Arquivos Perdidos Os Legados Do Número 8 escrita por Well Number 8


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá Lorienos esta aí o capitulo 6 com um pouco de ação e muito ensinamento para o Numero 8. Espero que gostem XD



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Todos estão olhando fixamente para mim, quando vejo isso perco a concentração e as facas caem no chão. O primeiro atirador e o apresentador me olham incrédulos. Reynolds me olha com um olhar assustado e orgulhoso ao mesmo tempo e começa a bater palma e toda a plateia o segue aplaudindo ainda sem entender o que aconteceu.

– Senhoras e senhores esse foi nosso número surpresa, espero todos que tenham gostado - diz o apresentador também sem entender oque tinha acabado de acontecer.

Quando me dou conta vejo que o mog já não esta mais no palco. Vejo Reynolds correndo em direção da saída e desaparece. Forço as correntes que estavam me amarrando e elas se quebram como se fossem de papel. As assistentes me olham assustadas e me dou conta que havia ficado muito exposto. Essa viagem estava custando muito caro. Corro atrás de Reynolds e em segundos estou fora do picadeiro. Na parte de trás do circo vejo sinais de luta e sangue em alguns lugares, talvez Reynolds estivesse ferido.

– Rey? – grito.

Escuto barulhos de caixas caindo e corro até lá e do nada vejo a adaga de Reynolds vindo em direção da minha cabeça. Graças a meus treinos com Reynolds consegui desviar. O mog vem correndo em minha direção, fico congelado, não sei o que fazer. Aquele era o momento da verdade, o momento que eu havia treinado todos esses anos, eu tinha um Mogadoriano bem na minha frente querendo me matar e não sabia o que fazer. Quando de repente vejo uma vara, dessas que os equilibristas usam, atravessar o peito do mog que em alguns segundos depois se transforma em um monte de cinzas.

Reynolds me olha sangrando pela boca.

– Você está bem? Ele te feriu?

– Não. Mas você está sangrando.

– Ele cortou minha perna e acho que minha artéria também. Pressione aqui - disse Reynolds gemendo e apontando para o ferimento em sua perna.

Pressiono com força e Reynolds geme de dor.

– Na arca tem uma pedra que pode me curar - disse Reynolds.

– Onde ela esta?

– Encima daquela arvore, escondida – apontou.

Começo a me levantar e Reynolds diz:

–  Espere! Mas você não pode soltar o ferimento, acho que não aguentaria a hemorragia - disse preocupado.

– O que eu faço então?  Vou ficar vendo você sangrar até a morte? - digo bravo.

– Eu vi o que você fez hoje, estava incrível, até que enfim sua telecinese apareceu - disse com seu sorriso torto.

– Se concentre naquela árvore, sinta tudo o que está ligado a ela, sinta os galhos, as folhas, a raiz embaixo da terra, até os insetos que moram nela e num galho do lado esquerdo você vai sentir uma caixa, essa é nossa Arca.

Faço tudo que Reynolds está me dizendo.

– Uau! Que incrível.

– Se concentre. - disse Reynolds.

Sinto a Arca e logo ela está alguns centímetros acima da arvore.

– Ótimo, agora traga ela até aqui - disse Reynolds.

Pouco a pouco a Arca vai se acercando de onde estamos e a coloco no chão.

– Segure o cadeado comigo.

Sinto novamente o metal ficar quente e o logo o cadeado dá um estalo e se abre. Curioso, tento olhar outra vez o que tem dentro da Arca.

– Ainda não. – disse Reynolds

– Você disse que quando meu primeiro legado aparecesse eu poderia ver o que tinha ai dentro.

– Essa era a regra antiga, a nova, você tem que me vencer na queda de braço, esqueceu? – disse com um sorriso na boca. Às vezes eu me surpreendia com a capacidade dele de sorrir em horas de crise, em todas as ocasiões ele sempre tinha um sorriso no rosto.

– Ok, quando chegarmos em casa. – respondo.

Reynolds tira de dentro da Arca uma pedra plana e escura. E coloca na minha mão.

– O que isso faz?

– Coloque no meu ferimento.

Coloco sobre o ferimento de Reynolds que começa a gritar muito e a tiro.

– Não tire.

Coloco outra vez sobre o ferimento e olho com espanto o ferimento sendo cicatrizado. Reynolds está suando e pela sua cara, está sentindo muita dor.

– Essa pedra pode curar qualquer ferimento, desde que seja feito com intenção de matar ou ferir. E quem está sendo curado sente o dobro de dor que o ferimento causou.

– Nossa. – falo com espanto.

– Temos que ir embora daqui o mais rápido possível – disse Reynolds se levantando. – Aquele Mogadoriano talvez não estivesse sozinho.

– Como ele nos achou?

– Não sei bem, um dia na nave escutei algo de nos comunicarmos pelas arcas, mas isso agora não é importante temos que sair daqui urgente.

O céu estava nublado e estávamos na época das monções, não demora muito para uma chuva forte cair sobre nossas cabeças. Corremos em direção a um celeiro que estava perto do Circo e ficamos escondidos. Era um celeiro grande, mas parecia abandonado, tinha muitas goteiras e estava bem sujo.

– Ninguém merece essas goteiras. – digo.

Reynolds olha para o teto e diz:

– A mente é como um musculo, se sua mente for forte, sua telecinese será forte também. Olhe para o teto, se concentre, sinta tudo, as telhas, a madeira, a água batendo do telhado, como se você estivesse tocando nelas. Quantos buracos tem esse teto? – me pergunta.

Demoro um pouco contando e digo:

– Contei oitenta e cinco, por quê?

– Tape todos.

– Todos? – digo surpreso.

– Encontre um por um e os tape.

Na primeira vez meu máximo foram cinco buracos, depois quinze, trinta, cinquenta, setenta até que consegui tapar todos.

– Até que isso não foi tão difícil. – digo.

Reynolds começa a tentar me distrair, jogando palha no meu rosto.

– Concentre-se. – ele disse.

– Por que estamos fazendo isso agora? Pensei que estávamos fugindo dos Mogs.

– E estamos, mas talvez precisaremos da sua telecinese.

A chuva fica mais forte e não consigo mais tapar todos os buracos e as goteiras voltam.

– O que vamos fazer quando eles nos encontrarem?

– O plano é simples vamos matá-los e depois fugir. – disse Reynolds com um sorriso sarcástico.

Passaram-se quase uma hora. A chuva já havia parado e nenhum sinal dos mogs.

– Acho que ele estava realmente sozinho. – digo.

– Alguma coisas está errada, essas pragas nunca estão sozinhas. Temos que voltar para Nova Deli.

– Vamos voltar para Nova Deli? E se eles nos seguirem até lá? – digo com uma cara de espanto.

– Eles não vão nos seguir. Nosso voo sai as 7:00pm. – disse Reynolds.

Tenho a mesma sensação de quando vi o mog pela primeira vez.

– Nova Deli é segura e nossa casa também. – disse Reynolds.

Estranhei esse desejo dele querer voltar pra Nova Deli.

– Por que você quer voltar?

– Nada em especial, só gostei da cidade, da nossa casa, do mercado. – disse com seu sorriso torto.

– Rey acho que voltar é arriscado.

– Seus legados já começaram a aparecer e precisamos de um lugar reservado para treinar. As montanhas atrás da nossa casa são perfeitas para nossos treinos e em Nova Deli não tivemos nenhuma suspeita de que os Mogs estavam nos seguindo. Perder-nos na multidão se lembra do nosso plano?

Nesse momento tive uma sensação de que Reynolds estava escondendo algo de mim e que algo terrível estava para acontecer.


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Notas finais do capítulo

O que será que Reynolds está escondendo? Porque ele quer voltar para Nova Deli? Próximo Capítulo como o Oito pressentiu ALGO TERRÍVEL ACONTECERA DDD: rs... quero agradecer a todos que estao acompanhando a fic e não se esqueçam de comentar o que estão achando ou se faltou algo. Até o próximo Capitulo XD



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