse Reynolds.

Vamos até um restaurante muito fino e minha cara está claramente desgostando de toda aquela situação. Mas Lola parece estar adorando toda essa mordomia, parece que ela gosta de dinheiro.

– Por que está com essa cara? – disse Reynolds.

– Você nem conhece essa mulher e já está levando ela pra almoçar, pode ser uma armadilha dos Mogs.

Reynolds faz uma cara de desprezo.

– Como essa linda mulher pode ser um Mog? Parece até que você está com ciúmes.

Estranho a reação de Reynolds e isso só confirma minhas suspeitas, Rey estava mesmo apaixonado por uma humana que ele conheceu faz dez minutos. Não respondo nada e entro no restaurante. Reynolds se senta ao lado de Lola e eu do outro lado da mesa, fizemos nossos pedidos, mas ainda tem um clima pesado na mesa.

– Você está em que ano Naveen? – disse Lola tentando quebrar o gelo.

– Eu não estudo. – respondo seco.

– Não estuda?

– Eu ensino ele. – interrompe Reynolds.

– Hum, você é professor? – disse com um sorriso sedutor.

– Sim, mas atualmente só dou aulas particulares. – responde Reynolds também sedutor.

Reviro os olhos.

– Vou ao banheiro. – digo tentando escapar daquela cena.

– Não demore os pratos já serão servidos. – Disse Reynolds.

No banheiro lavo o rosto e me olho no espelho. Quem será essa Lola? Por que tenho essas sensações? Será que podemos confiar nela? Acho que não. Não quero voltar para mesa, mas mesmo assim acabo voltando. Quando volto vejo Reynolds falando algo no ouvido de Lola e logo depois tenta dar um beijo em sua boca, ela afasta o rosto, mas depois devolve o beijo. Enquanto eles se beijam tenho outra sensação de que Lola é não é confiável. Ah, Rey como você pode beijar uma mulher que acaba de conhecer, penso. Volto para a mesa com a pior cara possível.

– Temos que ir. – digo a Reynolds.

– Ainda nem começamos de comer.

– É urgente. Eles estão aqui. – Menti.

Reynolds arregala seus olhos e diz:

– Aonde?

– Eles quem? Do que estão falando? – disse Lola.

Não sei o que responder, nunca fui bom com mentiras.

– Naveen onde? – disse serio.

Reynolds percebe que estou mentindo e se levanta e me leva pra fora.

– O que está acontecendo com você? – disse Reynolds.

– O que está acontecendo com você? – retruco – Essa mulher é problema.

– Como você sabe disso? Você nem a conhece. – disse Reynolds.

– Nem você.

Reynolds abaixa a cabeça.

– Pera ai. Você já a conhecia?

Coloco a mão na cabeça e digo:

– Agora tudo faz sentido. Foi por ela que você quis voltar quando estamos em Mumbai. Você nos colocou em perigo por causa dela. Temos que ir embora daqui o mais rápido possível. – digo bravo.

– Dias antes de irmos para Mumbai eu a vi no mercado, ela estava vendendo umas frutas. – disse Reynolds.

– E aquela cena toda no mercado foi mentira?

– Não. Depois que voltamos, tenho ido ao mercado todos os dias para tentar reencontrá-la, mas nunca mais a vi até que a encontrei hoje. Ela me lembra tanto minha esposa.

Olho para Reynolds e sinto que ele está sendo sincero comigo.

– Rey, mas você mesmo me disse que era perigoso confiar nos humanos.

– Lola é uma boa mulher. Vamos dar uma chance a ela.

Assento com a cabeça mesmo quando meus instintos estão gritando para não confiar nessa mulher. Voltamos para o restaurante.

– Está tudo bem? – disse Lola.

– Agora sim. – responde Reynolds.

– Bonito colar, o que significa esse símbolo? – disse Lola olhando para meu colar.

– Minha herança...

– É o brasão da nossa... – Reynolds responde junto comigo.

Todos nos olhamos e ficou claro que aquilo era uma mentira.

– Bonito. – disse Lola estendendo a mão e tentando pega-lo, mas rapidamente seguro sua mão e digo:

– Não toque nisso. – digo olhando dentro de seus olhos.

Lola arregala seus olhos pelo susto e me encara como se me estivesse desafiando. Esse foi nosso primeiro atrito.

– Naveen solte Lola. – disse Reynolds.

– Nossa você é bem fortinho. – disse Lola passando a mão sobre seu pulso.

– Desculpa Rey não consigo fazer isso. – me levando e saio.

Reynolds anota algo em um guardanapo e entrega a Lola e dá beijo em seu rosto. Quando ele sai do restaurante é notória sua raiva.

– Está satisfeito agora?

– Estou.

Vamos andando por uma rua muito movimentada, ando muito bravo a alguns passos atrás de Reynolds que reclama muito por ter deixado Lola sozinha no restaurante. Ele estava reclamando demais que nem percebeu que o semáforo para pedestres estava fechado. Ele caminha bravo pela rua e vejo um caminhão grande vindo bem rápido na direção de Reynolds e grito:

– Rey, cuidado.

Estava muito longe e por mais que eu corresse rápido o caminhão chegaria primeiro, mas ainda sim começo a correr e sem perceber apareço na frente de Reynolds e o empurro para perto na calçada. O caminhão passa buzinando e algumas pessoas perguntam se estamos bem. Para minha sorte ninguém percebeu o que eu tinha feito.

– O que aconteceu? – Pergunto a Reynolds.

– Você não percebeu?  Você manifestou outro legado, teletransporte. – disse Reynolds com uma cara de assustado e logo depois com seu eterno sorriso torto. 


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Deixe seu comentário dizendo o que achou e se vc odiou Lola como eu Coloque #odieiLola ;) Até o próximo Capitulo.



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