The Search For Gold. escrita por Lilian Smith


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oii, '-' sei que muitos de vocês querem me jogar no tartaro. Me perdoem pela demora gente. Serio, mil desculpas. Mas é que com a volta as aulas e os treinos, e cursos e olimpiadas, tudo ficou mais complicado. E eu tava sofrendo de uma grande doença chamada : FALTA DE CRIATIVIDADE. Todo o capitulo estava na minha cabeça, mas eu não sabia passar para o papel(word). Mas como quem é vivo sempre aparece, eu estou aqui! Espero que gostem, tipo...eu já falei que não sou muito boa em entrar na cabeça da Annabeth? Pois é...mas ainda assim, espero que gostem. E sim, não posso revelar muitos detalhes, mas a personagem que tem lá em baixo, cujo o Simon vai falar vai ser muito importante na trama! Ela não é uma criação minha, espero que deixar claro aqui que a autoria dela é da Leila Di Angelo. Obrigada Leila, você não tem ideia de como me ajudou! Espero que goste do rumo que ela irá tomar aqui.
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Sei que vocês já devem ter ouvido falar muito da tragedia de Santa Maria. E mesmo já passando dias dessa tragedia, eu gostaria de dar minha força para as familias que perderam seus entes queridos. Força Santa Maria.
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Falando de coisas boas, vocês viram a brilhante ideia do nosso Rick Troll? Juntar as Cronicas dos Kane e Percy Jackson! *-* Ele conseguiu ser mais brilhante do que já era. To louca para ler o Filho de Soker!



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- O que diabos vocês estão fazendo aqui? – gritei, e metade da fila de mortais virou a cabeça na minha direção. A moça do caixa das passagens pareceu mais atenta a mim agora.  Bianca, Nico e Simon ficaram vermelhos, eles parecia estar nervosos e recuaram quando eu gritei. Como se eu fosse virar uma bruxa ou algo assim. Zoe continuava a brandir a adaga, que não era visível  aos mortais. -Respondam! – gritei.

Nico e Bianca foram os primeiros a relaxarem após os meu gritos, eles ainda pareciam nervosos mas tinham um pouco mais de confiança no olhar. Simon ainda estava paralisado, e não desgrudava os olhos de Zoe nem por um segundo. Aquilo me pareceu estranho, já que ontem a noite ele mal deu atenção a ela.

- Você acha mesmo que ficaríamos lá em cima enquanto você fala do nosso irmão que está desaparecido? – Bianca exclamou, me fazendo tirar o foco de Simon. Ela realmente parecia estar com raiva agora, todo o nervosismo tinha se extinguido por completo. – Pois se achou isso, você errou totalmente. Nos ouvimos tudo. E querendo ou não, vamos com vocês!

Os mortais olhavam sem entender nada, muitos reclamavam da demora na fila. Eu precisava leva-los a um local mais seguro e privado. Zoe e eu trocamos um olhar e saímos da fila, sem pedir para eles nos seguirem, pois eles fizeram sem serem mandados.  Paramos em um corredor que dava para a saída de emergência. Nico e Bianca aparentavam ansiedade, mas todo o nervosismo que estava estampado no rosto deles quando chegaram tinha sumido, mas Simon continuava igual. Pálido, nervoso e olhando para Zoe e eu, como se do nada fossemos virar bruxas. Ignorei ele, e foquei em Bianca e Nico.

- Ouviram exatamente o que? – perguntei, tentando deixar a voz o mais calma que podia.

- Tudo! – Nico respondeu. – O que são semideuses? Sem ofensas claro. Onde está o meu irmão? Quem era a garota? Que missão? O que é nevoa?

- Vai com calma, cara! – Simon falou, pela primeira vez, a voz parecia rouca e hesitante. Ele ainda não tinha desgrudado os olhos de Zoe. – Assim eu perco a linha do raciocínio.

- E desde quando você raciocina? – soltei sem pensar para ele. Ele ainda olhava para Zoe, mas parecia estar se esforçando para não rir.

- E desde quando você se mete com os meus problemas de raciocínio? – retrucou, e eu sente meu rosto esquentar, mas continuei com o rosto erguido.

- E desde quando você...

E desde quando esse virou o assunto da conversa? – Bianca exclamou zangada e fulminou Simon com o olhar fazendo ele se calar imediatamente. Depois se virou para mim. – Responda as perguntas. Não adianta ficar enrolando. A gente já sabe.

Troquei um rápido olhar com Zoe, já tínhamos planejado o que fazer.  A única maneira deles esquecerem era se manipulássemos a nevoa. Zoe ergueu os dedos, os três olharam sem entender. Ela estalou e o eco ressoou pelo corredor, uma rajada de vento percorreu pelo lugar, o trio parecia hipnotizado.

- Vocês vieram aqui apenas dar uma volta. Esqueçam o que ouviram ontem. Esqueçam essa historia de semideuses, név...

- Espera! – Simon gritou, e a ventania se dissipou, Bianca e Nico piscaram, e sacudiram a cabeça, pareciam um pouco confusos mas ao avaliar a situação pareceram entrar de novo no assunto. – O que você estava fazendo? Como fez aquela coisa...de...sei lá, puxar uma camada finíssima de ar. Como faz aquilo?

- O que? Camada de que? – Zoe perguntou.

- Uma camadinha de ar, eu acho...era branco e quase visível, mas quase. Tem que olhar com bastante atenção para ver, então ela estalou os dedos e pareceu que tinha puxado.

Todos olharam para ele sem entender nada. Zoe parecia intrigada.

- Você por acaso bateu a cabeça? Perdeu o cérebro? Ou nasceu louco de pedra mesmo? – Nico perguntou.

- Mas é serio! – Simon exclamou. – Eu vi! Eu juro que vi!

- Simon, é impossível se enxergar o ar. – Bianca falou gentilmente, parecendo bastante preocupada com a sanidade do amigo. – Sei que tudo que a gente ouviu ontem não fazia sentido, e era muito confuso mas...ficar vendo coisas não me parece uma reação comum para as informações que a gente teve. Tem certeza que você está bem?

- Mas eu vi! – ela grunhiu, parecia desesperado para que os amigos acreditassem nele. – E olha. – ele apontou para Zoe, que franziu a testa. – Olhem para ela. Como ela carregada essas armas? Como ela conseguiu passar pelos seguranças?

- Armas? – perguntei olhando para Zoe. – Que armas?

- Do que é que você está falando? – Bianca indagou.

- Cara, você tem problemas. – Nico falou.

Zoe que parecia um pouco pálida, e olhou para mim.

-Eles tem que vir com a gente. – falou. E meus olhos quase saltaram das orbitas de surpresa.

- O que foi? Eu ouvi direito? – perguntei.

- Claro que sim! – ela grunhiu impacientemente. – Eles tem que vir com a gente. Os três.

- Mas eles são apenas...- falei, mas ela me interrompeu.

- Não acho que sejam, apenas mortais. Tem algo de curioso neles. Algo que pode ser bom ou ruim, dependendo do ponto de vista.  Por enquanto, vamos levar essa curiosidade pelo lado positivo, e usar ao nosso favor. E eles estão correndo perigo se ficarem soltos por ai. – Zoe disse, simplesmente, mas não pude deixar de sentir que ela sabia muito mais do que estava dizendo agora.

- Que bom que toparam! – Simon suspirou. – Mas nos iriamos de todo o jeito, vocês querendo ou não.

- É, e fico feliz por não ter que ir sozinho. Sabe, andar as cegas não deve ser legal. – Bianca murmurou, e começou a procurar alguma coisa na mochila que trazia nas costas.

- É, mas tem como responder as perguntas que eu fiz? – Nico grunhiu.

Ainda olhando completamente pasma para Zoe, eu expliquei a ele. Logo eu, que seguia as regras a risca, estava ali, contando para mortais sobre o mundo que eles não deveriam saber que existia. Mas segundo Zoe, eles não eram comuns, então talvez não tivesse problema. Os três ouviram calados, no fim Nico e Bianca fizeram uma careta estranha, pareciam estar tentando se lembrar de algo que insistia em não querer ser lembrado. Simon, ficou se possível mais pálido, quase transparente. Ele ia dizer alguma coisa, mas seu olhar se fixou na porta da saída de emergência, seus olhos se arregalaram.

- Vamos para outro lugar. – ele falou, sua voz saiu fraca mas era obvio que aquilo era uma ordem. Ele se virou e começou a correr de volta para o local de compra da estação. Sem entender nada, nos o seguimos. Ele atravessou o salão em menos de dois minutos sem nem se importar em desviar das pessoas, e deixando uma trilha de mortais muito zangados para trás. Quando conseguimos alcança-lo ele já estava na parada de ônibus que ficava do outro lado da rua.

- O que foi isso? – Nico ofegou. – Por que correr desse jeito?

Simon se mexeu nervoso, e ficou olhando para a estação em intervalos de segundos, como se estivesse com um tique nervoso.

- Nada. Mas eu não estava mais gostando de ficar lá. – respondeu, ficou obvio que não era só isso, mas ele não parecia que ia falar mais.

- Para onde vamos? – Bianca perguntou, e olhou para Zoe e eu com expectativa.

- Bom...a gente planejava ir para o aeroporto. Pegar um avião e ir para o Brasil.

- Sabe, eu acho que esse plano não vai funcionar. Primeiro por que, vocês iriam precisar da autorização dos pais ou responsáveis. Segundo, por que a maioria dos voos para o Brasil estão cancelados. A menos que vocês sejam bombeiros, policiais ou médicos é que poderão chegar até o Rio.

- Que ótimo. – Zoe resmungou. Eu estava pensando em alguma saída possível, se não tínhamos como ir de avião teríamos de arriscar uma viajem por água. Mas como conseguir isso ainda era um mistério. Pensei em entrar em contato com o acampamento, mas seria muita covardia, os semideuses devem se preparar para suas missões sozinhos. Por fim, eu não consegui pensar em mais nenhuma saída possível, ia começar a falar com Zoe quando Simon berrou.

Atrás de nós, vindos da estação estavam três zumbis. De longe eles poderiam se passar por mortais, mas se olhasse com mais atenção veria que a pele era  cinza e gosmenta, como se estivesse em decomposição. No lugar onde deveriam estar os olhos, existia apenas um fundo escuro e vazio.  Zoe puxou o arco das costas, eu tirei a adaga da bainha, e com a mão esquerda lancei uma espada reserva para Nico, que era o mais próximo de mim dos três.

Zoe lançou duas flechas, mas elas atravessaram os zumbis sem nenhuma cerimonia. Bianca e Simon tinham congelado, e Nico ficava olhando para a espada nas mãos sem saber o que fazer. Os zumbis estavam cada vez mais próximos, Zoe lançou mais três flechas, mas de novo elas passaram despercebidas.

- Corram! – gritei para os três. – Agora!

Mas eles não se mexeram, apenas recuaram, os olhos fixos nos zumbis a nossa frente. Zoe atirou uma flecha de fogo no zumbi do meio, que deu o que parecia ser um sorriso debochado, antes da flecha atingir o chão a suas costas, e tocar fogo uma placa. Os mortais começaram a notar que tinha algo errado, e começavam a pedir água, ou chamar a policia.

O zumbi da esquerda investiu contra mim, e eu o ataquei com a adaga. Acertei exatamente no seu peito, mas  ele não se desintegrou. Continuou inteiro e sem nenhum dano. Zoe lutava com os dois zumbis que tinham sobrado, ela tinha se livrado do arco e flecha  e puxado a espada. Nico, Bianca e Simon pareciam transparentes. O zumbi com o qual eu lutava se aproveitou do momento em que olhei para os três, e acertou minha mão. O cheiro de sangue pareceu chamar a atenção de um dos zumbis que lutavam com Zoe, ele se virou e veio ao meu encontro. Mas antes que eu pudesse me preparar para enfrentar os dois, Nico pulou a minha frente.

Sem nem um pingo de jeito, ele acertou o zumbi. Eu gritei para ele sair dali, por que sem nenhuma chance ele conseguiria lutar com aquele monstro. Mas aconteceu algo que eu não esperava. O zumbi se desintegrou em chamar.

- Como você fez isso? – Zoe gritou, ela golpeava o seu adversário sem parar, mas não tinha efeito nenhum.

- Não sei! – Nico exclamou, olhando surpreso para os restos de pó do que um dia já tinha sido um zumbi. A espada jazia no chão agora. – Golpe de sorte?

- Bem, faça de novo!

O meu pequeno momento se surpresa e admiração por Nico morreu logo em seguida. Eu tinha dado tempo para o Zumbi me atacar. Cai de costas no chão da calçada, os mortais gritavam a minha volta, pensando que aquilo era uma grande briga ou confusão talvez. Ouvi o som de apitos vindo de algum lugar a minha frente. O zumbi estava em pé, e começou a se abaixar para me matar. Uma estratégia rápida. Pensei. Agora. E uma flecha voou de algum lutar. O zumbi pegou fogo, e se desintegrou em pó.

Levantei ofegando, e olhei para trás. Perto do banco de ônibus, Bianca segura o arco e flecha lívida e tremendo. Nico tinha se juntado a ela, e segura a irmã pelas costas como se ela fosse cair a qualquer instante, coisa que eu não duvidava.

- Vamos! – Zoe grunhiu, e começou a puxar os dois e a mim. Simon ia em seu encalço. – Os guardas mortais estão vindo.

- Onde está o outro? – Perguntei, recolhendo a espada que Nico havia deixado no chão e seguindo Zoe. Os guardas gritavam para que ficássemos ali, mas não demos ouvidos e começamos a correr pela avenida.

- Sumiu. – Zoe respondeu, e olhou para os gêmeos que estava arrastando. – Quando viu o que os dois fizeram. Ele desapareceu. Fugiu.

- Não sem antes, rasgar a minha blusa. – Simon falou, ele estava branco, e a manga de sua camisa havia sido arrancada.

- Isso não é bom. – falei. – Ele tem seu cheiro agora. Pode te seguir.

- Que ótimo. – respondeu.

Zoe só parou quando chegamos a um escampado que ficava a uns seis quarteirões de distancia da estação. Bianca e Nico sentaram no chão, e colocaram a cabeça entre as pernas. Era assustador o modo como os dois fizeram isso exatamente no mesmo tempo.

- E agora? – Simon, perguntou. – Para onde vamos. O que vamos fazer?

- Eu já pensei nisso. – falei. – Mas primeiro eu quero saber. Como foi que vocês dois conseguiram explodir os zumbis e a gente não?

- Eu disse que eles não eram comuns. – Zoe respondeu, ela não mostrava interesse no feito dos gêmeos.

- Você fala como se soubesse o que eles são. – resmunguei.

- E eu sei.

- E não vai nos dizer? – Nico perguntou, em um fio de voz.

- Não agora.

- Isso não é justo. – Bianca comentou.

- Nada na vida é, aprenda. Mas a questão é...o que vamos fazer agora? Como vamos chegar ao Brasil? – Zoe pergunto, deixando claro que o assunto de Nico e Bianca estava encerrado.

- Eu estava pensando em entrar em contato com o acampamento. Pedir ajuda. – Zoe me fulminou com o olhar, como se eu tivesse acabado de anunciar que Zeus e Poseidon estivessem tento um caso. – Não é algo que me agrade. É um ato completamente covarde. Mas que saída temos?

- Espera! – Simon falou. – O único problema aqui, é o transporte?

- Tirando os possíveis zumbis que podem estar seguindo o seu cheiro imundo? Sim. – falei.

- Você não perde uma não é? – ele revirou os olhos. – Mas enfim, eu tenho uma solução. Preciso apenas de um celular.

- Para? – Nico perguntou, ao mesmo tempo que Bianca metia a mão na mochila.

- Fazer uma ligação. O que você acha? – Simon grunhiu impacientemente, e Bianca por fim tirou um celular roxo da bolsa, e estendeu a ele, que discou os números e esperou uns cinco minutos, até que a pessoa para que ele ligava atendeu.

- Ismira? – ele perguntou. – Aqui é o Simon, lembra de mim? Olha, eu detesto pedir, mas...eu realmente preciso da sua ajuda. 


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Notas finais do capítulo

E então? Sei que não é um dos melhores, mas quero saber a opinião de vocês.