Stand In The Rain escrita por Light Angel


Capítulo 6
Chapter 6


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Tudo bem? Como passaram o natal? Então, aqui vai mais um capítulo para vocês, eu espero que gostem. Ah! Uma atualização que eu fiz. O médico vai passar a se chamar Dr. Warbrock, ja editei nos capítulos anteriores. E queria dedicar esse cap a minha melhor amiga e leitora favorita (que eu também sou fã número 1 dela) Enid Black. Ela ainda não pode ler essa história, mas de coração esse cap é dedicado a ela. Todos os momentos que passamos juntas ainda não dizem o quanto eu a amo! AMO VOCÊ BICHO! ♥ hahahhaa então é isso, boa leitura!



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Alguns dias se passaram. Leah estava pronta para mais um dia entediante na escola, mas foi surpreendida por sua mãe dizendo que hoje ela não iria para a aula.

– O médico ligou, meu bem. Temos que fazer uma consulta, pois os exames acabaram de chegar.

O coração da menina afundou. Com a sorte que possuía, não deveria ser coisa boa. Ela preferiria mil vezes ir a escola do que ir ao médico.

Mas não discutiu com a mãe. Apenas balançando a cabeça, desceu as escadas e sentou-se na sala.

– Filha, pelo menos coma alguma coisa. Não quero que saia de casa sem comer nada.

Leah balançou a cabeça. Não estava com fome e não iria comer coisa alguma. Cruzando os braços, ela recostou-se no sofá.

– Leah, por favor... – A mãe quase chorava ao implorar.

Ela balançou a cabeça firmemente.

A mãe suspirou, mas não insistiu mais. Leah não iria comer.

– Bem, vamos então. Senão poderemos chegar atrasadas.

Leah e a mãe saíram de casa, mas aparentemente parecia que só a mãe estava presente de corpo e alma. Nos últimos dias, Leah parecia mais um zumbi. Que se esgueirava por onde deveria passar, comia apenas quando a fome apertava e não falava com ninguém.

Chegando ao consultório, as duas sentaram na sala de espera. A doce secretária avisou-as que elas entrariam em um minuto, mas para Leah pareceriam horas.

Quando a entrada das duas foi anunciada, Leah começou a tremer. Ela odiava diagnósticos, e mais ainda, odiava quando eram os seus.

Quando entrou na sala, o Dr. Warbrock veio cumprimentar as duas. Depois indicou suas cadeiras e sentou-se a frente delas, com uma expressão calma e controlada.

– Olá, querida. – Ele sorriu para Leah. – Como vai?

Ela olhou para ele e assentiu. Depois abaixou a cabeça novamente.

– Muito bem, eu suponho. – Ele riu, parecendo não se incomodar com o ato inexpressivo da garota. Então, ele se virou para a mãe de Leah. – E a senhora, Sra. Henderson? Como vai?

A mãe da menina suspirou.

– Estamos indo, Dr. Warbrock. – Ela disse com uma expressão de sofrimento no rosto. Leah quis se matar ali mesmo. Não suportava ver a mãe sofrer, mas não conseguia agir de modo diferente.

O médico assentiu sério, seu sorriso desaparecendo. Leah estava tremendo, não aguentava mais esperar o resultado dos exames.

Por um longo período de tempo, o médico ficou lendo e relendo o relatório do laboratório. Ele havia prometido abrir o exame somente na frente delas, e agora o estava fazendo.

Ela estava quase chorando de ansiedade quando finalmente ele baixou os exames com uma expressão profissional em seu rosto.

– Muito bem, então, meninas. O resultado é satisfatório. Por enquanto, o sangue de Leah está limpo. Não há vestígios do vírus.

O coração da menina afundou de alívio. Mas ainda assim, seu cérebro estava alerta.

– Por enquanto? – A voz de sua mãe inundou a sala. Ela tirou as palavras da boca de Leah.

– Sim. Entendam bem, o vírus demora de quinze a noventa dias para se manifestar. Já se passaram trinta, ou seja, um terço do prazo. Mas ainda temos mais dois meses. Temos que ver esse lado também.

O corpo da menina tremia e ela não conseguiu evitar uma lágrima escorrer pelo seu rosto. Ela a enxugou rapidamente antes de qualquer um ver e fechou a cara.

Depois de mais algumas indicações médicas, o médico as dispensou, remarcando a consulta para daqui a quinze dias e uma nova bateria de exames.

Leah encostou a cabeça no vidro do carro, contemplando cada gotinha de chuva que caía da janela. Sua mãe a observava de vez em quando, mas não falava nada. Há muito tempo elas não conversavam mais.

Finalmente, depois de um longo silêncio, a mãe de Leah se pronunciou:

– Filha, você quer ir para o segundo tempo? Ainda dá tempo de chegarmos e você tem o atestado.

Ela deu de ombros, para ela tanto fazia ir à escola ou ir para casa. Não iria fazer nada mesmo.

A mãe assentiu e juntas elas se dirigiram ao colégio. Leah não estava com ânimo para nada, então tanto fazia ela ir para a escola, ir para casa ou para o inferno. Ia dar na mesma.

Elas passaram em casa, Leah pegou suas coisas e chegaram à escola. O primeiro tempo estava quase no fim, mas ela entregou o atestado ao professor sem dizer nada e entrou no fundo da sala.

Todos olhavam assustados para Leah e ela desviou todos os olhares. Há mais de um mês ela se recusava a falar com alguém e seus amigos estavam afastados dela.

Ninguém sabia nada do ocorrido, afinal ela não contara a ninguém. Nem mesmo a direção da escola. Mas os professores estavam começando a supor que algo muito grave havia acontecido, para ela estar desse jeito.

Quando o sinal tocou, o Sr. Thomas pediu para que ela ficasse mais um minuto. Leah estava pronta para sair correndo, mas decidiu ficar. Já chegara atrasada, poderia se encrencar. Mas seu corpo começou a suar frio quando ele fechou a porta. Não queria ficar sozinha em uma sala com um homem.

Ele puxou uma cadeira a frente da menina e ofereceu um doce de sua mesa a ela.

Ela não aceitou. Então, ele pediu a ela que se sentasse. Não tendo por onde escapar, Leah sentou-se um pouco distante do homem. Mas ele não discutiu. Apenas sorriu para ela e disse:

– Então, Srta. Henderson. Sei que sou um professor novo aqui, mas ouvi falar muito a respeito de você.

Ela o olhou timidamente. Ele era jovem. Não parecia ter mais de vinte e cinco anos, com um cabelo preto lustroso e penteado, e olhos castanhos penetrantes.

– Nada de mal, suponho. – Ele sorriu. – Sei que você é uma ótima aluna, e com bastantes amigos. Mas de um mês para cá, seu rendimento caiu totalmente. Não acompanhei você o ano todo, mas suponho que não era assim.

Ela não disse nada. Queria que ele acabasse de conversar com ela sobre o que queria e ir embora. Não estava disposta a falar sobre o ocorrido com ninguém.

Percebendo o silêncio da menina, ele decidiu não forçar. Mas ficou esperando. Como ela não respondeu, ele decidiu que a audiência estava acabada por hoje.

– Caso saiba, também sou psicólogo. – Ele sorriu. – Mas não quero consulta-la. Quero apenas conversar com você. Será que amanhã depois da aula você não poderia passar na minha sala? Um convite, apenas.

Ela se levantou. Não disse nada, apenas esperou que ele a dispensasse. Com um sorriso doce, ele entregou um papel para a menina, para ela entregar para o próximo professor. Pois se atrasara cinco minutos para a aula.

Assim que pegou o papel, Leah saiu correndo da sala, prometendo nunca mais voltar lá. Não queria desabafar com ninguém e não queria que ninguém soubesse o que havia acontecido com ela.

Ainda correndo no corredor, ela esbarrou com uma garota que saia do banheiro. A menina gritou surpresa quando caiu sentada no chão.

– Ei! – Ela esbravejou. – Tenha cuidado... –A voz da menina morreu. Assim que ela viu quem havia esbarrado nela.

Leah gaguejou um pedido de desculpas e se preparou para sair, mas a menina a segurou pelo braço. Era Natalie, sua amiga.

– Tudo bem? – Ela disse cautelosamente, com uma dor nos olhos. Natalie sempre tentara se aproximar de Leah quando ela mudou repentinamente. Mas Leah a evitava sempre que podia. Ela era boa demais para ficar perto de um lixo.

Leah e Natalie ficaram se encarando. As melhores amigas de infância de repente não se reconheciam mais.

Leah queria chorar no ombro de Natalie, pedir a ela que a consola-se. Mas ela não podia. Não queria contar a ninguém e nem mesmo Natalie poderia arrancar alguma coisa dela.

Ela apenas olhou Leah por mais um segundo e então soltou seu braço. Mas ainda estava com lágrimas nos olhos.

– Leah – Ela disse baixinho. – Posso sentar com você no almoço hoje?

A garota fugiu. Nem mesmo uma resposta a Natalie ela deu. Correu para longe, para longe da menina de cabelos castanhos escuros.

Ela não queria ficar perto de ninguém. Natalie era uma menina maravilhosa e não queria sujar a reputação da garota sentando-se ao seu lado.

Todos queriam saber o que havia acontecido com ela. Primeiro aquele professor, e agora Natalie. Ela não queria ajuda. Não podia deixar que ninguém se manchasse.

Afinal, um lixo não pode sujar o ambiente ao seu redor. É por isso que ele fica em um canto.

Isolado.



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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? É, é por isso que eu dediquei o capítulo a Enid. A Natalie é uma homenagem a ela. Na verdade, é ela né? KKKKK, mas ainda assim, muito obrigada por tudo o que você faz por mim, minha madrinha linda! Te amo! E até o próximo cap pessoas! Até mais ♥



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