Rosalie acordou com o seu “despertador maternal”. Ficou deitada no conforto da sua cama abraçada ao seu marido, mas só quando se ouviu o choro de Elizabeth é que ela se levantou. É difícil de acreditar e esquisito de entender mas ela pelo choro identifica as filhas. E elas eram iguais, só ela e Draco as distinguia bem. Todos os outros ficavam confusos. Levantou-se e alimentou Elizabeth e teve que acordar a calma e serena Jane. Deitou-as de novo. Ficou sentada na cama a observar pela janela que havia ao canto do quarto a Torre de Astronomia do castelo de Hogwarts. Sorriu com as memórias que passava. Lembrou-se do baile, das fugas com Draco, do primeiro almoço de todos juntos, as brincadeiras de todos, as corridas até à casa do Hagrid parecendo crianças. Ficou naquele momento de flash-back até ouvir os passos tão familiares até ao piso inferior. Sorriu com a imagem dele a correr nos pequenos passos. Saiu do quarto e desceu as escadas. O menino estava deitado no sofá a ver televisão.

-Bom dia. – Disse Rose e deu um beijo na cabeça do menino.

-Bom dia mamã. Vamos comprar a prenda para a Rose?

-Hoje?

-Sim, por favor.

-Está bem. Vou avisar o pai, vai para o quarto já lá vou ter.

Ele correu para o quarto. Rosalie segui-o e entrou no seu quarto.

-Draco. – Tentou acordá-lo. – Draco.

-Ah? Que se passou?

-Nada. O Scorpius quer ir comprar a prenda para a nossa afilhada, por isso vou com ele a Diagon-Al. Ficas com elas?

-Claro, não foi por isso que tirei o mês?

Rose riu-se. Deu-lhe um beijo.

-Obrigada. Volta a dormir, mas está atento.

-Claro. Vai descansada.

Ela foi dar banho ao filho, vestiu-o e deu-lhe o pequeno-almoço. Depois foi arranjar-se também. Quando estavam prontos, foram dar um beijo aos três que iam ficar em casa e Apareceram na Diagon-Al. Foram a imensas lojas, mas nada agradava ao menino.

-Esta é a última que entro. – Disse Rose.

O menino entrou a correr na loja, viu tudo com a atenção, mas não gostou de nada.

-Scorpius, olha este brinquedo? – Perguntou Rosalie ao filho.

-Que é isso?

-É o kit miniatura do equipamento de Quidditch.

-Não. Quero algo para grandes. – Disse, cruzando os braços.

-Mas ela vai adorar isto, ela adora Quidditch. – Ele abanou a cabeça. – Então eu compro e dou.

Foram pagar. O menino saiu carrancudo da loja. Rosalie deu a mão ao menino.

-Anda Scorpius, vamos à loja do tio George.

Entraram nas Gemialidades dos Weasley. Ouviu-se logo pequenos estrondos e fogo de artifício.

-Olha quem são eles. – Disse Ron. Cumprimentou aos dois. – Como está o meu afilhado?

Ele cruzou os braços e fez beicinho.

-Que se passa? – Perguntou à Rosalie.

-Temos procurado uma prenda para ele dar à tua filha, mas ele não gosta de nada.

-Ela disse uma coisa que queria.

-O que é? – Perguntou Scorpius saltando para cima do padrinho.

-Anda cá. – O menino deu a mão ao Ron e foi com ele.

Rosalie foi vendo as coisas na loja. Até que sentiu uma mão no ombro. Olhou e gritou. Era uma mão de esqueleto, os dedos mexiam sozinhos. Ela tirou aquilo de cima dela o mais rápido que pôde. Ouviu um riso atrás dela.

-George. – Gritou.

-Olá. Bem vinda à minha loja.

Ela pegou na mão e começou a bater nele com ela.

-Para. Desculpa. – Disse rindo-se.

-Tu és mesmo idiota. Que susto.

-Desculpa. Mas foi engraçada. – Ela cruzou os braços. – Parei. Então que fazes por aqui?

-Vim com o Scorpius comprar uma prenda para a Rose. O Ron disse que tinha uma coisa que ela ia gostar.

Nessa altura, Scorpius chegou a correr, todo sorridente.

-Mãe, olha. – Mostrou um colar, prateado, tinha um pendente em forma de coração.

-Que lindo.

-Ela vai gostar. – Disse o menino.

-Vai amar. – Confirmou Ron.

-Mas tenho uma ideia melhor. Anda comigo rapagão. – George levou o menino ao colo.

-Então estás bem? Com as meninas?

-Sim. Se não fosse a Elyzabeth eu dormia melhor, mas tudo bem. Eu acordo na mesma. Estou sempre preocupada.

-Então hoje estás nervosa.

-Um pouco. Muito. Eu sei que o Draco está lá, mas é diferente.

-Eu percebo. A Hermione é assim também. – Disse e riu-se.

Ron mostrou algumas coisas novas na loja.

-Isto vai vender bem. Estamos quase no fim do mês, e as crianças vão para Hogwarts por isso vêm aqui antes de irem.

-Com certeza. E depois há a loja lá, por isso vão vender bem. Como sempre. E a Hermione, onde está?

-Por acaso, deve estar por aí. Veio comprar uns pergaminhos novos. Tu sabes como ela gosta.

-Estranho não a ter encontrado.

O George e o Scorpius foram ter com eles. Scorpius mostrou a alteração no colar. No coração estava marcado um “S” e um “R”, numas pedras brilhantes, dos nomes deles. Era muito lindo.

-Obrigada, George. Está lindo. Scorpius disseste obrigado?

-Obrigado, tio George e tio Ron.

Eles sorriram. Rosalie foi pagar, mesmo quando ela estava apagar, Hermione e Rose entraram na loja. Quando os viram, foram ter com eles. Rosalie escondeu logo o colar na mala. Scorpius ficou muito vermelho.

-Olá. – Disse Hermione. Cumprimentou com dois beijos a Rose e o George, deu um beijo na testa do afilhado e beijou o Ron. Rose foi para o colo do Ron, depois de dar um beijo à madrinha e ao George.  – Então que se passa?

-Nada madrinha, nada. – Disse Scorpius.

Hermione riu-se. Ron fez lhe sinal para o que se estava a passar. Scorpius puxou pela menina até a algumas engenhocas.

-Não ias à minha irmã? – Perguntou Ron à Hermione.

-Ia, mas ela está na tua mãe, por isso vou lá ter. Rosalie queres vir?

-Não posso, tenho o Scorpius e as meninas estão com o Draco.

-Trazes o Scorp e se elas estão com o pai, estão bem. – Disse Hermione.

-Não. – Alguém gritou. – Não vou, não vou. Vou ficar na loja do tio Geoge. – Disse Scorpius.

-Ele não é teu tio. – Ripostou Rose.

-É.

-Não, é meu. Nem o teu pai, nem a tua mãe são irmãos dele. – Disse Rose, parecendo muito com Hermione.

-Mas quero ficar.

-Scorpius, não podes. – A mãe disse-lhe.

-Deixa, eles ficam a divertir-se. – Disse George.

-De certeza?

-Sim. – Respondeu Ron. – Ficam os dois, vocês as duas precisam de descansar e ter tempo para vocês.

As duas sorriram, Hermione deu um beijo no Ron e na filha e saiu. Rosalie seguiu-a depois de dar um beijo ao filho. As duas cá fora Apareceram para a Toca.