Arquivos Perdidos Os Legados Do Número 8 escrita por Well Number 8


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO NESSE CAPITULO TEM SPOILER SOBRE O LIVRO LEGADOS CAÍDOS (Fallen Legacies). Nesse capitulo fiz uma pequena homenagem ao personagem que minha amiga Ella fez A NUMERO 5 *--*. Espero que gostem XD.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/307467/chapter/7

Estamos no aeroporto de Mumbai. Nosso voo sai as 07:00pm. Somos os últimos a entrar no avião, todas as cadeiras já estavam ocupadas, menos duas que estavam no fundo do avião. Olho para cada passageiro tentando identificar algum Mog, mas todos parecem ser normais.

– Acho que o voo está seguro. - Disse Reynolds.

– Aquele Mog parecia ser uma pessoa normal, lembra? – digo alertando-o.

– Fique calmo e descanse um pouco.

Encosto no banco e durmo. No sonho vejo uma sala grande, parecia uma sala de conferencias. Havia dezenas de homens em uma mesa e outro homem do centro dela. Seus olhos eram tão negros quanto à noite e percebo que todos eles são Mogadorianos. Atrás dele tem uma foto de um homem de mais ou menos quarenta anos.

– Este homem se chama Conrad Hoyle. Seguindo informações de nossas fontes ele é Lorieno, um Cêpan. – disse o homem que estava no centro, parecia ser um General.

Meu coração para, como estou vendo tudo isso? Ele será o Cêpan de quem? 

O General aperta um botão e mostra uma casa em chamas e disse que Conrad estava lá, mas conseguiu escapar. Depois mostra uma foto dele em um trem, a foto não tinha muita qualidade parecia que fora tirada de um celular.

– Cremos que Conrad está separado de sua Garde, que é nosso objetivo principal. Segundo nossas fontes é uma menina e tem de dez a treze anos. Ele está indo para Londres e deve ter um lugar seguro para se encontrar com a garota. – disse o General.

Vejo um ônibus vermelho de dois andares e lá dentro está Conrad. Logo depois vejo uma explosão e um homem sendo jogado pra fora e logo se transforma em cinzas. Os Mogs atiram no ônibus que começa a pegar fogo e Conrad desce com duas metralhadoras nas mãos. Uau os Cêpans são incríveis, penso.

Varias pessoas normais estão correndo para longe e escuto sirenes de carros de emergências. Conrad está atirando tudo o que tem nos Mogadorianos. A cena muda para uma casa e vejo uma garota de óculos com o cabelo castanho-avermelhado, escrevendo uma mensagem no computador, minutos depois sua casa está cheia de Mogadorianos.

Reynolds me acorda assustado por que estava falando e até chorando enquanto dormia.

– O que aconteceu? Por que está chorando?

– Acho que eles encontraram a Nume...

Sinto uma dor terrível em meu tornozelo direito. Uma dor que já conhecia. Mais um Garde, mais um companheiro estava morto. A fila havia andado e eu estava mais perto do meu destino de enfrentar os Mogadorianos. Olho para Reynolds que já sabia que isso significava. Ele olha pros lados e vê que o banheiro estava vazio.

– Vamos para o banheiro. Consegue andar?

Não consigo responder pela dor. Reynolds me pega no colo e me leva para o banheiro do avião.

– Algum problema senhor? – disse a comissária de bordo.

– Não senhora, ele está um pouco enjoado – mentiu.

– Mas senhor, vocês tem que voltar para seus lugares, já vamos começar a pousar e vocês precisam estar nos seus lugares.

– Já estamos indo.

– Se o senhor deseja, posso conseguir uma sacolinha para o caso dele enjoar outra vez.

Quase não consigo andar, mas voltamos para nossas cadeiras. A comissária me vê e pergunta:

– O que ele tem?

– Nada, é a primeira vez que ele está viajando, só está um pouco nervoso.

– Posso ajudar em algo?

– Claro. A senhorita pode me trazer uma garrafa com água e um pouco de gelo, por favor? – disse Reynolds.

– Como desejar senhor.

Quando a comissária dá as costas, Reynolds levanta a barra da minha calça e pergunta:

– Com o que você sonhou?

– Dessa vez foi diferente Rey. Vi tudo antes de acontecer. Com a Numero Um foi depois, mas com a Dois eu vi tudo antes, vi o Quartel General dos Mogs. Eles acharam o Cêpan e depois acharam a menina. – digo chorando.

– Fique calmo, daqui a pouco estamos chegando em casa.

A comissária volta com água e gelo. Reynolds molha um pano que tinha em sua bolsa, enrola o gelo em volta e coloca na minha perna. Posso ver o gelo derretendo pelo calor da cicatriz.

– Foi por isso que não apareceram mais Mogs no circo, eles devem ter ido atrás da número Dois. – disse Reynolds.

Olho para Reynolds e digo:

– Por que tenho esses sonhos?

– Talvez possa ser um legado que não tínhamos percebido. Porque geralmente a telecinese é a segunda a se manifestar, mas não é uma regra. – diz Reynolds terminando de colocar uma gaze com uma pomada no lugar da cicatriz.

– Esse deve ser o pior legado de todos, saber o que vai acontecer e não poder fazer nada.

– Em Lorien havia poucos Gardes com esse legado e eles faziam coisas extraordinárias. Esse legado é extremamente difícil de controlar.  Exige muito treino e concentração, somente Pittacus Lore controlava esse legado perfeitamente.

– Sejam bem vindos a Nova Deli – diz o piloto pelo autofalante.

Desembarcamos e fomos rapidamente para casa em silencio.

– Foi uma viagem e tanto essa? – disse Reynolds tentando me alegrar.

– Não quero piadas hoje Rey.

Ele me olha serio e vê que estou muito abalado.

– Hey, a culpa não foi sua. – disse me abraçando de lado.

– Foi sim, se não tivesse tido essa péssima ideia de ir para Mumbai, você não teria sido ferido, os Mogs não nos encontrariam...

– E nós não descobriríamos seus legados. – me interrompe Reynolds – Oito agora que você finalmente desenvolveu seus legados precisamos treinar muito para nos encontrar-nos com os sete que ainda vivem, não podemos deixar mais ninguém morrer. Temos que treinar sua telecinese, sua força, velocidade e também seu preparo emocional. Você não pode travar como você travou contra aquele Mog. Sem contar que precisamos ter certeza que essas visões são mesmo um legado. – disse Reynolds.

– Eu vi também outra garota.

– Que garota?

– Outra de nós, ela era loira e tinha os olhos verdes, estava dentro de um carro e uma mulher parecia estar gritando com ela. Quando garota saiu brava de dentro do carro e bateu a porta, ela ficou completamente destroçada parecia que um caminhão tivesse acertado a porta carro.

Reynolds dá um sorriso e diz:

– Super força.

Abaixo a cabeça triste.

– Eu devo ser o mais fraco de toda a Garde.

Reynolds me abraça e diz:

– Você é mais forte do que imagina, talvez até mais forte que todos os Nove.

– Como assim? – pergunto confuso.

– Não posso te falar agora, isso pode atrapalhar seu treinamento. Mas saiba que você é muito forte. Seu avô era um grande amigo de Pittacus Lore e aprendeu muitas coisas com ele. Pittacus sempre conversava com seu avô sobre os sonhos que ele tinha com Setrákus Ra.

– Quem é Setrákus Ra?

– Ele é o Líder Mogadoriano que planejou e liderou a invasão a Lorien e que agora está nos caçando. – Disse Reynolds contando toda historia que ele conhecia sobre Setrákus Ra.

Quando escuto essas palavras sinto um formigamento em minhas costas e digo:

– Rey quero ficar forte e destruir esse tal de Setrákus Ra e todos aqueles vermes Mogadorianos.

Reynolds dá um sorriso torto.

– Era isso que estava faltando em você. Raiva. Agora podemos nos preparar melhor, mas primeiro temos que fazer uma coisa.

Ele pega uma mesa e me desafia pra queda de braço.

– Quer descobrir o que tem dentro da Arca?

Imediatamente me sento a sua frente e entrelaçamos nossas mãos. Começo colocando toda minha força e chego aos mesmos cinco centímetros da vez anterior e Reynolds começa e se recuperar e a vencer.

– Raiva, magrelo. Cadê a sua raiva?

Penso no dia da invasão, Malque me chamando de esquisito na Turquia, na morte de Um e Dois, do Mog em Mumbai, Setrákus Ra e sem perceber coloco a mão de Reynolds com tanta força sobre mesa que ela até se racha.

Reynolds dá um sorriso de orelha a orelha apesar da dor que está sentindo.

– Sabia que você não iria me decepcionar.

– Posso ver o que tem lá dentro agora?

– Agora sim.

Reynolds pega a Arca e me chama para abri-la junto com ele. Quando ele abre só reconheço a pedra da cura, vejo mais algumas pedras, um cristal verde, um anel de vidro, uma galho torcido, um pano preto que quando toco brilha em azul e vermelho.

– É só isso? Cadê as armas, facas e bombas? Quando eu ver um Mog vou atirar essas pedras nele até ele morrer? – brinco.

– Calma, você viu ontem o poder que essas pedras tem.

Busco mais coisas e vejo uma peça fina de ouro do tamanho de um lápis.

– O que isso faz? – digo apontando.

– Isso aqui é incrível. Você vai adorar. – Reynolds me atira o objeto. – Segure-o em cima da sua cabeça e balance como se fosse uma varinha.

Vejo que o objeto se expande para baixo como se fosse um rolo, ficando do tamanho de uma porta.

– Uau. E agora?

– De um passo para trás e fique diante dela. – disse Reynolds.

– Ok.

– Faça algum movimento. Melhor, como isso é um treino faça polichinelos.

Começo fazer polichinelos em frente da porta e vejo um reflexo meu fazendo a mesma coisa.

– Uau Rey isso é um espelho. – digo irônico.

– Pare de se mexer.

Para minha surpresa vejo que meu reflexo segue fazendo polichinelos.

– Isso é incrível. Como isso se chama?

Reynolds coça a cabeça e ri. 

– Eu esqueci.

Rio junto com ele e digo:

– Que tal Duplicador?

Ele assente com a cabeça.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar. Próximo Capitulo o segredo de Reynolds será revelado (mas acho que todo já sabe rs...)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Arquivos Perdidos Os Legados Do Número 8" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.