Danger moon escrita por Patricia Guimaraes


Capítulo 13
A nova parceira de química.




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O silêncio se apoderou da sala da família Cullen. Todos se entreolhavam com receio de falar algo.

Gina então decidiu continuar.

—Vocês sabiam que a ideia ia ser ruim quando decidiram e eu tive a confirmação disso e tomei a minha decisão.

—Talvez você não tenha se empenhado tanto- sugeriu Alice

—Eu me empenhei- a dúvida enfureceu a ruiva, mas ela não demostrou.- eu assisti as aulas, fui agradável com os professores, mas não dá, não é para mim. Olha, podem cancelar nosso trato, e vocês não precisam mais frequentar as aulas. Carlie pode dar um jeito nisso.

—EI!- exclamou a irmã- eu não quero usar os meus poderes de novo!

—É só mais uma vez – desesperou-se Gina – ou a gente pode pedir uma transferência e depois podemos espalhar um boato que fomos para Port Angeles. Carlisle pode ir na secretaria pessoalmente para cuidar disso.

—Mas, Gina – Começou Reneesme, cautelosamente- eu, EJ e Carlie gostamos de estudar lá sabe? Não queremos ir embora.

—Vocês gostam?- perguntou e a irmã assentiu, triste.

—Mas a gente pode sair, se for isso que você quer.

—Não, vai ser muito egoísta da minha parte- disse ela se levantando, meio zonza- só... e eu tenho minhas razões para isso - pediu olhando para os avós, pais e tios- não me façam voltar!

E subiu as escadas o mais depressa possível, sentia-se fraca e tonta novamente. Ela entrou em seu quarto e sua mente viajou de novo para o garoto de olhos verdes. Harry. Era o nome do menino que tinha mexido tanto com Gina a ponto de fazê-la tremer em antecipação. Ela não conseguiu entender o porquê do sangue ser tão especial. Parecia chamar por seu nome. Se fosse completamente vampira, com certeza não se controlaria perto dele, mas como não era, sua parte humana a controlava e sua consciência gritava o quão insano aquilo era e sua mente perturbava-se cada vez mais com os conflitos dela própria. O que raios estava acontecendo com ela?

— O novato de olhos verdes, de novo- interrompeu Edward- então essa é a razão ?

—Eu só não quero ficar perto de algo tão- falou baixo, suspirando – você não entenderia.

—Diz isso para mim? Lembra de quem eu sou? Da minha estória com sua mãe ?- disse em um tom de zombaria.

—Eu não sei o que acontece! Todos os outros são normais, ele é...

—Cantante- Gina olhou- o em dúvida – é quando o sangue de um humano parece te chamar ou cantar para você de tão atrativo que é-

—Isso, eu não sei o que fazer! Não quero machucar ninguém, nem prejudicar vocês, mas não posso ser egoísta com meus irmãos, por isso não sei o que fazer.

— Eu te entendo, filha. É um dilema, não chega a ser uma escolha de Sofia, mas é complicado.

—O que eu faço? O que você faria em meu lugar?-

— O que eu fiz quando estive em seu lugar foi dar um tempo, vai passar uns dias nos Denalli, como eu. Vai lá e pensa um pouco, reflete e relaxa. Quando você estiver pronta, toma uma decisão- disse pronto para sair do quarto.

—Pai- ele voltou para olha-la- como eu vou saber se a decisão foi a certa?

—Vai saber. Você é minha filha, e como eu não vai se arrepender da sua decisão. No meu caso, eu tive as melhores consequências da minha vida- finalizou sorrindo e saiu do quarto, deixando a filha com uma decisão a ser tomada.

E logo, Gina fez sua escolha.

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No dia seguinte ao incidente da aula de Educação física, Harry não sabia se estava preparado para pisar na escola de novo. Mas lembrou que teria que despistar sua prima e saiu mais cedo do que o dia anterior. Ao chegar no estacionamento todo o nervosismo de encontrar a Cullen voltou e ele ficou no carro até o sino tocar- o que na opinião de Harry aconteceu rápido demais.

Depois da aula de inglês e matemática, Harry se encontrava indo para o refeitório. Antes de entrar no mesmo, ele prendeu o ar, como se fosse entrar em um local de batalha, ponto para duelar com algo ou alguém. Quando entrou, ele tentou evitar olhar para a mesa onde os Cullen se sentavam, mas ao olhar, só encontrou as ruivas de olhos castanhos e o moreno de olhos azuis. Se perguntou onde estavam os outros e, principalmente, onde estava ela. Como se lesse sua mente, Aria respondeu num tom satisfeito :

—Dizem que eles  foram transferidos para outra escola em Seattle. Já não era sem tempo. Só os três ficaram pelo jeito.

Harry preferiu ignorar. Nas aulas seguintes ele se esforçou bastante para focar nas aulas. Sua mente sempre insistia em voltar na foto que a ruiva teria ido embora.

No final do dia, ele foi para a casa novamente sozinho. Quando chegou, ele encontrou seu pai cozinhado, ou tentando. Sua comida nunca era das melhores, mas pelo menos era ‘’comível’’, como o próprio James falava.

— Oi filho, como foi o dia hoje?- perguntou o mais velho – conseguindo se adaptar à nova escola?

—Oi pai. Eu to bem. A escola é legal, o pessoal faz uma boa recepção. E o senhor? Como foi o seu dia?

—Algo está te incomodando, filho?-perguntou James depois de ver a expressão do filho.

—Não, nada- mentiu- vou ver algumas mensagens lá em cima e já volto para comer.

Ele subiu e viu que três pessoas tinham lhe mandando mensagem: sua irmã,  um de seus amigos de Hogwarts, Draco ; E sua ex namorada, Cho. Os dois primeiros perguntavam como estava o menino e a adaptação na escola nova, dizendo que sentiam sua falta. Era recíproco da parte de Harry, ele realmente sentia falta dos dois também, fez questão de incluir isso na sua resposta.

Já na mensagem de sua ex, dizia que ela sentia muito pela briga dos dois e que precisava muito conversar com o moreno , ele não deu muita atenção. Cho e Harry namoraram três anos antes dele se mudar. Para ele a menina era absolutamente perfeita em todos os sentidos. Ela era doce, meiga, bonita, inteligente e muito mais. Seu pai e sua irmã não gostavam muito da menina e faziam questão de demonstrar, já sua mãe não discordava do marido, mas tratava a menina o melhor possível.

Quando Harry, porém, falou que precisava se mudar ela surtou, dizia que ele inventava desculpas para terminar o namoro, começava a chorar. Os últimos meses de namoro foram um inferno para Harry, era um ciclo eterno de brigas e choro. Quando ele finalmente terminou com Cho, ela não aceitou muito bem, acusou ele de traição e fez o maior escândalo. Uma semana depois, ela fingiu que nada aconteceu, e ele agradeceu por ter deixado Londres e aquela menina doida.

Depois Harry desceu para jantar com o pai, qualquer problema de Londres, havia ficado em Londres.

A semana passou monótona para Harry. Na hora do almoço ele sempre procurava a ruiva na mesa, mas não a encontrou mais, confirmando o que a prima havia falado. Ele já se sentia bem vindo na cidade e não mais o centro das atenções, as matérias já ficavam um pouco difícil para ele, mas ele conseguia se virar, e ele já se arriscava chamar algumas pessoas de amigos naquela escola.

Tudo estava bem...

Exceto em um dia, quando Harry foi para a aula de química acompanhado de Tom. Harry nunca tinha um parceiro nessas aulas, estava sempre sozinho, mas não nesse dia. Sua parceira encontrava-se em sua mesa, como se nada a abalasse. Ele se sentou ao seu lado constrangido, esperou pelo silencia mortal, mas em vez disso ele ouviu :

—Olá, meu nome é Virginia Cullen – disse amigavelmente- Você deve ser Harry Potter ?


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