A Filha Da Magia escrita por Annabel Lee


Capítulo 9
Estou numa encrenca!


Notas iniciais do capítulo

Rebecca Lauren também é uma personagem minha!



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Contei tudo para Rachel. Contei o que aconteceu quando meu pai foi assassinado, contei como minhas mãos pegaram fogo na 4ª série, e como chorei pela morte da minha vó duas semanas antes de ela morrer de fato.

Tudo começou a fazer sentido de acordo como eu contava. Tudo aquilo era consequência de eu ser filha de Hécate.

– Diana - ela disse cautelosa - suas mãos pegaram fogo?

– Sim. E teve uma vez que fiquei com raiva da minha mãe e acabei fazendo um furacão...

– Furacão e fogo? Diana não é normal filhos de Hécate controlarem os 4 elementos assim com tanta precisão. Geralmente os elementos são para filhos de outros deuses: como Poseidon, Deméter, Éolo e algumas vezes Hefesto... Mas não Hécate, e não todos juntos...

Fiquei pensando no que ela dizia, eu tinha certeza absoluta do que havia feito.

– Vou te provar! - eu disse. Fechei os punhos e me concentrei. Houve um leve furmigamento em minhas mãos e quando vi elas estavam em chamas.

Rachel ficou pensativa.

– Bom, não sei o que quer dizer... Mas vamos, está na hora da fogueira! Vou te apresentar aos seus companheiros de chalé.

Nós duas caminhamos até um chalé preto com acabamento prateado, havia uma lua entalhada encima da porta.

Dois campistas estavam formando uma fila na frente do chalé. Comparado aos outros chalés, que geralmente tinham umas 10 pessoas, aquele era meio vazio.

– Diana - disse Rachel - este é Lou Ellen, conselhiero-chefe do chalé de Hécate.

O garoto sorriu. Tinha cabelos negros e escorridos, os olhos eram amarelos como os meus, porém a pele dele era pálida.

– Olá, Diana - ele disse - bem vinda ao chalé 20!

Sorri.

– Oi.

– Tenho que ir - disse Rachel - nos vemos na fogueira.

– Tudo bem!

– Diana - disse Lou - esta é Rebecca Lauren.

A garota tinha cabelos vermelhos picotados e sua pele era clara. Sua íris também tinha coloração amarela, o que parecia uma marca registrada dos filhos de Hécate. Não deixei de pensar na garota ferida que encontramos hoje de manhã.

Coloco um cacho rebelde atrás da orelha.

– Oi! - eu digo.

– Oi

– Não ligue para ela - ele disse - as vezes é um pouco reservada. Vamos?

Nós três seguimos até a fogueira. Quando todos estão na fogueria não se segue a ordem original dos chalés... resumindo: acabei sentando do lado do garoto chamado Percy.

Quíron e o Sr. D estavam de pé, mas também cantavam conosco. Cantávamos músicas animadas e incomuns da Mitologia Grega, e finalmente me senti em casa.

– Oi - Percy sussurrou pra mim.

– Oi - respondi.

– Meu nome é Percy Jackson.

– Diana Levine!

Trocamos um aperto de mãos.

– Você é filho de quem? - pergunto.

– Poseidon!

Certo, por que não?

– Você é muito bonita.

Ai meus deuses. De repente fiquei muda. Garotos não são meu forte! Resolvi sorrir em resposta.

– Campistas - Quíron anuncia - teremos uma missão!

Todos gritam.

– Ta bom, ta bom... acalmem-se! Muitos devem saber que um artefato do Acampamento desapareceu: a bola de cristal da deusa Hécate.

Silêncio.

– Bom, esta é uma missão desesperada... pois se o inimigo colocar as mãos nesta bola, estamos completamente perdidos!

Esperamos.

– Diana Levine irá liderar a missão.

O quê?

Joana - diz o Sr. D - você deve escolher 2 campistas para te acompanhar.

Tudo bem, dois... Deve ser alguém experiente e alguém que tenho amizade. Bom, pensei logo em Annabeth, mas ela tem estado muito nervosa... Depois lembrei do que todos diziam do tal Percy Jackson ser invencível...

– Percy Jackson - anuncio. Ele olha pra mim, surpreso.

– Eu aceito - responde. O que é isso, casamento?

– E o outro? - Quíron pergunta.

– Pode ser qualquer campista?

– Sim.

Não hesito nem um momento e responde:

– Rachel Elizabeth Dare!

Ela pareceu muito surpresa. Arregalou os olhos e depois franziu as sobrancelhas.

– Eu?

– É!

– Que assim seja, então - diz Quíron - acreditamos que o inimigo tem uma forte base em São Francisco, onde os titãs pairavam antes de serem derrotados. É para lá que vocês irão.

– Quíron - pergunta Annabeth - e a profecia?

– Rachel já nos deu uma!

Ele repete os versos que Rachel me disse quando seus olhos ficaram estranhamente verdes.

– Pessoal - diz Quíron mais alto do que a multidão, a garota que gritou estava com ele, olhando fizamente o fogo - está aqui é Samantha Clarke! É indeterminada. Vamos dar a ela boas vindas.

Todos a cumprimentaram e ofereceram alguma bebida... Mas eu não. Havia algo que eu ainda não distinguia nela. Algo completamente esquisito.

Quando terminou a fogueira, chamei Percy para conversar. Não sei, mas já que nós dois íamos em direção a morte... Acho que eu devo conhecê-lo!

– Então - ele diz enquanto caminhamos - o que queria falar comigo?

– Me diz sua idade!

Ele franziu o cenho.

– 16 anos.

– Qual o nome da sua mãe?

– Isso é um interrogatório?

Sorrio.

– É!

Ele retribui o sorriso.

– Sally Jackson.

– Você pode virar uma sereia ou algo assim?

Ele começa a rir e eu o acompanho.

– Não. Mas eu posso respirar embaixo d'água... e causar danos enormes!

– Onde você mora?

– Upper East Side.

Começo a fazer outra pergunta, quando ele interrompe.

– Agora é minha vez!

– Pode começar, sr. Jackson!

– Então... quantos anos você tem?

– 16, como você!

– Tem namorado?

– Ah, quem dera... Mas e você?

– Eu não sei - responde - eu estava namorando uma garota legal, mas... Ela é muito... Tensa! Brigamos o tempo todo e as vezes ficamos com raiva um do outro sem motivos... As vezes questiono se isso vale mesmo a pena.

Eu fiquei em silêncio, não tinha conselhos para dar.

– Talvez as filhas de Afrodite sejam melhor com conselhos do que eu - eu digo.

– Ah, algumas sim. Mas a maioria tentaria me arranjar outra garota.

– E se elas sugerissem isso... Quem escolheira?

– Há algum tempo eu pensaria. Mas agora eu não hesitaria em dizer seu nome.

Meu coração para de bater um instante. Deuses, será que eu sinto o mesmo? Como poderia, eu o conheço faz só dois dias!

Então ouvimos um barulho estranho, agudo... Parecia algumas velhinhas gritando. Então percebo que é algo muito pior.

– Droga - diz Percy - passamos da hora.

– Como assim?

– Está ouvindo isso? - faço que sim com a cabeça - são Harpias!


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