Danger moon escrita por Patricia Guimaraes


Capítulo 12
Os clichês estão definitivamente fora de moda.




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Depois do almoço, fui para a aula de biologia, que igual as outras foi trivial. Durante a aula eu me sentia ansioso pela última aula: educação física, cujo professor era o melhor de todos, meu padrinho Sirius Black.

Sirius é amigo de infância dos meus pais, eles estudaram junto em Hogwarts, e logo depois ele se formou em educação física na faculdade, e o fato mais surpreende foi ter se casado depois. Na juventude, meu pai contava que Sirius dizia que nunca ias se prender a ninguém, que era um espírito livre, até conhecer minha madrinha Marlene, que era a melhor amiga de minha mãe, diga-se de passagem. Eles casaram e logo depois tiveram a Aria, uns anos mais tarde vieram para Forks alegando que queria uma vida em uma cidade pequena e tranquila. Meu pai chegou mais tarde, depois da morte de minha mãe, quando ele precisou do melhor amigo e de uma cidade calma e impassível, sem a correria de Londres.

—Cara?- Tom chamou a minha atenção – Como é em Londres?- eu e ele havíamos engatado uma conversa sobre a minha vida no pais europeu, falamos sobre Hogwarts, sobre minha irmã casada com meu melhor amigo, praticamente tudo antes do acidente .

— É ótima sabe? Tão sem sol quanto aqui- brinquei, tentando prestar atenção no caminho para o ginásio, onde seria nossa próxima aula- é fria, tem muitas pessoas, até demais e...- parei de falar ao avistar a menina de cabelo alaranjado  andando em direção oposta à nossa.

Virginia Cullen, mesmo sem intenção nenhuma chamava novamente minha atenção, seus olhos com pupilas vermelhas me intrigavam, eram marcantes... acho que essa seria uma boa palavra para definir a ruiva.

— E sem ruivas de olhos vermelhos que te deixa babando- falou uma voz ao meu lado, que eu já conhecia muito bem.

— Sirius!- exclamei

— Professor Black aqui !- fingiu brigar, rindo –  você precisa de um balde aí ?

 Acabei ficando sem jeito pela fala do meu padrinho, se já não tivesse tão frio, poderiam dizer que as cores do meu rosto eram por causa disso. Mesmo assim voltei a minha atenção novamente a ruiva.

— Cara, vai com calma ! vai deixar a garota seca- falou tom me dando uma cotovelada e rindo logo em seguida.

 -Virginia Cullen, boa garota, mas é bem marrenta. Você não nega seu sangue Potter, não é Harry?- perguntou Sirius

—Desiste cara, parece que aqui nenhum garoto é bom o suficiente para ela – com a conversa dos dois, eu agradecia internamente da menina estar longe o suficiente para ela não escutar, mas logo depois que tom falou, os lábios dela se puxaram em um disfarçado sorriso de canto e eu me questionei se era possível ouvir daquela distância.

—Vamos a aula de vocês já vai começar- dei- me por vencido, dando as costas a ruiva e seguido meu caminho para ao ginásio.

Sirius era um bom professor como eu imaginei. Não era muito difícil, ele era o tipo de pessoa que estava sempre animado e muito brincalhão , muito raramente você o via bravo ou chateado com algo ou alguém. A vida para ele era um filme de comédia com um eterno final feliz, deve ser por isso que ele tem uma facilidade imensa de fazer amizade com todo mundo. Não me surpreenderia, se ele fosse amigo de todos na cidade.

Na aula, jogamos futebol, eu já sabia de letra, era comum jogarmos em Londres. Em Hogwarts, no meu último ano, eu tinha até ganho a vaga de capitão do time e conseguimos até ganhar a taça do torneio.

Quando a aula foi encerrada, paramos de jogar e a maioria da turma foi para os vestiários trocar de roupa e usar o bebedouro , que ficou lotado com uma fila enorme, por isso decidi usar o bebedouro de fora.

Abri a porta para sair do ginásio e o frio começou a pinicar minha pele molhada de suor.

— Harry – Tom me chamou, olhei para trás, mas continuei andando, pois, minha garganta pedia desesperadamente por água, por isso não prestei atenção e trombei em alguém que vinha do lado oposto.

—Desculpa-pedi ao virar a cabeça para o lado e pude ver os olhos vermelhos me encarando.

O seu olhar estava agressivo, quase hostil, mas havia um pouco de insegurança. Suas mãos se fecharam em punhos e seu corpo enrijeceu, seu olhar me analisava vagarosamente, como se me checasse demorando mais na área do pescoço , voltando imediatamente para os meus olhos depois.

— Está tudo...- antes que pudesse terminar ela se ergueu mais rápido que pude contar e foi embora  me deixando falando sozinho.

—Cara, o que você fez com a Cullen? Achei que ela ia te matar – aproximou-se Tom

— Eu não sei, a gente só se esbarrou-

— é, os clichês estão definitivamente fora de moda.

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POV Gina.

‘’você sabe que eles vão te matar quando te acharem ‘’ resmungou Reneesme na minha cabeça pela milésima vez, então ignorei-a novamente. A vista de onde eu estava era bonita e calma, não queria ninguém me perturbando como meus irmão constantemente faziam, os eventos do dia já tinham me deixado bastante perturbada. Encontrar o menino de olhos verdes, com o sangue correndo rapidamente pelas veias e deixando-o apetitoso o bastante para minhas presas nascerem sem permissão e me assustar.  ‘’O que raios aconteceu comigo?’’ eu realmente não sabia responder, por isso não queria nada além de paz naquele momento.

Quando o volvo prata apareceu, sabia que a paz havia acabado. Meu pai saiu do carro e olhou me procurando, não demorou muito ele me achou em cima da árvore. Ele sorriu e mandou eu descer sem falar nada.

Desci e fomos para o carro sem falar nada. Até que ele quebrou o silêncio.

—Onde esteve esse tempo?

—Você já sabe a resposta-

— é tudo por causa do garoto?-

—Encontrei o vovô no hospital, ele me falou que você também ficou assim por causa de uma garota-

—Sim, mas nunca tomei essa decisão-

— Mentira, você quis fazer a mesma coisa que eu quero. Você entende sobre o que eu estou falando, por que não me apoia ?-

—Porque eu ia para escola porque queria, não fui porque precisava-

— Acha que eu preciso?-

—Sua reação com esse menino me deu mais certeza que sim-

— Então vai continuar me forçando a ir ?-

— Quando chegarmos em casa conversamos. A família toda- intimou dando fim da conversa.

Quando chegamos em casa, todos estavam esperando a gente na sala.

— Está tudo bem? O que aconteceu? Onde você estava?- perguntou minha mãe. Olhei para o meu pai que assentiu com a cabeça me encorajando.

— Está tudo bem, eu estava pensando por aí, eu tomei uma decisão- todos continuaram calados, atentos ao que eu falava. - Eu não vou mais voltar para a escola.-

E tudo que eu ouvi foi o silêncio.       


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