The Search For Gold. escrita por Lilian Smith


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oii! Desculpem ai a demora é que essa semana começou minhas aulas, e junto delas cursos de Ingles ai já viu. To com a agenda cheia, se ja não bastasse isso fiquei com uma crise de criatividade braba. E para piorar eu ainda fiquei doente bem na semana de volta as aulas. Argh! Mas emfim, como vocês estão? Espero que gostem do cap de hoje!
E eu queria agradecer a leitora Susan Pevensie que fez uma recomendação linda para fic. Obrigada Susan!
OLHEM AS NOTAS FINAIS.



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As garotas que se alto denominavam Guerreiras da mágica, nos levaram por uma trilha espessa e cheia de lodo. Bom...levar não é exatamente a maneira correta de se dizer, talvez arrastar seja mais adequado. Elas amararam nossas mãos e pernas com cordas de prata que nos causavam uma coceira extremamente desagradável, e nos amordaçaram com um pano que era encantado, por que adormeceram meus lábios e eu fiquei impedido de resmungar.


Já em blackjack elas usaram correntes de prata, que esquentavam contra a pelugem dele, e o vaziam gemer de dor. Durante todo o caminho foi dessa forma. As arvores da trilha que estávamos caminhando formavam um céu escuro nas nossas cabeças. Eu estava tentando pensar em uma saída, mas nada me vinha a mente, queria poder falar com Clarisse mas ela estava atrás de mim e eu não podia me virar.


Por fim, quando eu já não aguentava mais as cordas encantadas e o caminho tortuoso nos chegamos a um jardim. E apesar da condição que eu me encontrava, e de saber que possivelmente aquele seria o lugar em que eu morreria, eu não pude deixar de me impressionar com a beleza daquele lugar. Era simplesmente mágico. O jardim parecia brilhar com cada flor, plantas e arvores diferentes e exóticas. Diversos animais pastavam por ali, cabras, vacas, bois, camelos, cachorros, porcos e animais menores como camundongos, peixes e porquinhos da índia todos os menores em gaiolas penduradas em arvores. Uma trilha de tijolos de prata levavam a entrada de um esplendido palácio, todo prateado, com janelas de vidros e torres imensas. O portão da frente era de uma cor platinada, e ao nos aproximarmos eles se abriram e uma musica encantadora ecoou lá de dentro.


Se possível o salão principal era mais belo que o jardim. Moveis de ouro, prata e bronze dividiam espaço com mais animais. Os objetos eram feitos de pedras preciosas. Vermelhas, amarelas, verdes,azuis...um arco Iris perfeito, com cores que eu nem sabia que existia. Dois corredores se dividiam debaixo de duas escadarias. E no meio entre as duas escadas estava a mulher mais esplendida que eu já vira. Ruiva, com cabelos que iam até a cintura, alta e esguia de olhos de um lilás estranho, mas encantador. Eu me senti um buritto mal cozido na frente dela. Um fracasso. Eu não queria ficar daquela forma, eu queria agrada-la. Não queria desaponta-la. A feiticeira pareceu ler meus pensamentos, e sorrio de um jeito gentil para mim, mas seus olhos eram acusatórios.


As guerreiras amarraram Clarisse a mim, e nos forçaram a ficarmos ajoelhados. Depois prenderam BlackJack em uma estaca de prata e se afastaram. Apenas a asiática que agora eu sabia que o nome era Bree ficou. Aquela situação era humilhante. Estavam me fazendo de bobo na frente de Circe, e era tudo que eu não queria.


Circe começou a descer a escadaria, sorrindo abertamente para nós. Atrás dela uma garota a escoltava. Era claramente mais nova que Bree, mas parecia ter a mesma certeza orgulhosa que as outras. Circe parou no ultimo degrau da escada, e nos fitou por um momento. Depois virou-se para a menina que estava a suas costas.


Heyla prepare os cômodos especiais aos nossos convidados. – seus olhos lilases faiscaram para BlackJakc – e deixe o pegaso por minha conta. Ele ficará perfeito no estábulo.


A menina assentiu, e desapareceu escadaria acima. Circe se virou para nós, mas já não sorria.


Então vocês ousam entrar em minha ilha? – ela falou, seu tom de voz era calmo mas eu reconheci a raiva por trás do tom de voz. – Não sabem que é perigoso?


Eu não responde, queria pedir desculpas por ter feito algo que ela não aprovará mas minha boca estava adormecida. Ainda não tinham retirado a mordaça. Circe olhou para Bree, e fez sinal para nós. Com um movimento da adaga as mordaças deixaram nossos rostos. Clarisse começou a resmungar enquanto recuperava a voz. Eu no entanto fiquei calado.


Hora, mas que boca suja minha menina. – Circe murmurou calmamente para Clarisse – Não precisa ser tão mal educada. Estamos entre amigos.


Acha que eu não conheço suas historias? – Clarisse berrou. Parecia indignada. – O que fez aos homens de Odisseu? O tempo que os aprisionou nessa sua ilha?


Um acontecimento desses e já sou marcada por toda a vida. – Circe suspirou tristemente, e eu queria poder consolar ela. – Veja bem, Odisseu resolveu ficar minha querida.


Depois que você o ameaçou. Depois que aprisionou os homens dele em forma de animais. – Clarisse gritou.


Seu amigo aqui. Ele sabe que não sou má. – ela se virou para mim, e meu corpo inteiro se aqueceu. – Eu sou má Percy?


– Clar...


– Percy, cale-se. Ela é uma feiticeira. Está lhe encantado. Não caia no feitiço dela.


E foi ai que eu despertei. As palavras de Clarisse me trouxeram de volta a realidade. E eu já não sentia mais a sensação de calor ao olhar nos olhos de Circe. E sim de medo. Circe notou que seu feitiço tinha sido quebrado.


Hora, Bree. Temos um hospede muito difícil hoje. Por favor, leve-os ao cômodo especial.


A senhora não vai...?


Não agora! Por favor, var ver se Heyla fez direito. Eu cuido deles por enquanto.


– Sim senhora.


E ela saiu da sala, seguindo para o corredor debaixo da escadaria e desapareceu na escuridão. Circe andou de um lado para o outro por alguns segundos e depois voltou a nos olhar. Desviei a atenção dos olhos dela, mas podia sentir eles me perfurando.


Hora, hora! – ela exclamou e parecia realmente surpresa. – Então não disse a ela o que houve a você no verão passado? Mesmo depois do evento que houve entre os dois.


Senti meu rosto esquentar. Clarisse se remexeu atrás de mim.


Verão passado? – murmurou. – Como assim verão passado?


Circe soltou uma risada. Mas nesse momento Bree retornou do corredor.


Está pronto senhora.


Ótimo – exclamou a feiticeira. – Pode leva-los Bree.


A guerreira se aproximou e nos forçou a ficar de pé. Depois nos levou pelo corredor escuro. Ao contrario do salão principal e do jardim, aquele corredor era escuro e úmido. Tava tremedeiras no corpo, mas Bree não parecia se importar. Chegamos ao fim do corredor em frente a uma porta toda preta. Bree passou a mão pela porta e ela se abriu com um banque audível. A porta dava para uma sala sem janelas, e totalmente escura. Não tinha cama, cômoda ou nada parecido. Era apenas um cômodo vazio e sem ar.


Espero que gostem dos aposentos. – Bree murmurou com um sorriso cínico no rosto. E me empurrou lá para dentro. E foi ai que percebi que tinham me soltado de Clarisse, pois ela não estava comigo. Olhei desesperadamente para a porta, mas ela se fechou. Comecei a esmurra-la quando a voz de Bree entrou no compartimento fechado.


Não se preocupe. Cuidaremos bem do seu pegaso. E sua amiga esta tendo um tratamento bastante especial. Logo estará aqui com você.


Eu estava em pânico. Esmurrei a porta com toda a força que tive. Não podia acreditar que tivesse perdido tão facilmente. Logo eu, que já estivera no tártaro, perder para uma feiticeira clandestina? Isso era algo vergonhoso. E logo senti culpa por estar com vergonha, o que so provou ainda mais meus murros na porta de metal. Esmurrei até minhas mãos começarem a sangrar. Depois,sentindo-me um completo fracassado eu me encostei no canto da cela, sentindo pela primeira vez a falta de ar que tinha ali. A corda de prata tinha se soltado a parte do momento que comecei a bater na porta com toda a minha força, mas ter as mãos livres não adiantava agora.


As horas pareciam estar se arrastando. A dificuldade para respirar estava sendo quase tão angustiante quanto a preocupação com Clarisse e BlackJack. Será que eles tinham morrido? Será que elas os tinham matado? Por fim, depois do que para mim foi uma eternidade a porta preta de metal se abriu. E o que foi empurrado para dentro me fez ter a sensação de meu fim era realmente naquela ilha. Usando um vestido branco até os joelhos, os cabelos avermelhados transados e bem penteados, e com maquiagem no rosto, uma pálida Clarisse foi empurrada para a cela. Mas isso não era o mais preocupante, apesar de eu nunca ter esperado ver Clarisse usando um vestido e maquiagem. A coisa mais preocupante era que o vestido antes branco agora estava salpicado de sangue, os cabelos apesar de bem penteados e trançados estavam cheios de terra e sujeira, a maquiagem estava borrada por sangue. E o nariz de Clarisse estava definitivamente torto. Não tive outro instinto a não ser correr e abraça-la. Ela retribuiu meio relutante mas aos poucos se soltou. Escorregamos para o chão, e eu deixei ela ficar ali no meu colo. Não tinha como cuidar dela. Estávamos sem equipamentos médicos, então apenas fiquei fazendo carinho no seu cabelo até que ela adormeceu. Me ajeitei ao seu lado, e adormeci também. Sem ter certeza se estaria vivo na manha seguinte.


Não sei que horas acordei por que era impossível ver o sol ali. Mas acho que acordei cedo, por que Clarisse continuava adormecida. A falta de ar estava desesperante. Eu respirava pela boca e ainda sim, tinha dificuldade. Estava com sede, fome e cansado. Deixei Clarisse deitada no chão, e me levantei. Quase imediatamente a porta de metal se abriu. Um copo foi posto para dentro. Qualquer pessoa consciente de perigo não teria tomado, mas a sede estava me matando. Peguei o copo e virei todo em um gole só na boca. Quase imediatamente eu desmaiei.


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Acordei com a sensação de que alguém me balançava violentamente. Minha cabeça lateja, eu estava quente por dentro, e tinha a sensação de que estava quente por fora. Minha garganta parecia ter servido de ninho de escorpiões. Pisquei tentando fazer minha visão entrar em foco, até que identifiquei quem me balançava.


Graças aos deuses! – Clarisse exclamou e me abraçou quase esmagando minhas costelas. – Pensei que elas o tivessem matado. Acordei e te vi desmaiado.


O que houve? – falei, minhas voz saiu arrastada.


Você não se lembra? – ela perguntou preocupada.


Bem, lembro de beber um liquido e depois...


Eu sei, você apagou. Foi a mesma coisa comigo,só que o meu foi mais demorado. É uma poção. Faz a gente desmaiar, pelo menos é o que acho.


Acha. – murmurei, me sentando e sacudindo a cabeça. – Detesto quando as pessoas acham as coisas. Geralmente acaba em morte.


Clarisse sorrio. Ainda usava o vestido sujo de sangue só que mais sujo que antes, a trança tinha sido desfeita, a maquiagem tinha desbotado. O nariz continuava desforme, mas isso não a impedia de ser linda. Ao me pegar pensando nisso, eu sacudi a cabeça violentamente, a poção devia afetar o cérebro.


Ainda estamos na ilha de Circe? – perguntei


Sim. Infelizmente.


Que ótimo. Que dia é hoje? – perguntei


O rosto de Clarisse ficou sombrio. O sorriso desapareceu.


Perdemos uma semana. Temos apenas uma semana e três dias para salvar Artemis, e nem ao menos conseguimos salvar a nós mesmos.


Não me faça se sentir pior. – suspirei, e tentei me levantar, sem nenhum sucesso.


Melhor ficar deitado – alertou Clarisse- A poção lhe deixa fraco. Ontem quando despertei fiquei deitada o tempo todo, queria ver como você estava mas só conseguir me levantar pela noite.


Resmunguei, mas me deitei novamente, tentando achar a melhor posição, no chão duro. Clarisse rasgou uma das barras do vestido e usou como faixa na minha cabeça, que estava sangrando. Depois disso, nos ficamos completamente calados. O silencio era desconfortável, mas eu não sabia o que dizer. Era a primeira vez que ficava tão próximo dela desde o evento do beijo na ilha. Sente meu rosto esquentar ao lembrar disso.


Então. – Clarisse quebrou o silencio, se mexendo completamente desengonçada na minha frente. – Bem, olhe teve uma coisa que Circe me disse que me deixou...bem intrigada...


Sobre o verão passado? – murmurei.


Bem...é sim.


Pensei sobre isso. Eu nunca falará com ninguém sobre o que tinha ocorrido. Era assustador demais para se contar. Nem mesmo eu sei descrever com clareza como era aquele lugar. Talvez a única pessoa com quem eu falaria sobre a minha experiência era quem tinha vivido ela comigo, mas Thalia estava incapacitada de falar. A não ser em alucinações. Sempre que o assunto era levantado eu mudava de assunto, ficava com raiva, ou simplesmente saia de perto. Agora no entanto...


Após ser reclamado...Annabeth, Grover e eu saímos em missão... – comecei, então a historia vazou de mim como uma cachoeira. Contei tudo, até os detalhes mais simples e sem importância. Clarisse era uma ótima ouvinte, sua expressão se manteve parcial durante todo o relato, e quando terminei de falar ela me olhou com preocupação,pena e admiração. Ela não respondeu, não falou, apenas se aproximou de mim e me abraçou. Aquilo era mais do que eu poderia ter pedido. Ela começou a brincar com o meu cabelo, e permanecemos assim até que a porta foi aberta com um estrondo. Bree e duas outras guerreiras entraram na sala, nos fitaram por questão de segundos, antes de Bree dar a ordem para elas me prenderem. Clarisse tentou ir junto, mas Bree a empurrou sem piedade para dentro da sala. As duas garotas me levaram pelo corredor escuro até que cheguei ao salão principal. Para minha surpresa, não era chicotes, espadas ou correntes que me aguardavam ali, mas sim algo bem pior. No centro do salão em um trono de bronze estava Circe. Ela estava sorrindo, um sorriso que claramente dizia :EU VOU TE MATAR, com todas as letras. As garotas me largarão no chão, e saíram silenciosamente da sala. Sobrando apenas Bree que se ajeitou no primeiro degrau da espada, com uma lança, cercando aquela saída.


Circe se levantou do trono e eu recuei. Contracorrente tinha retornado ao meu bolso mas eu sabia que ela não era pariu a Circe,ela poderia transformar minha espada em uma de plástico se assim ela quisesse.


Não precisa ter medo querido. – Ela suspirou em um lindo tom de soprano. – Eu não vou te machucar. Pelo contrario eu quero é lhe ajudar. Quer ser forte? Quer ser o guerreiro verdadeiro e promissor que deve a dignidade de sobreviver ao tártaro? Pois bem, eu tenho a solução.


Ao lado do trono de Circe, um pano vermelho cobria alguma coisa, e nesse momento o que estava em baixo do lenço se remexeu. Era um aviso. Mas Percy já estava encantado pelos olhos lilás da feiticeira.


– E qual seria? – soltei sem pensar. Tudo que eu queria era ser digno de Circe. Ela sorrio, e virou-se para um armário repleto de poções,pegou uma de cor azul berrante e a entregou para mim.


Beba! – ela disse, enquanto liberava minhas mãos. – Beba, e será um guerreiro de verdade.


Uma voz na minha cabeça dizia seriamente para não fazer isso,dizia que era loucura. Mas todo o resto do meu cérebro mandou a parte racional calar a boca. Peguei o frasco nas mãos e bebi. Mal cheguei a metade do frasco e senti o efeito da poção. Meu copo inteiro se estremeceu. Eu senti uma dor intensa em cada osso do meu corpo, sente que estava encolhendo, Circe ficava cada vez mais alta, o frasco preto caiu no chão. E de repente vi a bobagem que tinha feito. Eu tinha caído no truque de Circe, e ela me transformara em um animal.


Antes que eu pudesse escapar Bree me prendeu eu uma gaiola, eu as xinguei de todas as maneiras que consegui lembrar mas tudo que ouvia sair de minha boca era : kiii.


Circe soltou uma gargalhada imensa, enquanto trancava a gaiola que eu me encontrava. Bree retirou o pano vermelho que escondia um monte de outros bichinhos em gaiolas, todos pequenos e fofinhos, mas bastante frágeis. Circe colocou a minha gaiola ao lado das outras.


Porquinho - da- índia! – ela exclamou triunfante. – Representa bastante você.


Ela fez um movimento de comando a Bree e a garota desapareceu no corredor escuro. Eu tentei roer a gaiola, e arranhar mas porquinhos – da – índia não eram muito fortes. Tudo que eu fazia melhor era xingar em língua de animal Circe, que se deleitava ainda mais com o meu pânico. Poucos segundos depois Bree chegou arrastando uma Clarisse bastante preocupada e zangada.


Olá querida. – Circe falou calmamente, enquanto eu guinchava na gaiola. – Que bom vê-la novamente.Está adorável sabia?


Onde está Percy? – Clarisse perguntou.


Está recebendo nosso tratamento. Mas agora está na hora de você receber o seu. E logicamente de mim.


Eu não quero nada de você. Me deixe em paz. Onde está Percy?


Circe ignorou a ultima parte.


Hora querida. Nunca pensou o por que dessas meninas estarem aqui? Nunca pensou que fosse agradável ficar em minha companhia? Jardins imensos, rios límpidos, animais adoráveis... Por que não fica filha de Ares? Por que não passa a viver comigo?


Eu...


– Iria adorar. Tudo que você precisar encontrará aqui. Não precisa mais ter medo. Não precisaria mais provar nada. Apenas ser livre. Viver em paz.


Para o meu pavor, Clarisse tinha hesitado.


Não precisar provar? – ela sussurrou. – Nunca mais?


Circe sorrio.


Nunca mais. Será apenas você mesma. – Clarisse continuava presa na duvida, enquanto eu chiava feito louco na gaiolinha de metal. – Bree querida. Por que não traz o vídeo de depoimentos? Eu vou buscar a roupa. Fique aqui querida. Volto logo.


Então as duas saíram da sala, e apenas Clarisse permaneceu. Ela olhou para todos os lados e viu que estava sozinha. Então se aproximou das gaiolas com os porquinhos – da – índia. Assim que ela tocou na grade todos os outros bichos correram para o canto, e eu fui um deles.


Qual deles é você?– ela murmurou, olhando para todos os bichos. Nenhum dos outros se a se mexer. E eu estava na mesma que eles. Eu estava com medo. Não queria sair dali. Mas respirei fundo, ergui a patinha minúscula em direção ao meio da gaiola e me aproximei cuidadosamente da grade. Clarisse sorrio. – Você deu um porquinho da índia muito fofo. Vou te tirar dessa.


Ela saiu de perto da grade e foi correndo em direção ao armário das poções, pegou algum frasco que eu não vi e fechou a porta do armário, no exato momento em que Circe e Bree retornavam a sala. Circe trazia um uniforme dourado, e Bree alguma coisa parecida com um Ipad nas mãos. Clarisse ficou de costas para o armário e sorrio para as duas que se aproximavam. O frasco escondido nas mãos atrás das costas. O sorriso de Circe sumiu ao vê-la ali.


O que houve queridinha? – ela perguntou.


Mas Clarisse não perdeu tempo em responder, ela disparou pelo salão e abriu o frasco de poção jogando um liquido roxo em cima dos porquinhos da índia. O liquido acertou montes de uma vez. Circe e Bree deixaram as coisas caírem, Bree sacou a espada, Circe lançou luzes verdes em Clarisse mas ela se jogou atrás do trono da feiticeira.


Sente meu corpo ficar mais pesado. E depois ouvi o barulho de gaiolas quebrando. Eu tinha voltado ao normal, junto com um bando de outros homens com barbas e tampões de olho. Circe estava horrorizada. Os homens brandiram as espadas que traziam na bainha. Bree recuou diante de tantas armas.


Vingança. – o pirata que parecia ser o mais velho gritou, e todos os outros seguiram o coro, e avançaram para Circe e Bree. Eu desejei ter ficado e ver, mas precisava sair dali antes de as outras da guarda se reunissem. Puxei Clarisse pelo braço e nos descemos correndo as escadas que davam para o jardim. Para o meu grande alivio BlackJack estava amarrado em uma cerca, ele relinchou feliz ao nos ver, e com a ajuda de Clarisse nos tiramos as correntes que o prendia. Olhamos para o palácio e ele parecia estar em chamas. Mas não ficamos para ver quem ganhava. Montamos o mais apressado que pudemos em BlackJack e em pouco tempo estávamos cruzando o ar. Com apenas uma semana para completar uma missão, uma semana para cruzar o país e viajar para outro continente. Com a ideia do caminho que eu tinha de percorrer ainda dentro da mente, eu adormece nas costas de BlackJack com o instinto de porquinho -da - índia se agitando dentro de mim.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Odiaram?
Gente, provavelmente vai ficar mais difícil para eu postar ou sequer entrar no Nyah direito. Com as aulas voltando agora meu tempo fica muito corrido e vou ter que ficar menos tempo na net. Eu também participo de umas competições lá na escola e tenho que estudar dobrado. E estou trabalhando em um projeto original também. Mas eu nunca vou desistir da fic, e sempre vou dar um jeito de postar um cap novo para vocês.
Ha sim mais uma perguntinha, eu sou do chalé de Atena, algum meio-irmão ou meia- irmã meus por aqui?