Acaso Ou Destino escrita por Tricia


Capítulo 14
Coisa estranha


Notas iniciais do capítulo

Boa a leitura a todos



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Suspiro aliviado ao notar os ponteiros do relógio de parede chegar às 6h 30m, podendo assim encerrar seu expediente, que por sinal deveria ter terminado a pelo menos uma hora atrás conforme seus cálculos, se também não fosse o tipo de pessoa que prefere mais trabalhar a ficar em casa.

Em questão de segundos Sasuke arrumou os papeis que levaria para casa junto ao notebook dentro da maleta de couro preta se preparando para ir embora. Aproveitando à súbita ausência do amigo ruivo, que certamente estaria irritado pela visita inesperada do primo a cidade. Afinal, ex-namorado da esposa nem sempre são bem aceitos pelos maridos atuais, ainda mais alguém como Sai.

Abandonou a sala passando pelo corredor movimentado pelo pouco de funcionários que avia ficado, mas que já estavam para irem também.

Rumo ao elevador apertando o botão que o levaria diretamente ao estacionamento.

O som dos passos das pessoas no estacionamento parecia ecoar por toda parte junto ao barulho das portas de seus carros sendo abertas e fechadas para logo os motores serem ligados e irem embora daquele lugar para suas respectivas casas ou sabe se lá para planejariam ir depois de um dia de trabalho.

A frente era possível avistar o irmão encostado no próprio carro conversando com um de seus colegas de trabalho mais próximo. Postura confiante, olhar superior e ate um pouco arrogante, típico de um Uchiha como ele e o pai.

Entro no carro rápido antes que pudesse vir a ser notado por um dos dois que conseqüentemente o convidaria a participar de mais uma das diversas conversas fantásticas do irmão. Que é infinitamente melhor não entrar.


O percurso até a residência Uchiha acabara sendo feito em pouco mais de quinze minutos, se seus cálculos estiverem certos.

Parou o carro de frente ao portão esperando que este se abrisse automaticamente por completo. Após guardar o veiculo na garagem se dirigiu para entrada, sentindo uma estranha sensação dica se de passagem, o que poderia considerar estranho sendo que nunca dera importância a sensações ou mau pressentimento sempre achara uma grande bobagem.

Adentro olhando ao redor a procura de alguma coisa fora do comum provocada pelo primo, mas tudo parecia estar certo.

Ao constatar que não teria nada que se preocupar deixou a maleta sobre uma das poltronas junto ao paletó, afrouxou a gravata enquanto ia para cozinha atrás de alguma coisa para comer. Se perguntado o que acontecera ali.

Era visível que alguém fizera algum tipo de bagunça naquele cômodo, mas que já estava sendo limpa pela rosada que quadrava alguma coisa no armário assim como a filha que dava uma pequena ajuda lhe entregando um pacote que não reconhecera do que seria. A única coisa mais estranha do que ter uma mulher que não era sua esposa, noiva, namorada ou algo assim era o fato do primo estar tirando varias fotos dela, como se aquilo fosse algum tipo de apresentação escolar que os pais vão e tiram milhares de fotos pra mostrar no futuro para seus filhos se remoerem se perguntado como tiveram a coragem de fazer aquilo, ou simplesmente rir de si mesmos.

– Eu tenho que perguntar alguma coisa? – pergunto chamando a atenção de todos para si.

– Elas estão me ajudando, nada de mais primo – respondeu Sai dando alguns passos para o lado para tirar outra foto.

– Ta brincando né? – cruzo os braços arqueando uma sobrancelha.

– Pior que não – respondeu Sakura guardando um pacote de farinha em uma das portas do armário – Pode me trazer esses pratos que estão no escorredor fazendo um favor?

Adentro o cômodo por completo indo ate a pia pegando os pratos que foram lavados mais cedo pela empregada que deveriam ter sido guardados pela mesma antes de ir embora. Entrego-os para Sakura que deu uma rápida olhada pelas portas do armário parecendo pensar onde deveria guardá-los. Solto um baixo riso chamando a atenção dela para si de modo interrogativo, fez um pequeno gesto lhe mostrando que porta ela deveria abrir.

– Ah Sakura, já pode comer os bolinhos né? – pergunto Miya.

– Agora acho que já pode.

– Quer dizer que a bagunça foi pra fazer bolinhos – comento Sasuke – Uma confeitaria não faz tanta bagunça, e cozinha mais coisas que vocês.

– Não fizemos da sua cozinha uma confeitaria! – exclamo Sakura pegando um dos bolinhos – E também não foi em vão. Abre a boca.

– Pra que?

– Abre logo!

Hesitou um pouco, mas acabou cedendo por fim abrindo a boca esperando pelo gosto do bolinho, mais um pouco de drama e talvez pudesse começar a se comparar a uma cobaia.

Mas diferente do que estava esperando, pode concluir que o gosto não era tão ruim como esperava após mastigar a comida posta na boca pelas mãos da rosada, que parecia esperar uma resposta, mas não poderia dizer que gostou, afinal seria quase como admitir que esteja errado, exagerado, um pouco talvez.

– Não é tão ruim assim, é? – perguntou ela se cansando do silencio que fizera.

– Tenho que responder? – pergunto de volta fazendo o sorriso sumir dos lábios de Sakura. Ok poderia arriscar dizer que dissera a coisa errada, só talvez...

Por sorte ou coincidência mesmo pode ouvir o som de uma musica baixa chamando a atenção da rosada caindo diretamente na bolsa próxima de Sai que por breves instantes se permitiu desviar o olhar da câmera e “cenário” para focar na bolsa também.

– É sua né? – pergunto Sai, mesmo sendo obvio.

– Sim – respondeu se afastando de Sasuke a pegando tirando o celular que já devia ta chegando ao meio da musica – Alo.

– Ah cara, eu queria ouvir a conversa – reclamo Sai ao ver Sakura se afastar.

– E depois falam que crianças que são curiosas – comento Sasuke indo pegar mais dos bolinhos.

– Espero que isso não seja uma indireta pra mim – contexto Miya.

– Imagina – diz Sai sarcasticamente – Vamos continuar.

– É com você filha – disse se preparando para se afastar da menina parando imediatamente ao ver o olhar reprovador do primo – Eu não disse que participaria.

– O que tem de mais aparecer em uma revista comprada por mulheres que procuram dicas de bem estar, beleza, manter a família unida etc? – pergunto Sai um tanto indignado perseguindo – Uma vez na vida outra na morte não faz mal.

Olhou para filha perdendo a coragem que ainda lhe restava para negar. Mesmo que pudesse vir a se arrepender no futuro, não poderia ter certeza absoluta de que apenas mulheres desconhecidas que se responsabilizam pelo lar comprariam revistas desse tipo, se sua sorte estivesse baixa uma dessas mulheres poderia muito bem ser esposa de um colega de trabalho que acabaria com o pouco de paz que ainda lhe resta.

Seguiu as instruções dadas pelo primo que falava a cada cinco minutos, e na maior parte seriam mínimas reclamações falando coisas como “você precisa se soltar mais”, “ate parece que acabo de brigar com alguém, sorria um pouco”, “vamos isso é pra parecer um dia normal na casa de uma família feliz qualquer”, ”ate parece que nunca tirou uma foto na vida”.

Pegou a filha no colo para tirar uma foto à ‘pedido’ do primo, que particularmente lhe soava mais como ordem, o que era praticamente lastimável.

A filha sorria tão naturalmente, como se tivesse nascido para aquilo, como uma perfeita modelo juvenil. Ajeitou-a melhor tentando aparentar da melhor forma possível, mas sem muito sucesso, até que sentiu uma mão pousar em seu ombro esquerdo fazendo com que desviasse a atenção da câmera encontrando o olhar da rosada que parecia querer ajudar em um conselho mudo para que tentasse relaxar.

Fechou os olhos tentando afastar boa parte dos problemas que rodavam na cabeça no momento os abrindo novamente, mas dessa vez se focando na câmera soltando o sorriso mais atraente que conseguia, pelo menos era o que suas antigas namoradas lhe diziam, ate mesmo a esposa.

– Sakura querida, aproxima um pouquinho mais, tem que parecer mais realístico, e assim não parece muito, entende – a fitou curioso esperando se ia acatar a “ordem” do primo.

Se aproximava lentamente, dando para notar perfeitamente que estava meio sem jeito com aquilo, mas seguia em frente. Levou o braço esquerdo que mantinha livre caísse sobre os ombros cobertos pela camiseta rosa justa ao corpo da rosada o modelando. O olhar um pouco surpreso de Sakura caiu sobre si, sorriu minimamente tentando lhe passar a mesma confiança que esta lhe passara a pouco.

– Ta começando a melhorar – disse Sai

Era possível ver o sorriso de Sai que parecia se alarga a cada foto tirada enquanto os parabenizam ou reclamava de alguma coisa.

Após alguns minutos que mais pareciam horas daquilo pode ouvir claramente as palavras de agradecimento do primo pela pequena colaboração de todos naquilo, e claro, a propaganda para que comprassem as revistas. Tsc.

Colocou a filha no chão esticando o braço um pouco cansado de ficar a segurando. Sem levar uma palavra a si esta lhe deu as costas saindo da cozinha junto da professora que parecia um pouco apresada assim como Sai que dizia ir arrumar alguma coisa na câmera se despedindo de Sakura rapidamente.

Continuo a fitando ate que esta virou-se lhe devolvendo o olhar, poderia dizer ser apenas uma impressão, mas algo naquelas orbes esverdeadas parecia estar minimamente diferente, só não sabia dizer o que poderia ser.

Sakura levantando uma das mãos em sua direção murmurando alguma coisa que não escutara bem pelo fato de estar prestando atenção em seus olhos, mas para disfarça aceno de volta lhe lançando um de seus costumeiros sorrisos de canto.

Se recompôs melhor após as ver desaparecer completamente de seu campo de visão. Pegou um ultimo bolinho se pondo a andar para fora da cozinha em direção às escadas. Era possível ouvir a musica tocando vinda do quarto de hospedes onde estava Sai se tivesse que chutar o estilo diria ser alguma musica contemporânea que sem duvida não lhe agradava em nada. Ignorou indo para o quarto, já estava quase a ponto de necessitar um banho para relaxar um pouco e começar a trabalhar.

~*~*~*~*~*

Ouviu a porta do escritório em que se encontrava no momento sendo aberta aos poucos, mas continuo mantendo o olhar fixo no contrato que deveria escolher se assinaria ou não com uma indústria de matérias de construção que fora recomendada por um velho amigo de trabalho do pai que lhe afirmara ser de sua inteira confiança.

– Aconteceu alguma coisa – perguntou indiferente.

– Eu que pergunto. Ta aqui a mais de horas – respondeu Sai se aproximando – Como pode aguentar ficar aqui trancado assim?!

– Não é uma coisa difícil, acredite.

– Por que você não sai um pouco com a Miya. Ela iria gostar de ter a atenção do pai só para si, que tal?

– Não.

– Ok, só vocês dois não vai rolar. Então chama a rosada pra ir junto – sugeriu se se encostando à mesa.

– Fico louco por acaso? – pergunto desviando a atenção do papel subitamente – Ela é professora da minha filha! Só isso.

– grande coisa, eu já tive um caso com uma professora na faculdade de design mais que poderia ser facilmente colocado como complicado que isso – disse dando de ombros como se fosse à coisa mais normal do mundo. Tsc – Tentar não vai te matar.

– Só as pessoas né – concluiu sarcasticamente – que irão cair matando em cima de mim!

– Seja um pouco flexível e verá que o buraco é mais embaixo – disse andando ate a porta – Mas se não estiver interessado eu encaro de boa.

Mais um pouco e talvez tivesse que se segurar para não voar no pescoço do primo que saiu pela porta cantando alguma musica baixo. Como poderia ficar tão calmo, dar conselhos que no final poderia acabar se dando muito mal, se bem que...

Guardou o papel na gaveta se acomodando melhor na cadeira fitando o telefone sobre a mesa de um lado e o celular do outro, como um convite para aceitar o conselho do primo. Mas por quê?


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Notas finais do capítulo

É to devendo muitas desculpas à vcs pelos constantes atrasos né, mas isso foi mais por eu n estar tendo criatividade para escrever rápido.
Mas só uma ideia fico enquanto eu escrevia, mas não sei se devo dar continuidade a ela então vou deixar vocês escolhem se querem ou não ela.
No caso vcs escolhem se querem ou n q o Sasuke ligue para Sakura. No final d semana eu vou responder os comentários e ver oq vcs escolheram ok,então por favor comentem.