Sasuke levantou a cabeça fitando o céu azul por breves instantes ate que fechou os olhos como se estivesse agradecendo por alguma coisa boa que lhe acontecera ou pedindo.

– Não sabia que gostava de passear no parque aos fins de semana – abriu os olhos aos poucos voltando à cabeça a posição anterior focando os olhos na mulher.

– Porque não gosto. Fui obrigado – disse apontando para o parquinho, mas precisamente para filha – Mas e você Ino, se bem me lembro você não acorda cedo, ou melhor: odeia acorda cedo.

– Odeio mesmo, e não é pouco. Obrigada, também – acrescentou levantando a sacola.

O celular começou a tocar chamando a atenção de ambos. O retiro do bolso fitando a tela do objeto por alguns segundos para então clicar em um dos botões para abrir a mensagem que fora enviada pelo primo distante Sai o fazendo estranhar um pouco, afinal, não tinha notícias a certo tempo do mesmo.

Ao termina de ler ò guardo novamente voltando à atenção para loira que aparentava uma leve curiosidade.

– Preciso de um favor.

– Do tipo...

– nada de mais – a interrompendo – Tenho um assunto imprevisto pra revolver, mas avia prometido a Miya que a traria aqui hoje, e você sabe muito bem como ela fica quando prometem alguma coisa pra ela e não cumprem.

 – E como sei – comento a loira com certo desdém.

– Então, o que me diz? – pergunto cruzando os braços, apreensivo.

– Eu fico com a pirralha quero dizer Miya – corrigiu-se Ino rapidamente sorrindo – Mas que fique bem claro: não irei me responsabilizar caso alguma coisa de errado, saia do controle e alguém possam vir a acabar machucada e, certamente não serei eu.     

– Não Creio que possa ser tão irresponsável – afirmo se distanciando sussurrando para si mesmo – Eu espero.

Aproximou-se do parquinho chamando a filha, mas como previsto não só ela olhou em sua direção, mas também duas ou mais crianças e claro três ou mais mães que acompanhavam a diversão dos filhos de perto.                                                                                                                                                      Fez sinal para que a menina viesse ao seu encontro imediatamente.

– O que aconteceu? – pergunto Miya ao se aproximar.

Abaixo tentando ficar mais próximo da altura da pequena.

– Eu tenho que ir resolver uma coisa de ultima hora, que pode demorar um pouco.

– Hm. Quer dizer que vamos embora.

– Não! Você vai poder continuar brincado com seus amigos ai, sob a supervisão da tia Ino – disse virando o rosto para trás fazendo que a pequena olhasse na mesma direção parando na loira conversando ao telefone.

– To ferrada!

– Exagerada.

– Realista. Ela não se responsabiliza nem por si mesma! Vai se responsabilizar por mim! – retruco a morena gesticulando com as mãos.

– você vai sobreviver.

Levantou-se dando uma ultima olhada na loira em seguida voltando a ficar a filha que podia ariscar dizer estar um tanto inconformada.

*~*~*~*~*~*~**~*~

Despediu-se do pai brevemente o observando se afastar parando de frente a loira trocando algumas poucas palavras em seguida indo pelo mesmo caminho que vieram.

E como previsto não demoraria muito para receber um telefonema ou algo do tipo e, logo após ir embora, por menos que fosse. Afinal: quando o assunto é profissional conte com Uchiha Sasuke, ele sempre estará à disposição. E pra piorar deixa Ino! Angh.

Virou para trás observando as crianças que continuavam brincando alegremente sobre os olhares pouco atento dos pais. Já não parecia tão interessante como há poucos minutos quando o pai ainda estava presente como desejara.

Viro para frente novamente fitando a mulher ao telefone se aproximando a chamando pelo nome pelo menos umas três vezes, no mínimo.

– Claro que não! Se eu soubesse que isso aconteceria teria marcado pra ontem, mas como eu avia lhe dito: eu não posso prever o futuro! Então eu meio que não posso fazer nada. Eu sei, só que... – Ino falava e falava com pequenas pausas para escutar o que a pessoas lhe falava enquanto andava de um lado para outro.  

Balançava as penas freneticamente após se sentar em um banco próximo aguardando o termino do dialogo pouco amigável entre a “tia” e sabe se La quem. Se esta fosse trabalhar como babá seria logo demitida e morreria de fome, provavelmente.

Quando ouviu o tão esperado “tchau” dado pela loira que finalmente afasto o objeto do ouvido resmungando alguma coisa para si mesma em um tom baixo para não chamar atenção dos que passava, o que já conseguirá.

– Já canso de brincar? – pergunto a loira com um tom mais afirmativo do que interrogativo.

 – Eu...

– Fico feliz que tenha concordado, tenho que ver uma coisa urgente que vai levar uns dez minutos, eu acho. Vamos?

– Dez minutos – repetiu tentando imaginar o que poderia ser.

– Por ai. Não acredita em mim?

– será que seria muito errado dizer que um não na lata – penso – eu tenho mesmo que responder? – pergunto calmamente.

– Vamos logo, antes que eu me irrite.

– Pra onde?

– Eu comprei um lindo vestido no qual fico meio que largo no quadril ocultando minhas curvas bem desenhadas então eu tive que deixar pra arrumar, e agora tenho que buscar. E também marquei hora no salão de beleza pra hidratar meu cabelo.

– To fora! Você passa mais de horas nisso. Não quero ficar sentada numa cadeira tanto tempo ouvindo você ficar falando da vida dos outros e reclamando de coisas chatas!

– Que ótimo ¬¬

~*~*~*~*~*~*~*~*

Sakura deitou no sofá de três lugares pegando o controle remoto da TV a ligando se ajeitando melhor.

No primeiro canal: um desenho animado. Troco: canal de compras. Em seguida um filme de ação, outro de drama e por fim um documentário. Um canal mais tedioso que o outro, concluiu após ter passado por todos sem se interessar por algum. Desligo jogando o controle em qualquer lugar se sentando corretamente olhando ao redor do cômodo impecavelmente limpo.

Ouviu o som de batidas na porta que pouco começara aumentando indicando que quem quer que fosse não estava com muita paciência de esperar considerando ainda que ignorou a campainha e o portão.

Levantou-se do sofá passando as mãos dos seios para baixo na camiseta para amenizar os amarrotados feitos pelo jeito que se deitara no sofá, em seguida os cabelos que acabaram bagunçando um pouco também enquanto se dirigia a porta.

 Abriu-a se deparando com Ino, que logo baixo o olhar para o lado direito, fez o mesmo pairando o olhar na pequena Uchiha que segurava uma das mãos da loira e acenando com a outra murmurando um “oi”.

– Preciso de ajuda – declaro Ino sem rodeios – Mesmo.

Murmuro um entre dando um passo para o lado dando passagem para as duas que imediatamente entraram parando quase que no meio da sala.

– Onde fica o banheiro? – pergunto Miya soltando a mão de Ino.

– Siga o corredor, primeira porta a esquerda – respondeu. Espero ate que essa seguisse as coordenadas sumindo da vista das duas para volta a olhar a amiga – Sabe que ficar com ela pode te ajudar um pouco, não é?

– Sim. Mas ainda tenho alguns meses pela frente. Não tenho porque me preocupar – respondeu Ino dando de ombros.

Reviro os olhos com a opinião da amiga, despreocupada e ate um pouquinho inconseqüente, como sempre.

Há observo se sentar em um dos sofás cruzando as pernas e entrelaçando os dedos pousando sobre a perna parecendo um paciente na sala de espera esperando chegar sua vez, a única diferença seria o sorriso que se instalara em seu rosto, um sorriso suspeito.

– O que esta planejando agora Ino?

– Nada. Apenas preciso de um pequeno favor. 

– favor. Por que isso não me surpreende? – pergunto sarcasticamente se sentando no outro sofá de frente para Ino.

– Não faço idéia. Têm planos pra hoje?

– Tenho – respondeu de imediato recebendo um olhar reprovador e ao mesmo tempo desconfiado da amiga como se dissesse “isso não me parece ser verdade” – Ok! Eu não tenho.

– Agora tem! – exclamo a loira alargando o sorriso – Assim como eu que já deveria estar indo para o cabeleireiro há alguns minutos, hidratar essas lindas madeixas loiras originais.      

– Pensei que já tivesse as pintado – comento pensativa fazendo Ino estreitar os olhos.

– É lógico que não! – ate poderia dizer que se assusto um pouco com o jeito que a loira respondeu se levantando bruscamente – Dos pés a cabeça, é tudo original!

– Hm.

– Vai me ajudar ou não?

– Você ainda nem me disse em que.

– Disse sim. Hora marcada no cabeleireiro, mas não to podendo ir por causa da... Anti-beleza.

– Anti-beleza. Por que anti-beleza?

– Ela negou um dia de garotas no salão de beleza, que tipo de garota em sã consciência nega algo assim?!

– Eu não me lembro de ter feito isso algum dia na idade dela.

– Outra coisa que vocês têm em comum. Nesse lance de ignorar totalmente os conceitos e regras básicos da beleza que todos deveriam respeitar.

– sorte que nem todos pensam como você.

– Nem poderiam, eu sou única – disse levando uma das mãos a franja loira fazendo pose – Por isso que é melhor você ficar com ela.

Mal deu tempo de retruca pela falta de atenção da loira que as presas se dirigiu à porta murmurando um “venho busca lá mais tarde, beijos”.

Levo uma das mãos ao rosto balançando a cabeça negativamente. Impressionante como os anos passam e algumas pessoas parecem não amadurecer em alguns quesitos. Pensou.

E agora, por conta de um desses inoportunos quesitos teria que bancar a babá por mais um dia.

– Ela já foi? – tiro a mão do rosto o virando para o lado podendo ver a figura infantil com os braços atrás do corpo e um olhar esperançoso.

– Sim – confirmo – Duro muito tempo?

– Se foi quarenta minutos já foi muito, contando com o trajeto, junto às reclamações pra ouvir aquelas musicas chatas.

– É bem a cara dela.

– como será que o tio Gaara aquenta? – pergunto se sentando ao lado de Sakura no sofá tirando os sapatos para colocar os pés no mesmo.

– Por mais estranho que seja algumas pessoas serias acabam se identificando com pessoas extrovertidas e vise versa, eu acho.

– Mas a mamãe não era muito diferente do papai – comento a pequena.

– É como eu avia dito: algumas pessoas, não são todas. Os meus pais não eram muito diferentes também.

– Não?

– Não. Exceto em algumas coisinhas. Mas ate chegaram a trabalhar no mesmo hospital por um tempo.

– Eram médicos? – pergunta Miya visivelmente curiosa.

– Só o meu pai, minha mãe era enfermeira.

– Hm.   

 – Esta com fome?

– Um pouco, a loira disse que iríamos parar pra comer alguma coisa no caminho, mas acabo não parando– resmungo Miya.

– Pelo menos você nunca estudo com ela – comento se levando causando os sapatos assim como a menina que fez o mesmo se dirigindo à cozinha – Era uma lastima ter ela reclamando de não fazer nada porque não sabia, e dizia que não sabia estudar, acredita. Reclamava pra tudo.

– Tenso.

–Muito.